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UNIVERSIDADE PAULISTA Instituto de Ciências da Saúde Curso de Enfermagem MARLI ANTUNES VIEIRA DOS REIS ELABORAÇÃO DE PROTOCOLO OPERACIONAL PADRÃO EM SALA DE VACINA LIMEIRA-SP 2019 MARLI ANTUNES VIEIRA DOS REIS ELABORAÇÃO DE PROTOCOLO OPERACIONAL PADRÃO EM SALA DE VACINA Trabalho de conclusão de curso para obtenção do título de graduação em enfermagem apresentado à Universidade Paulista – UNIP. Orientador: Prof. Ms. Flávia Corrêa Porto de Abreu D'Agostini. LIMEIRA-SP 2019 FICHA CATALOGRÁFICA MARLI ANTUNES VIEIRA DOS REIS ELABORAÇÃO DE PROTOCOLO OPERACIONAL PADRÃO EM SALA DE VACINA Trabalho de conclusão de curso para obtenção do título de graduação em enfermagem apresentado à Universidade Paulista – UNIP. Aprovado em: BANCA EXAMINADORA _______________________/__/___ Prof. Nome do Professor Universidade Paulista – UNIP _______________________/__/___ Prof. Nome do Professor Universidade Paulista – UNIP _______________________/__/___ Prof. Nome do Professor Universidade Paulista DEDICATÓRIA Dedico esta pesquisa em primeiro lugar а Deus que iluminou о meu caminho durante esta caminhada, a minha mãe Tereza pelas orações, carinho e força, a minha filha Nicoly minha fonte de energia, a todos os funcionários da sala de vacina de Engenheiro Coelho que irão fazer uso dela, à professora Flávia pela paciência e incentivo e a todos aqueles que de alguma forma estiveram е estão próximos de mim, fazendo esta vida valer cada vez mais а pena. AGRADECIMENTOS A Deus em primeiro lugar, pois me permitiu viver esse momento tão especial em minha vida e realizar essa pesquisa com o tema que tanto amo. Aos meus familiares que mesmo distante me apoiaram me incentivando a entregar o meu melhor em tudo que fiz. Ao meu esposo, mesmo demonstrado de forma diferente que esperava ouviu minhas lamentações, suportou as crises de ansiedade e ausência nesse último ano. A minha filha que mesmo tão pequena me falava que eu iria conseguir e que o sonho dela é ser enfermeira como a mamãe... Aos meus professores que contribuíram tão bem para minha formação, muitas vezes sendo mais que profissionais, sendo amigos. A minha orientadora Prof. Ms. Flávia que tomou para si a construção desse sonho juntamente comigo, acreditando em mim até mesmo quando eu estava sem forças e me apoiando do início até o final, me emocionando várias vezes. Aos meus amigos da faculdade, nossa grande família, minha eterna gratidão. Todos sem exceção tiveram sua contribuição nesta pesquisa. Sempre serão lembrados nas minhas orações. A todos os funcionários da Secretaria de Saúde de Engenheiro Coelho em especial a equipe de Vigilância em Saúde que torceram por mim, dando total apoio e abertura para essa realização. Aos avaliadores que contribuíram com eficiência e acrescentaram o que faltava para o sucesso desta pesquisa. Aos irmãos da igreja Quadrangular e todos que oraram por mim durante estes quatro anos, sem palavras. EPIGRÁFE “O planejamento é uma ferramenta que possibilita a organização de todos os passos necessários para que possamos alcançar nossos objetivos. ” (Rosemary de Ross) RESUMO Os protocolos operacionais padrão caracterizam-se como a descrição de uma situação específica assistência/cuidado, contendo a operacionalização e a especificação sobre o que, quem e como se faz, orientando e respaldando os profissionais em suas condutas para prevenção, recuperação ou reabilitação da saúde. A sala de vacina desde manutenção de temperaturas: ambiente, e geladeiras, limpeza diária e terminal, guarda e verificação de validades (materiais utilizados: como seringas, agulhas) transporte e armazenagem de vacinas interferem diretamente da mesma forma que o preparo e manipulação para evitar que as vacinas percam seu feito imunogênico e também causem malefícios ao cliente fazendo com que o mesmo perca a confiança no atendimento e eficácia do programa diminuindo assim as coberturas vacinais. Destacando a importância e a eficácia do uso dos protocolos, o presente estudo tem como objetivo elaborar e implementar protocolo operacional padrão de enfermagem em uma sala de vacina em um município do interior de São Paulo. A primeira etapa foi um levantamento bibliográfico de publicações da área entre os anos de 2009-2019 nas bases de dados Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Banco de Dados em Enfermagem e Scientific Electronic Library Online. A segunda etapa foi desenvolvida o planejamento e construção do Protocolo Operacional Padrão para profissionais da área de enfermagem e por último a implementação do mesmo juntamente com a equipe do município local. Conclui-se que padronizar o funcionamento da sala de vacina, tornando o serviço mais ágil e com menos probabilidade de erros, sendo benéfico para os profissionais envolvidos no processo de vacinação e principalmente aos pacientes, uma vez que a eficácia da vacina será otimizada devido a sua implantação. Descritores: protocolo; enfermagem; imunização; serviços preventivos de saúde. ABSTRACT Standard operating protocols are characterized as the description of a specific care / care situation, containing the operationalization and specification of what, who and how it is done, guiding and supporting professionals in their conduct for health prevention, recovery or rehabilitation. . The vaccine room provided temperature maintenance: environment, and refrigerators, daily and terminal cleaning, storage and verification of validity (materials used: such as syringes, needles) transport and storage of vaccines interfere directly in the same way as preparation and handling to avoid that vaccines lose their immunogenic effect and also cause harm to the client causing him to lose confidence in the attendance and effectiveness of the program thus reducing vaccine coverage. Highlighting the importance and effectiveness of the use of protocols, this study aims to develop and implement standard nursing operating protocol in a vaccine room in a city in the interior of São Paulo. The first step was a bibliographic survey of publications from the area between 2009-2019 in the Latin American and Caribbean Health Sciences, Nursing Database and Scientific Electronic Library Online databases. The second stage was the planning and construction of the Standard Operating Protocol for nursing professionals and finally its implementation together with the local municipality team. It is concluded that standardizing the operation of the vaccine room, making the service more agile and less likely to make mistakes, is beneficial for professionals involved in the vaccination process and especially for patients, since vaccine efficacy will be optimized due to its implementation. Descriptors: protocol; nursing; immunization; preventive health services. