Buscar

TRANSTORNOS ANSIOSO


Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

º
 
Transtornos Ansiosos 
Roteiro: 
1. Transtorno de ansiedade generaliza (TAG) 
2. Síndrome do pânico 
3. Agorafobia 
4. TOC (não é mais considerado um transtorno ansioso 
desde a CID -10) 
5. Transtorno do estresse pós traumático (TEPT) 
6. Transtorno de ansiedade social (TAS) 
7. Fobias especificas 
 
Conceitos 
A ansiedade é uma experiência natural da vivencia humana, 
uma resposta normal e adaptativa que tem qualidades 
salva-vidas e adverte sobre ameaças. A ansiedade pode 
ser caracterizada como uma sensação desagradável, uma 
inquietação interna, uma preocupação exagerada com o 
futuro, acompanhada de sensações corporais como tontura, 
secura na boca, sensação de vazio no estômago, aperto 
no peito, batimentos cardíacos acelerados, suores, calafrios, 
tremores, formigamentos, cãibras, urgência para urinar e 
cólicas abdominais. 
 
! Tem relação com a tríade, medo, antecipação e 
preocupação. 
 
Medo x ansiedade: No medo, há a presença de um objeto 
desencadeante. Neste sentido, o medo é uma reação a um 
perigo específico, observável. A ansiedade e o medo são 
sinais de alerta e atuam como advertência de uma ameaça 
externa ou interna, são sentimentos muito comuns. A 
ansiedade patológica (transtorno) ocorre quando esta 
emoção passa a ser disfuncional, ou seja, a trazer prejuízos 
sociofuncionais e/ou sofrimento importante para o indivíduo. 
 
Os transtornos de ansiedade são definidos como um grupo 
de condições caracterizadas pela ansiedade idiopática, 
acompanhada de sintomas psicológicos, como alterações 
de pensamento, e somáticos, que envolvem sudorese, 
taquicardia, entre outros. Incluem transtornos que 
compartilham características de medo e ansiedade 
excessivos e perturbações comportamentais relacionados. 
O transtorno de personalidade surge quando a ansiedade 
começa a paralisar o indivíduo. 
 
 
Alguns personagens que apresentam ansiedade com 
características de: Antecipação - medo – preocupação 
 
! Cada transtorno de ansiedade é diagnosticado 
somente quando os sintomas não são consequência 
dos efeitos fisiológicos do uso de uma 
substância/medicamento ou de outra condição médica 
ou não são mais bem explicados por outro transtorno 
mental. 
 
Epidemiologia 
Os transtornos de ansiedade constituem um dos grupos mais 
comuns de doenças psiquiátricas. O Estudo Americano de 
Comorbidade (National Comorbidity Study) relatou que 1 
em cada 4 pessoas satisfaz o critério diagnóstico de pelo 
menos um transtorno de ansiedade e que há uma taxa de 
prevalência em 12 meses de 17,7%. As mulheres (com 
prevalência durante a vida de 30,5%) têm mais 
probabilidade de ter um transtorno de ansiedade do que 
os homens (prevalência durante a vida de 19,2%). Por fim, 
sua prevalência diminui com o status socioeconômico mais 
alto. 
 
Etiologias 
A etiologia inclui fatores: genéticos; hormonais (no geral as 
mulheres tem mais transtornos mentais que os homens); 
Doenças orgânicas (como hipertireoidismo); Traumas 
psicológicos e físicos; TCE (traumatismo cranioencefálico); 
Uso de substancias psicoativas (SPAs); Uso de 
medicamentos (corticoides, roacutan, etc). 
 
 
Modelo etiológico integrado dos transtornos de 
ansiedade. 
 
 Sistema nervoso autônomo 
A estimulação do sistema nervoso autônomo causa certos 
sintomas – cardiovasculares (p. ex., taquicardia), musculares 
(p. ex., cefaleia), gastrintestinais (p. ex., diarreia) e 
respiratórios (p. ex., taquipneia). Os sistemas nervosos 
autônomos de alguns pacientes com transtorno de 
ansiedade, sobretudo aqueles com transtorno de pânico, 
exibem tônus simpático aumentado, se adaptam lentamente 
a estímulos repetidos e respondem de maneira excessiva a 
estímulos moderados. 
 
