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Práticas Corporais de Aventura. O que são Risco e Perigo? Ao nos depararmos com as práticas corporais de aventura e/ou os esportes radicais, podemos pensar que são coisas distantes de nossa realidade. Muitas vezes, alguns comentários surgem ao ver um praticante de parkour, por exemplo, saltando pelos obstáculos de uma cidade. Comentários do tipo: “isso é coisa de louco”, “eu jamais faria isso”, “eu nunca teria coragem”, “isso é muito arriscado”, “essa pessoa só pode estar querendo se machucar”. Sim, é bastante comum ouvirmos, não só no Parkour, mas na maioria das PCA’s, como o Rapel, o Bungee Jumping, o Skate, Patins, Slackline etc. Porém, precisamos superar alguns preconceitos e entendermos alguns conceitos bastante importantes para o desenvolvimento das PCA’s. É importante sabermos que existe uma diferença entre risco e perigo, e que isso interfere diretamente no entendimento dos esportes radicais. Além disso, uma forma de proporcionar uma prática segura e de confiança é se utilizando do risco controlado, de maneira a reduzir os riscos de acidentes e eventos não previstos. Vamos entender esses conceitos a seguir. Conceitos de Risco e Perigo É muito comum, no nosso dia a dia, utilizarmos as palavras “risco” e “perigo” com o mesmo significado, mas saber o que cada uma realmente quer dizer pode ser o ponto chave para evitar diversos problemas. Para entendermos melhor, vamos ilustrar a seguinte situação: Vejamos bem, uma tempestade com raios representar um perigo quando observada de um lugar seguro: Porém, ficar exposto a tempestade em um campo aberto, representa um risco. O Perigo está sempre relacionado a algo que é intrínseco a determinado elemento, ou seja, o perigo representa algo que em sua natureza é perigoso, como por exemplo o fogo, que sempre nos representa o perigo de queimaduras. Já o RISCO é a probabilidade de uma situação perigosa ou acidente acontecer. Assim, quanto mais exposto eu for ao perigo, sem os cuidados necessários, mais risco eu estarei correndo. Deu para entender? Em conclusão, o importante é saber calcular o risco de se expor ao perigo, e identificar se vale a pena. Ou seja, se é possível controlar o risco de determinada prática. Um exemplo disso é o banho em rio, apesar de parecer tranquilo, representa um perigo de afogamento, por exemplo, porém, esse risco pode ser controlado se a pessoa que for se banhar no rio souber nadar, ou estiver acompanhado de pessoas que a auxiliem. Para saber mais sobre essa definição, acesse: “Risco e Perigo - Qual a diferença? - YouTube” Risco Controlado Partindo do entendimento de risco e perigo, como o risco pode ser controlado nas Práticas Corporais de Aventura, considerando que algumas situações nessas práticas podem ser consideradas perigosas? O risco de alguma lesão corporal está presente em boa parte das práticas esportivas, porém, nas práticas de aventura, tem-se um diferencial. Essas práticas proporcionam ao praticante emoções, sensações, perícias e proezas extremas. São modalidades que oferecem um maior grau de risco físico aos praticantes, sendo realizadas em um ambiente desafiador e incerto. O risco precisa ser controlado a partir de equipamentos de segurança, da habilidade e experiência dos praticantes ou dos orientadores que devem calcular o risco antes da atividade. Um exemplo disso é o Parkour. O Parkour recebe muitas críticas por ser tido como um esporte de alto risco, mas é preciso grifar que os praticantes experientes dificilmente se machucam, pois calculam todos os riscos antes de realizarem suas manobras. Em conclusão, podemos afirmar que risco e perigo não são a mesma coisa, e que o risco de determinada prática pode ser controlado por equipamentos de segurança e pela a habilidade dos praticantes ou das equipes que coordenam a prática. Nessa aula, também discutiremos sobre o preconceito que é enfrentado por alguns praticantes de práticas corporais de aventura. Uma forma de quebrar esse preconceito e estarmos mais disponíveis a participar dessas práticas é exatamente conhecendo melhor as mesmas. Exercício 1. As PCA’s proporcionam ao praticante emoções, sensações, perícias e proezas extremas. São modalidades que oferecem um maior grau de risco físico aos praticantes, sendo realizadas em um ambiente desafiador e incerto. O que é necessário para que o risco seja amenizado e essas práticas possam ser realizada com segurança? https://www.youtube.com/watch?v=aIjwdWgxbXo https://www.youtube.com/watch?v=aIjwdWgxbXo a) A habilidade dos praticantes impede que eles corram risco de vida ou de lesão. b) Os equipamentos de segurança bastam para uma prática sem riscos. c) O risco precisa ser controlado a partir da habilidade dos praticantes e de sua coragem para enfrentar os medos, apenas. d) O perigo é constante e, em alguns casos não é possível amenizá-lo. e) O risco precisa ser controlado a partir de equipamentos de segurança, da habilidade e experiência dos praticantes ou dos orientadores que devem calcular o risco antes da atividade. 2. Julgue como verdadeira ou falsa a seguinte afirmação: "Na prática dos esportes radicais e de aventura o risco é eminente e não é possível controlá-lo." a) Verdadeira. b) Falsa. 3. Julgue como verdadeira ou falsa a seguinte afirmação: "O Parkour recebe muitas críticas por ser tido como um esporte de alto risco, mas é preciso grifar que os praticantes experientes dificilmente se machucam, pois calculam todos os riscos antes de realizarem suas manobras." a) Verdadeira. b) Falsa. 4. Risco e Perigo são a mesma coisa? Explique.