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 09 1.1 Revisão da literatura ............................................................................................... 09 1.2 Justificativa ..............................................................................................................12 2 OBJETIVOS ............................................................................................................... 13 2.1 Objetivo geral ........................................................................................................... 13 2.2 Objetivos específicos ................................................................................................ 13 3 MATERIAIS E MÉTODOS ...................................................................................... 14 3.1 Desenho do estudo ................................................................................................... 14 3.2 Local do estudo ........................................................................................................ 14 3.3 Etapas do estudo ...................................................................................................... 15 3.4 Aspectos éticos ......................................................................................................... 16 4 RESULTADOS ........................................................................................................... 17 5 DISCUSSÃO ............................................................................................................... 20 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 23 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 24 APÊNDICES .............................................................................................................. 26 ANEXOS .................................................................................................................... 45 9 1 INTRODUÇÃO 1.1 Revisão da literatura É notório que as ações de imunizações geram diversos benefícios diretos e indiretos para toda a população. Inúmeras evidências mostram seu potencial de redução de mortalidade entre as crianças, melhoria nas condições de saúde e bem-estar das comunidades, além de representar economia para sociedade, tanto através de redução de custos com consultas, tratamentos e internações hospitalares decorrentes de doenças, quanto pelo menor absenteísmo escolar e de trabalho. (1) As vacinas têm alto padrão de segurança, desde a sua produção até o momento da manipulação e aplicação da mesma, mas assim como qualquer produto biológico pode ocorre a manifestação de eventos adversos pós-vacinação. Com toda certeza, estes riscos são inferiores quando comparados as graves complicações produzidas pelas doenças. (2) A criação do Programa Nacional de Imunização (PNI) possibilitou o fortalecimento do papel do Ministério da Saúde na organização e coordenação das ações de vacinação que já eram realizadas há várias décadas e haviam sido responsáveis pela erradicação da varíola, cujo último caso registrado no Brasil em abril de 1971. (3) O PNI é responsável por fornecer apoio técnico, supervisionar e avaliar a execução das atividades de vacinação em todo território nacional, buscando manter a qualidade dos imunobiológicos que podem sofrer alterações de seu poder imunogênico quando não garantida correta operacionalização do processo. (2) A contribuição do PNI fez-se ainda mais significativa a partir da construção do Sistema Único de Saúde (SUS) no final dos anos 1980, iniciando um movimento de descentralização que colocou o município como o executor primário e direto das ações de saúde, entre elas as de vacinação. Nesse cenário, o PNI tem garantido o oferecimento de vacinas seguras e eficazes para todos os níveis da população que são alvo de ações de imunização, como crianças, adolescentes, adultos, idosos e indígenas. (4) Os êxitos atingidos pelo PNI renderam reconhecimento e respeitabilidade por parte da sociedade brasileira e efetivaram-no como um programa de Saúde Pública de referência para diversos países. O apoio da população às ações de vacinação foi indispensável para o sucesso das ações do Programa, sendo responsável direto pelo alcance de coberturas vacinais adequadas, nas campanhas de vacinação e principalmente nas ações de rotina. (4) 10 Atualmente está em uso o Sistema Nacional de Imunização (SIPNI) que permite avaliar todas as variáveis disponíveis no sistema atual, garantindo registro de dados por indivíduo e sua procedência; aprazamento de vacinação; estratégia de vacinação utilizada (rotina, intensificação, bloqueio, campanha, especial); grupos populacionais específicos (quilombolas, privados de liberdade, indígenas, assentados, população geral); mobilidade dos indivíduos; adesão e evasão ao programa, oportunidade perdida de vacinação; movimentação de imunobiológicos (laboratório produtor/fornecedor do imunobiológico; lotes disponíveis e utilizados; utilização de imunobiológicos, inclusive perdas físicas e técnicas), além de alimentar o Sistema de Informação dos Eventos Adversos Pós- Vacinação (SI-EAPV) tudo isso on-line , permitindo portanto acesso de sua carteira de vacina em qualquer lugar em caso de perda e recebimento dos dados na base federal imediata.