 Neurotransmissores 
Os três principais neurotransmissores associados a 
ansiedade, são a norepinefrina (NE), a serotonina e o ácido 
-aminobutírico (GABA). Boa parte da informação das 
ciências básicas sobre essa condição vem de 
SAÚDE MENTAL 
º
 
experimentação com animais envolvendo paradigmas de 
comportamento e agentes psicoativos. Os medicamentos 
ansiolíticos (p. ex., benzodiazepínicos) tendem a facilitar a 
adaptação do animal a situações estressantes, enquanto 
outros (p. ex., as anfetaminas) perturbam ainda mais suas 
respostas comportamentais. 
 
Fisiopatologia 
A hipótese mais aceita até hoje é a disfunção/ queda de 
pelo menos um dos neurotransmissores monoaminégicos 
(monoaminas) – norepinefrina, dopamina e serotonina. O 
medicamento vai aumentar a disponibilidade dos 
neurotransmissores. 
 
Transtorno de ansiedade generalizada (TAG) 
É caracterizado como ansiedade difusa e preocupação 
excessivas com vários eventos ou atividades na maior parte 
dos dias durante um período de pelo menos seis meses. A 
preocupação é difícil de controlar e está associada com 
sintomas somáticos, como tensão muscular, irritabilidade, 
dificuldade para dormir e inquietação. A ansiedade não 
está relacionada a aspectos de outro transtorno, não é 
causada por uso de substância ou por uma condição 
clínica geral e não ocorre apenas durante um transtorno do 
humor ou psiquiátrico. Ela é difícil de controlar, é 
subjetivamente perturbadora e traz sofrimento psíquico ao 
paciente. O transtorno, em geral, começa no fim da 
adolescência ou início da vida adulta, embora seja comum 
ver casos em adultos mais velhos. 
 
• Prevalência na população geral de 5 a 10% 
• Proporção de mulheres para homem é de 1:1 
 
COMORBIDADES: É que coexiste com mais frequência com 
outro transtorno mental, em geral fobia social, fobia 
específica, transtorno de pânico ou transtorno depressivo. 
50 a 90% dos pacientes com transtorno de ansiedade 
generalizada tenham outro transtorno mental. Até 25% dos 
pacientes experimentam, por fim, transtorno de pânico. O 
transtorno de ansiedade generalizada é diferenciado do 
transtorno de pânico pela ausência de ataques 
espontâneos. Uma porcentagem adicional alta de 
pacientes tende a apresentar transtorno depressivo maior. 
Outros transtornos comuns associados com o de ansiedade 
generalizada são o distímico e os relacionados a 
substâncias. 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS 
A ansiedade e a preocupação estão associadas com três 
(ou mais) dos seguintes seis sintomas (com pelo menos alguns 
deles presentes na maioria dos dias nos últimos seis meses). 
Nota: Apenas um item é exigido para crianças. 
 
1. Inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor 
da pele. 
2. Fatigabilidade. 
3. Dificuldade em concentrar-se ou sensações de “branco” 
na mente. 
4. Irritabilidade. 
5. Tensão muscular. 
6. Perturbação do sono (dificuldade em conciliar ou 
manter o sono, ou sono insatisfatório e inquieto). 
 
Critério maior (ansiedade e preocupação 
excessivas) + 3 sintomas menores por pelo menos 
6 meses. 
 
Síndrome do pânico 
Um ataque intenso agudo de ansiedade acompanhado por 
sentimentos de desgraça iminente. A ansiedade é 
caracterizada por períodos distintos de medo intenso que 
podem variar de vários ataques durante um dia a apenas 
poucos ataques durante um ano. Os pacientes com o 
transtorno apresentam-se com uma série de condições 
comórbidas. Costuma surgir na idade adulta jovem – a 
idade média de apresentação é em torno dos 25 anos –, 
mas tanto transtorno de pânico como agorafobia podem 
se desenvolver em qualquer idade. 
 
