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Ação de curatela

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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA Xª VARA DA COMARCA DE PROSPERIDADE
ANA JOAQUINA LACERDA FREIRE, brasileira, casada, profissão, portadora da cédula de identidade n° 0000000, inscrita no CPF sob o nº 000000, no e-mail de xxxxxxxx, residente e domiciliada em Natal do Estado do Rio Grande do Norte, contato (00) 0000-0000, vêm respeitosamente à presença de V. Exa., com fulcro no art. 1.767, I e 1.768, I, e seguintes do Código Civil, por intermédio de seus procuradores, propor a presente de AÇÃO DE INTERDIÇÃO C/C PEDIDO DE CURATELA PROVISÓRIA sob os fundamentos do artigo 300, 747 e seguintes do Novo Código de Processo Civil de 2015 c/c o artigo l. 767 do Código Civil de 2002, em face de sua genitora:
Em favor JOANA LACERDA FREIRE, brasileira, viúva, servidora pública, RG n° XXXX, CPF n° XXXX, residente e domiciliada na Rua do Bom Caminho, Prosperidade, no Estado de Bonança, sem endereço eletrônico, pelos motivos fáticos e jurídicos que adiante passa a expor
1. DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
A autora é pessoa pobre diante da lei e não possui recursos suficientes para arcar com as custas processuais e honorários advocatícios, e para tal benefício, junta declaração de hipossuficiência e comprovante de renda, com fulcro nos artigos 98 e 99 do Código de Processo Civil
2. DOS FATOS
A interditanda, de 73 anos, foi acometido por doença de Alzheimer de início precoce, com CID 10 – G30.0, prescrito no laudo médico com data de xx/xx/xxxx, pelo médico xxxxx cremec n° xxxx, não dispondo do necessário discernimento para a prática dos atos da vida civil, sendo incapaz de reger sua pessoa e seus bens. Ocorre que, considerando a existência de bens, direitos, benefícios previdenciários, contas e demais atividades cotidianas, a gerir faz-se indispensável o deferimento da interdição aqui pleiteada.
A incapacidade do interditando ganha maior relevância diante do fato de que a doença se trata de enfermidade progressiva, sem cura, comprometendo a memória e demais funções mentais importantes, como a cognição, a fala, a deambulação e capacidade motora do indivíduo. Até então, devido ao processo patológico degenerativo, os vizinhos se comoveram e prestaram assistência, que foi quando uma de suas filhas soube do estado clínico. 
3. DA LEGITIMIDADE
A requerente é filha da interditanda, conforme documentos em anexo, dotando-se de legitimidade ativa, elencada no art. 747 do CPC, que define:
Art. 747. A interdição pode ser promovida:
I - pelo cônjuge ou companheiro;
II - pelos parentes ou tutores;
III - pelo representante da entidade em que se encontra abrigado o interditando;
IV - pelo Ministério Público.
Parágrafo único. A legitimidade deverá ser comprovada por documentação que acompanhe a petição inicial.
4. DO DIREITO
Conforme o art. 4 do Código Civil, é estabelecido:
Art. 4° São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
IV - os pródigos.
Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
Com disso, a capacidade prevista diante do ordenamento jurídico supracitado, pode sofrer restrições legais quanto ao seu exercício, o que ocorre quando a pessoa não possui condições para a prática dos atos da vida civil para reger e administrar a sua própria rotina.
Diante de um fato como este, nos termos dos artigos 747 a 770 do Código de Processo Civil, deve ser declarada por meio do procedimento de interdição, bem como nomeador curador, consoante o artigo 1.767 do Código Civil, in verbis:
Art. 1.767. Estão sujeitos a curatela:
I - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
III - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
V - os pródigos.