(4) A Rede de Frio é o processo de armazenamento, conservação, manipulação, distribuição e transporte dos imunobiológicos do PNI, sendo composta por todos os envolvidos na armazenagem das substâncias, como os equipamentos, equipe técnica, instâncias de armazenamento, transporte e controle da temperatura, devendo ter as condições adequadas de refrigeração, desde o laboratório produtor até o momento em que a vacina é administrada. Apresentando como finalidade garantir que os imunológicos mantenham sua eficácia, obtida quando são preservados os componentes e características primárias do mesmo. (5) É de extrema importância que todos os componentes da Rede de frio ou também chamada de Cadeia de Frio, estejam adequados em relação à suas funções, visando garantir a eficácia dos imunobiológicos, sendo esta afetada por diversos fatores como manuseio inadequado de equipamentos, defeitos no mesmo, falta de energia elétrica, entre outros, sendo essencial o controle das condições e utilização de instalações e equipamentos adequados em todos os níveis, nacional, estadual, regional e municipal. (6) Os serviços de imunização são orientados pelo Ministério da Saúde, mas compete aos estados e municípios sua efetiva estruturação e organização, no âmbito do SUS. Os municípios têm papel fundamental na atuação e responsabilidade por todas as atividades da Atenção Primária à Saúde, inclusive aqueles referentes ao planejamento e organização da vacinação no nível local. (7) A sala de vacina deve ser organizada preferencialmente por um ou dois técnicos de enfermagem ou auxiliar de enfermagem e um enfermeiro. Este enfermeiro deve se responsabilizar pelo treinamento, gerenciamento das ações em vacinação, organizar as situações de rotina, participar de estratégias como: campanhas, intensificação e situações 11 de bloqueio, avaliar as coberturas de vacinação, taxa de abandono do esquema vacinal, e supervisão da sua equipe, supervisão esta que é estabelecida pela resolução nº 302 de 2005, do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). (2) A organização da rotina da sala de vacina desde manutenção de temperaturas: ambiente, e geladeiras, limpeza diária e terminal, guarda e verificação de validades (materiais utilizados: como seringas, agulhas) transporte e armazenagem de vacinas interferem diretamente da mesma forma que o preparo e manipulação para evitar que as vacinas percam seu feito imunogênico e também causem malefícios ao cliente fazendo com que o mesmo perca a confiança no atendimento e eficácia do programa diminuindo assim as coberturas. (8) Todas as práticas e rotinas que devem ser feitas dentro da unidade, diária ou mensal, estão estabelecidas no Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação que devem estar presentes e de fácil acessopara uso dos membros da equipe assim como o Manual de Eventos Adversos e Manual da Rede de Frio. (9) Algumas situações como: constantes alterações do calendário vacinal, as práticas repetitivas do processo, a digitação de dados ou informações incorretas no SIPNI, a não realização da lavagem das mãos nos momentos adequados e a organização e armazenagem das vacinas nos remetem a necessidade da elaboração de protocolos operacionais padrão para melhoria do processo e adequação as normas Conselho Regional de Enfermagem COREN / COFEN. (10) Os Protocolos Operacionais Padrão (POPs) caracterizam-se como a descrição de uma situação específica assistência/cuidado, contendo a operacionalização e a especificação sobre o que, quem e como se faz, orientando e respaldando os profissionais em suas condutas para prevenção, recuperação ou reabilitação da saúde. (10) O uso de protocolos apresenta várias vantagens, promovem maior segurança aos usuários e profissionais, estabelece limites de ação e cooperação entre os envolvidos, reduz a variabilidade do cuidado, norteia o profissional para tomada de decisão em relação as condutas, incorpora novas tecnologias, respalde legalmente as ações, dá maior transparência e controle dos custos, dentre outras. (11) Toda a equipe da unidade deve estar envolvida nas diferentes etapas de elaboração e implantação do protocolo, conforme perfil, inserção profissional e interesses. Existem também recomendações para que quando possível, sejam incluídos no processo usuários dos serviços de saúde com intuito de colaborar com informações sobre suas preferências ou na validação do protocolo. (10) 12 1.2 Justificativa Desta forma este estudo busca elaborar o POP para ser implementado dentro da sala de vacina para padronizar a execução das ações a serem prestadas nas atividades diárias da sala de vacina como: acolhimento e correta digitação no sistema on-line, conservação dos imunobiológicos, prevenção de eventos adversos causados por erros de aplicação, higiene das mãos colocando sempre em foco a garantia da estabilidade dos imunobiológicos e a segurança dos usuários. Este instrumento irá padronizar as ações e serviços dentro da instituição, sem perder de vista os regimentos legais que ordenam cada profissão como legislação estadual, portaria do ministério, conselhos e outros. Como pesquisadora participante, trabalhando em sala de vacina há 10 anos, reconheço amplamente a necessidade da elaboração e implementação do POP, principalmente na área de vacinação das unidades de saúde, pois sem a mesma é dada margem para diversas falhas no processo, que comprometem o proveito do mesmo. 13 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo geral Elaborar e implementar protocolo operacional padrão de enfermagem em uma sala de vacina. 2.2 Objetivos específicos Elaborar um protocolo operacional padrão de enfermagem que aborde a organização, funcionamento e o acolhimento de usuários na sala de vacinação. Implementar o protocolo elaborado na em uma unidade de saúde. 14 3 MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 Desenho do estudo Estudo exploratório descritivo com abordagem analítica, desenvolvido por levantamento documental, realizado por meio de técnica de leitura exploratória, interpretativa e seletiva das pesquisas publicadas relativas ao tema protocolos padrão de enfermagem e sala de vacina: elaboração e implementação. 