• A prevalência de transtorno de ao longo da vida 
pânico está na variação de 1 a 4%, com a 
prevalência em 6 meses de aproximadamente 0,5 a 
1,0%, e de 3 a 5,6% para ataques de pânico. 
• As mulheres têm três vezes mais probabilidade de 
serem afetadas do que os homens. 
• O único fator social identificado como 
contribuindo para o desenvolvimento desse 
transtorno é história recente de divórcio ou 
separação. 
 
COMORBIDADES: Dos pacientes com transtorno de pânico, 
91% têm pelo menos outro transtorno psiquiátrico. Cerca de 
um terço das pessoas com transtornosde pânico já tinham 
transtorno depressivo maior antes de seu início; e em torno 
de dois terços experimentam transtorno de pânico pela 
primeira vez durante ou após o início de depressão maior. 
Outros transtornos também ocorrem comumente em pessoas 
com transtorno de pânico. Entre aquelas com a condição, 
15 a 30% também têm transtorno de ansiedade social ou 
fobia social, 2 a 20% têm fobia específica, 15 a 30% têm 
transtorno de ansiedade generalizada, 2 a 10% têm TEPT, e 
até 30% têm TOC. Outras condições comórbidas comuns 
são hipocondria ou transtorno de ansiedade relacionado a 
doenças, transtornos da personalidade e transtornos 
relacionados a substâncias. 
 
 Como são as crises (ataques): 
• Período súbito de intenso medo ou apreensão extrema 
que pode durar de minutos a horas. 
• Podem existir um motivo, mas geralmente são 
espontâneas, sem gatilhos, aleatórias, recorrentes. 
• Normalmente duram de minutos a poucas horas 
• Pico da crise em 10 minutos 
• Não melhora sem medicação e normalmente as crises 
levam o paciente até a emergência 
• Ele pode ocorrer também em outros transtornos mentais, 
particularmente na fobia específica, na fobia social e 
no TEPT. 
 
! O diagnóstico de transtorno de pânico é estabelecido 
apenas quando os ataques ocorrem com alguma 
regularidade e frequência. Entretanto, indivíduos com 
ataques de pânico inesperados ocasionais podem ser 
geneticamente semelhantes a pacientes com transtorno 
de pânico. 
 
º
 
 QUADRO CLINICO 
• O paciente experimenta de forma súbita medo, terror e 
apreensão esmagadores, bem como a sensação de 
morte iminente. 
• Vários sintomas associados, principalmente físicos, 
também são percebidos: dispneia, palpitações, dor ou 
desconforto torácico, sensações de sufocação ou 
asfixia, tontura ou instabilidade e sensação de 
irrealidade (desrealização e/ ou despersonalização), 
parestesias, ondas de calor ou frio, sudorese, desmaio, 
tremor e estremecimento, bem como medo de morrer, 
enlouquecer ou perder o controle de si mesmo. 
• A maioria das sensações físicas de um ataque de 
pânico representa a hiperestimulação maciça do 
sistema nervoso autônomo. 
• O ataque dura, em média, de 20 a 30 minutos e 
raramente mais de uma hora. O exame formal do estado 
mental durante o ataque de pânico pode revelar 
ruminação, dificuldade de fala (p. ex., gagueira) e 
comprometimento da memória. 
• É possível experimentar depressão ou 
despersonalização durante um ataque. Os sintomas 
podem desaparecer de forma rápida ou gradual. 
• O risco de suicídio durante a vida nesse grupo é mais 
alto do que em pessoas sem transtorno mental. 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS 
Ataques de pânico recorrentes e inesperados. Um ataque 
de pânico é um surto abrupto de medo intenso ou 
desconforto intenso que alcança um pico em minutos e 
durante o qual ocorrem quatro (ou mais) dos seguintes 
sintomas: 
Nota: O surto abrupto pode ocorrer a partir de um estado 
calmo ou de um estado ansioso. 
 
