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EXMO. Sr. Dr. JUIZ DO TRABALHO DA 5º VARA DO TRABALHO DE SÃO 
PAULO 
Andréa dos Santos Barbosa, brasileira, casada, desempregada, 
portadora da identidade   999, CPF 7585758, residente e domiciliada na 
Rua São Francisco, 235, Vila da Selva – Campinas – CEP 30225, por intermédio 
de seu advogado infra-assinado, endereço eletrônico: xxxxxxx@xxx.com, com 
procuração em anexo e endereço profissional à Rua xxxxxxxx, Nº 000 – Apto. 
000 – bairro, CEP, cidade/UF, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, 
com fulcro no Art. 840 da CLT, propor: 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA C/C PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA 
pelo procedimento SUMARÍSSIMO, em face de Balas de todos os tipos Ltda, 
pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ através do Nº 
00.000.000/001-00, endereço eletrônico: xxxxxxx@xxxx.com, estabelecida na 
Rua xxxxxxxxxxx, Nº 000 – bairro, CEP, localizada em Campinas, pelos fatos e 
fundamentos expostos a seguir: 
I – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
O Reclamante requer o benefício da gratuidade de justiça assegurado no Art. 5º, 
inciso LXXIV da Constituição Federal e disciplinado nos Artigos 98 e seguintes 
da Lei 13.105/15 (CPC), inclusive para efeito de possível recurso, tendo em vista 
estar impossibilitado de arcar com as despesas processuais sem prejuízo do 
próprio sustento e de sua família, conforme declaração de hipossuficiência em 
anexo. 
III – DOS FATOS 
O Reclamante foi admitido pela empresa Reclamada como cozinheira, 
de 02/02/2018 a 06/06/2019, recebendo um salário de R$1.200,00 (hum mil 
e duzentos reais) mensais. Função essa desenvolvida até a data efetiva da 
rescisão do seu Contrato de Trabalho. 
Em 06/06/2019, o Reclamante foi notificado pela Reclamada que seu contrato 
de trabalho seria rescindido sem justa causa, e que seu afastamento se daria na 
mesma data, ficando então dispensado do cumprimento do aviso prévio, isto é, 
este ocorreria de forma indenizada. A Notificação de Dispensa e o comunicado 
do Aviso Prévio indenizado encontram-se devidamente anexados aos autos da 
presente peça exordial. 
Contudo, até a presente data não houve a homologação da Rescisão do 
Contrato de Trabalho, nem tampouco o pagamento das verbas contratuais e 
rescisórias. Sendo assim, não restou ao Reclamante uma alternativa que não 
fosse o ajuizamento da presente Reclamação Trabalhista. 
IV – DO PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA – EXPEDIÇÂO DE ALVARÁ 
JUDICIAL PARA MOVIMENTAÇÃO DA CONTA VINCULADA DO FGTS. 
Conforme já mencionado acima, o Reclamante foi demitido sem justa causa em 
06/06/2019. Ocorre que, até a presente data, a Reclamada não lhe forneceu o 
TRCT, assim como também não ocorreu a devida homologação perante o 
sindicato de classe, impedindo dessa forma o saque do valor existente na conta 
vinculada do FGTS. 
No presente caso, os requisitos para a concessão da antecipação dos efeitos da 
tutela estão presentes, uma vez que os documentos que instruem esta peça 
exordial demonstram que o rompimento do vínculo empregatício se deu por 
iniciativa do empregador, sem justa causa. 
O Art. 300 do CPC, subsidiariamente aplicado no caso em tela por força do Art. 
769 da CLT, estabelece que a tutela de urgência pode ser concedida 
liminarmente quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do 
direito e o perigo de dano. 
O fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação encontra-se 
presente na necessidade de o Reclamante garantir a sua subsistência e de sua 
família. 
REQUER o deferimento da antecipação dos efeitos da tutela, a fim de que seja 
expedido alvará judicial, para que o Reclamante possa sacar o valor existente 
na sua conta vinculada do FGTS, nos termos do Art. 300 do CPC. 
V – DAS VERBAS CONTRATUAIS E RESCISÓRIAS 
V. 1 – DO AVISO PRÉVIO INDENIZADO 
Tendo em vista a inexistência de justa causa para a rescisão do contrato de 
trabalho, surge para o Reclamante o direito ao Aviso Prévio indenizado, 
prorrogando o término do contrato para o mês de junho/2019, uma vez que o § 
1º do Art. 487 da CLT, estabelece que a não concessão do aviso prévio pelo 
empregador dá direito ao empregado o recebimento dos salários 
correspondentes ao prazo do aviso. 
Eis o dispositivo, 
in verbis: 
CLT - Art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, 
quiser rescindir o contrato, deverá avisar a outra da sua resolução, com a 
antecedência mínima de 30 dias.(...)§ 1º - A falta do aviso prévio por parte do 
empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo 
do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço. 