3.2 Local do estudo Esta pesquisa foi realizada na sala de vacina alocada no prédio da Secretaria de Saúde de uma cidade do interior de São Paulo. O prédio da Secretaria Municipal Saúde, foi uma aquisição recente, desde 2017 pela administração atual e possui salas que estão sendo utilizadas em dois andares. No piso inferior do prédio temos: Sala de Vacina, Central de Regulação de Vagas, Central de Transportes da Saúde, Vigilância em Saúde, Farmácia de Auto Custo, recepção, consultórios médicos, sala para realização de eletrocardiograma e ultrassom e sala de Raio-X e Fisioterapia. No piso superior temos sala para reuniões, copa e sala da diretoria de saúde. A sala de vacina é centralizada há aproximadamente 30 anos, portanto esta unidade atende todo o município, área rural e urbana. A equipe de enfermagem é composta por duas técnicas que organizam o atendimento do usuário, controle do estoque, conservação e administração dos imunobiológicos e uma enfermeira supervisora que administra e elabora planos de assistência em caso de atrasos vacinais, bloqueios, intensificação e campanhas de vacina. São realizados mais de 800 atendimentos mensais. Sendo a maioria crianças menores de 5 anos. A padronização em serviços de enfermagem pode apresentar resultados positivos que vão desde a qualificação do profissional até redução de riscos e aumento da satisfação dos usuários. Cabe à instituição e saúde encontrar as metodologias e as ferramentas mais indicadas para cada situação (COREN, 2014). (14) A Resolução COFEN n° 358/2009, estabelece no artigo 1° “O processo de enfermagem deve ser realizado de modo deliberado e sistemático, em todos os ambientes públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de enfermagem”. Visando sempre a qualidade do serviço prestado, busca-se utilizar as melhores evidências em saúde, comprovando a seguridade do profissional, paciente e ambiente. Pontos ampliados pelo conceito de Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), deduzindo a melhor organização de protocolos, procedimentos assistenciais e implantação de uma 15 rotina que garanta os resultados mencionados anteriormente, relacionados à segurança. (15) O profissional da saúde também se encontra exposto à riscos diversos, indo desde agentes de risco ergonômico até o contato com agentes de risco físico, com destaque para radiação ionizante, químico e biológico, para tanto o COREN-SP publicou a Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego (NR) 32, apresentando nela parâmetros para a saúde e segurança dos trabalhadores da área da saúde. (15) 3.3 Etapas do estudo Na primeira etapa foi realizado um levantamento bibliográfico com o objetivo de realizar a seleção de publicações da área entre os anos de 2009-2019 nas bases de dados Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Banco de Dados em Enfermagem (BDENF) e Scientific Electronic Library Online (Scielo), com os seguintes descritores em português: protocolo; enfermagem; imunização; serviços preventivos de saúde, unidos pela lógica booleana. Após o levantamento das publicações feita análise qualitativa dos dados será parte essencial que auxiliará nos processos que constituirão a elaboração do POP. O levantamento bibliográfico é o ponto inicial de todo trabalho científico consiste em uma análise dos referenciais teóricos, encontrados em artigos, livros, web sites, disponíveis em meios escritos ou eletrônicos. Encontram-se pesquisas científicas baseadas somente na pesquisa bibliográfica, tomando como dados apenas os encontrados em fontes confiáveis verificadas, ou até outras que apresentam a pesquisa mencionada em conjunto com trabalho de campo, conciliando conhecimento teórico com o prático, verificando a compatibilidade deste com as informações e conhecimentos anteriores a respeito do problema central do trabalho, ao qual se estuda uma solução. (16) O pesquisador não pode fazer com que suas crenças ou ideias formadas sejam colocadas na pesquisa sem comprovação por algum referencial teórico, assim o pesquisador qualitativo recusa o modelo positivista implicado ao estudo da vida social. A pesquisa qualitativa é aquela que não se utiliza de uma base ou resultado numérico, mas da investigação de uma organização, grupo social, etc. Adota-se nas ciências sociais, e por aqueles que optempor uma pesquisa qualitativa, uma metodologia própria, visto que não se precisa chegar necessariamente a um mesmo resultado, ou utilização modelo único de pesquisa. (16) Os dados analisados em uma pesquisa qualitativa não são medidas exatas, e podem variar dependendo do tipo de abordagem levada em consideração, assim os valores 16 não são quantificados, os pesquisadores qualitativos procuram explicar o porquê das coisas, mostrando eventuais soluções encontradas. A pesquisa qualitativa tem como principais características: se opor ao modelo único de pesquisa para as ciências, busca de resultados mais fiéis possível à realidade, transformação dos fenômenos em objetos, examinar a singularidade do mundo social em relação ao mundo natural, precisão das relações entre global e local nos fatos estudados, respeitar o caráter conversacional entre os objetos explorados pelos investigadores, suas teorias, dados empíricos e orientações, e por fim hierarquizar as ações de descrever, compreender e explicar. (16) Na segunda etapa foram realizados o planejamento e a construção do POP para profissionais da área de enfermagem da sala de vacina. As evidências resultantes da revisão foram agrupadas, compiladas e organizadas para a construção do POP que passou pela avaliação de cinco enfermeiros com experiência em imunização na rede pública. A aprovação e validação foi feita pela enfermeira da unidade que apresentou aos demais membros da equipe o POP por meio de treinamento. Ao final foram sanadas todas as dúvidas cabíveis e colhidas às opiniões e divergências que poderão interferir na forma de abordagem. Sendo implementado após este momento na unidade. Vale ressaltar que o uso deste POP entre várias vantagens facilitará o atendimento, porém destaca-se a importância de segui-lo juntamente com os demais manuais e normas preconizados pelo Ministério da Saúde. A atualização deste protocolo deverá ser feita a cada dois anos ou sempre que for julgado necessário devido às alterações do calendário vacina. 