Trata-se de medida de proteção ao incapaz, voltada ao auxílio na condução de sua vida civil, conforme destaca a doutrina:
‘’A curatela cria laço de dependência da pessoa a cargo de outra, com o seu curador, laço esse que se assemelha ao de família. (...) É medida de proteção ao incapaz, que se insere dentro do direito de família, onde pode ser assegurada, com mais eficácia, a proteção do deficiente físico ou mental, criando mecanismos que coíbam o risco de violência a sua pessoa ou de perda de seus bens. A proteção legal se impõe ao maior incapaz para que não seja prejudicada a execução de suas obrigações sociais comerciais e familiares e para que haja proteção efetiva de seus bens e de sua pessoa. A interdição de decorre de decisão soberana do juiz’’ (NERY JUNIOR, Nelson. NERY, Rosa Maria de Andrade. Código Civil comentado. 12 ed. Editora RT, 2017. Versão ebook, Art. 1.767)
A jurisprudência reforça este direito ao dispor:
EMENTA: CURATELA DECRETAÇÃO PRESSUPOSTOS. Tendo a curatela por pressuposto fático a incapacidade do adulto que, em virtude de doença ou deficiência mental, não esteja em condições de dirigir a sua própria pessoa e administrar seus bens, seu pressuposto jurídico é que seja ela reconhecida por sentença judicial em ação de interdição, promovida por quem, legalmente, tem legitimidade para tanto. (Apelação Cível n° 000.255.170-3/00 – Comarca de São Lourenço – Relator: Exmo. Sr. Des. Páris. Peixoto Pena).
Por isso, diante do direito à proteção do interditando, resta assegurada a sua interdição e a nomeação da autora como sua curadora, de acordo com os limites da curatela prudentemente fixados na sentença de interdição, sob as jurisdições do Estatuto do Idoso e demais princípios que compõe tal direito, diante de uma doença patológica degenerativa, já diagnosticado por médico especialista. 
5. DA TUTELA DE URGÊNCIA
Os próprios órgãos jurisdicionais estabelecem que em casos de relevância e urgência, deverá ser nomeado o curador provisório para que possa auxiliar e proteger no cotidiano dos atos civis, sob os fundamentos do art. 300 do CPC. Salienta-se na mesma perspectiva o art. 87 da lei n° 13.146/2015, que estabelece: Em casos de relevância e urgência e a fim de proteger os interesses da pessoa com deficiência em situação de curatela, será lícito ao juiz, ouvido o Ministério Público, de oficio ou a requerimento do interessado, nomear, desde logo, curador provisório, o qual estará sujeito, no que couber, às disposições do Código de Processo Civil.
Portanto, frente da doença neurodegenerativa, sem cura, de forma que seu estado clínico agrava a cada dia, devendo ser imperioso a nomeação da curatela para que preste auxílio de cunho patrimonial e demais atos necessários cíveis. 
6. DO PEDIDO
Por todo o exposto, REQUER:
1. A concessão da judiciária gratuita, nos termos do art. 98 do CPC;
2. O deferimento da tutela de urgência, com fulcro no art. 300 do CPC;
3. A citação do interditando para, em dia designado, comparecer perante o juiz para entrevista, nos termos do art. 751 do CPC/15;
4. A intervenção do Ministério Público no feito, nos termos do art. 178 do CPC;
5. A total procedência da ação para determinar a interdição da interditanda, nomeando a autora ANA JOAQUINA LACERDA FREIRE, como curadora definitiva, a fim de que possa representa-lo nos atos da vida civil, e demais trâmites do art. 755, parag. 3 do CPC;
6. A produção de todas as provas admitidas em direito, em especial o laudo pericial que junta em anexo, bem como análise pericial nos termos do art. 753 do CPC, indicando desde já, os quesitos a serem formulados em anexo;
Provará o alegado por todos meios de provas admitidos requerendo desde já juntada de documentos e atestado médico requerendo ainda em oportuno momento provas periciais e oitiva de testemunhas arroladas do prazo e forma de lei.Dá-se à causa o valor de R$ 0000000 (REAIS).
Termos em que,
Espera Deferimentos
Prosperidade – Estado de Bonança, 26 de maio de 2021.
ADVOGADO/OAB N° XXXXX
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