Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO SEMIÁRIDO UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DISCIPLINA: FÍSICA EXPERIMENTAL PROFESSOR: JOSÉ VANDERLAN LEITE DE OLIVEIRA EQUIPE – TURMA 2 ANDRESSA SOARES DA SILVA JOÁS GALDINO DE OLIVEIRA JÚNIOR ALVES DE ARAÚJO MAÍTALA ANDRÉIA ANDRADE ALVES DE SOUZA MARIANE EMANUELLE PESSOA SANTOS MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES DE UM SISTEMA MASSA-MOLA SUMÉ 2019 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO................................................................................................. 3 2 OBJETIVOS...................................................................................................... 3 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..................................................................... 3 4 MATERIAIS UTILIZADOS............................................................................. 4 5 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL............................................................. 5 6 RESULTADOS.................................................................................................. 5 7 QUESTIONÁRIO E DISCUSSÕES.................................................................. 5 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................. 10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................... 11 3 1 INTRODUÇÃO O Movimento Harmônico Simples ocorre quando um corpo oscila periodicamente em torno de uma posição de equilíbrio. O experimento realizado consistiu em analisar esse movimento em um sistema massa-mola, onde através do tempo das oscilações foram determinados os períodos. Além disso, por meio de equações matemáticas e interpretações gráficas verificou-se a relação entre o período de oscilação e a massa do corpo. 2 OBJETIVOS » Estudar o Movimento Harmônico Simples (MHS) para um sistema massa-mola; » Verificar a relação do período de oscilação e a massa do corpo; » Verificar a Lei de associações de molas em série e paralelo. 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Considerando um sistema, conforme apresenta a Figura 1, composto por um bloco de massa m e por uma mola com constante elástica k de massa desprezível, que se aproximam das condições de um oscilador massa-mola ideal, onde a mola é presa verticalmente à um suporte e ao bloco, em um ambiente que não cause resistência ao movimento do sistema (SÓ FÍSICA, 2019). Figura 1 – Sistema massa-mola em MHS. Fonte: Só Física, (2019). 4 Nesse sistema observa-se que o ponto onde o corpo fica em equilíbrio é calculado conforme a Equação 1, onde: ∑ 𝐹 = 0 𝐹𝑒𝑙 − 𝑃 = 0 𝐹𝑒𝑙 = 𝑃 (1) Ou seja, é o ponto onde a força elástica e a força peso se anulam. Partindo do ponto de equilíbrio, ao distender o bloco para baixo, a força elástica será aumentada, e como esta é uma força restauradora, o oscilador deve se manter em Movimento Harmônico Simples (MHS), oscilando entre os pontos A e -A, apresentados na Figura 1, já que a força resultante no bloco será dada pela Equação 2: 𝐹 = 𝐹𝑒𝑙 − 𝑃 𝐹 = −𝑘𝑥 − 𝑃 (2) Esse movimento é dito oscilatório quando o corpo se desloca periodicamente sobre uma trajetória em torno da posição de equilíbrio. Se o corpo oscila por ação de uma força proporcional às elongações, então o movimento oscilatório é chamado de harmônico simples (ROTEIRO FÍSICA EXPERIMENTAL, 2019). Para um oscilador de um sistema massa-mola, o período de oscilação depende da massa do corpo suspenso, e sua relação é expressa pela Equação 3: 𝑇 = 2𝜋√ 𝑚 𝐾 (3) Onde: m = massa do corpo; K = constante elástica da mola. 4 MATERIAIS UTILIZADOS » Painel de força; » Mola; » Massas (10g, 20g e 50g); » Acoplador de massa; » Régua; » Cronômetro. 