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MATEMÁTICA A N O LIVRO DO PROFESSOR OBJETIVOS • Diferenciar sólidos geométricos, regiões planas e contornos. • Classificar sólidos geométricos, regiões planas e contornos. • Identificar e desenhar as vistas de um objeto tridimensional. Sólidos geométricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88 Bloco retangular e cubo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91 Prisma e pirâmide . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94 Cilindro, cone e esfera . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97 Regiões planas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99 Vistas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101 Contornos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104 Tratamento da informação – Organizar dados em tabela simples . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106 Resolução de problemas – Redução a um problema mais simples . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108 Somando cultura – A pirâmide do Museu do Louvre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110 Matemática e tecnologia – Classificando contornos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112 Organizando o estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113 OBJETIVOS • Explorar os critérios de divisibilidade. • Identificar múltiplos e divisores de números na- turais, números primos e números compostos. • Calcular o máximo divisor comum e o míni- mo múltiplo comum de dois ou mais núme- ros naturais. Divisibilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116 Divisibilidade por 2 e por 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119 Divisibilidade por 4, por 5 e por 6 . . . . . . . . . . . . . . 121 Divisibilidade por 8, por 9 e por 10 . . . . . . . . . . . . . 123 Múltiplos de um número natural . . . . . . . . . . . . . . . 125 Divisores de um número natural . . . . . . . . . . . . . . . 128 Números primos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132 Decomposição em fatores primos . . . . . . . . . . . . . 134 Máximo divisor comum (MDC) . . . . . . . . . . . . . . . . 138 Mínimo múltiplo comum (MMC) . . . . . . . . . . . . . . . 142 Tratamento da informação – Pictograma . . . . 146 Resolução de problemas – Buscar a relação dos dados do problema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148 Somando cultura – As fases da lua . . . . . . . . . . . . 150 Matemática e tecnologia – Múltiplos e divisores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152 Organizando o estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 153 Exercícios integrados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 154 Amplie . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 156 Matemática Capítulo 3 Figuras geométricas, 86 Capítulo 4 Múltiplos e divisores, 114 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B2_0SUM_S_R2.indd 85 29/01/14 14:28 131GUIA DIDÁTICO 4capítulo Você já reparou nas embalagens que encontramos nos mercados? Muitas contêm várias unidades de um mesmo produto. Porém, quando queremos combinar um produto com outro, enfrentamos o seguinte problema: a quantidade de produtos em cada embalagem é diferente. Múltiplos e divisores A ilustração mostra alguns exemplos dessas embalagens com suas respectivas quantidades. 114 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B2_C4_0SD_R2.indd 110 29/01/14 14:30 INFORMAÇÃO ADICIONAL Neste capítulo serão estudados con- ceitos e propriedades do conjunto dos números naturais, tais como di- visibilidade, múltiplos e divisores de um número natural, números primos, números compostos, o teorema fun- damental da aritmética e decomposi- ção de um número em fatores primos. Esse estudo é de grande importância na compreensão da aritmética e na resolução de situações do cotidiano. Neste capítulo os temas abordados são: • Divisibilidade • Divisibilidade por 2 e por 3 • Divisibilidade por 4, por 5 e por 6 • Divisibilidade por 8, por 9 e por 10 • Múltiplos de um número natural • Divisores de um número natural • Números primos • Decomposição em fatores primos • Máximo divisor comum (MDC) • Mínimo múltiplo comum (MMC) • Tratamento da informação: Pic- tograma • Resolução de problemas: Buscar a relação dos dados do problema • Somando cultura: As fases da Lua • Matemática e tecnologia: Múlti- plos e divisores 162 GUIA DIDÁTICO Para começar 1 Você costuma ir ao mercado? Quais outros produtos consumi- dos por você costumam vir em embalagens com quantidades diferentes? 2 No exemplo ilustrado, há alguma maneira de comprar a mesma quantidade de salsichas e de pães para cachorro-quente? Caso haja, quantas embalagens deveríamos comprar de cada produto? 3 Ainda com base no exemplo, é possível comprar a mesma quan- tidade de hambúrgueres e de pães? Caso seja, quantas embala- gens de cada um deveríamos comprar? Respostas pessoais. Suponha que você vai comprar uma embalagem de salsicha que vem com dez unidades para montar cachorros-quentes com uma salsicha em cada um. Como as embalagens de pão para cachorro-quente costumam vir com quatro unidades cada, não é possível comprar uma quantidade exata de embalagens para montar dez sanduíches. Se você comprar dois pacotes de pão, sobrarão salsichas; se comprar três, sobrarão pães sem salsicha. 2 Espera-se que os alunos percebam que existem várias maneiras. Uma delas é comprar dois pacotes de salsicha e cinco pacotes de pão para cachorro-quente. Espera-se que os alunos percebam que é possível. Uma delas é comprar uma embalagem de hambúrguer e três pacotes de pão. pesquise Cada vez mais empresas bus- cam colocar seus produtos em embalagens retornáveis, reci- cláveis ou feitas com material reciclado. Procure nas emba- lagens dos produtos que você consome o símbolo do mate- rial com que ela foi feita. Verifi- que e pesquise: • Se o material da embalagem foi reciclado. • Se ele ainda pode ser reciclado. • Se a matéria-prima do material é certificada para esse tipo de embalagem. No link a seguir, você pode obter informações sobre os símbolos dos materiais reciclados e a certi- ficação de matérias-primas. http://oxbr.cc/Sj3kd4 115 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B2_C4_0SD_R2.indd 111 29/01/14 14:30 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Inicialmente, leia o texto da página 114 do Livro 2 com os alunos e peça que observem as embalagens dos produtos apresentadas na imagem para iden- tificar a quantidade disponível em cada uma. Converse com eles sobre a situação proposta e estimule-os a compartilhar as estratégias que usariam para resolver o problema. Os exercícios 2 e 3 do boxe Para começar trabalham, de maneira in- tuitiva, o conceito de múltiplo comum de dois números naturais. Estimule os alunos a determinar a solução dessas questões por meio de tenta- tiva e erro. Eles devem verificar que mais de uma combinação de quan- tidades de embalagens satisfaz o problema. AMPLIE Os números primos têm grande re- levância em praticamente todas as áreas da matemática, não somente na teoria dos números ou na cripto- grafia. O livro indicado a seguir traz mais informações sobre a história e as propriedades desses números. JucimarPeruzzo. O Fascínio dos Números Primos. Santa Catarina: [edição do autor], 2012. 163GUIA DIDÁTICO CAP 4 ObjetivO • Analisar se um número natural é ou não divisível por outro. Considere a seguinte pergunta: Quantas vezes o número 7 cabe em 84? Para responder a essa pergunta, precisamos efetuar a divisão de 84 por 7: 8 4 7 1 4 1 2 0 O quociente é 12, e o resto é zero, ou seja, o 7 cabe exatamente 12 vezes em 84. Do mesmo modo, para determinar quantas vezes o número 12 cabe em 84, devemos fazer o seguinte cálculo: 8 4 1 2 0 7 Assim, concluímos que o 12 cabe exatamente 7 vezes em 84. Dizemos que 84 é divisível por 7 e por 12, pois a divisão de 84 tanto por 7 quanto por 12 é exata, ou seja, tem resto zero. Por esse motivo, dizemos também que 7 e 12 são divisores de 84. Como o número 84 pode ser escrito na forma 7 × 12 = 84, dize- mos que 84 é um múltiplo de 7 e de 12. Divisibilidade • Um número natural é múltiplo de outro quando pode ser escrito como um produto deste por outro número natural. • Um número natural é divisível por outro quando o resto da divisão do primeiro pelo segundo é zero. Dessa maneira, o segundo número é um divisor do primeiro, e o primeiro número é um múltiplo do segundo. Exemplo 1 Observe a divisão de 2 010 por 6 e por 4: Como a divisão de 2 010 por 6 apresenta resto zero, temos que 2 010 é divisível por 6, ou que 2 010 é múltiplo de 6, ou, ainda, que 6 é um divisor de 2 010. Já a divisão de 2 010 por 4 tem resto 2, ou seja, diferente de zero. Por isso, 2 010 não é divisível por 4, ou 2 010 não é múltiplo de 4, ou, ainda, 4 não é um divisor de 2 010. Converse com os colegas so- bre as seguintes questões: • O zero é divisor de algum nú- mero natural? • O zero é divisível por algum número natural? Caso seja, por qual(is) número(s)? • Há um número que seja múl- tiplo de qualquer número na- tural? Caso haja, que número é esse? Para refletir Não. Sim. Por todos eles, exceto pelo próprio zero. Sim. O zero. 2 0 1 0 6 2 1 3 3 5 3 0 0resto zero 2 0 1 0 4 1 0 5 0 2 2 resto diferente de zero 116 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B2_C4_0SD_R2.indd 112 29/01/14 14:30 OBJETIVO • Retomar o conceito de divisibilidade entre números naturais. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Retome o conceito de divisibilidade entre números naturais e a ideia do algoritmo da divisão. Dados dois números naturais x e y, tais que x < y, pode-se determinar quantas vezes x cabe em y por meio da razão y : x. Quando o resto da di- visão é zero, afirma-se que x é divisor de y, ou ainda que y é múltiplo de x. Aproveite o exemplo apresentado para verificar se o conceito de divisor e o de múltiplo estão claros para os alunos. Se necessário, explore outros exemplos de divisão. Use o boxe Para refletir para esclarecer possíveis dúvidas sobre a divisão entre números naturais. Estimule a troca de impressões entre os alunos e, se consi- derar pertinente, faça um registro das principais conclusões na lousa. INFORMAÇÃO ADICIONAL Dados dois números naturais a e b, pelo algoritmo da divisão existem os números naturais q e r tais que a = bq + r. Nesse caso, a é o di- videndo, b é o divisor, q é o quo- ciente e r é o resto da divisão. O quociente q e o resto r devem satisfazer à relação 0 ≤ r < q. Se b é divisor de a, então a = bq, ou seja, a é múltiplo de b. O número q indica quantas vezes a é maior do que b. Se r > 0, então r é o menor número natural que deve ser adicionado a bq para que essa soma seja igual a a. 164 GUIA DIDÁTICO Divisibilidade Exemplo 2 A papelaria em que Joana trabalha recebeu 9 876 canetas, e o gerente quer vendê-las em pacotes com 6 unidades cada. É possível separar todas as canetas em grupos de 6 sem que sobre nenhuma? Paulo, colega de Joana, ao saber que havia 9 876 canetas, disse que a divisão era possível e começou a separá-las em grupos de 6, amarrando cada grupo com um elástico. Para garantir que não so- brariam canetas, Joana fez a seguinte conta e verificou que Paulo estava certo. 9 8 7 6 6 3 8 1 6 4 6 2 7 3 6 0resto zero Observe que, como o número de canetas, 9 876, é um múl- tiplo de 6, é possível formar grupos com 6 canetas sem sobrar nenhuma. Converse com os colegas so- bre as afirmações a seguir e classifique-as em verdadeiras ou falsas. • Nenhum número par é divisí- vel por um número ímpar. • Nenhum número ímpar é di- visível por um número par. Procure exemplos de números pares e ímpares para testar es- sas afirmações. Para refletir Falsa. Por exemplo, 10 é divisível por 5. Verdadeira. Exemplo 3 Os 155 alunos do 6o ano de um colégio serão divididos em 8 grupos para a realização dos trabalhos da feira de ciências. É possível que todos os grupos tenham a mesma quantidade de alunos? Para responder à pergunta, precisamos verificar se 155 é divisível por 8. 1 5 5 8 7 5 1 9 3resto diferente de zero Como 155 não é divisível por 8, não é possível formar grupos com a mesma quantidade de alunos, ou seja, haverá grupos com formações diferentes. ObservaçÃO Há situações em que é necessá- rio formar grupos de objetos ou de pessoas. Se quisermos que esses grupos tenham sempre a mesma quantidade e, ainda, que não sobre ninguém fora de um grupo, devemos escolher quantidades que sejam divisí- veis umas pelas outras. m a t e m á t ic a 117 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B2_C4_0SD_R2.indd 113 29/01/14 14:30 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Explore os exemplos desta página; chame a atenção dos alunos para a relação entre a di- visão de números naturais e as situações do dia a dia. Aproveite este momento da aula para esclarecer possíveis dúvidas a respeito do al- goritmo da divisão. Use a atividade proposta no boxe Para refletir para investigar se os alunos assimilaram o con- ceito de divisão entre números naturais e suas aplicações. Registre na lousa as principais ob- servações e os exemplos citados pelos alunos para validar as respostas. Verifique se os alunos compreenderam a re- lação existente entre o divisor e o múltiplo, isto é, se um número n é divisor de um nú- mero m, também se pode afirmar que m é múltiplo de n. ATIVIDADE COMPLEMENTAR • A figura a seguir representa uma barra de chocolate. Um grupo de amigos pretende dividi-la igualmente, sem subdividir os retângulos menores. Responda: a) De quantas diferentes maneiras essa divisão pode ser feita? b) Para que a divisão da barra de chocolate em partes iguais seja feita nas condições propostas, quantas pessoas podem compor esse grupo? c) Quantos pedaços retangulares menores receberia cada pessoa, de acordo com a quantidade de amigos no grupo? Resolução a) Os divisores do número 24 são 1, 2, 3, 4, 6, 8, 12 e 24. Excluindo-se o número 1, uma vez que necessariamente deve existir mais de uma pessoa no grupo, há 7 possibilidades para dividir a barra de chocolate nas condições propostas. b) Este grupo pode ser composto de 2, 3, 4, 6, 8, 12 ou 24 pessoas. c) 2 amigos: 12 pedaços; 3 amigos: 8 pedaços; 4 amigos: 6 pedaços; 6 amigos: 4 pedaços; 8 amigos: 3 pedaços; 12 amigos: 2 pedaços e 24 amigos: 1 pedaço. 165GUIA DIDÁTICO CAP 4 exercício resolviDo • A Copa do Mundo de Futebol e as Olimpíadas são eventos esportivos realizados de 4 em 4 anos. A Copa do Mundo de 2010 foi sediada na África do Sul, e os Jogos Olímpicos de 2012, em Londres, Inglaterra. A Copa seguinte será em 2014, no Brasil. Logo em seguida, em 2016, serão realizadas as Olimpíadas do Rio de Janeiro, também no Brasil. a) Os números 2 014 e 2 016 são múltiplos de 4? b) Qual desses dois eventos acontecerá em 2060? E em 2062? Resolução a) Precisamos verificar se 2 014 e 2 016 são divisíveis por 4. Logo, temos que 2 016 é múltiplo de 4, mas 2 014 não é. b) De acordo com a solução do item a, percebemos que os anos de Copa do Mundo são pares e não são múltiplos de 4, ao passo que os anos de Olimpíadas são todos múltiplos de 4. Logo, em 2060 haverá Olimpíadas, e em 2062, Copa do Mundo. Exercícios 2 0 6 0 4 0 6 5 1 5 20 0 2 0 6 2 4 0 6 5 1 5 2 2 2 resto diferente de zeroresto zero 2 0 1 4 4 0 1 4 5 0 3 2 2 0 1 6 4 0 1 6 5 0 4 0resto diferente de zero resto zero exercícios ProPostos 1 Classifique cada afirmação em verdadeira (V) ou falsa (F). a) 524 é divisível por 3. ( ) b) 360 é divisível por 12 e por 15. ( ) c) 928 é divisível por 7. ( ) d) 555 é múltiplo de 3, de 5 e de 9. ( ) 2 Uma escola está organizando uma competição esportiva com 132 alu- nos nas seguintes categorias: basquete, com 5 alunos por equipe; vôlei, com 6 alunos por equipe; e futebol, com 11 alunos por equipe. a) É possível formar equipes de modo que todos esses alunos participem das três modalidades, sem ninguém ficar de fora em nenhuma delas? b) Quantas equipes podem ser formadas para cada modalidade? 12 equipes de futebol, 22 de vôlei e 26 de basquete. F F V F Não, pois 132 não é divisível por 5, apenas por 11 e por 6. ObjetivO • Verificar se um número natural é ou não divisível por outro. 1 a) 524 3 22 174 14 2 b) 360 12 00 30 360 15 60 24 0 c) 928 7 22 132 18 4 d) 555 60 25 185 15 0 555 5 05 111 05 0 555 9 15 61 6 2 a) 132 5 32 26 2 132 6 12 22 0 132 11 22 12 0 b) O número de equipes em cada modalidade corresponde ao quociente da divisão efetuada no item a. 118 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B2_C4_0SD_R2.indd 114 29/01/14 14:30 OBJETIVO • Enfatizar o conceito de divisibilidade entre números naturais. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Aproveite o Exercício resolvido para comentar com os alunos que a divisão de qualquer número par por 4 tem resto, necessariamente, igual a 0 ou igual a 2. Deixe claro que se o resto da divisão de um ano par por 4 é igual a 0, há Jogos Olímpicos nesse ano; se o resto da divisão de um ano par por 4 é igual a 2, há Copa do Mundo. No item b do exercício 2, espera-se que os alunos percebam que, ao for- mar os times de basquete, dois dos competidores ficarão de fora das es- calações. Esse número se refere ao resto da divisão de 132 por 5. ATIVIDADE COMPLEMENTAR • Observe a sequência formada pelas potências do número 7: 70 = 1 71 = 7 72 = 49 73 = 343 74 = 2 041 75 = 16 807 76 = 117 649 77 = 823 543 78 = 5 764 801 79 = 40 353 607 Responda: a) Há alguma regularidade nessa sequência numérica? Caso haja, cite-a. b) Que algarismos se repetem na ordem das unidades? c) Quantos são esses algarismos? d) Qual é o último dígito de 7304? Resolução a) Os últimos dígitos das potências de 7 se alternam nesta ordem: 1, 7, 9 e 3. b) 1, 7, 9 e 3. c) São 4 algarismos. d) Para determinar o último dígito de uma potência de 7, divide-se o expoente da potência por 4 e considera-se o resto dessa divisão. O último algarismo da potência corresponde ao último algarismo do cálculo 7 elevado ao resto obtido. Como 304 é divisível por 4 (resto zero), o último algarismo de 7304 é 1. INFORMAÇÃO ADICIONAL Observe a demonstração do resultado: na divisão de um número par por 4, as únicas possibilidades para o resto são 0 ou 2. Se a é um número par, ele pode ser escrito na forma a = 4q + r, em que 0 ≤ r ≤ 3. Supondo, por absurdo, que r é ímpar, esse número pode ser escrito como r = 2m + 1, em que m é um número natural. Logo, a = 4q + 2m + 1 ⇔ ⇔ a = 2(2q + m) + 1. Com isso, a é um número da forma 2n + 1, o que é uma contradição, pois a é um nú- mero par (hipótese). Portanto, na divisão de um número par por 4, as únicas possibilidades para o resto são 0 ou 2. 