Prévia do material em texto
1. INTRODUÇÃO Desde a primeira publicação em 1968, ABA tem alcançado um crescimento notável, especialmente nos Estados Unidos, onde este campo de conhecimento foi originado. Aba está constantemente avançado para concretizar todas as dimensões que a tornam uma ciência respeitável. Muitas estratégias de pesquisa, avaliação e intervenção (por exemplo: designs de caso único, análise funcional do comportamento e estratégias de suporte comportamental positivos) foram desenvolvidas incorporando aspectos comportamentais, tecnológicos e conceituais que são utilizados como ferramentas valiosas para melhorar repertórios de comportamentos sociais, acadêmicos de atividades do cotidiano das pessoas. A Análise do Comportamento Aplicada (ABA) no Brasil, está aos poucos ganhando espaço, enquanto um método de intervenção para o autismo, mas somente poucos profissionais possuem treinamento apropriado na área. ABA investiga as variáveis que afetam o comportamento humano, através da modificação de seus antecedentes Os avanços da ABA, enquanto uma ciência aplicada, tem sido restritos no Brasil, devido a uma maior ênfase em investigações e treinamento em pesquisa básica dos princípios do comportamento, com poucos investimentos em pesquisa e treinamento sobre a aplicação destes princípios para promover comportamentos socialmente importantes (TODOROV, HAVANA 2010). Ainda são necessários esforços da comunidade cientifica da análise do comportamento aplicada, para a explicação e modificação do comportamento humano, baseado em uma abordagem rigorosa, tecnológica e profissional. Portanto, o modelo compreende que o comportamento humano é influenciado pelos estímulos ambientais que o antecedem (denominados antecedentes) e são aprendidos em função de suas consequências. Dessa forma, enquanto o campo gradativamente progride, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil, ABA cumprirá o seu papel de melhorar a qualidade de vida das pessoas, especialmente daquelas com transtornos do espectro autismo. Em relação ao TEA, de modo geral, o tratamento para essas pessoas é intenso e abrangente, havendo necessidade da participação da família/cuidadores da criança/pessoa e uma equipe multiprofissional. Portanto, a partir de uma avaliação realizada por essa equipe, elabora-se um plano terapêutico, que deve respeitar a necessidade e individualidade do paciente e a família poderá, ainda, combinar mais de um método de tratamento consoante ao caso em questão. E por esta razão, é fundamental a realização de um estudo, com vistas, a se verificar as evidências científicas acerca do uso deste método, com crianças que vivem no Espectro do Autismo. Este é de grande valia para pais, profissionais de saúde, professores e outras pessoas envolvidas e interessadas na temática. As principais técnicas utilizadas são: identificação das distorções cognitivas, controle de atividades e agendas, utilização de cartões de autoajuda, treinamento de habilidades, realização de tarefas cognitivas e comportamentais durante as sessões. Portanto, esta pesquisa procurou responder: quais os aspectos terapêuticos e instrumentos utilizados na Análise do Comportamento Aplicada às pessoas no Transtorno do Espectro Autista? Tendo como objetivo principal, investigar a literatura produzida sobre os aspectos terapêuticos e instrumentos utilizados na Análise do Comportamento Aplicada às pessoas no Espectro do Autismo. 2. O SURGIMENTO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA: Até a década de 1970 a Análise do Comportamento foi composta por três modelos de pesquisa e assistência, dentre eles podemos destacar o modelo paralelo que se estendeu até 1959, caracterizado pela separação da ciência e da prática, ou seja, a ciência até então não se interessava pela atuação dentro da sociedade, o que consequentemente levava os analistas a partirem para a prática, realizando intervenções que visavam a resolução de problemas humanos, somente após a formação em investigação básica dos processos comportamentais. Somente a partir da década de 1960 é que acontece a união entre ciência e prática, momento em que ocorre o surgimento da ABA (Análise do Comportamento Aplicada) e o fortalecimento do modelo cooperativo, que tem como objetivo aprimorar os métodos já existentes, no qual o paciente participava do tratamento ativamente e não era visto somente como cliente e sim como cooperador do processo. O modelo cooperativo ganha ainda mais força na década de 1970, com a prática se sobrepondo