Diante disso e consoante ao Art. 1º, parágrafo único, da Lei 12.506/11 o 
Reclamante faz jus, portanto, ao aviso prévio indenizado correspondente a 45 
(quarenta e cinco) dias de tempo de serviço, assim como os seus reflexos. Sendo 
assim, a Reclamada deve pagar ao Reclamante o valor de R$ 2.840.09 (dois mil, 
oitocentos e quarenta reais e nove centavos), devidamente corrigido 
monetariamente e acrescido de juros legais. 
V. 2 – DAS FÉRIAS PROPORCIONAIS + 1/3 CONSTITUCIONAL 
O Reclamante tem direito a receber o período incompleto de férias, acrescido do 
terço constitucional, em conformidade com o Art. 146, parágrafo único da 
CLT e Art. 7º, inciso XVII da CRFB/88. CLT - Art. 146 - Na cessação do contrato 
de trabalho, qualquer que seja a sua causa, será devida ao empregado a 
remuneração simples ou em dobro, conforme o caso, correspondente ao período 
de férias cujo direito tenha adquirido. 
Parágrafo único - Na cessação do contrato de trabalho, após 12 (doze) meses 
de serviço, o empregado, desde que não haja sido demitido por justa causa, terá 
direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de acordo com o 
art. 130, na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de serviço ou fração 
superior a 14 (quatorze) dias. 
CRFB/88 - Art. 7º - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de 
outros que visem à melhoria de sua condição social: 
(...) 
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do 
que o salário normal; 
Observa-se que o parágrafo único do Art. 146 da CLT, prevê o direito do 
empregado ao período incompleto de férias na proporção de 1/12 por mês 
trabalhado ou fração superior a 14 (quatorze dias). Sendo assim, tendo o período 
aquisitivo iniciado em de 02/02/2018 e findado em 06/06/20196, o Reclamante 
faz jus a 8/12 de férias proporcionais acrescidas do terço constitucional. 
Diante disso, a Reclamada deverá pagar ao Reclamante o correspondente a R$ 
XXXXX, valor esse que deverá ser acrescido de juros e correção monetária. 
V. 3 – DO 13º SALÁRIO PROPORCIONAL 
As Leis 4.090/62 e 4.749/65 preceituam que o décimo terceiro salário deverá ser 
pago até o dia 20 de dezembro de cada ano, sendo ainda certo que a fração 
igual ou superior a 15 (quinze dias) de trabalho será havida como mês integral 
para efeitos do cálculo do 13º salário. Assim, tendo o contrato de trabalho findado 
em 06/06/2019, o Reclamante tem direito ao recebimento do correspondente a 
6/12 em relação a remuneração percebida, observando neste caso, o valor de 
R$ XXXX (XXXXX XXXX), que deverá ser pago pela Reclamada devidamente 
corrigidos monetariamente e acrescidos de juros. 
V.4 – DA MULTA DE 40% 
Em virtude de se tratar de uma rescisão sem justa causa do contrato de trabalho, 
deverá ser paga uma multa, em favor do Reclamante, de 40% sobre o valor total 
do saldo do FGTS, de acordo com o § 1º do Art. 18 da Lei 8.036/90 c/c Art. 7º, 
inciso I, da CRFB/88. 
Conforme o extrato analítico de conta vinculada do FGTS acostado aos autos, o 
valor base para fins rescisórios é de R$ XXXX,XX (XXXXXXXXXXXXX), que 
acrescidos os depósitos faltantes mencionados no item anterior, perfaz um total 
de R$ XXXX,XX (XXXXXXXXXXXXX) 
Cabe então, em favor do Reclamante o correspondente a R$ XXXX,XX 
(XXXXXXXXXXXXX). Valor este que deverá ser pago pela Reclamada 
devidamente corrigido monetariamente e acrescido de juros legais. 
V.7– DA MULTA DO ARTIGO 477 DA CLT No prazo estabelecido no Art. 477, 
§ 6º, da CLT, não houve o pagamento das verbas rescisórias acima elencadas. 
Neste sentido se impõe em favor do Reclamante uma multa equivalente a um 
mês de salário revertida em seu favor, conforme consubstancia o § 8º do mesmo 
artigo da CLT acima citado. 
V.8 – DA MULTA DO ARTIGO 467 DA CLT A Reclamada deverá pagar ao 
Reclamante, no ato da audiência, todas as verbas incontroversas, sob pena de 
acréscimo de 50%, conforme Art. 467 da CLT, transcrito a seguir: CLT - Art. 467. 
Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre o 
montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao 
trabalhador, à data do comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte 
incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de cinquenta por 
cento. 
Desta forma, protesta o Reclamante pelo pagamento de todas as parcelas 
incontroversas na primeira audiência. 
VI – DO DANO MORAL Nos exatos termos do Art. 114 da Constituição Federal, 
a Justiça do Trabalho é competente para julgar, também, o pedido de 
indenização por danos morais, quando este advém da relação de emprego. 
No transcorrer de liame contratual é evidente que o reclamante foi vítima de 
danos morais praticado pela reclamada que constantemente atrasava os 
salários. Cabendo ainda destacar, como agravante, o fato de que sequer 
adimpliu as verbas rescisórias e saldo de salários. 