166 GUIA DIDÁTICO CAP 4 Divisibilidade por 2 e por 3 No exemplo 2, da página 117 , Paulo conhecia uma maneira de saber se a divisão de 9 876 por 6 era exata sem precisar efetuar a conta. Por isso, podemos dizer que Paulo conhecia o critério de divisibilidade por 6. Com isso ele ganhou tempo e, antes de Joa- na, sabia que era possível formar grupos de 6 canetas sem que hou- vesse sobra. CálCulO mentAl Sem efetuar a divisão, lembran- do-se apenas das tabuadas, responda se o número 13 425 é divisível por 5. E por 10? E quanto ao número 48 730, ele é divisível por 5? E por 10? Sim. Não. Sim. Sim. Um critério de divisibilidade é uma regra que permite saber se um nú- mero é divisível por outro, ou seja, se uma divisão é exata, sem que seja necessário efetuar o cálculo. Critério de divisibilidade por 2 Ao multiplicar os números naturais por 2, obtemos os seguin- tes valores: 0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20, … Observando esses números, é possível notar que eles têm algo em comum: todos são números pares. Assim, temos que um nú- mero é divisível por 2 quando é par. Caso o número seja ímpar, não é divisível por 2. Exemplos • 3 752 é par, portanto é divisível por 2. • 276 é par, portanto é divisível por 2. • 11 237 é ímpar, portanto não é divisível por 2. Critério de divisibilidade por 3 Quando multiplicamos os números naturais por 3, obtemos tanto números pares quanto números ímpares. Portanto, saber se um número é par ou ímpar não é suficiente para descobrir se ele é divisível por 3. No entanto, veja o que ocorre quando somamos os algarismos dos números nos exemplos a seguir: • 486 é divisível por 3, pois 3 × 162 = 486; 4 + 8 + 6 = 18, que é divisível por 3. • 21 426 é divisível por 3, pois 3 × 7 142 = 21 426; 2 + 1 + 4 + 2 + 6 = 15, que é divisível por 3. • 3 409 não é divisível por 3, pois 3 × 1 136 + 1 = 3 409; 3 + 4 + 0 + 9 = 16, que não é divisível por 3. O que foi observado nesses exemplos é válido para qualquer número natural, ou seja, se a soma dos algarismos do número for divisível por 3, esse número é divisível por 3. PArA reCOrdAr Par ou ímpar Um número natural é par quan- do o seu último algarismo é 0, 2, 4, 6 ou 8. Um número natu- ral é ímpar quando o seu último algarismo é 1, 3, 5, 7 ou 9. ObjetivO • Explorar os critérios de divisibili- dade por 2 e por 3. m A t e m á t iC A 119 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B2_C4_0SD_R2.indd 115 29/01/14 14:30 OBJETIVO • Apresentar aos alunos os critérios de divisibilidade. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Use o exemplo 2 da página 117 do Livro 2 para mostrar aos alunos o uso e a definição dos critérios de divisibi- lidade. Introduza o tema e explore as questões do boxe Cálculo mental. Espera-se que os alunos percebam a existência de regras que permitem determinar se um número é ou não divisor de outro sem efetuar a divisão. Retome o conceito de número par e o de número ímpar. Da definição de número par é possível concluir que são divisíveis por 2. Depois de apre- sentar o critério de divisibilidade por 3, mostre aos alunos que nem todo nú- mero ímpar é divisível por 3. Essa con- jectura pode surgir como analogia ao critério de divisibilidade por 2. Enfatize que a paridade de um núme- ro é usada como critério de divisibili- dade apenas para determinar se esse número é divisível por 2. INFORMAÇÃO ADICIONAL Os critérios de divisibilidade conheci- dos para os números naturais são pos- síveis devido à estrutura decimal e posicional do sistema de numeração indo-arábico. Essa é mais uma das van- tagens desse sistema de numeração. 167GUIA DIDÁTICO Divisibilidade por 2 e por 3CAP 4 exercício resolviDo • Você já brincou de Ding-Dong? É uma brincadeira em que um grupo de amigos faz uma roda e escolhe dois números, por exemplo, 2 e 3. Um dos amigos fala “Um!”, e cada um dos outros fala o próximo núme- ro natural, mas seguindo estas regras: • Se o número for múltiplo de 2, deve-se falar “Ding!” em vez dele. • Se for múltiplo de 3, deve-se falar “Dong!”. • Se for múltiplo de 2 e de 3, deve-se falar “Ding-Dong!”. • Só se pronuncia o número se ele não for múltiplo de 2 nem de 3. O que uma pessoa deve dizer se a sua vez for a do número: a) 50? b) 48? c) 53? Resolução a) 50 é par, logo é divisível por 2. Como 5 + 0 = 0 (não é divisível por 3), 50 não é divisível por 3. Logo, deve-se dizer “Ding!”. b) 48 é par, logo é divisível por 2. Como 4 + 8 = 12 (divisível por 3), 48 também é divisível por 3. Logo, deve-se dizer “Ding-Dong!”. c) Como 53 é ímpar e 5 + 3 = 8 (não é divisível por 3),53 não é divisível por 2 nem por 3. Logo, deve-se dizer “cinquenta e três”. exercícios ProPostos 1 Determine se cada número é divisível por 2 ou por 3. a) 512 É divisível por 2. b) 689 c) 567 É divisível por 3. d) 864 É divisível por 2 e por 3. 2 Qual é a melhor opção para dividir 39 alunos em grupos com a mes- ma quantidade de alunos: dividi-los em duplas ou em trios? Em trios, pois 39 é divisível por 3, mas não é divisível por 2. 3 Valentina pensou em um número entre 30 e 40 e percebeu que: I Não era divisível nem por 2, nem por 3. II Se ela subtraísse uma unidade, o número resultante seria divisí- vel por 2, mas não seria divisível por 3. III Se ela subtraísse duas unidades, o número resultante seria divisí- vel por 3, mas não seria divisível por 2. IV Se ela somasse uma unidade, o número resultante seria divisível por 2 e por 3. Descubra o número em que Valentina pensou. O número 35. 1 a) 512 é par. 5 + 1 + 2 = 8, e 8 não é divisível por 3. b) 689 é ímpar. 6 + 8 + 9 = 23, e 23 não é divisível por 3. c) 567 é ímpar. 5 + 6 + 7 = 18, e 18 é divisível por 3. d) 864 é par. 8 + 6 + 4 = 18, e 18 é divisível por 3. 2 39 é ímpar. 3 + 9 = 12, e 12 é divisível por 3. 3 Por I, o número não é par, ou seja, não é 32, 34, 36 ou 38; nem é 33 ou 39 (ambos são divisíveis por 3). Então, pode ser 31, 35 ou 37. Por II, temos que não pode ser 31 (pois 30 é par e é divisível por 3), nem 37 (pois 36 é par e é divisível por 3), mas pode ser 35 (pois 34 é par, mas não é divisível por 3). De fato, o número escolhido é 35, pois ele satisfaz as afirmações III e IV: 33 é divisível por 3, mas não é divisível por 2; 36 é divisível por 2 e por 3. Não é divisível nem por 2 nem por 3. 120 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B2_C4_0SD_R2.indd 116 29/01/14 14:30 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Verifique se os alunos compreende- ram as regras do jogo Ding-Dong e o raciocínio usado para determinar as respostas do Exercício resolvido. Aproveite para relembrar os critérios de divisibilidade estudados e, se ne- cessário, oriente como eles podem ser usados no jogo. Se possível, faça pelo menos uma rodada do jogo com todos os alunos. No exercício 1 os alunos devem apli- car diretamente os critérios de divisi- bilidade para determinar as soluções, enquanto no exercício 3 é necessária uma estratégia mais elaborada de resolução. Caso apresentem dificul- dade, lembre-os do método de reso- lução de trás para frente. Comente que eles podem listar os números de 30 a 40 e excluir aqueles que não sa- tisfazem às condições dadas. ATIVIDADE COMPLEMENTAR • Uma escola com número de alunos maior do que 650 e menor do que 660 preparou uma gincana de final de ano. Todos os alunos devem participar de pelo menos duas provas, de modo que uma delas seja disputada em duplas e a outra, em trios, sem que sobrem alunos nos dois casos. Considerando que as condições acima foram cumpridas, determine a quantidade de alunos que estudam nessa escola. Resolução O número procurado deve ser divisível por 2 e por 3 ao mesmo tempo. Números divisíveis por 2: 652, 654, 656 e 658. Números divisíveis por 3: 651, 654 e 657. Portanto, a escola tem 654 alunos. 168 GUIA DIDÁTICO CAP 4 m A t e m á t iC A Divisibilidade por 4, por 5 e por 6 Critério de divisibilidade por 4 Temos que 100 é divisível por 4, pois 25 × 4 = 100. Dessa manei- ra, veja como podemos verificar se o número 532 é divisível por 4. 532 = 5 × 100 + 32 É divisível por 4. Basta verificar se também é divisível por 4. Assim, 532 é divisível por 4, pois o número formado pelos seus dois últimos algarismos, isto é, 32, é divisível por 4. Analogamente, para verificar se um número é divisível por 4, basta observar se os seus dois últimos algarismos formam um número divisível por 4. Exemplos • 1 290 não é divisível por 4, pois 90 não é divisível por 4. • 208 é divisível por 4, pois 8 é divisível por 4. Critério de divisibilidade por 5 Ao multiplicar os números naturais por 5, obtemos: 0, 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35, 40, 45, 50, … Observando esses números, é possível notar que eles têm algo em comum: todos terminam em 0 ou em 5. Por isso, temos que um número é divisível por 5 quando seu último algarismo é 0 ou 5. Exemplos • 3 455 é divisível por 5, pois seu último algarismo é 5. • 623 não é divisível por 5, pois seu último algarismo é 3. Critério de divisibilidade por 6 Para verificar se um número é divisível por 6, lembre-se de que 6 = 2 × 3. Assim, um número é divisível por 6 quando satisfaz os critérios de divisibilidade por 2 e por 3, ou seja, quando é par e a soma de seus algarismos é divisível por 3. Exemplos • 2 280 é divisível por 6, pois é par, e 2 + 2 + 8 + 0 = 12, que é divisível por 3. • 1 761 não é divisível por 6, pois, apesar de 1 + 7 + 6 + 1 = 15, que é divisível por 3, 1 761 é um número ímpar. • 422 não é divisível por 6, pois, embora seja par, 4 + 2 + 2 = 8, que não é divisível por 3. CálCulO mentAl O número 2 520 é divisível por 4? E por 5? E por 6? É divisível por 4, por 5 e por 6. ObjetivO • Explorar os critérios de divisibili- dade por 4, por 5 e por 6. m A t e m á t iC A 121 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B2_C4_0SD_R2.indd 117 29/01/14 14:30 OBJETIVO • Apresentar aos alunos os critérios de divisibilidade. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Para explicar o critério de divisibilida- de por 4 decompõe-se o número em uma soma de duas parcelas. A primei- ra é formada pelos algarismos das dezenas e das unidades, e a outra corresponde à quantidade de cente- nas que formam o número. Como todos os múltiplos de 100, 1 000 e as potências seguintes de 10 são divisí- veis por 4, basta verificar o que ocorre com a primeira parcela (se for divisível por 4, o número também o é). O critério de divisibilidade por 5 é simples e pode ser justificado com base na regularidade existente na tabuada do 5. Para determinar se um número é di- visível por 6, basta usar os critérios apresentados para os números 2 e 3, uma vez que 6 pode ser escrito da forma: 6 = 2 × 3. INFORMAÇÃO ADICIONAL O critério de divisibilidade por 7 é o único cri- tério entre os números de 2 a 10 que usa um recurso de recorrência. Observe o enunciado: Um número natural é divisível por 7 se, ao mul- tiplicarmos o último dígito desse número por 2, e subtrairmos esse resultado do número ini cial sem o algarismo das unidades, o resultado for múltiplo de 7. Exemplo: verificar se o número 1 225 é divisível por 7. O último dígito desse número é 5. 