sobre a ciência, o que acabou gerando críticas sobre a substituição dos conceitos, muito valorizados anteriormente, por procedimentos e métodos. Durante esse período a análise básica dos processos comportamentais foi substituída pela utilização dos métodos já existentes, a fim de promover resultados imediatos, o que consequentemente deixou de lado as investigações experimentais e a produção de material científico que poderia levar ao estudo de novos métodos. Com o contínuo uso prático de metodologias experimentais já descobertas em ambientes que apresentavam contingências naturais, na década de 1980 como resultado, a condição crítica da pesquisa aplicada é recuperada, bem como há a aproximação desta com a pesquisa básica. O interesse dos estudiosos de ABA se baseava em criar um intercâmbio entre a pesquisa básica e a prática, a fim de analisar qualitativamente os resultados da metodologia na vida cotidiana do cliente, de forma a produzir resultados imediatos. A Análise do Comportamento Aplicada ocupa o lugar de estudo básico dos processos comportamentais do sujeito, enquanto utiliza intervenções com o intuito de solucionar problemas humanos, ou seja, ao passo que que produz ganhos significativos na ciência, possui um papel significativo voltado as questões sociais, promovendo resultados que levam ao indivíduo a sensação de bem-estar. 3. METODOLOGIA A Análise do Comportamento Aplicada é uma ciência integrante da Análise do Comportamento, tem como filosofia o Behaviorismo Radical e faz uso de métodos experimentais e sistemáticos, que são aplicados a problemas sociais relevantes. Há uma preocupação com as questões sociais, os estímulos, comportamentos e com o sujeito, que por meio das intervenções devem gerar resultados relevantes tanto para si próprio quanto para a sociedade e não somente gerar ganhos aos estudos e pesquisas teóricas. A ABA segue os princípios do condicionamento operante, conceito adotado por Skinner, o qual postula que os comportamentos são aprendidos através da interação entre sujeito e ambiente. A metodologia além de se preocupar com o sujeito, mensurando seus comportamentos quantitativamente, investiga as variáveis ambientais que afetam esse comportamento, modificando-o através da manipulação dos antecedentes e dos consequentes, ou seja, os comportamentos sofrem influência tanto dos eventos que antecedem a ação e como resultado levam a aprendizagem em decorrência das consequências geradas por tal. As consequências agradáveis tendem a manter e a aumentar a frequência do comportamento, enquanto consequências desagradáveis levam o sujeito a apresentar o comportamento com menor frequência ou levar a extinção deste. Apesar de ser muito conhecida como uma tecnologia aplicada a pessoas portadoras do autismo, ABA pode ser utilizada tanto em crianças quanto em adultos, que não necessariamente possuem alguma deficiência ou necessidades especiais, é possível aplicá-la em diversos ambientes como em escolas, no trabalho, hospitais, clínicas e na comunidade. A ABA analisa as variáveis ambientais que influenciam o comportamento, através dos eventos antecedentes e dos eventos consequentes. Essa terapia aplica métodos científicos experimentalmente, e por meio de resultados empíricos comprova a eficiência dos princípios utilizados durantea intervenção. O objetivo da ABA é aplicar princípios científicos em situações da vida cotidiana, principalmente voltadas a questões sociais, é necessário identificar as variáveis que afetam o comportamento do sujeito e realizar as intervenções a fim de melhorar, aumentar ou diminuir a frequência de ocorrência desses comportamentos. Os métodos da ABA podem ser aplicados pelos analistas do comportamento, já que são profissionais qualificados para conduzir os princípios, o que torna a Análise do Comportamento uma abordagem profissional. Esses profissionais utilizam intervenções fundamentadas nos resultados advindos das pesquisas experimentais, além de dispor um código ético a fim de conduzir sua atuação. No Brasil, assim que o aluno conclui o curso de Psicologia, já é considerado apto a atuar com a Análise do Comportamento, porém se faz necessária a busca de mais conhecimento e treinamento para uma atuação eficiente. A metodologia ABA se baseia em quatro pressupostos filosóficos, os quais sofreram forte influência do Behaviorismo Radical de Skinner, são eles: positivismo, funcionalismo, estruturalismo e associacionismo. O determinismo defende que o comportamento é eliciado por eventos ambientais, o que coincide com os princípios da ABA, pois essa metodologia propõe que o comportamento ocorre devido aos eventos posteriores a ação, as consequências. 