5 5 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 1. Monte o experimento de acordo com o a figura 1 e coloque inicialmente uma massa no suporte preso a mola. Coloque o sistema para oscilar com pequenas amplitudes, e meça o tempo para 10 oscilações. Para cada massa repita a operação por três vezes. 2. Em seguida, deverá acrescentar massas de valores maiores e repetir o procedimento anterior. Para obter o valor do período divida o tempo encontrado por 10 e depois calcular o valor médio. Repita essa operação por três séries para obter um valor médio para o período. Devemos ter cuidado de não colocar massas em excesso para não danificar a mola e tornar inválido o experimento. Anotar todas as medidas na tabela 1. 6. RESULTADOS O experimento consistiu em realizar cinco medições distintas do período de oscilação a que uma mola foi submetida. Para efetuar cada medição utilizou-se discos de diferentes massas. Distendendo o sistema para baixo e em seguida soltando-o, nota-se a sua oscilação. Portanto, para obter os resultados dispostos na Tabela 1, cronometrou-se o tempo despendido pela mola para realizar 10 oscilações, e a partir desses valores calcular os períodos. Tabela 1 – Medidas de tempo e período do oscilador massa-mola Medida Massa (g) t10(s)1 t10(s)2 t10(s)3 Tm1(s) Tm2(s) Tm3(s) �̅�(s) �̅�(s2) 01 10 4,71 4,75 4,69 0,47 0,48 0,47 0,47 0,22 02 20 5,19 5,22 5,22 0,52 0,52 0,52 0,52 0,27 03 30 5,75 5,69 5,75 0,58 0,57 0,58 0,58 0,33 04 40 6,22 6,19 6,18 0,62 0,62 0,62 0,62 0,38 05 50 6,62 6,63 6,63 0,66 0,66 0,66 0,66 0,44 7 QUESTIONÁRIO E DISCUSSÕES Para demonstrar o procedimento dos cálculos obtidos no experimento utilizou-se como referência a medida 1. Os demais valores foram obtidos repetindo a mesma metodologia. 6 Questão 1 Partindo dos resultados dispostos na Tabela 1 calculou-se o período médio, o desvio padrão dos períodos, os quadrados dos períodos e os erros absolutos, relativos e percentuais. Todos esses valores estão apresentados na Tabela 2. Tabela 2 – Medidas do desvio padrão e dos erros �̅�(s) Desvio padrão 𝝈 (𝟏𝟎−𝟑𝒔) �̅�(s2) Erro Absoluto Erro Relativo Erro Percentual 0,47 7,07 0,22 0,02 0,08 8,0% 0,52 0,00 0,27 0,07 0,20 20,0% 0,58 7,07 0,33 0,08 0,19 19,0% 0,62 0,00 0,38 0,09 0,19 19,0% 0,66 0,00 0,44 0,09 0,17 17,0% Para obter o valor médio utilizou-se a Equação 4: �̅� = ∑ 𝑦𝑖 𝑁 𝑁 𝑖=1 (4) �̅� = ∑ 1,42 3 𝑁 𝑖=1 = 0,47𝑠 O desvio padrão foi obtido por meio da Equação 5: 𝜎 ≅ √ 1 𝑁−1 ∑ (𝑦𝑖 − �̅�)2𝑁𝑖=1 (5) 𝜎 ≅ √ 1 3 − 1 . 1𝑥 10−4 = 7,07 𝑥 10−3 𝑠 Em seguida, para obter o quadrado do período utilizou-se a Equação 6: 𝑦 = 𝑦2 (6) 𝑦 = 0,472 = 0,22 𝑠2 Para encontrar os erros relacionados ao período médio quadrado, primeiro foi necessário obter o valor do período teórico, em seguida utilizou-se as seguintes equações: O erro absoluto 𝐸𝐴 = |𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 − 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑟𝑒𝑎𝑙| (7) 𝐸𝐴 = |0,22 − 0,24| = 0,02 O erro relativo 𝐸𝑅 = | 𝐸𝐴 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑟𝑒𝑎𝑙 | (8) 𝐸𝑅 = | 0,02 0,24 | = 0,08 7 O erro percentual 𝐸𝑃 = 𝐸𝑅 𝑥 100% (9) 𝐸𝑃 = 0,08 𝑥 100% = 8% Questão 2 O Gráfico 1 apresenta a relação estabelecida entre o quadrado do período médio em função da massa. Gráfico 1 – Período médio quadrado em função da massa Por se tratar do período médio quadrado o Gráfico 1 assume o comportamento linear, tendo em vista que para linearizá-lo foi necessário elevar o período médio ao quadrado. Os valoresmédios de cada medida estão estruturados na Tabela 1. Questão 3 Através do Método dos Mínimos Quadrados foram determinados os coeficientes a e b para encontrar a melhor equação que se adequa aos dados do experimento. Para calcular o coeficiente angular usou-se a Equação 10: 𝑎 = 𝑁(∑ 𝑥𝑖.