5 × 2 = 10 122 − 10 = 112 (Pode ainda não ser óbvio que esse número é divisível por 7. O processo pode ser repetido.) O último dígito de 112 é 2. 2 × 2 = 4 11 − 4 = 7 (7 é divisível por 7) Logo, 112 é divisível por 7 e, portanto, 1 225 é divisível por 7. 169GUIA DIDÁTICO Divisibilidade por 4, por 5 e por 6CAP 4 exercício resolviDo • Em um mercado há 136 garrafas de refrigerante, e o gerente quer vendê-las em uma promoção, em engradados, mas sem que sobre nenhuma garrafa avulsa. É possível montar engradados com 4 gar- rafas de refrigerante? E com 6 garrafas? Resolução Para responder a essas perguntas, precisamos saber se 136 é divisível por 4 e se é divisível por 6. Como 136 termina em 36, e 36 é divisível por 4, então 136 é divisível por 4. Embora 136 seja par (portanto, divisível por 2), 1 + 3 + 6 = 10, que não é divisível por 3. Logo, 136 não é divi- sível por 6. Assim, para que não sobrem garrafas, só é possível montar engradados com 4 garrafas. exercícios ProPostos 1 Determine, em cada item, se o número dado é divisível por 4, por 5 ou por 6. a) 632 É divisível por 4. b) 336 É divisível por 4 e por 6. c) 815 É divisível por 5. d) 520 É divisível por 4 e por 5. e) 642 É divisível por 6. f) 1 440 É divisível por 4, por 5 e por 6. g) 750 É divisível por 5 e por 6. h) 3 921 2 Descubra qual é o algarismo indicado por X no número 5 22X, sa- bendo que esse número é divisível por 4, por 5 e por 6. O algarismo 0. 3 O número 546 é divisível por6. Reordene os três algarismos do nú- mero 546 de modo a obter um número que seja: a) divisível por 4. 456 ou 564. b) divisível por 5. 465 ou 645. 4 Um número é divisível por 30 quando é divisível por 5 e por 6 e é divisível por 20 quando é divisível por 5 e por 4. Sabendo disso, res- ponda às perguntas. a) O número 9 320 é divisível por 20? E por 30? É divisível por 20, mas não é divisível por 30. b) O número 8 160 é divisível por 20? E por 30? É divisível por 20 e por 30. c) O número 7 630 é divisível por 20? E por 30? Não é divisível nem por 20, nem por 30. 1 a) 32 é divisível por 4. 632 não termina em 0 ou 5. 632 é par, mas 6 + 3 + 2 = = 11, e 11 não é divisível por 3. b) 36 é divisível por 4. 336 não termina em 0 ou 5. 336 é par, 3 + 3 + 6 = 12, e 12 é divisível por 3. c) 15 não é divisível por 4. 815 termina em 5. 815 é ímpar. d) 20 é divisível por 4. 520 termina em 0. 520 é par, mas 5 + 2 + 0 = 7, e 7 não é divisível por 3. e) 42 não é divisível por 4. 642 não termina em 0 ou 5. 642 é par, 6 + 4 + + 2 = 12, e 12 é divisível por 3. f) 40 é divisível por 4. 1 440 termina em 0. 1 440 é par, 1 + 4 + 4 + 0 = 9, e 9 é divisível por 3. g) 50 não é divisível por 4. 750 termina em 0. 750 é par, 7 + 5 + 0 = 12, e 12 é divisível por 3. h) 21 não é divisível por 4. 3 921 não termina em 0 ou 5. 3 921 é ímpar. 3 a) Os dois últimos algarismos devem ser divisíveis por 4: 456 ou 564. b) O último algarismo deve ser 5: 465 ou 645. 4 a) 20 é divisível por 4, 9 320 termina em 0, 9 320 é par, 9 + 3 + 2 + 0 = 14, e 14 não é divisível por 3. Então, 9 320 é divisível por 4 e por 5 e, portanto, por 20. b) 60 é divisível por 4, 8 160 termina em 0, 8 160 é par, 8 + 1 + 6 + 0 = 15, e 15 é divisível por 3. Então, 8 160 é divisível por 4, por 5 e por 6 e, portanto, por 20 e por 30. c) 30 não é divisível por 4, 7 630 termina em 0, 7 630 é par, mas 7 + 6 + 3 + 0 = 16, e 16 não é divisível por 3. Então, 7 630 é divisível por 5, mas não por 4, nem por 6. Portanto, não é divisível por 20, nem por 30. Não é divisível nem por 4, nem por 5, nem por 6.2 Para ser divisível por 5, devemos ter X = 0 ou X = 5. Se X = 0, então 5 220 é divisível por 4 (20 é divisível por 4) e é divisível por 6 (5 220 é par, 5 + 2 + 2 + + 0 = 9, e 9 é divisível por 3). Se X = 5, então 5 225 não é divisível por 4 (25 não é divisível por 4), nem é divisível por 6 (5 220 é ímpar). Então, X = 0. 122 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B2_C4_0SD_R2.indd 118 29/01/14 14:30 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Os alunos têm a oportunidade de aplicar os critérios de divisibilidade apresentados para resolver o exercí- cio 1. Se necessário, para a realização do exercício 2, sugira aos alunos que considerem todas as possibilidades para o algarismo indicado por X e que eliminem aquelas que não sa- tisfizerem todos os critérios ao mes- mo tempo. O exercício 4 propõe uma reflexão sobre outros critérios de divisibilida- de, empregando raciocínio análogo ao usado para se determinar o critério de divisibilidade para o número 6. Verifique se os alunos percebem essa relação. Se achar pertinente, oriente- -os a reler a explicação desse critério. ATIVIDADE COMPLEMENTAR • Determine os possíveis algarismos que podem substituir “?” em cada caso. a) 1 2?4 é divisível por 4. b) 4 56? é divisível por 6. c) 35 76? é divisível por 5. d) 3?4 é divisível por 6. e) 15 ?24 é divisível por 4. Resolução a) 0; 2; 4; 6 ou 8. b) 0 ou 6. c) 0 ou 5. d) 2; 5 ou 8. e) Qualquer algarismo. 170 GUIA DIDÁTICO CAP 4 Divisibilidade por 8, por 9 e por 10 Critério de divisibilidade por 8 Temos que 1 000 é divisível por 8, pois 125 × 8 = 1 000. Dessa maneira, veja como podemos verificar se o número 31 520 é divisí- vel por 8. 31 520 = 31 × 1 000 + 520 É divisível por 8. Basta verificar se também é divisível por 8. Portanto, 31 520 é divisível por 8, pois o número formado pelos seus três últimos algarismos, 520, é divisível por 8, já que 520 = 8 × 65. Analogamente, para verificar se um número é divisível por 8, basta observar se os seus três últimos algarismos formam um número divisível por 8. Exemplos • 2 368 é divisível por 8, pois 368 é divisível por 8. • 11 238 não é divisível por 8, pois 238 não é divisível por 8. Critério de divisibilidade por 9 O critério de divisibilidade por 9 é bem parecido com o critério de divisibilidade por 3. Veja o que ocorre quando somamos os alga- rismos dos números nos exemplos a seguir: • 1 458 é divisível por 9, pois 9 × 162 = 1 458; 1 + 4 + 5 + 8 = 18, que é divisível por 9. • 289 não é divisível por 9, pois 9 × 32 + 1 = 289; 2 + 8 + 9 = 19, que não é divisível por 9. O que foi observado nesses exemplos é válido para qualquer número natural, ou seja, se a soma dos algarismos do número for divisível por 9, esse número é divisível por 9. Critério de divisibilidade por 10 Ao multiplicar os números naturais por 10, obtemos números que terminam em zero. Dessa maneira, podemos usar esse fato para definir um critério de divisibilidade por 10: um número é divi- sível por 10 quando seu último algarismo é 0. Exemplos • 86 não é divisível por 10, pois seu último algarismo não é 0. • 6 130 é divisível por 10, pois seu último algarismo é 0. Multiplicação por 10 Para obter o produto de um nú- mero natural por 10, basta acres- centar um algarismo 0 no fim do número. Por exemplo: • 505 × 10 = 5 050 • 147 × 10 = 1 470 • 3 910 × 10 = 39 100 • 20 000 × 10 = 200 000 Mais ainda ObjetivO • Explorar os critérios de divisibili- dade por 8, por 9 e por 10. m A t e m á t iC A 123 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B2_C4_0SD_R2.indd 119 29/01/14 14:30 OBJETIVO • Apresentar aos alunos os critérios de divisibilidade. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS O critério de divisibilidade por 8 é ex- plorado de modo análogo ao que foi proposto no caso do número 4, ou seja, a decomposição. Destaque que a pri- meira parcela é formada pelos algaris- mos das centenas, das dezenas e das unidades, e a outra corresponde à quantidade de unidades de milhar que formam o número. Como todos os múltiplos de 1 000, 1 0 000 e as potên- cias seguintes de 10 são divisíveis por 8, basta verificar o que ocorre com a primeira parcela (se for divisível por 8, o número também o é). O critério de divisibilidade por 9 é análogo ao de divisibilidade por 3. A soma dos algarismos deve ser divi- sível por 9. O critério de divisibilidade por 10 é trivial. Use o boxe Mais ainda para reforçar o procedimento de multipli- cação por 10 (e suas potências) acres- centando zeros à direita do número. 171GUIA DIDÁTICO Divisibilidade por 8, por 9 e por 10CAP 4 exercícios ProPostos 1 Verifique se os números abaixo são divisíveis por 8, por 9 ou por 10. a) 1256 É divisível por 8. b) 9 144 É divisível por 8 e por 9. c) 2187 É divisível por 9. d) 4 320 É divisível por 8, por 9 e por 10. e) 3100 É divisível por 10. f) 6 300 É divisível por 9 e por 10. g) 5 612 h) 5 480 É divisível por 8 e por 10. 2 Mário tem de escolher um número para concorrer a um sorteio. Como seus três filhos têm, respectivamente, 8, 9 e 10 anos, ele quer escolher um número que seja divisível por 8, por 9 e por 10. Tendo à sua escolha os números 24, 160, 33 150 e 54 360, qual deles Mário deve escolher? 54 360 3 Escreva um número menor do que 2 000, com quatro algarismos: a) que seja divisível por 8, mas não por 9 nem por 10. Exemplo de resposta: 1 328 b) que seja divisível por 9, mas não por 8 nem por 10. Exemplo de resposta: 1 926 c) que seja divisível por 8 e por 9, mas não por 10. Exemplo de resposta: 1 872 d) que seja divisível por 8, por 9 e por 10. Exemplo de resposta: 1 440 e) que não seja divisível nem por 8, nem por 9, nem por 10. Exemplo de resposta: 1 235 exercício resolviDo • Na época da Páscoa, uma loja decidiu montar um kit especial, com- posto de trufas de chocolate dentro de uma caneca. A loja possui em seu estoque 1720 trufas. É possível montar kits com 8trufas sem que sobre nenhuma? E com 9 trufas? E com 10 trufas? Resolução Vamos verificar a divisibilidade de 1720 por 8, por 9 e por 10. Como 720 é divisível por 8, pois 8 × 90 = 720, 1720 também é divisível por 8. Como 1 + 7 + 2 + 0 = 10, que não é divisível por 9, então 1720 não é divisível por 9. Como 1720 termina em zero, é divisível por 10. Logo, para que não sobrem trufas, é possível montar kits com 8 ou 10 trufas cada. Não é divisível nem por 8, nem por 9, nem por 10. 