4. BASES CONCEITUAIS DA ABA: São estas: 4.1.. Determinismo: É o pressuposto filosófico que o comportamento humano é causado ou determinado pelos eventos do ambiente, deste modo, estando sujeito à investigação científica ou predição. Tal princípio da regularidade dos comportamentos é essencial na ABA, pois esta postula que o modo que os seres humanos se comportam está diretamente e funcionalmente relacionado às consequências de suas ações, baseando-se nos princípios de condicionamento operante. O objetivo do analista do comportamento é aumentar as opções para o indivíduo com autismo, por exemplo, ele irá exercitar sua liberdade para escolher respostas alternativas para comportamentos mal adaptativos. 4.2. Empiricismo É o conceito filosófico que defende que o conhecimento deve ser adquirido a partir de fenômenos observáveis e mensuráveis, que podem ser verificados pela experiência ou prática experimental. A ABA se baseia em dados verificáveis, obtidos através de uma observação sistemática de comportamentos como a fonte de conhecimento e técnicas produzidas. 4.3. Parcimônia É o pressuposto filosófico de que, quando duas teorias procuram explicar os mesmos fatos, aquela que é mais simples, que faz suposições baseadas na observação e possui maior possibilidade de generalidade, deve ser considerada. Portanto, parcimônia subjaz a ABA como uma ciência empírica que explica o comportamento humano, oferecendo conhecimento e estratégias sistemáticas para a modificação do comportamento, enquanto simultaneamente, verifica a generalidade de suas suposições, isto é se podem ser utilizadas para diferentes pessoas, ambientes e comportamentos. 4.4. Método científico É o pressuposto filosófico que envolve um conjunto de técnicas para empiricamente verificar hipóteses e estabelecer relações causais entre eventos. A ABA utiliza métodos de pesquisa de caso único (single case research) para delinear experimentos que possibilitem o controle de variáveis e obter conhecimento científico, que são úteis para promover melhoras no comportamento e na vida das pessoas. 5. DIMENSÕES DA ABA Para que seja considerada ABA, sete dimensões que são consideradas características fundamentais que definem e qualificam a Análise do Comportamento Aplicada. Estas dimensões que caracterizam a ABA, constituíram e impulsionaram o campo como uma ciência tecnológica e profissão promissoras. São importantes, pois descrevem e guiam a análise formativa da ABA, do comportamento na produção de intervenções que são baseadas na evidência e úteis para a sociedade, determinando critérios para a adequação da pesquisa e da prática, tornando a aplicação de intervenções mais efetivas. 5.1. Aplicada Para que seja aplicada, a intervenção deve se focar em comportamentos ou situações que são imediatamente importantes para o indivíduo e para a sociedade, não para a teoria. O objetivo final de uma intervenção considerada aplicada é tornar as pessoas mais independentes e socialmente ajustadas. Deste modo, a intervenção baseada na ABA deverá ter validade social, ou seja, deve satisfazer a necessidade dos indivíduos e da sociedade, que devem ter suas expectativas alcançadas em relação aos procedimentos e resultados obtidos. 5.2. Comportamental A intervenção considerada comportamental é aquela que se preocupa mais com o que os indivíduos fazem, do que com o que eles dizem fazer. Portanto, os comportamentos devem ser observados e precisamente medidos, sendo possível verificar a ocorrência de mudanças e a efetividade da intervenção. Tal precisão na mensuração de comportamentos pode ser um problema em estudos aplicados, porque é essencial que as mudanças realmente ocorram nos indivíduos observados e não apenas na percepção do observador. 5.3. Analítica Para a redução do problema anteriormente citado, os analistas devem utilizar medidas de confiabilidade para o cálculo de concordância entre dois ou mais observadores. A dimensão analítica da ABA, requer a demonstração confiável dos eventos responsáveis pela ocorrência ou não-ocorrência dos comportamentos em estudo, deste modo, permitindo a predição e controle das variáveis que afetam e mantêm tais comportamentos. 