3.4 Aspectos éticos O projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética sob o número de parecer 3.428.224 (Anexo 1). Para a validação dos juízes foi assinado o termo livre esclarecido (Apêndice 1) e após avaliação preencheram o questionário construído com base nas informações disponíveis no POP (Apêndice 2). Os juízes foram escolhidos com base no tempo de experiência na área de atuação em imunização na rede pública, todos com mais de 10 anos de atuação pertencentes a mesma Divisão Regional de Saúde (DRS) do local da pesquisa. Todos foram convidados a participar via e-mail e telefone, recebendo os documentos que foram entregues dentro do prazo. 17 4 RESULTADOS A partir do levantamento bibliográfico foram analisados os manuais técnicos e operacionais adotados em toda rede nacional: Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação (8), Manual de Rede de Frios (17) e Orientações sobre o manuseio no SIPNI web (18) posteriormente pesquisado outros POPs já existentes a respeito do funcionamento em salas de vacinas. Observamos, no entanto, que os mesmos necessitam de ser atualizados e adaptados para o cenário do calendário vacinal atual. Portanto trata-se de um documento criado a partir das normas exigidas pelo Ministério da Saúde e órgãos competentes. Segundo Colenghi (1997) e Duarte (2005), os POPs devem conter minimamente, as instruções sequenciais das operações e a frequência de execução, especificando o responsável pela execução, listagem dos equipamentos, peças e materiais utilizados na tarefa, descrição dos procedimentos da tarefa por atividades críticas de operação de fácil linguagem para que qualquer profissional da área de atuação consiga realizar. Os principais passos (ou requisitos mínimos que devem estar presentes) para a elaboração de um POP são: (19) 1. Nome do POP (nome da atividade/processo a ser trabalhado); 2. Identificação, assinatura e data da elaboração, revisão e aprovação do POP; 3. Número da versão atual; 4. Número do documento (dentro do Sistema de Qualidade); 5. Paginação (sequenciamento de páginas, com a seguinte demonstração: página atual/páginas totais); 6. Objetivo do POP (a que ele se destina, qual a razão da sua existência e importância); 7. Documentos de referência (são documentos que poderão ser usados ou consultados quando alguém for seguir o POP. Podem ser manuais, outros POP’s, Códigos, Normas, etc); 8. Local de aplicação (aonde se aplica aquele POP qual o ambiente ou setor ao qual o POP é destinado); 9. Siglas (caso siglas sejam usadas no POP, dar a explicação de todas); 18 10. Descrição das etapas da tarefa com os executantes e responsáveis. Neste ponto há um detalhe muito importante: executante é uma coisa, responsável é outra. Pode acontecer que o executante seja a mesma pessoa responsável, mas nem sempre isso acontece; 11. Se existir algum fluxograma, figuras ou imagens relativas a essa tarefa, como um todo, ele pode ser agregado nessa etapa; 12. Informar o local de guarda do documento; aonde ele vai ficar guardado e o responsável pela guarda e atualização; 13. Informar frequência de atualização (exemplo, semestralmente ou anualmente); 14.Informar em quais meios ele será guardado (Eletrônico no computador ou em papel); 15.Gestor do POP (Quem o elaborou); 16. Responsável por ele (profissional ou departamento da empresa) (19). A sala de vacina local não apresentava nenhum tipo de POP anterior, portanto essa é a primeira versão onde foram abordados para sua elaboração alguns tópicos de acordo com a necessidade mais urgentes no momento elencados pela equipe para estar em conformidades com as exigências do COREN. O conteúdo descrito para as etapas dos procedimentos foram: Procedimentos que devem ser adotados pela equipe de vacinação antes de dar início às atividades de vacinação propriamente dita. Acolhimento e triagem. Cuidados na administração dos imunobiológicos. Encerramento da atividade diária No presente trabalho para ampliação e atualização dos conhecimentos foi exposto às funções dos membros da equipe, os calendários de vacinação infantil, do adolescente, adulto, gestante e idoso com as respectivas vias de administração e algumas informações necessárias, os momentos para higienização das mãos e as orientações para acesso ao sistema informatizado SIPNI. 19 A elaboração do POP (Apêndice 3) Organização e atendimento na sala de vacina possibilitou a construção de um fluxograma (Apêndice 4) que contribuirá para agilizar os processos de forma segura e facilitar a interpretação dos acontecimentos de forma resumida de todo conteúdo que ficará armazenado e disponível de forma digital ou físico em pasta. A avaliação do instrumento foi feita em conformidade com as exigências do processo por cinco peritos na área de atuação em vacina com no mínimo 10 anos de experiência por meio de um questionário de avaliação. Os pontos observados no questionário foram: descrição das atividades de forma correta, coerência, clareza e objetividade, organização do conteúdo, fluxograma em acordo com o conteúdo, desejo de acrescentar ou tirar algo que não esteja conforme as normas existentes sobre o processo. Sendo considerado em unanimidade dentro dos conformes podendo ser posto em prática na unidade. A avaliação dos juízes foi considerada positiva, com algumas poucas pontuações no que diz respeito aos materiais que devem ter na sala de vacina, calendário de vacinação, informações adicionais sobre as vacinas, por exemplo, em caso como, a criança que regurgita a vacina pólio oral o que devemos fazer, orientado também colocar uma informação em caso de alteração das geladeiras como proceder. Todas as orientações foram acrescentadas ou tiradas conforme sugestões. A implementaçãoocorreu na sala de vacina de Engenheiro Coelho em meados de outubro de 2019 após um primeiro contato com todos os membros da equipe, onde cada um pode compreender a importância do instrumento e como sua atuação pode contribuir de forma positiva ou negativa para o sucesso na padronização do funcionamento da unidade e melhoria da assistência visando sempre a sua segurança e do paciente. 