1 a) 256 é divisível por 8. 1 + 2 + 5 + 6 = 14, e 14 não é divisível por 9. 1 256 não termina em 0. b) 144 é divisível por 8. 9 + 1 + 4 + 4 = 18, e 18 é divisível por 9. 9 144 não termina em 0. c) 187 não é divisível por 8. 2 + 1 + 8 + + 7 = 18, e 18 é divisível por 9. 2 187 não termina em 0. d) 320 é divisível por 8. 4 + 3 + 2 + 0 = 9, e 9 é divisível por 9. 4 320 termina em 0. e) 100 não é divisível por 8. 3 + 1 + 0 + 0 = = 4, e 4 não é divisível por 9. 3 100 termina em 0. f) 300 não é divisível por 8. 6 + 3 + 0 + 0 = = 9, e 9 é divisível por 9. 6 300 termina em 0. g) 612 não é divisível por 8. 5 + 6 + 1 + 2 = = 14, e 14 não é divisível por 9. 5 612 não termina em 0. h) 480 é divisível por 8. 5 + 4 + 8 + 0 = = 17, e 17 não é divisível por 9. 5 480 termina em 0. 2 Para que um número seja divisível por 8, por 9 e por 10, ele deve terminar em 0, a soma de seus algarismos deve ser um múltiplo de 9, e os três últimos algarismos devem formar um número múltiplo de 8. O único número que satisfaz essas condições é o 54 360. 3 a) O número não pode terminar em 0, a soma de seus algarismos não pode ser divisível por 9, e os últimos três algarismos devem formar um número divisível por 8. b) O número não pode terminar em 0, a soma de seus algarismos deve ser divisível por 9, e os três últimos algarismos não podem formar um número divisível por 8. c) O número não pode terminar em 0, a soma de seus algarismos deve ser divisível por 9, e os três últimos algarismos devem formar um número divisível por 8. d) O número deve terminar em 0, a soma de seus algarismos deve ser divisível por 9, e os três últimos algarismos devem formar um número divisível por 8. e) O número não pode terminar em 0, a soma de seus algarismos não pode ser divisível por 9, e os três últimos algarismos não podem formar um número divisível por 8. 124 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B2_C4_0SD_R2.indd 120 29/01/14 14:30 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Os alunos têm a oportunidade de apli- car os critérios de divisibilidade apre- sentados para resolver o exercício 1. Para resolver o exercício 2 eles podem eliminar inicialmente o 24, já que não é divisível por 10, e depois usar o cri- tério de divisibilidade por 9. Final- mente, é só verificar que o número restante é divisível por 8. No exercício 3, observe que o algaris- mo da ordem das unidades de milhar é 1. Os alunos precisam determinar quais são os algarismos que ocupam as demais ordens com base nas con- dições apresentadas. ATIVIDADE COMPLEMENTAR • Veja o raciocínio de Paulo para determinar se 1 944 é divisível por 8. Ele escreveu: 1 944 = 1 000 + 944. Pensou: 1 944 é divisível por 8 se 944 o for. Como Paulo não sabe se 944 é divisível por 8, ele pensou no seguinte: 944 é um número par. Logo, é divisível por 2. A metade de 944 é 472. 472 = 400 + 72 O número 72 é divisível por 4. Desse modo, Paulo concluiu que 1 944 é divisível por 8. Agora é a sua vez. a) Explique o raciocínio de Paulo. b) Determine quais dos números a seguir são divisíveis por 8 usando raciocínio semelhante ao de Paulo: 2 584; 3 792 e 4 786. Resolução a) Paulo não sabe se 944 é múltiplo de 8, mas considera que 8 = 2 × 4. Logo, para 944 ser divisível por 8, deve ser divisível por 2; e o resultado dessa divisão deve ser divisível por 4 (ou vice-versa). Como 944 é par, basta verificar se a metade desse número é divisível por 4, como de fato foi comprovado, o que permitiu a conclusão de Paulo. b) 2 584 e 3 792. 172 GUIA DIDÁTICO CAP 4 Múltiplos de um número natural Chamamos de múltiplo de um número natural todo número que seja o resultado de uma multiplicação de dois números natu- rais em que esse número é um dos fatores. Para determinar os múltiplos de um número, multiplicamos esse número pelos números naturais 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 etc., anotan- do os resultados obtidos. Por exemplo, para escrever múltiplos de 14, fazemos: 14 × 0 = 0 14 × 2 = 28 14 × 4 = 56 14 × 1 = 14 14 × 3 = 42 14 × 5 = 70 Portanto, os múltiplos de 14 são os números 0, 14, 28, 42, 56, 70, … Podemos indicar os múltiplos de 14 da seguinte maneira: M(14): 0, 14, 28, 42, 56, 70, … Observe que podemos prosseguir nos cálculos das multiplica- ções indefinidamente, obtendo infinitos múltiplos de um número. Isso é possível porque existem infinitos números naturais. Outra maneira de obter múltiplos de um número natural é somá-lo sucessivamente, iniciando em 0, conforme mostra o esquema abaixo: M(14): 0, 14, 28, 42, 56, 70, … +14 +14 +14 +14+14 Observe, nos exemplos a seguir, os múltiplos de 6 e os de 9. Exemplos • Múltiplos de 6 M(6): 0, 6, 12, 18, 24, 30, 36, 42, 48, 54, … • Múltiplos de 9 M(9): 0, 9, 18, 27, 36, 45, 54, …, 90, 99, 108, … Nos exemplos, há dois fatos que podem ser destacados. Um deles é que o número zero aparece nas duas sequências de múltiplos. O outro é que, quando comparamos as sequências dos múltiplos, percebemos que há alguns números que são co- muns, por exemplo, 18 é múltiplo de 6 e também de 9. Por isso, o número 18 é chamado de múltiplo comum de 6 e 9. Representa- mos os múltiplos comuns de 6 e 9 por M(6, 9): 0, 18, 36, 54, … O zero é múltiplo de todo número natural. Um número é chamado múltiplo comum de dois ou mais números na- turais quando é múltiplo de cada um dos números naturais em questão. Os múltiplos comuns a dois números naturais formam tam- bém uma sequência de múlti- plos. No exemplo ao lado, os múltiplos comuns de 6 e 9 são 0, 18, 36, 54, ..., que são os múl- tiplos de 18. Nessas condições, responda: quais números naturais são múltiplos comuns de 4 e 6? Eles formam a sequência dos múltiplos de qual número natural? Para refletir 0, 12, 24, 36, 48, ... Dos múltiplos de 12. ObjetivOs • Explorar o conceito de múltiplo de um número natural. • Identificar os múltiplos de um número natural. m A t e m á t iC A 125 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B2_C4_0SD_R2.indd 121 29/01/14 14:30 OBJETIVOS • Retomar o conceito de múltiplo de um número natural. • Discutir como identificar os múltiplos de um número natural. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS O conceito de múltiplo de um núme- ro natural já foi abordado quando se tratou da divisibilidade entre dois nú- meros naturais. Nesse estudo, verifi- cou-se que na divisão exata de um número y por um número x, afirma-se que y é múltiplo de x. Exemplo: na divisão 12 : 4 = 3, o resto é 0, ou seja, 12 é múltiplo de 4. Nesta aula, mostre que os múltiplos de um número natural n são obtidos por meio do produto de n pelos nú- meros naturais, o que determina a sequência: M(n): 0 × n, 1 × n, 2 × n, 3 × n, 4 × n, ... Se julgar pertinente, registre esse mo- delo genérico de sequência de múl- tiplos na lousa e a sequência dos números naturais (IN = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, ...}). Peça aos alunos que escolham um valor arbitrário para n e registre a sequência dos múltiplos desse núme- ro na lousa. Escreva tantas sequências quantas achar necessário. Use exemplos de sequências que per- mitam visualizar a existência de múl- tiplos comuns entre elas. O boxe Para refletir pode ser usado para investi- gar se os alunos compreenderam o conceito de múltiplo comum de nú- meros naturais. ATIVIDADE COMPLEMENTAR • Observe as sequências de múltiplos a seguir. M(2): 0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20, 22, ... M(3): 0, 3, 6, 9, 12, 15, 18, 21, 24, 27, 30, 33, ... M(4): 0, 4, 8, 12, 16, 20, 24, 28, 32, 36, 40, 44, ... Faça o que se pede: a) Determineos quatro primeiros números da sequência M(2, 3). b) Determine os quatro primeiros números da sequência M(2, 4). c) Determine os dois primeiros números da sequência M(2, 3, 4). Resolução a) M(2, 3): 0, 6, 12 e 18. b) M(2, 4): 0, 4, 8 e 12. c) M(2, 3, 4): 0 e 12. 173GUIA DIDÁTICO CAP 4 ObjetivO • Identificar os múltiplos de um número natural. exercício resolviDo • Uma empresa vende ração para cães em sacos que podem ter 3 quilogramas, 10 quilogramas ou 20 quilogramas. No momento, há 280 quilogramas de ração aguardando para ser embalados. É possí- vel embalar todos os 280 quilogramas apenas em sacos de 3 quilo- gramas? E de 10 quilogramas? E de 20 quilogramas? Resolução Precisamos verificar se 280 é múltiplo de 3, de 10 ou de 20. Isso é o mes mo que verificar se 280 é divisível por esses números. Como 2 + 8 + 0 = 10, que não é divisível por 3, então 280 não é múltiplo de 3. Como 280 termina em zero, é múltiplo de 10. E como 280 = 20 × 14, 280 é múltiplo de 20. Logo, se for preciso utilizar apenas um tipo de emba- lagem, a empresa deve optar por sacos de 10 quilogramas ou por sacos de 20 quilogramas para embalar todos os 280 quilogramas de ração. exercícios ProPostos 1 Classifique cada afirmativa a seguir em verdadeira (V) ou falsa (F). a) 241 é múltiplo de 7. ( F ) b) 864 é múltiplo de 8 e de 9. ( V ) c) 324 é múltiplo de 18. ( V ) d) 700 é múltiplo de 15 e de 25. ( F ) e) 512 é múltiplo de 16. ( V ) f) 1 981 é múltiplo de 19. ( F ) 2 Escreva o que é pedido em cada item. a) Os múltiplos de 7 que são maiores do que 60 e menores do que 100. 63, 70, 77, 84, 91 e 98. b) Os múltiplos de 19 que são menores do que 150. 0, 19, 38, 57, 76, 95, 114 e 133. c) Os múltiplos de 27 que estão entre 200 e 300. 216, 243, 270 e 297. 3 Indique: a) Os dez primeiros múltiplos de 16. 0, 16, 32, 48, 64, 80, 96, 112, 128 e 144. b) Os dez primeiros múltiplos de 24. 0, 24, 48, 72, 96, 120, 144, 168, 192 e 216. c) Os quatro primeiros múltiplos comuns de 16 e 24. 0, 48, 96 e 144. d) Os números listados no item c são múltiplos de qual número? 