5.4. Tecnológica A dimensão tecnológica refere-se à elaboração e definição operacional das estratégias e procedimentos que são efetivos para a aprendizagem e mudança de comportamentos. Para que seja considerada tecnológica, devem ser objetivamente e claramente detalhados tanto a descrição do comportamento quanto dos procedimentos de intervenção. As descrições tecnológicas são importantes para a ABA, pois permitem a aplicação e a reaplicação dos procedimentos de intervenção utilizados. 5.5. Conceitualmente sistemática A descrição dos procedimentos também deve ser conceitualmente sistemática, além de precisa, isto é, os procedimentos devem estar relacionados com os princípios básicos do comportamento que as originaram. 5.6. Efetiva A análise do quão significativa foi a mudança de comportamento, aquela que produz contribuições e mudanças importantes para a qualidade de vida do indivíduo e da sociedade, é necessária para avaliar a efetividade de uma intervenção comportamental. Isso será possível com a coleta consistente de dados ao longo da intervenção, a análise do tamanho da mudança ou do efeito da intervenção pode ser relativa e deve incluir pessoas que convivem diariamente com o indivíduo submetido à intervenção, isto porque uma mudança aparentemente pequena pode ser considerada de extrema significância. 5.7. Generalidade As intervenções comportamentais devem produzir mudanças socialmente importantes no comportamento, mas também necessitam persistir através do tempo, dos ambientes e de diferentes pessoas envolvidas. Por outro lado, os autores afirmam que a “generalidade”, por exemplo, da criança com autismo transmitir o mesmo comportamento tanto com os pais quanto com outras pessoas que tem contato não acontece automaticamente, portanto, a generalidade deve ser “programada e não esperada”. 6. O ABA como tratamento para o autismo 6.1 Transtorno de Espectro Autista O transtorno de espectro autista (TEA) segundo o DSM-V (Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) é um transtorno no neurodesenvolvimento cerebral, onde é caracterizado principalmente por déficits e dificuldades em comunicação e interação social e pela presençade comportamentos repetitivos, sinais estes que podem ser percebidos logo nos primeiros anos de vida e desenvolvimento da criança. As manifestações do TEA podem ser classificadas em leve, moderada e grave, sendo a classificação leve, caracterizada por baixos déficits em comportamentos e interações sociais e poucos atrasos significativos, onde requer maior investigação e atenção aos sintomas que por muitas vezes podem se passar despercebidos. Já em contrapartida, o TEA grave é a representação de um autista com um alto nível de déficit, onde é evidente os baixos índices de comunicação e interação social, além de apresentar de forma mais agravada comportamentos repetitivos e diversos mais intensamente, sendo um deles como exemplo o comportamento de autoagressão ou a manifestação de comportamentos considerados impróprios dentro de determinado ambiente ou contexto. Quanto mais precoce for a identificação destes sintomas, e o início do tratamento com um profissional especializado, melhor e mais eficaz se torna o processo para o desenvolvimento do autista. 6.2- A Análise do Comportamento Aplicada como terapia e intervenção A terapia ABA, de acordo com diversos estudos criados pela Associação para a Ciência do Tratamento do Autismo (em inglês ASAT), nos Estados Unidos, concluiu que a ABA é um tratamento que possui evidências cientificas conclusivas o suficiente para determinar a efetividade do tratamento em pessoas com TEA, onde mostrou os ganhos promovidos e perceptíveis pelo tratamento após 36 meses quando efetuado por pelo menos 20 horas mensais. A ABA tem como objetivo auxiliar no desenvolvimento do autista, nas capacidades que apresentam déficits como interação social e comunicação, desenvolvimento no processo de aprendizagem, e a inibição por completa ou a menor frequência de comportamentos inadequados e danosos para o mesmo, como comportamentos prejudiciais para seu convívio em sociedade ou até mesmo para seu próprio corpo. O tratamento consiste na aplicação prática da teoria Behaviorista, onde é representado pela tríplice contingência, (estimulo antecedente e o comportamento aliciam uma consequência no ambiente e no organismo, sendo ela reforçadora ou não). Durante o tratamento, o profissional deve primeiro identificar toda a estrutura comportamental do paciente, a fim de identificar todos os déficits e comportamentos que serão tratados em questão, tanto para reforçar, como para inibir, levando-se em conta os aspectos apresentados por cada paciente individualmente. Assim que identificados