1. Palpitações, coração acelerado, taquicardia. 
2. Sudorese. 
3. Tremores ou abalos 
4. Sensações de falta de ar ou sufocamento. 
5. Sensações de asfixia. 
6. Dor ou desconforto torácico. 
7. Náusea ou desconforto abdominal. 
8. Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou 
desmaio. 
9. Calafrios ou ondas de calor. 
10. Parestesias (anestesia ou sensações de formigamento). 
11. Desrealização (sensações de irrealidade) ou 
despersonalização (sensação de estar distanciado de 
si mesmo). 
12. Medo de perder o controle ou “enlouquecer”. 
13. Medo de morrer. 
 
Pelo menos um dos ataques foi seguido de um mês (ou mais) 
de uma ou de ambas as seguintes características: 
 1. Apreensão ou preocupação persistente acerca de 
ataques de pânico adicionais ou sobre suas consequências 
(p. ex., perder o controle, ter um ataque cardíaco, 
“enlouquecer”). 
 2. Uma mudança desadaptativa significativa no 
comportamento relacionada aos ataques (p. ex., 
comportamentos que têm por finalidade evitar ter ataques 
de pânico, como a esquiva de exercícios ou situações 
desconhecidas). 
 
Crises de pânico em um mês + mudanças de 
comportamento por causa das crises (se torna um 
comportamento mais esquivo). 
 
! Crise de pânico: é uma crise ansiosa 
 
Agorafobia 
O termo vem da palavra “àgora”: local em que eram 
realizadas as reuniões dos filósofos. 
É uma consequência frequente do transtorno de pânico, 
embora possa ocorrer na ausência de ataques de pânico. 
As pessoas com agorafobia evitam (ou tentam evitar) 
situações as quais acham que poderiam desencadear um 
ataque de pânico (ou sintomas semelhantes a pânico) ou 
situações das quais pensam que poderia ser difícil escapar 
se tivessem um ataque de pânico. 
 
! A agorafobia é diagnosticada independentemente da 
presença de transtorno de pânico. Se a apresentação 
de um indivíduo satisfaz os critérios para transtorno de 
pânico e agorafobia, ambos os diagnósticos devem ser 
dados. 
! Cursa como um quadro mais grave quando o paciente 
apresenta os dois. 
 
Medo acentuado persistente (mais de 6 meses) ou 
ansiedade. 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS 
Medo ou ansiedade marcantes acerca de duas (ou mais) 
das cinco situações seguintes: 
 
1. Uso de transporte público (p. ex., automóveis, ônibus, 
trens, navios, aviões). 
2. Permanecer em espaços abertos (p. ex., áreas de 
estacionamentos, mercados, pontes). 
3. Permanecer em locais fechados (p. ex., lojas, teatros, 
cinemas) 
4. Permanecer em uma fila ou ficar em meio a uma multidão. 
5. Sair de casa sozinho. 
Medo da crise e do que pode acontecer com ela, medo da 
desassistência no momento da crise. 
 
• O indivíduo tem medo ou evita essas situações devido 
a pensamentos de que pode ser difícil escapar ou de 
que o auxílio pode não estar disponível no caso de 
desenvolver sintomas do tipo pânico ou outros sintomas 
incapacitantes ou constrangedores (p. ex., medo de 
cair nos idosos; medo de incontinência). 
• As mesmas situações quase sempre provocam medo ou 
ansiedade. 
• As situações são ativamente evitadas, requerem a 
presença de uma companhia. 
• O medo ou ansiedade é desproporcional ao perigo 
real apresentado pelas situações agorafóbicas e ao 
contexto sociocultural. 
• O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, 
geralmente durando mais de seis meses. 
• O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento 
significativo ou prejuízo no funcionamento social, 
profissional ou em outras áreas importantes da vida do 
indivíduo. 
º
 
 
Transtorno obsessivo compulsivo (TOC) 
O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é representado 
por um grupo diverso de sintomas que incluem pensamentos 
intrusivos, rituais, preocupações e compulsões. Essas 
obsessões ou compulsões recorrentes causam sofrimento 
grave à pessoa. Elas consomem tempo e interferem 
significativamente em sua rotina normal, em seu 
funcionamento ocupacional, em atividades sociais ou nos 
relacionamentos. Um indivíduo com TOC pode ter uma 
obsessão, uma compulsão ou ambos. 
 