48 Exercícios 1 a) 241 7 31 34 3 b) 864 8 064 108 0 864 9 54 96 0 c) 324 18 144 18 0 d) 700 15 100 46 10 e) 512 16 32 32 0 f) 1 981 19 081 104 5 126 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B2_C4_0SD_R2.indd 122 29/01/14 14:30 OBJETIVO • Propor a reflexão sobre o conceito de múltiplo de um número natural, bem como sua aplicação. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Use o Exercício resolvido para con- versar com os alunos sobre aplica- ções do conceito de múltiplo de um número natural. Para resolver o exercício 1, é inviável exibir a sequência dos múltiplos de cada número. Os alunos devem asso- ciar a definição de múltiplo ao fato de ser um conceito com base em divisão exata. Nos itens b e d essa condição deve ser verificada para os dois nú- meros naturais em questão. Na resolução do item d do exercício 3, espera-se que os alunos percebam in- tuitivamente que a sequência obtida no item c é da forma 48 × n, em que n é um número natural. 174 GUIA DIDÁTICO exercícios 4 Iraci tem uma granja na qual cria galinhas e codornas. Todos os dias, ela leva a produção de ovos da granja para ser vendida em um mer- cado da cidade onde mora. Os ovos de galinha são agrupados em dúzias, e os de codorna, em grupos de 30. Hoje Iraci coletou na gran- ja 720 ovos de galinha e 850 ovos de codorna. É possível embalar todos sem que sobre nenhum? É possível embalar apenas todos os ovos de galinha. 5 Uma lanchonete vende um trio que inclui sanduíche, batata frita e refrigerante por 17 reais. Ao final de um dia, é possível que tenha sido arrecadado um total de 837 reais apenas com a venda desses trios? E um total de 952 reais? Não. Sim. 6 Um navio que transporta alimentos atraca no Porto de Santos de três em três meses; um que transporta aparelhos eletrônicos aporta no mesmo local de cinco em cinco meses; e outro que transporta te- cidos atraca nesse mesmo porto de seis em seis meses. Se em janeiro de 2012 esses três navios aportaram em Santos, responda: a) Em que outros meses de 2012 o navio que transporta alimentos deve atracar no Porto de Santos? Abril, julho e outubro. b) O navio que transporta eletrônicos deve atracar no Porto de Santos em que outros meses de 2012? Junho e novembro. c) E em que outros meses de 2012 o navio que transporta tecidos deve aportar em Santos? Julho. d) Em que mês e ano, depois de janeiro de 2012, esses três navios de- verão aportar no mesmo mês em Santos? Em julho de 2014. 7 Júpiter leva cerca de 12 anos terrestres para fazer o movimento de translação, ou seja, para dar uma volta completa em torno do Sol. a) Em 680 anos, Júpiter terá completado um número inteiro de voltas? Justifique sua resposta. Não, pois 680 não é múltiplo de 12. b) Encontre o número mais próximo de 1000 que corresponda a uma quantidade de anos suficiente para Júpiter completar um número inteiro de voltas. O múltiplo de 12 mais próximo de 1000 é 996. 4 720 12 00 60 850 30 250 28 10 6 d) Para que os três aportem em um mesmo mês, deve se passar o menor período de meses correspondente a um múltiplo comum de 3, 5 e 6. Como M(3, 5, 6) = = 0, 30, 60, ..., devem se passar 30 meses, ou seja, dois anos e meio depois de janeiro de 2012. 7 a) 680 12 80 56 8 b) 1000 12 40 83 4 Portanto, 1 000 − 4 = 996 é múltiplo de 12. 5 837 17 157 49 4 952 17 102 56 0 m a t e m á t ic a 127 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B2_C4_0SD_R2.indd 123 29/01/14 14:30 ATIVIDADE COMPLEMENTAR • O piso de uma sala de 7 m de comprimento por 6 m de largura será revestido. Observe os modelos de lajota disponíveis: Lajota I Lajota II 5 dm 2 dm 7 dm 3 dm Sabendo que as peças não serão recortadas, e que o preço unitário da lajota I é R$ 6,00 e o da lajota II é R$ 5,00, responda às questões a seguir. Dica: 1 metro (m) equivale a 10 decímetros (dm). a) É possível revestir todo o piso usando apenas a lajota I? Em caso afirmativo, quantas lajotas serão necessárias? b) É possível revestir todo o piso usando apenas a lajota II? Em caso afirmativo, quantas lajotas serão necessárias? c) Que tipo de lajota deve ser escolhido de modo que se gaste o menor valor possível com esse material? Resolução a) Sim, pois 60 é múltiplo de 3, e 70 é múltiplo de 5. Para revestir o piso, podem ser feitas 20 fileiras (60 : 3 = 20) de 14 lajotas (70 : 5 = 14) cada uma, o que sugere o uso de 280 lajotas (20 × 14 = 280). b) Sim, pois 60 é múltiplo de 2, e 70 é múltiplo de 7. Para revestir o piso, podem ser feitas 30 fileiras (60 : 2 = 30) de 10 lajotas (70 : 7 = 10) cada uma, o que sugere o uso de 300 lajotas (30 × 10 = 300). c) Gasto com a lajota I: R$ 1.680,00 (280 × 6 = 1 680). Gasto com a lajota II: R$ 1.500,00 (300 × 5 = 1 500). Deve ser escolhida a lajota II para se gastar o menor valor possível com esse material. INFORMAÇÃO ADICIONAL O movimento dos planetas do sistema solar ao redor do Sol descreve trajetórias elípticas de diferentes excentricidades. Esse movi- mento é chamado de translação. Essa nomenclatura pode ser estendida a outras situações; na matemática, ela desig- na uma transformação no plano. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS No exercício 5, espera-se que os alunos per- cebam que o valor total arrecadado com a venda de uma quantidade de produtos é múltiplo do valor unitário correspondente. A resolução do item d do exercício 6 é obtida determinando-se o menor múlti- plo comum de 3, 5 e 6, tema que será explorado posteriormente. 175GUIA DIDÁTICO CAP 4 Divisores de um número natural É sabido que, se um número natural é divisível por outro, então o segundo é um divisor do primeiro. Encontrar os divisores de um número significa, portanto, encontrar todos os números naturais pelos quais o número em questão é divisível. Por exemplo, 12 é divisível por 1, 2, 3, 4, 6 e 12. Por isso, os divi- sores de 12, que vamos representar por D(12), são D(12): 1, 2, 3, 4, 6, 12. Analogamente,podemos escrever que D(28): 1, 2, 4, 7, 14, 28 e D(5): 1, 5. Todo número natural maior do que 1 tem pelo menos dois divi- sores: o número 1 e ele próprio. Para encontrar os demais divisores, caso existam, podemos escrever todos os produtos de dois núme- ros naturais que resultem no número dado. Exemplo Vamos determinar os divisores de 36. Sabemos que 36 = 1 × 36, 36 = 2 × 18, 36 = 3 × 12, 36 = 4 × 9 e 36 = 6 × 6. Essas são as únicas maneiras de se escrever 36 como produto de dois números naturais. Portanto, D(36): 1, 2, 3, 4, 6, 9, 12, 18, 36. Observação Assim como no caso dos múltiplos de um número natural, te- mos alguns números que são divisores comuns de dois ou mais números. Nos exemplos acima, 1, 2 e 4 são divisores tanto de 12 quanto de 28. Por isso, dizemos que eles são divisores comuns de 12 e 28, representados por D(12, 28): 1, 2 e 4. Outro fato que pode- mos destacar é que, diferentemente da quantidade de múltiplos de um número, a quantidade dos divisores de um número natural é finita. Temos ainda que o número 1 está presente em todas as listagens de divisores. O número 1 é divisor de todos os números naturais. Um número é chamado divisor comum de dois ou mais números na- turais quando é divisor de cada um dos números naturais em questão. Converse com os colegas e responda: • Qual número é divisível por qualquer número natural? • Qual número natural só tem um divisor? Para refletir Números perfeitos Um número natural cuja soma dos divisores seja igual ao do- bro do número é chamado de número perfeito. Por exemplo, o número 6 é perfeito, pois D(6): 1, 2, 3, 6 e 1 + 2 + 3 + 6 = 12 = = 2 × 6. Os números 28, 496 e 8 128 também são números perfeitos. Até hoje os matemá- ticos estudam esses números e tentam descobrir padrões en- tre eles. Mais ainda Vamos analisar a situação a seguir. Maria Beatriz recebeu uma tarefa de sua professora: traçar so- bre as linhas de uma malha quadriculada retângulos que ocupem exatamente 18 quadradinhos da malha. O número zero. O número 1. ObjetivOs • Explorar o conceito de divisor de um número natural. • Identificar os divisores de um número natural. 128 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B2_C4_0SD_R2.indd 124 29/01/14 14:30 OBJETIVOS • Retomar o conceito de divisor de um número natural. • Dar aos alunos condições de identificar os divisores de um número natural. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Retome o conceito de divisor de um número natural n e mostre aos alunos como são determinados os divisores de n, representados por D(n). Use o boxe Para refletir para verificar a compreensão sobre esse conceito e registre as principais conclusões. Escreva na lousa, com a ajuda dos alunos, os divisores de dois números naturais, por exemplo 8 e 20. Chame a atenção para o fato de que os divi- sores comuns entre m e n são repre- sentados por D(m, n). Converse com eles sobre as diferenças existentes entre o conceito de múltiplo comum e o de divisor comum e sobre as par- ticularidades de cada um. Particulari- dades: a divisão de um múltiplo comum por m ou por n é exata; o mesmo ocorre com a divisão de m ou de n por qualquer um dos divisores comuns a eles. Diferenças: há infinitos múltiplos comuns de m e n, ao passo que m e n podem não ter divisores co- muns além do número 1. INFORMAÇÃO ADICIONAL Os gregos da Antiguidade já sabiam da existência dos números perfei- tos. Entretanto, conheciam somen- te os quatro primeiros. Somente no século XV se adicionou outro núme- ro a essa lista. Euclides já havia demonstrado que os números perfeitos são da forma 2n − 1(2n − 1), em que 2n − 1 é um número primo. Euler demonstrou que todo número perfeito par é obtido por essa expressão. Aliás, a existên- cia de números ímpares perfeitos é uma questão aberta (não se sabe se eles existem). 