todos esses fatores por meio de uma análise funcional do comportamento, o próximo passo é estimular e ensinar o paciente autista os comportamentos desejados e a aplicação de seus aprendizados educacionais , onde quando for manifestado o comportamento esperado de acordo com os contextos ambientais propostos, ocorrerá um reforço deste comportamento com a adição de estímulos positivos que seja considerada agradável e satisfatória para o autista, ocasionando o reforçamento da frequência para que tais comportamentos ocorram novamente e a maior probabilidade futura de aprendizado dos mesmos, gerando uma maior independência e autonomia para o autista em seu desenvolvimento, tanto nas esferas comportamentais, como nas educacionais. Um exemplo de como funciona a aplicação científica do ABA pode ser representado pelo seguinte caso fictício: Em um processo de análise de comportamento de uma criança com TEA, foi identificado que em momentos que a criança sente fome, ela tende a bater sua própria cabeça na parede repetitivamente sem nem mesmo verbalizar ou sinalizar que se encontra no presente momento com fome. Assim que analisado e identificado este comportamento, para que ocorra a inibição do comportamento e a substituição para um mais adequado, deve-se primeiro instruir e ensinar o comportamento desejado que a criança emita, como por exemplo, verbalizar oralmente com presença de contato visual que sente fome e que deseja comer alguma coisa. Assim que instruído tal comportamento, deve se reforçar a criança autista sempre que emitir este comportamento almejado ao invés do indesejado (bater com a cabeça na parede), com algo que sirva de estímulo positivo para a criança, o que no caso dissertado podemos sinalizar como a inibição da fome da criança, sendo o objeto de reforço positivo em questão, o alimento. Após diversas repetições realizadas de maneira sistemática deste mesmo estímulo reforçador, quando ocasionado da presença do comportamento desejado presente em determinado contexto, irá ocasionar na extinção ou menor frequência do comportamento indesejado analisado anteriormente e aumentando a frequência do comportamento desejado ocorrer. Caso este processo não tenha funcionado, é função do profissional procurar uma nova alternativa de intervenção para tal situação. 7. CONCLUSÃO: Os estudos realizados puderam esclarecer a importância do método de Análise do Comportamento Aplicada (ABA) na inclusão do aluno com TEA na educação básica e na sociedade. Para isso, a metodologia utilizada foi a revisão bibliográfica composta por autores e profissionais conceituados em suas áreas. Consideramos as contribuições de Skinner, o qual postula que os comportamentos são aprendidos através da interação entre sujeito e ambiente. Embora o Autismo não tenha cura, existem tratamentos que podem ajudar aos pacientes, contribuindo com uma evolução em seu quadro de aprendizagem. O ABA, é uma forma comprovada e altamente eficaz de ensinar as crianças com Transtornos do Espectro do Autismo TEA. As crianças com autismo, geralmente, apresentam dificuldades em aprender a utilizar corretamente as palavras, mas de acordo com os estudos, se essas crianças participarem dos programas intensos de aulas, acontecerão mudanças positivas nas habilidades de linguagem, motoras, interação social e aprendizagem. É um trabalho árduo, exige grande dedicação e paciência da família e dos professores. As famílias com crianças autistas, muitas vezes sentem-se excluídas de atividades sociais e recreativas que outras famílias desfrutam. Tenha a iniciativa de convidá-las a se associarem com a sua família, caso haja necessidades que exijam consideração especial, tente adequar-se a elas. Mesmo que a família não possa aceitar um convite específico, ela apreciará o fato de terem sido convidadas, incluídas. Uma das maiores necessidades da família é obter um pequeno descanso das implacáveis demandas do autismo. Ofereça-se para cuidar da criança por curto espaço de tempo, paulatinamente talvez consiga a confiança da criança e da família para permitir que a família saia à noite ou até mesmo que passe fora um fim de semana. Essas interrupções contribuem muito para recompor as energias da família. Não esqueça: ABA e AMOR não podem faltar na vida de quem sofre com o autismo., portanto, mais importante do que a assistência que a família recebe, é a sensação de ser amada e apreciada pelos outros. O melhor que se pode fazer por uma família com criança autista é fortalecer os vínculos de amizade e empatia.