20 5 DISCUSSÃO O processo de vacinação não compreende apenas ao ato de administrar um imunobiológico, pois para que esta prática ocorra com segurança e exatidão devem ser cercadas de zelo, teoria e ética, adotando-se procedimentos adequados antes, durante e após administração de imunobiológicos, visto que o resultado não depende apenas da imunidade do usuário, da vacina e de como foi e está sendo manipulada, mas também se o local e via de aplicação foram escolhidos corretamente, o produto foi manipulado adequadamente e se a vacina está sendo aplicada no momento certo. (18) Entende-se a uniformização dos processos assistenciais como uma ferramenta importante de gerenciamento na execução das intervenções aos usuários nas unidades de saúde (18). Portanto a busca pela segurança no cuidado focalizada no usuário, faz-se necessário à elaboração e implementação de protocolos assistenciais embasada no conhecimento científico e específicos para os setores de imunização. O POP trata-se de documento utilizado para a organização do serviço de enfermagem, o qual regulamenta a estruturação, composição da equipe e o funcionamento geral do serviço de enfermagem em toda a instituição. Esse documento também determina as ações que competem a cada unidade funcional e a cada profissional da equipe de enfermagem. (20) Para Kurcgant et al. (2010), o regimento é um ato normativo de caráter flexível, elaborado pelo enfermeiro gestor do serviço de enfermagem ou por um grupo de enfermeiros sob a sua coordenação, que orienta todo o desenvolvimento da documentação e do serviço de enfermagem da instituição. (20) A equipe de enfermagem deve ser capacitada para realização dos procedimentos de manipulação, conservação, preparo, administração, registro e descarte de resíduos (8). Todos devem possuir conhecimento dos princípios, normas e procedimentos para realização das atividades diárias que influenciará diretamente na qualidade dos imunobiológicos e na prevenção das doenças. (18) Existem mais temas que poderão ser abordados no futuro para complementação do POP realizado na unidade em Engenheiro Coelho, porém esses foram os de mais urgência elencados pela enfermeira responsável, segundo as exigências do parecer do COREN/SP. Nota-se durante todo o processo de construção e implantação o interesse da equipe em apoiar, apontando as vantagens que poderão surgir num futuro próximo pois hoje a unidade é centralizada no prédio da Secretaria de Saúde, com apenas três funcionárias, 21 mas num futuro próximo será distribuída as salas nas Estratégias de Saúde da Família, que atualmente conta com quatro unidades sendo, portanto, necessário o treinamento de novos profissionais ficando mais fácil a padronização dos procedimentos com a existência do POP. Os manuais e normas utilizados ofereceram todo subsídio para a construção do POP, baseando neles as etapas a serem seguidas nos procedimentos que devem ser adotados pela equipe de vacinação antes de dar início às atividades de vacinação propriamente dita: organização e limpeza da sala, conservação de temperatura ambiente e rede de frios, organização dos arquivos; acolhimento e triagem: organização do atendimento, avaliação da situação vacinal do usuário ,preenchimento correto carteira de vacina de Sistema de Informação próprio on-line; cuidados na administração dos imunobiológicos: higienização adequada das mãos, preparo e administração segura do imunobiológico, descarte adequado dos materiais utilizados e por último abordado o encerramento das atividades diárias: guarda das vacinas que poderão ser reutilizadas no próximo dia, organização da sala e caixas térmicas quando utilizadas, anotação das temperaturas das geladeiras. O POP trará subsídios e segurança para os funcionários se respaldarem quanto aos seus atos fazendo com que os erros sejam minimizados. As repetições constantes dos mesmos procedimentos na sala de vacina levam ao aumento dessas ocorrências. Os maiores números de eventos adversos pós vacinação é decorrente de algum erro no procedimento. (21) Este instrumento expressa as etapas deste processo repetitivo, cada membro da equipe é livre para utiliza-lo de maneira diferente, usando como um guia nas práticas do dia a dia ou apenas quando dúvidas surgirem, assim, o POP deve nortear a atenção à saúde, porém o uso de outras tecnologias é muito importante. As particularidades dos indivíduos direcionam para a necessidade de valorização da subjetividade e individualidade de cada um, por isso, os profissionais na assistência são também elementos chaves do processo desta identificação. (20) O fluxograma facilitará a visualização de todo o processo adscrito no POP de forma simples, rápida e específica pelo funcionário da unidade quanto ao atendimento do usuário que procura a sala de vacina. Este ficará fixado na parede. Segundo Pimenta (2015) o fluxograma é a representação esquemática do fluxo de informações e ações sobre determinado processo que subsidia a avaliação e a tomada de decisão sobre determinado assunto, devem de ser compreensão fácil e rápida, específicos.(22) 22 Os POPs são recursos tecnológicos importantes na prática de saúde e, como tal, devem ser validados, uma vez que dessa forma adquirem credibilidade científica, a ponto de serem eficazes no processo de mudança da prática assistencial, bem como na melhoria do resultado do desempenho dos profissionais. Os POPs ajudam a sintetizar a informação mediante uma estrutura concisa e promovem a tradução do conhecimento para melhorar a prática. (23) Após as correções terem sido feitas segundo as orientações dos membros da equipe de avaliação, a enfermeira da unidade também membro da equipe avaliadora realizou a validação. Durante a apresentação aos demais membros da equipe pontuaram dificuldades como: geladeiras muito antigas, climatização da sala, ausência de lixos brancos e dificuldades no processo, pois apenas um técnico de enfermagem por período para fazer todas as etapas de procedimentos. Como alternativa o POP