176 GUIA DIDÁTICO 1 16 4 4 2 8 1 18 2 9 Divisores de um número natural Todos os números que são qua- drados perfeitos apresentam quantidade ímpar de divisores. para reCOrdar Números quadrados perfeitos Os números 1, 4, 9, 16, ... são chamados de números qua- drados perfeitos, pois podem ser escritos na forma de uma potência de expoente 2. • 1 = 12 • 9 = 32 • 4 = 22 • 16 = 42 Todos os números que indicam as medidas dos lados dos re- tângulos são divisores de 18. Então, para saber se Maria Beatriz não se esqueceu de nenhum retângulo, vamos determinar D(18). Sabemos que 18 = 1 × 18, 18 = 2 × 9 e 18 = 3 × 6. Portanto, D(18): 1, 2, 3, 6, 9, 18. Logo, Maria Beatriz se esqueceu do retângulo de lados 3 e 6. Observação Quando procuramos os divisores de um número por meio da escrita de todos os produtos que resultam nele, em geral determi- namos os divisores aos pares. Isso ocorre porque ambos os fatores são divisores do número em questão. Porém, nem todo número natural tem uma quantidade par de divisores. Por exemplo: D(16): 1, 2, 4, 8, 16, em um total de cinco divisores. O número 16 apresenta uma quantidade ímpar de divisores. Veja o que acontece quando escrevemos as multiplicações de nú- meros naturais que resultam nesse número: 16 = 1 × 16, 16 = 2 × 8 e 16 = 4 × 4. Ao observar essas multiplicações, percebemos que o núme- ro 16 é um quadrado perfeito (16 = 42). Por isso, quando deter- minamos os divisores de 16 geometricamente, uma das figuras é um quadrado: Veja a resposta que Maria Beatriz apresentou: Ao desenhar todos os retângulos que satisfazem as condições da tarefa proposta, determinam-se geometricamente todos os divisores de 18. m a t e m á t iC a 129 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B2_C4_0SD_R2.indd 125 29/01/14 14:31 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Use as representações geométricas em malha quadriculada para mostrar aos alunos um recurso adicional a fim de determinar os divisores de um nú- mero natural. Peça a eles que repro- duzam as representações em papel quadriculado e que, em seguida, de- terminem os divisores de 20 e de 25. Se necessário, oriente-os sobre o uso desse material, por meio de represen- tações na lousa. Retome o conceito de número qua- drado perfeito e relacione esse con- ceito com a representação geométrica dos divisores desse tipo de número. ATIVIDADE COMPLEMENTAR • Marcos propôs um desafio a Amanda: ele pensaria em um número e ela lhe faria duas perguntas para tentar descobrir o número escolhido. Primeira pergunta: “Esse número está localizado entre quais números naturais na reta numérica?”. Resposta: “É maior do que 40 e menor do que 50”. Segunda pergunta: “O número de divisores desse número é par ou é ímpar?”. Resposta: “Ímpar”. Sabendo que Amanda resolveu o desafio, em que número Marcos pensou? Resolução Se o número de divisores do número pensado por Marcos é ímpar, então esse número é um quadrado perfeito. O único quadrado perfeito maior do que 40 e menor do que 50 é 49. 177GUIA DIDÁTICO 1 12 3 4 6 8 24 2 17 1 CAP 4 ObjetivO • Identificar os divisores de um nú- mero natural. exercícios ProPostos 1 Use a malha quadriculada abaixo para determinar geometricamente os divisores de: a) 17 1 e 17. b) 24 1, 2, 3, 4, 6, 8, 12 e 24. 2 Encontre todos os divisores de cada um dos números. a) 48 1, 2, 3, 4, 6, 8, 12, 16, 24 e 48. b) 60 1, 2, 3, 4, 5, 6, 10, 12, 15, 20, 30 e 60. c) 23 1 e 23. d) 84 1, 2, 3, 4, 6, 7, 12, 14, 21, 28, 42 e 84. e) 90 1, 2, 3, 5, 6, 9, 10, 15, 18, 30, 45 e 90. f) 130 1, 2, 5, 10, 13, 26, 65 e 130. 3 Elisa utilizou uma calculadora para verificar se os números 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10 são divisores de 1234 567 890. Faça o mesmo e assinale os divisores de 1234 567 890. ( X ) 2 ( X ) 3 ( ) 4 ( X ) 5 ( X ) 6 ( ) 7 ( ) 8 ( X ) 9 ( X ) 10 4 Dois números são chamados de amigáveis se a soma dos divisores de um deles (exceto ele próprio) é igual ao outro. Vamos verificar se o número 220 é amigável com algum outro número. Para isso, faça o que se pede. a) Determine D(220). D(220): 1, 2, 4, 5, 10, 11, 20, 22, 44, 55, 110, 220. Exercícios 2 a) 48 = 1 × 48= 2 × 24 = 3 × 16 = = 4 × 12 = 6 × 8 b) 60 = 1 × 60 = 2 × 30 = 3 × 20 = = 4 × 15 = 5 × 12 = 6 × 10 c) 23 = 1 × 23 d) 84 = 1 × 84 = 2 × 42 = 3 × 28 = = 4 × 21 = 6 × 14 = 7 × 12 e) 90 = 1 × 90 = 2 × 45 = 3 × 30 = = 5 × 18 = 6 × 15 = 9 × 10 f) 130 = 1 × 130 = 2 × 65 = 5 × 26 = = 10 × 13 4 a) 220 = 1 × 220 = 2 × 110 = = 4 × 55 = 5 × 44 = 10 × 22 = 11 × 20 130 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B2_C4_0SD_R2.indd 126 29/01/14 14:31 OBJETIVO • Levar os alunos a determinar os divisores de um número natural. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS No exercício 1, explore a representa- ção geométrica para determinar os divisores dos números propostos. No exercício 2, use o método algébrico. O conceito de números amigáveis é apresentado no exercício 4. Dois nú- meros m e n são amigáveis se a soma dos divisores próprios de m é igual a n e se a soma dos divisores próprios de n é igual a m. Os pitagóricos acre- ditavam que os números amigáveis possuíam propriedades místicas. INFORMAÇÃO ADICIONAL O conjunto de divisores próprios de um número natural n é formado por todos os divisores de n cujo quo- ciente entre n e tal divisor é maior do que 1, isto é, o conjunto dos divisores próprios de n é formado por todos os divisores de n, com exceção do próprio n. 178 GUIA DIDÁTICO exercícios b) Calcule a soma dos divisores de 220, exceto ele próprio. 284 c) Calcule D(n), em que n é a resposta do item b. D(284): 1, 2, 4, 71, 142, 284. d) Calcule a soma dos divisores de n, exceto o próprio n. E conclua: 220 tem um par amigável? Soma: 220. Portanto, 220 e 284 são amigáveis. 5 Observe a seguinte sequência de números, formada ao multiplicar os múltiplos de 3 maiores do que zero por 37: 3 × 37 = 111 6 × 37 = 222 9 × 37 = 333 12 × 37 = 444 15 × 37 = 555 … a) Escreva os quatro próximos números que devem aparecer na se quên cia acima. 666, 777, 888 e 999. b) Com base nessa sequência, determine quais são os divisores de 888. 1, 2, 3, 4, 6, 8, 12, 24, 37, 74, 148, 222, 296, 444 e 888. 6 Todos os divisores de 100 são mostrados em alguns dos balões a seguir. Circule-os. Agora, determine quais divisores de 100 também são divisores de: a) 45 1 e 5. b) 70 1, 2, 5 e 10. c) 75 1, 5 e 25. d) 45, 70 e 75 1 e 5. 5 a) 18 × 37 = 666; 21 × 37 = 777; 24 × 37 = 888 e 27 × 37 = 999. b) Como 888 = 24 × 37, os D(888) são todos os produtos dos D(24) com 37. 4 b) 1 + 2 + 4 + 5 + 10 + 11 + 20 + 22 + 44 + + 55 + 110 = 284 c) 284 = 1 × 284 = 2 × 142 = 4 × 71 d) 1 + 2 + 4 + 71 + 142 = 220 6 a) D(45) = 1, 3, 5, 9, 15, 45 b) D(70) = 1, 2, 5, 7, 10, 14, 35, 70 c) D(75) = 1, 3, 5, 15, 25, 75 m a t e m á t ic a 131 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B2_C4_0SD_R2.indd 127 29/01/14 14:31 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS No exercício 5, espera-se que os alunos identifiquem a regularidade existente entre os resultados das multiplicações e, no item b, usem a igualdade 888 = 24 × 37 para deter- minar os divisores de 888 com base nos divisores de 24, uma vez que 37 é um número primo. ATIVIDADE COMPLEMENTAR • Observe os divisores dos números a seguir. D(1 184): 1, 2, 4, 8, 16, 32, 37, 74, 148, 296, 592, 1 184 D(1 210): 1, 2, 5, 10, 11, 22, 55, 110, 121, 242, 605, 1 210 Os números 1 184 e 1 210 são números amigáveis? Resolução A soma dos divisores próprios de 1 184 é igual a 1 210. A soma dos divisores próprios de 1 210 é igual a 1 184. Logo, 1 184 e 1 210 são números amigáveis. 179GUIA DIDÁTICO 1 O fornecedor de laranjas de um feirante distribui as frutas em caixas que são montadas com quantidades inteiras de dúzias. Observe a imagem e responda: Nesta caixa há 10 dúzias de laranjas. a) Quantas laranjas há nessa caixa? 120 laranjas. b) Esse fornecedor recebeu caixas maiores e vai aumentar a quantidade de laranjas em cada uma. Quais das opções a seguir indicam a possível quantidade de laranjas a ser embalada nas novas caixas? Marque com X. ( ) 150 laranjas ( X ) 144 laranjas ( )160 laranjas ( X ) 180 laranjas ( X ) 156 laranjas ( ) 200 laranjas c) Como você pensou para responder à questão anterior? Converse com os colegas e com o professor. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos verifiquem que apenas os números divisíveis por 12 correspondem às quantidades que podem ser embaladas. 2 Leia a informação: OUP 6EF2 MAT B02 CAP04 LP ICO 003 Fotografia de caixa com laranjas. Se possível, focalizada como na imagem de referência. 192 é divisível por 12, pois 192 = 12 × 16 + 0. 200 não é divisível por 12, pois 200 = 12 × 16 + 8. resto Com o auxílio da calculadora, complete os espaços a seguir: a) 2 744 é divisível por 196 , pois 2 744 = 14 × 196 + 0. b) 12 100 não é divisível por 95 , pois 12 100 = 95 × 127 + 35. c) 7 412 não é divisível por 36, pois 7 412 = 36 × 205 + 32 . 3 Converse com os colegas e com o professor sobre outra maneira de justificar que 192 é divisível por 12. Espera-se que os alunos relembrem o que foi estudado anteriormente citando que, para ser divisível por 12, o número deve ser divisível por 2 e por 6 ao mesmo tempo ou então por 3 e por 4 ao mesmo tempo, pois 2 × 6 = 3 × 4 = 12. MAT CAP 4 Repertório conceitual: divisível FI A LA d EG A BO R/ Sh U TT ER ST PR_OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B2_C4_RC_P2.indd 1 22/05/13 17:50 OBJETIVOS • Promover a reflexão dos alunos sobre o termo "divisível". • Retomar a ideia da divisão como operação inversa da multiplicação. ATIVIDADE COMPLEMENTAR • Uma máquina que fabrica dispositivos eletrônicos produz 750 unidades diariamente. Esses dispositivos são embalados em caixas para distribuição, de modo que todas as caixas tenham a mesma quantidade de dispositivos. Responda: a) É possível embalar a produção diária dessa máquina em caixas com 25 unidades, sem que sobre algum dispositivo? E em embalagens com 100 unidades? b) Se a produção diária dessa máquina fosse embalada em caixas com 50 unidades, quantas caixas seriam necessárias? Resolução a) É possível embalar em caixas com 25 unidades sem que sobre algum dispositivo, pois 750 é divisível por 25. Não é possível montar, nas mesmas condições, embalagens com 100 unidades, pois 750 não é divisível por 100. b) 15 caixas (750 : 50 = 15). AMPLIE Atividades do repertório conceitual: http://oxbr.cc/48kAYj 180 GUIA DIDÁTICO 1 O fornecedor de laranjas de um feirante distribui as frutas em caixas que são montadas com quantidades inteiras de dúzias. Observe a imagem e responda: Nesta caixa há 10 dúzias de laranjas. a) Quantas laranjas há nessa caixa? 