𝑦𝑖𝑁𝑖=1 )− (∑ 𝑥𝑖 𝑁 𝑖=1 ).(∑ 𝑦𝑖 𝑁 𝑖=1 ) 𝑁(∑ 𝑥𝑖2𝑁𝑖=1 )− (∑ 𝑥𝑖 𝑁 𝑖=1 ) 2 (10) 𝑎 = 5(5,47 𝑥 10−2) − (0,15). (1,64) 5(5,5 𝑥 10−3) − (0,15)2 = 5,50 0 1 2 3 4 5 0 10 20 30 40 50 60 𝑻 2 (1 0 -1 s2 ) MASSA ( 10-3 Kg) PERÍODO MÉDIO QUADRADO EM FUNÇÃO DA MASSA 8 Já para determinar o valor do coeficiente linear utilizou-se a Equação 11: 𝑏 = (∑ 𝑦𝑖𝑁𝑖=1 )(∑ 𝑥𝑖 2𝑁 𝑖=1 )− (∑ 𝑥𝑖.𝑦𝑖 𝑁 𝑖=1 )(∑ 𝑥𝑖 𝑁 𝑖=1 ) 𝑁(∑ 𝑥𝑖2𝑁𝑖=1 )− (∑ 𝑥𝑖 𝑁 𝑖=1 ) 2 (11) 𝑏 = (1,64)(5,5 𝑥 10−3) − (5,47 𝑥 10−2)(0,15) 5(5,5 𝑥 10−3) − (0,15)2 = 0,16 Desse modo a melhor equação da reta para os dados experimentais é: 𝑦 = 5,50𝑥 + 0,16 Questão 4 Com base na Equação 3 verifica-se que o período de oscilação da mola é diretamente proporcional a raiz da massa. Questão 5 Como observado, o Gráfico 2 indica a relação entre o período médio (�̅�) em função da massa (m). Gráfico 2 – Período médio em função da massa O Gráfico 2 descreve uma curva suave obtida pela seguinte função: 𝑦 = 𝑎√𝑥 Essa função é equivalente a equação do período, onde x corresponde a massa e y ao período que depende da massa. 0 2 4 6 8 0 10 20 30 40 50 60 𝑻 (1 0 -1 s) MASSA ( 10-3 Kg) PERÍODO MÉDIO EM FUNÇÃO DA MASSA 9 Questão 6 O esboço do gráfico de log ((�̅�) em função de log (m) é mostrado no Gráfico 3. Gráfico 2 – Período médio em função da massa Devido aos erros cometidos nas medições do experimento observa-se que três dos pontos apresentados no Gráfico 3 encontram-se fora da reta. Questão 7 Na física já existe uma equação que determina a relação entre o período de oscilação e a massa do corpo, que é demonstrada conforme a Equação 3: 𝑇 = 2𝜋√ 𝑚 𝑘 O valor da constante elástica da mola foi determinado durante o experimento e equivale a 7,0 N/m, substituindo o seu valor temos que: 𝑇 = 2𝜋 √𝑚 √7,0 𝑇 = 2𝜋 √7,0 . √𝑚 Logo, a equação específica do período de oscilação da mola utilizada no experimento é: 𝑇 = 2,37. √𝑚 -4 -3 -2 -1 0 -3 -2 -1 0 L O G M A S S A ( 1 0 -3 K g ) LOG 𝑻 (10-1 s) LOG DO PERÍODO MÉDIO X LOG DA MASSA 10 Questão 8 » Pode ter ocorrido uma diferença entre o tempo em que o observador solta o pêndulo e dispara o cronômetro. » Provavelmente ocorreram erros de observação ao medir o comprimento e o movimento de oscilação apresentado pela mola, o que é chamado de paralaxe. » As condições do ambiente podem ter interferido nas medições do experimento, como por exemplo, a atuação da resistência do ar. » O movimento vertical realizado pela mola pode ter sido impedido em função do contato entre ela e o painel. 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS Finalizando o experimento prático sobre o movimento harmônico simples em um sistema massa-mola, concluiu-se que: » O sistema massa-mola realizou um movimento harmônico simples, tendo em vista que o sistema se deslocou periodicamente sobre a trajetória em torno da sua posição de equilíbrio. » No ponto de equilíbrio, a força resultante é nula. » O período de oscilação em um sistema massa-mola é influenciado tanto pela massa quanto pela constante elástica, onde o período é diretamente proporcional a raiz quadrada da massa e inversamente proporcional a raiz quadrada da constante. » Conforme a massa aumenta a mola se move mais lentamente e leva um tempo maior para completar uma oscilação, então o período aumentará. Dessa forma, conseguiu-se alcançar os objetivos estabelecidos no experimento. 11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Roteiro de atividades da disciplina Laboratório de Física Experimental da UFCG – Campus Sumé, 2019. Só Física: Tecnologia da Informação. Oscilador massa-mola vertical. Disponível em: http://www.sofisica.com.br/conteudos/Ondulatoria/MHS/massamola3.php. Acesso em: 11 nov. 2019.