Obsessão: pensamentos (intrusivos: não queremos mas não 
saem da cabeça), impulsos ou imagens recorrentes, 
persistentes e intrusivos. Causam sofrimento para o paciente. 
Compulsões: está relacionado a atos, são comportamentos 
repetitivos, que o paciente sente necessidade em fazer para 
aliviar sua anseidade/ angustia ou em resposta ao seu 
pensamento obsessivo. 
 
• As taxas de TOC são bastante consistentes, com 
uma prevalência vitalícia na população em geral 
estimada em 2 a 3%. 
• Entre adultos, homens e mulheres são igualmente 
afetados, mas, entre adolescentes, os meninos 
costumam ser mais afetados do que as garotas. 
• Prevalência na população em geral é menor que 
5%. Existem 3 tipos de transtorno obsessivo: ele 
pode ser mais obsessivo, mais compulsivo e misto. 
 
! Lembrar que é diferente de Transtorno de 
personalidade obsessiva, onde o comportamento do 
indivíduo é egossintônico;ou seja, não lhe causa 
sofrimento mesmo que possa afetar outras pessoas, já 
no TOC esse comportamento é egodistônico, causa 
sofrimento ao individuo por que são características que 
eles não gostam. 
 
 Características gerais do TOC: 
Pensamentos ou atitudes repetitivos, que, caso o paciente 
não entenda, lhe trazem sofrimento intenso. Podem cursar 
com crises de angustia intensa, com sudorese, taquicardia, 
dispneia, etc (a crise pode ser igual a crise dos transtornos 
ansioso, o que difere são os gatilhos) 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS 
Presença de obsessões, compulsões ou ambas: 
Obsessões são definidas por (1) e (2): 
1. Pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes e 
persistentes que, em algum momento durante a 
perturbação, são experimentados como intrusivos e 
indesejados e que, na maioria dos indivíduos, causam 
acentuada ansiedade ou sofrimento. 
2. O indivíduo tenta ignorar ou suprimir tais pensamentos, 
impulsos ou imagens ou neutralizá-los com algum outro 
pensamento ou ação. 
 
As compulsões são definidas por (1) e (2): 
1. Comportamentos repetitivos (p. ex., lavar as mãos, 
organizar, verificar) ou atos mentais (p. ex., orar, contar 
ou repetir palavras em silêncio) que o indivíduo se sente 
compelido a executar em resposta a uma obsessão ou 
de acordo com regras que devem ser rigidamente 
aplicadas. 
2. Os comportamentos ou os atos mentais visam prevenir 
ou reduzir a ansiedade ou o sofrimento ou evitar algum 
evento ou situação temida; entretanto, esses 
comportamentos ou atos mentais não têm uma conexão 
realista com o que visam neutralizar ou evitar ou são 
claramente excessivos. 
 
Transtorno do Estresse Pós-Traumático (TEPT) 
Um distúrbio de ansiedade caracterizado por crises de 
revivencia do trauma sofrido. Se manifesta em decorrência 
de o portador ter sofridos experiências de atos violentos ou 
de situações traumáticas. Nem todo transtorno mental que 
surge após um trauma é um TEPT (muitas vezes é um 
transtorno psicogênico). É um transtorno crônico, a pessoa 
revivencia o episódio do trauma, que pode ser de semanas 
ou até anos atras, mas o normal é começas logo após. 
 
• Mais comum em mulheres 
• Prevalência de 10% da população geral 
• 60 a 80% da população submetida a traumas 
(cada 10 pessoas que sofrem traumas, 6 a 8 
desenvolvem TEPT 
 