120 laranjas. b) Esse fornecedor recebeu caixas maiores e vai aumentar a quantidade de laranjas em cada uma. Quais das opções a seguir indicam a possível quantidade de laranjas a ser embalada nas novas caixas? Marque com X. ( ) 150 laranjas ( X ) 144 laranjas ( )160 laranjas ( X ) 180 laranjas ( X ) 156 laranjas ( ) 200 laranjas c) Como você pensou para responder à questão anterior? Converse com os colegas e com o professor. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos verifiquem que apenas os números divisíveis por 12 correspondem às quantidades que podem ser embaladas. 2 Leia a informação: OUP 6EF2 MAT B02 CAP04 LP ICO 003 Fotografia de caixa com laranjas. Se possível, focalizada como na imagem de referência. 192 é divisível por 12, pois 192 = 12 × 16 + 0. 200 não é divisível por 12, pois 200 = 12 × 16 + 8. resto Com o auxílio da calculadora, complete os espaços a seguir: a) 2 744 é divisível por 196 , pois 2 744 = 14 × 196 + 0. b) 12 100 não é divisível por 95 , pois 12 100 = 95 × 127 + 35. c) 7 412 não é divisível por 36, pois 7 412 = 36 × 205 + 32 . 3 Converse com os colegas e com o professor sobre outra maneira de justificar que 192 é divisível por 12. Espera-se que os alunos relembrem o que foi estudado anteriormente citando que, para ser divisível por 12, o número deve ser divisível por 2 e por 6 ao mesmo tempo ou então por 3 e por 4 ao mesmo tempo, pois 2 × 6 = 3 × 4 = 12. MAT CAP 4 Repertório conceitual:divisível FI A LA d EG A BO R/ Sh U TT ER ST PR_OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B2_C4_RC_P2.indd 1 22/05/13 17:50 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Organize os alunos em duplas para comparti- lhar ideias sobre as atividades propostas e re- fletir sobre o termo “divisível”. Na atividade inicial, verifique se os alunos en- tenderam que a quantidade de laranjas dispos- tas em cada caixa deve ser um múltiplo de 12, uma vez que são embaladas apenas quanti- dades inteiras de dúzias. Certifique-se de que eles conhecem o conceito de dúzia e, se ne- cessário, relembre esse conceito. No item b, os alunos devem verificar quais nú- meros são múltiplos de 12, ou seja, quais deles são divisíveis por 12. Incentive a troca de ideias entre os alunos no debate proposto no item c. Observe se eles empregam o conceito de di- visão exata estudado anteriormente e como articulam a argumentação. Na atividade 2, oriente-os a utilizar uma calcu- ladora para facilitar os cálculos e explorar o al- goritmo da divisão. Nessa atividade se usa a operação inversa da divisão para verificar quan- do uma divisão é exata ou não. Para verificar esse fato, peça aos alunos que leiam a informa- ção do boxe e enfatize o papel dos termos da divisão em cada igualdade apresentada, cha- mando a atenção para o número correspon- dente ao resto. Verifique se eles relacionam o resto igual a zero ao fato de a divisão correspon- dente ser exata. Comente com eles que, ao usarem a calculadora para determinar o resul- tado de uma divisão e verificarem um número com ponto ou vírgula no visor do instrumento, isso indica que a divisão é não exata. Se achar pertinente, oriente-os sobre como determinar o resto da divisão usando esse instrumento (multiplica-se a parte inteira do número que aparece no visor – quociente – pelo divisor e subtrai-se esse resultado do dividendo). Se os alunos compreenderam que o resto igual a zero determina que a divisão corresponden- te é exata, eles poderão usar essa conclusão para justificar o uso da palavra divisível no boxe da atividade 2. Oriente-os a compartilhar as observações relacionadas a esse fato com os colegas. Registre as principais informações levantadas por eles na lousa. Se achar perti- nente, liste mais exemplos com o auxílio dos alunos, incentivando o uso da calculadora e das palavras múltiplo e divisor nesses debates, de modo que esses termos se tornem mais comuns no contexto escolar. Depois de corrigir as atividades e debater as ideias, peça aos alunos que preencham a ficha. Para avaliarem esse registro, é interessante apresentar a definição de divisível presente no Dicionário Oxford Escolar de Matemática, repro- duzida a seguir: AMPLIE A matéria indicada a seguir mostra como o algoritmo da divisão pode ser usado em uma situação lúdica, próxi- ma ao contexto do aluno. Antes da queimada, um pouco de matemática. Revista Cálculo. São Paulo: Editora Segmento, ano 2, n. 20, pp. 24-5, ago. 2012. A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z divisor divisível Em uma divisão que envolve apenas números naturais, um número é divisível por outro quando o resto da divisão do primeiro pelo segundo é zero. VEJA TAMBÉM: divisão, número natural, resto 45 é divisível por 9, pois o resto da divisão de 45 por 9 é 0. O 9 cabe exatamente 5 vezes no 45. 45 ÷ 9 = 5 181GUIA DIDÁTICO CAP 4 Números primos Todo número natural maior do que 1 apresenta pelo menos dois divisores: o número 1 e ele próprio. Alguns números têm ape- nas esses dois divisores, ao passo que outros apresentam mais. Sabendo disso, podemos classificar os números naturais em duas categorias: números primos e números compostos. Um número natural maior do que 1 é composto quando tem mais de dois divisores. ObservAçÃO Existem infinitos números com- postos e infinitos números pri- mos. O zero não é primo nem composto, assim como o nú- mero 1. Um número natural maior do que 1 é primo quando tem apenas dois divisores: o 1 e ele próprio. Exemplos • 2 é um número primo, pois D(2): 1, 2. • 7 é um número primo, pois D(7): 1, 7. • 6 é um número composto, pois D(6): 1, 2, 3, 6. • 10 é um número composto, pois D(10): 1, 2, 5, 10. O crivo de Eratóstenes Eratóstenes foi um matemático grego que criou um método para determinar quais são os números primos menores do que dado número natural. O método consiste em escrever a lista dos números naturais, de 1 até o número natural em questão e depois excluir todos os múltiplos dos números primos dessa lista, com exceção dos pró- prios números primos. Exemplo Vamos determinar todos os números primos menores do que ou iguais a 30 pelo método de Eratóstenes. Primeiramente, escre- vemos os números naturais de 1 até 30: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 O primeiro número primo é o 2. Vamos excluir da lista o 1, que não é primo, e todos os outros múltiplos do 2: ObjetivOs • Explorar o conceito de números primos e o de números compostos. • Verificar se um número natural é primo ou composto. Eratóstenes. 132 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B2_C4_0SD_R2.indd 128 29/01/14 14:31 OBJETIVOS • Apresentar o conceito de número primo e o de número composto. • Dar aos alunos condições para identificar se um número natural é primo ou composto. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Apresente o conceito de número pri- mo e o de número composto de modo que os alunos compreendam que são definições mutuamente exclu- sivas. Verifique se eles percebem que todos os números naturais, com exce- ção do zero e do um, ou são números primos ou são números compostos. Para facilitar esse entendimento re- gistre vários exemplos na lousa en- volvendo sequências de divisores de números primos e de números com- postos, como os exemplos desta pá- gina, fazendo os alunos visualizarem o que propõe a definição. INFORMAÇÃO ADICIONAL Euclides já havia demonstrado em sua obra Os Elementos que o conjun- to de números primos é infinito. Por outro lado, ao se considerar a repre- sentação desses números na reta numérica, percebe-se que o interva- lo entre dois números primos au- menta rapidamente à medida que a ordem de grandeza fica maior. Os processadores modernos auxiliaram muito na descoberta de números primos. O último primo conhecido tem quase 13 milhões de dígitos. O principal uso dos números primos na modernidade é em criptografia, que consiste em criar chaves de decodifi- cação de dados. 182 GUIA DIDÁTICO Números primos O próximo número não riscado depois do 2 é o 3. Logo, ele é um número primo. Então, precisamos excluir todos os múltiplos de 3, exceto o próprio 3. Em seguida, o próximo número não risca- do depois do 3 é o 5. Portanto, ele é um número primo, e todos os seus múltiplos devem ser riscados, exceto o 5. Depois desses dois passos, obtemos o seguinte: Converse com o professor e com os colegas sobre as per- guntas a seguir e responda-as. • Há outro número primo par além do 2? Por quê? • Quais são os possíveis valores para o algarismo das unidades de um número primo maior do que 10? Para refletir 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Seguindo esse padrão, o próximo número primo é o 7, mas, como não há múltiplos de 7 para ser excluídos, o processo termina. Portanto, os números que não foram riscados são primos: 2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23 e 29. Como identificar números primos Outra maneira de identificar se um número é primo consiste em aplicar os critérios de divisibilidade para verificar se ele é ou não divisível por outro número que não seja o 1 ou ele próprio. Nos casos em que os critérios de divisibilidade não são suficientes para determinar se um número é primo, dividimos o número em ques- tão pelos números naturais menores do que ele até que o quocien- te seja menor do que o divisor. Caso não seja encontrado nenhum divisor durante o processo, o número é primo.