também foi apresentado ao secretário de saúde que tomou conhecimento de tudo que deverá ser feito para melhoria da assistência e quais as devidas providências deverão ser tomadas após sua implementação. O resultado do trabalho foi elogiado e garantido a aceitação pelos membros da equipe. O POP e fluxograma entraram em vigor, sendo implementados, com isso espera- se direcionar os funcionários que já trabalham e os demais que possivelmente entraram com a ampliação das unidades de vacina no município. Considerando as transformações que podem ser advindas do trabalho, acredita-se que este possa trazer contribuições para a ocorrência de mudanças no âmbito da saúde pública. Assim, postula-se a necessidade do uso de ferramentas nas práticas de saúde que promovam um cuidado de qualidade e igualitário para os usuários, contribuindo para a redução das disparidades em saúde (20) 23 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS O estudo promoveu a elaboração e implementação de um protocolo operacional padrão com intuito de padronizar os procedimentos que devem ser adotados pela equipe de vacinação antes de dar início às atividades de vacinação propriamente dita, acolhimento e triagem, cuidados na administração dos imunobiológicos e encerramento da atividade diária visando sempre a segurança do paciente e do funcionário atuante em uma sala de vacina. Todos os profissionais da sala devacina foram envolvidos nesse processo de construção o que nos faz pensar que apesar de ser algo novo o POP trará benefícios para a unidade e para o usuário como padronizar o atendimento, independente de quem seja o profissional melhorando o processo dando mais agilidade otimizando o tempo de execução, menor probabilidade de erros, redução de custos de material gerando uma assistência com mais qualidade e com isso espera-se um aumento das coberturas vacinais. A implementação deste protocolo possibilita reconhecer possíveis locais de falha e procedimentos em que mais se necessita de padronização, dando-lhes mais atenção e percebendo eventualmente alguma técnica que antes era utilizada de modo incorreto, corrigindo-a e caso não esteja incluso neste protocolo, a construção de um novo protocolo ou alteração do mesmo. Destaco a importância de todos da equipe após implementação o enfermeiro, no entanto, será o responsável de treinar, sanar as dúvidas dos demais membros já efetivos e os que possam ser admitidos, assim como atualização do POP a cada dois anos, sendo a próxima no ano de 2021 ou sempre que julgar necessário devido as alterações do calendário vacinal. Portanto faz-se necessário o investimento em ações de capacitação e as informações deverão ficar de fácil acesso. Entre as limitações da pesquisa, está em não trazer a avaliação do POP com médio e longo prazo após a implantação. Faz-se necessário mais estudos nessa área visando a segurança do paciente e elaboração de protocolos na Atenção Básica pois a maioria dos artigos ou protocolos propriamente ditos encontrados trata-se de protocolos para o ambiente hospitalar. 24 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1-Bezerra LKQ, Silva SPC e. A sala de vacinas sob a ótica de profissionais de enfermagem. 2011; 4. 2-Marinelli NP, Carvalho KM, Araújo TME. Conhecimento dos profissionais de enfermagem em sala de vacina: Análise científica. Revista Univap; 2015;21: 26-35. 3-Silva Júnior J.B. da. 40 anos do Programa Nacional de Imunizações: uma conquista da Saúde Pública brasileira. Revista SVS. 2013;22: 7-8. 4-Silva C. de. Implantação do sistema de informação do programa nacional de imunizações em são Felipe doeste [TCC]. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina; 2014. 5-Brasil. Conselho Federal de Enfermagem. Imunização: Funcionamento da Rede ou Cadeia de Frio [Internet]. 2014. Disponível em: https://enfermagemonlinebr.wordpress.com/2014/02/26/imunizacao-funcionamento-da- rede-ou-cadeia-de-frio/.Acesso em: 18 mai 2019. 6-Duarte A. Cuidados com imunobiológicos. [Internet]. 2010. Disponível em: https://enfermagemcefotej.blogspot.com/2010/02/cuidados-com-imunobiologicos- aline.html. Acesso em: 18 mai 2019. 7-Brasil. Ministério da Saúde. Sistema Único de Saúde (SUS): estrutura, princípios e como funciona [Internet]. 2013. 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Disponível em: https://www.pmec.sp.gov.br/dados. Acesso em: 18 maio 2019. 13-IBGE. Engenheiro Coelho [internet]. 2018. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/engenheiro-coelho/panorama. Acesso em: 18 mai 2019. 14- Brasil. Conselho Regional de Enfermagem. Padronização na Enfermagem: o que é, como se faz e para quê [internet]. 2014.. Disponível em: http://www.corengo.org.br/padronizacao-na-enfermagem-o-que-e-como-se-faz-e-para- que_2585.html. Acesso em: 18 mai 2019. 15- Brasil. Conselho Regional de Enfermagem. Guia para Descrição de Procedimentos Assistenciais de enfermagem no âmbito hospitalar [internet]. 2014. Disponível em: https://portal.coren-sp.gov.br/wp-content/uploads/2018/02/Guia-PAHH.pdf. Acesso em: 18 mai 2019. 16-Gerhardt TE, Silveira DT. Métodos de pesquisa. 1 ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS; 2017; 120p. 17- Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de Rede de Frios. 4.ed. Brasília: Ministério da Sáude, 2013. 25 18- Sociedade Brasileira de Imunizações. SBIM. Revista Imunizações SBIM [S.I.], v.10, n.3, 2017. 19- Colenghi, Vitor Mature. O&M e qualidade total: uma integração perfeita. 3ed.Uberaba: Ed. V. M, 2007. 20- Pereira LR, Carvalho MF, Santos JS, Machado GAB, Maia MAC, Andrade RD. Avaliação de procedimentos operacionais padrão implantados em um serviço de saúde. Arq. Ciênc. saúde. 2017 out-dez:24(4):47-51. 21- Bisettol LHL, Ciosakl SI. Análise da ocorrência de evento adverso pós-vacinação decorrente de erro de imunização. Rev Bras Enferm. 2017 jan-fev;70(1):87-95. 22- Pimenta CAM, et al. Guia para construção de protocolos assistenciais em enfermagem. COREN-SP – São Paulo: COREN-SP, 2015. 23-Honoriol RPP, Caetanoll JÁ, Almeida PC.Validação de procedimentos operacionais padrão no cuidado de enfermagem de pacientes com cateter totalmente implantado. Rev Bras Enferm, Brasília 2011 set-out; 64(5): 882-9. 