 QUADRO CLÍNICO 
• Revivência do trauma; 
• Sonhos vividos; 
• Desconforto em situações/locais parecidos; 
• Comportamento evitativo; 
• Incapacidade de lembrar alguns aspectos importantes 
do trauma (na psicanálise o trauma surge a partir do 
momento que tem um fator extressante e a pessoa não 
reage – congela- quando isso acontece a pessoa não 
consegue colocar para fora as angústias, medo, 
nervosismo, (recalcar) então um tempo depois isso 
tende a sair, e é quando a pessoa começa a ter as 
crises); 
• Irritabilidade, hipervigilância, resposta exagerada ao 
susto. 
• Angustia; Choro fácil; Taquicardia; Taquipneia/ 
dispneia; Sudorese; Medo intenso 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS 
Exposição a episódio concreto ou ameaça de morte, lesão 
grave ou violência sexual em uma (ou mais) das seguintes 
formas: 
1. Vivenciar diretamente o evento traumático. 
2. Testemunhar pessoalmente o evento traumático 
ocorrido com outras pessoas. 
3. Saber que o evento traumático ocorreu com familiar ou 
amigo próximo. Nos casos de episódio concreto ou 
ameaça de morte envolvendo um familiar ou amigo, é 
preciso que o evento tenha sido violento ou acidental. 
4. Ser exposto de forma repetida ou extrema a detalhes 
aversivos do evento traumático (p. ex., socorristas que 
recolhem restos de corpos humanos; policiais 
repetidamente expostos a detalhes de abuso infantil). 
 
• Tem que ter revivência/ rememoração/ pesadelos e 
comportamento evitativo. 
• O quadro surge até 6 meses após o trauma (ou até 6 
meses do início do trauma, se for longo, crônico – 
º
 
exemplo: assédio persistente no trabalho, criança 
abusada pelo pai) 
 
Transtorno de Ansiedade Social (TAS) 
Antes referido como fobia social envolve o medo de 
situações sociais, incluindo aquelas que envolvem escrutínio 
ou contato com estranhos. O termo ansiedade social reflete 
a diferenciação entre transtorno de ansiedade social e 
fobia específica, que é o medo intenso e persistente de um 
objeto ou uma situação. As pessoas com transtorno de 
ansiedade social temem se embaraçar em situações sociais 
(i.e., reuniões sociais, apresentações orais, encontro com 
pessoas novas). Elas podem ter medos específicos de 
realizar determinadas atividades, como comer ou falar na 
frente dos outros, ou podem experimentar um medo vago e 
inespecífico de “embaraçar-se”. Em ambos os casos, o medo 
no transtorno de ansiedade social é do embaraço que 
pode ocorrer na situação, não da situação em si. 
 
• Prevalência igual entre homens e mulheres 
• Prevalência ao longo da vida variando de 3 a 
13%. 
• Tem início na infância e adolescência 
 
 
Devido a alguns sintomas ansiosos. Quem tem o TAS evita 
o contato porque isso gera um desconforto, medo, etc. 
 
COMORBIDADES: As pessoas com transtorno de ansiedade 
social podem ter história de outros transtornos de 
ansiedade, transtornos do humor, transtornos relacionados 
a substâncias e bulimia nervosa. 
 
 QUADRO CLÍNICO 
• Angustia 
• Choro fácil 
• Taquicardia 
• Taquipneia/dispneia 
• Sudorese 
• Medo intenso 
• Sintomas gastrointestinais (diarreia) – o paciente sabe 
que vai ter contato com o gatilho. 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS 
• Medo ou ansiedade acentuados acerca de uma ou 
mais situações sociais em que o indivíduo é exposto a 
possível avaliação por outras pessoas, medo da 
avaliação negativa. Exemplos incluem interações 
sociais (p. ex., manter uma conversa, encontrar pessoas 
que não são familiares), ser observado (p. ex., comendo 
ou bebendo) e situações de desempenho diante de 
outros (p. ex., proferir palestras). 
• O indivíduo teme agir de forma a demonstrar sintomas 
de ansiedade que serão avaliados negativamente (i.e., 
será humilhante ou constrangedor; provocará a 
rejeição ou ofenderá a outros). 
• As situações sociais quase sempre provocam medo ou 
ansiedade. 
• As situações sociais são evitadas ou suportadas com 
intenso medo ou ansiedade. 
• O medo ou ansiedade é desproporcional à ameaça 
real apresentada pela situação social e o contexto 
sociocultural. Causa sofrimento clinicamente significativo 
ou prejuízo 
 
Medo acentuado e persistete (6 meses ou mais) 
em situações sociais. 
 