É de extrema nitidez que o Reclamante foi submetido a situação de humilhação, 
constrangimento e desprestígio, expondo-a ao ridículo e a uma condição de 
penúria que não pode ser tolerada por este M.M. Juízo. Diante do exposto 
pugna-se pela condenação da Reclamada ao pagamento de indenização por 
danos morais. 
Em que pese o grau de subjetivismo que envolve o tema da fixação da 
reparação, vez que não existem critérios determinados e fixos para a 
quantificação do dano moral, a reparação do dano há de ser fixada em montante 
que desestimule o ofensor a repetir o cometimento do ilícito. 
Diante disso acreditamos que o valor correspondente a R$ 5.000,00 (cinco mil 
reais) esteja dentro do que preconiza o Princípio da Razoabilidade. 
VII – DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
O Art. 133 da Constituição Federal de 1988, norma cogente, de interesse público, 
das partes e jurisdicional, tornou o advogado indispensável à administração da 
justiça. 
Em que pese existir, no âmbito da Justiça do Trabalho, o Princípio jus postulandi, 
sabe-se que, caso um reclamante comece um litígio sem auxílio de um 
advogado, este poderá ser seriamente prejudicado, em virtude de geralmente 
não possuir o conhecimento técnico adequado para litigar em juízo. 
Além disso, é sabido que as empresas Reclamadas, por serem detentoras de 
poder econômico avantajado, certamente estarão sempre acompanhadas por 
operadores do direito altamente qualificados, o que, somado ao jus postulandi 
do Empregado, tornaria o trabalhador ainda mais hipossuficiente na busca por 
seus próprios direitos. 
Dessa forma, na busca de uma igualdade material dentro de uma demanda, se 
faz necessária, sim, a presença do advogado em juízo, acompanhando o 
Reclamante. Nada mais justo e coerente, portanto, do que o deferimento de 
honorários advocatícios por força do Princípio da Sucumbência, estabelecido 
nos termos do Art. 85 do CPC. 
VIII – DOS PEDIDOS 
Diante de todo o exposto Requer: 
1 – O benefício da gratuidade de justiça assegurado no Art. 5º, inciso LXXIV da 
Constituição Federal e disciplinado nos Artigos 98 e seguintes da Lei 13.105/15 
(CPC); 
2 - O deferimento da antecipação dos efeitos da tutela, inaudita altera pars, a fim 
de que seja expedido alvará judicial, para que o Reclamante possa sacar o valor 
existente na sua conta vinculada do FGTS, nos termos do Art. 300 do CPC. 
3 – A Notificação da reclamada, para que compareça em audiência, e, querendo, 
conteste a presente ação, sob pena de, não o fazendo, incidirem os efeitos da 
revelia; 
4 - A condenação da reclamada ao pagamento das seguintes verbas, acrescidas 
de juros e correção monetária, na forma apurada em liquidação de sentença: 
Saldo de Salário R$ XXXX,XX (XXXXXXXXXXXXX) Aviso Prévio R$ XXXX,XX 
(XXXXXXXXXXXXX) Férias Proporcionais de 9/12 + 1/3 Constitucional R$ 
XXXX,XX (XXXXXXXXXXXXX) 13º Salário proporcional de 1/12 R$ XXXX,XX 
(XXXXXXXXXXXXX) Depósitos do FGTS R$ XXXX,XX (XXXXXXXXXXXXX) 
Multa de 40% do FGTS R$ XXXX,XX (XXXXXXXXXXXXX) Multa do Art. 477, § 
8º da CLT R$ XXXX,XX (XXXXXXXXXXXXX) Multa do Art. 467 da CLT R$ 
XXXX,XX (XXXXXXXXXXXXX)Indenização por Danos Morais R$ XXXX,XX 
(XXXXXXXXXXXXX) Total: R$ XXXX,XX (XXXXXXXXXXXXX) 
5 - A condenação da Reclamada ao pagamento de custas e demais despesas 
processuais, inclusive em honorários advocatícios, estes arbitrados em 20% 
(vinte por cento); 
6 - A intimação da reclamada para juntar aos autos todos os documentos 
referentes à contratação e ao período laborado pela reclamante, em especial os 
comprovantes de depósitos bancários que constatem o pagamento dos salários 
e das férias, sob pena de confissão dos pedidos alegados; 
7 - A PROCEDÊNCIA TOTAL da presente Reclamação Trabalhista, com o 
deferimento de todos os pedidos. Por fim, requer a produção de todos os meios 
de provas admitidas em direito, em especial depoimento pessoal da Reclamante 
e oitiva de testemunhas, além dos depoimentos pessoais dos representantes 
legais das Reclamadas. 
Dá-se a causa o valor de R$ XXXX,XX (XXXXXXXXXXXXX) termos em que, 
Pede deferimento. 
Rio de Janeiro, 25 de maio de 2020 
Advogado 
OAB/SP – 000.000