Fobias específicas 
Um medo excessivo de objeto, circunstância ou situação 
específicos. A fobia específica é um medo intenso e 
persistente de um objeto ou de uma situação. O 
diagnóstico de fobia específica requer o desenvolvimento 
de ansiedade intensa, mesmo a ponto de pânico, quando 
da exposição ao objeto temido. Pessoas com essa fobia 
podem antecipar lesões, tal como serem mordidas por um 
cão, ou podem ficar em pânico ante o pensamento de 
perder o controle; por exemplo, se têm medo de andar de 
elevador, também podem se preocupar com a possibilidade 
de desmaiar após a porta se fechar. 
• A prevalência ao longo da vida de fobia 
específica é de cerca de 10%. 
• É o transtorno mais comum entre as mulheres e o 
segundo mais comum entre os homens, atrás apenas 
dos transtornos relacionados a substâncias 
• A idade de pico para o início das fobias do tipo 
ambiente natural e do tipo sangue-injeção-
ferimentos é dos 5 aos 9 anos, ainda que possa 
ocorrer mais tarde. 
• A idade de pico para o início das fobias do tipo 
situacional (exceto para medo de altura) é mais 
alta, em torno dos 20 anos. 
 
 
Temas psicodinâmicos nas fobias 
 
! O que diferencia do medo intenso é que a pessoa com 
fobia específica não consegue aguentar, ela entra em 
crise quando tem contato com o gatilho. 
 
 QUADRO CLINICO 
• Medo exacerbado de animais, objetos ou situações 
claras(saber qual é o medo); 
• A exposição ao “gatilho” traz crise de ansiedade 
º
 
• O estímulo é evitado pelo pacientee (ou tolerado com 
pavor) 
• O principal achado no exame do estado mental é a 
presença de um medo irracional e egodistônico de uma 
situação, uma atividade ou um objeto específicos; os 
pacientes são capazes de descrever como evitam o 
contato com a fobia. 
• Com frequência, é encontrada depressão no exame do 
estado mental, a qual pode estar presente em até um 
terço de todos os casos 
 
 TIPOS 
 
Exemplos de fobias 
 
Fobias específicas incluem vários transtornos (claustrofobia, 
cinofobia, hidrofobia, xenofobia, agorafobia etc). 
• Animais; (p. ex., aranhas, insetos, cães). 
• Ambiente natural; (p. ex., alturas, tempestades, água). 
• Sangue e ferimento; s (p. ex., agulhas, procedimentos 
médicos invasivos). 
• Situações; (p. ex., aviões, elevadores, locais fechados). 
• Outros; (p. ex., situações que podem levar a asfixia ou 
vômitos; em crianças, p. ex., sons altos ou personagens 
vestidos com trajes de fantasia). 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS 
• Medo ou ansiedade acentuados acerca de um objeto 
ou situação (p. ex., voar, alturas, animais, tomar uma 
injeção, ver sangue). 
• O objeto ou situação fóbica provoca uma resposta 
imediata de medo ou ansiedade, é ativamente evitado 
ou suportado com intensa ansiedade ou sofrimento. 
• O medo ou ansiedade é desproporcional em relação 
ao perigo real imposto pelo objeto ou situação, é 
persistente, geralmente com duração mínima de seis 
meses, causa sofrimento ou prejuízo 
 
Medo exacerbado + sofrimento intenso em 
contato com gatilho + evitação + pelo menos 
6 meses. 
 
! Tratamento: terapia de exposição 
 
Tratamento 
Mudança do Estilo de Vida (MEV); psicoterapia; 
psicofármacos e psicoeducação. 
Tratamento farmacológico 
 ANTIDEPRESSIVOS 
• Resolvem a disfunção de neurotransmissores a longo 
prazo, inibem sua recaptação, fazem com que ele fique 
mas tempo na fenda sináptica, estimule mais receptores 
e faz com que o neurotransmissor “trabalhe mais”. Não 
causam dependência. 
• Inibidores seletivos de recaptação de serotonina: 
sertralina, escitalopram, fluoxetina (são os mais 
utilizados) 
• Duais: inibidores não seletivos de recaptação de 
serotonina, eles inibem a recaptação de 5ht e NA; 
duloxetina, venlafaxina, desvenlafaxina 
• Tricíclicos: estimulam os 3 neurotransmissores mas 
possuem muitos efeitos colaterais, amitriptilina, 
nortriptilina, clomipramina. 
• Outros: mirtazapina, bupropiona 
 
 ANSIOLÍTICOS: são sintomáticos (usados para 
aliviar os sintomas). 
 Benzodiazepínicos: moduladores alostéricos, (receita 
azul; causam dependência); 
• Atuam como ansiolíticos, anticonvulsivantes, hipnóticos, 
amnésicos, relaxantes musculares; 
• Clonazepam, diazepam: meia vida longa; 
• Alprazolam, bromazepam: meia vida intermediária; 
• Lorazepam, midazolam: meia vida curta/ultrac. 
 
TABELA DE EQUIVALÊNCIA DO BZD 
 
 
 EFEITOS COLATERAIS DOS BENZODIAZEPÍNICOS (com 
anos de uso) 
Dependência; Tolerância; Aceleram processos demenciais; 
Risco de uso abusivo; Depressão respiratória (em altas 
doses, ou associados ao álcool); Alterações 
psicomotoras/risco de queda e acidentes; Disfunção 
cognitiva; Abstinência (tremor, irritabilidade, náuseas, 
cefaleia etc). 
 
! No toc pode ser necessário usar um antipsicótico junto 
com um antidepressivo (ISRS) para tratar o 
esquizotoque, ou um toque que não tem uma boa 
resposta a um antidepressivo. 
• Tópicos: haldol, trifluopezarida e tirozida 
• Atípicos: olanzapina, risperidona, aripiprazol 
 
Classificação na COD 10 
CID 10 - F40 - Transtornos fóbico-ansiosos 
CID 10 - F40.0 - Agorafobia 
CID 10 - F40.1 - Fobias sociais 
CID 10 - F40.2 - Fobias específicas (isoladas) 
CID 10 - F40.8 - Outros transtornos fóbico-ansiosos 
CID 10 – F40.9 - Transtorno fóbico-ansioso não 
especificado 
CID 10 - F42 - Transtornos Obsessivo-Compulsivo 
CID 10 - F43 - Relação ao Estresse Grave 
º
 
 
Da dor ao suicídio 
Segue uma sequência que se inicia com o sofrimento, depois 
vem o pensamento de morte eu pode evoluir para a 
ideação suicida, para o planejamento suicida, até chegar 
a uma tentativa de suicídio. 
Suicídio ativo (quando algo é feito diretamente com a 
intenção de se matar – ex: quando eu sei que está vindo 
um carro e atravesso a rua) x Suicídio passivo (intencional 
– a pessoa assume um comportamento de risco - ex: quando 
eu sei que está vindo um carro e atravesso sem olhar) 
É interessante rastrear fatores de proteção: conjugue, 
espiritualidade, filhos, alguém de confiança. 
 
Curiosidades 
• Despersonalização é a pessoa não se reconhecer; 
desrealização é a sensação de que o 
ambiente/pessoas ao seu redor está estranho. 
• Egossintônico: não traz sofrimento pra pessoa. 
Egodistônico: são as características que o individuo 
não gosta 
• Mecanismo álcool/convulsões: Durante o consumo 
crônico do álcool, há aumento da transmissão 
GABAérgica e diminuição da atividade glutamatérgica 
com up regulation dos receptores NMDA. No período de 
abstinência, a diminuição do tônus GABAérgico e o 
aumento do tônus glutamatérgico por hiperestimulação 
de NMDA seriam os principais responsáveis pelo 
surgimento das CAbs (crises por abstinência do álcool) 
• Transtorno psicogênico: todo estresse que surge logo 
após um evento bem claro (morte de alguém próximo, 
divorcio, falência, etc)

Mais conteúdos dessa disciplina