26 UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP Campus Indianópolis Rua Dr. Bacelar, 1212 – 4º andar – Vila Clementino CEP: 04026-002 – Fone: (11) 5586-4090 e-mail: cep@unip.br Horário de funcionamento: das 08:00 às 19:00 APÊNDICE 1 - Termo de consentimento livre e esclarecido TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Caro Participante: Gostaríamos de convidá-lo a participar como voluntário da pesquisa intitulada Elaboração e implementação de protocolo operacional padrão em sala de vacina que se refere a um projeto de graduação do (s) participante (s) Marli Antunes Vieira dos Reis o qual pertence ao Curso de enfermagem da UNIP- campus Limeira. O (s) objetivo (s) deste estudo Elaborar e implementar protocolo operacional padrão de enfermagem organização, funcionamento e o acolhimento de usuários da Sala de Vacina. Os resultados contribuirão para padronizar a organização e funcionamento da sala de vacinação para otimizar o atendimento e acolhimento ao usuário. Sua forma de participação consiste em validar o conteúdo do protocolo operacional padrão elaborado para a sala de vacina. Seu nome não será utilizado em qualquer fase da pesquisa, o que garante seu anonimato, e a divulgação dos resultados será feita de forma a não identificar os voluntários. Não será cobrado nada e não haverá gastos, decorrentes de sua participação, se houver algum dano decorrente da pesquisa, o participante será indenizado nos termos da Lei. Considerando que toda pesquisa oferece algum tipo de risco, nesta pesquisa o risco pode ser avaliado como: risco mínimo,com possibilidade de danos à dimensão intelectual e social devido a dificuldade em responder ao questionário e compreender o treinamento e constrangimento à interação social. São esperados os seguintes benefícios imediatos da sua participação nesta pesquisa: O benefício é a padronização do funcionamento da sala de vacinação do município de Engenheiro Coelho, para um melhor atendimento neste serviço e melhor campo de trabalho para os funcionários. Gostaríamos de deixar claro que sua participação é voluntária e que poderá recusar-se a participar ou retirar o seu consentimento, ou ainda descontinuar sua participação se assim o preferir, sem penalização alguma ou sem prejuízo ao seu cuidado. Comitê de Ética em Pesquisa - CEP mailto:cep@unip.br 27 Desde já, agradecemos sua atenção e participação e colocamo-nos à disposição para maiores informações. Esse termo terá suas páginas rubricadas pelo pesquisador principal e será assinado em duas vias, das quais uma ficará com o participante e a outra com o pesquisador principal. Flávia Corrêa Porto de Abreu D’ Agostini. R. Miguel Guidote, 405 - Parque Egisto Ragazzo, Limeira - SP, 13485-342. Eu ____________________________________________________________ (nome do participante e número de documento de identidade) confirmo que Flávia Corrêa Porto de Abreu D’ Agostini e Marli Antunes Vieira dos Reis explicou-me os objetivos desta pesquisa, bem como, a forma de participação. As alternativas para minha participação também foram discutidas. Eu li e compreendi este Termo de Consentimento, portanto, eu concordo em dar meu consentimento para participar como voluntário desta pesquisa. Local e data: , de de 20 . _____________________________ (Assinatura do participante da pesquisa) Eu,_____________________________________________________________ (nome do membro da equipe que apresentar o TCLE) obtive de forma apropriada e voluntária o Consentimento Livre e Esclarecido do participante da pesquisa ou representante legal para a participação na pesquisa. ______________________________________________ (Assinatura do membro da equipe que apresentar o TCLE) ____________________________________________ (Identificação e assinatura do pesquisador responsável) 28 APÊNDICE 2- Questionário de avaliação. Parte 2 – Análise do POP: 1. As descrições das atividades ou passo a passos das principais atividades no POP estão distribuídos de forma correta? ( ) Sim ( ) Em parte ( ) Não Sugestões: 2. Você acha que houve coerência entre os itens abordados? ( ) Sim ( ) Em parte ( ) Não Sugestões: 3. Os termos abordados no POP são objetivos e claros para os principais executantes? ( ) Sim ( ) Em parte ( ) Não Sugestões: 4. O POP é de fácil leitura e compreensão? ( ) Sim ( ) Em parte ( ) Não Sugestões: 5. O POP apresenta conteúdo de forma organizada? ( ) Sim ( ) Em parte ( ) Não Sugestões: 6. O fluxograma segue de acordo com o que está descrito no POP? Parte 1 – Dados de identificação: Iniciais do nome: Ano de formação: Área de atuação: Local de trabalho: Questionário para validação do POP para sala de vacina de Engenheiro Coelho 29 ( ) Sim ( ) Em parte ( ) Não Sugestões: 7. Existe alguma questão que você deseja excluir do POP? Se sim, especifique e justifique: 8. Existe algum item dentro dos que foram abordados no POP que deveria ser alterado ou acrescentado? Se sim, especifique e justifique: Obrigado pela sua participação! 30 APÊNDICE 3 – Protocolo Operacional Padrão. Protocolo Operacional Padrão (POP) Vigilância em saúde Título: Organização e atendimento na sala de vacina Versão: 01 Página 1 de 15 Próxima revisão: 23/10/2021 Elaborado por: Marli Antunes Vieira dos Reis Data da criação: 25/09/2019 Revisado por: Benvinda Vieira, Cibele Melo, Ellen Reis, Lucas dos Santos e Lucelena Noale. Data da revisão: 14/10/2019 Aprovado por: Ellen Cristina Reis de Oliveira Data da aprovação:23/10/2019 Local da guarda do documento: Computador e impresso Responsáveis pelo POP: Equipe da sala de vacina. OBJETIVO: Padronizar o acolhimento organizando a recepção, anotação e registro dos dados de forma correta no Sistema Nacional de Imunização (SIPNI). Setor: Sala de vacina Agente(s): Equipe de Enfermagem e responsáveis pela triagem. O enfermeiro é responsável pela supervisão ou pelo monitoramento do trabalho desenvolvido na sala de vacinação pelo processo de educação permanente da equipe. 1. FUNÇÕES DA EQUIPE DE ENFERMAGEM: Planejar as atividades de vacinação, monitorar e avaliar o trabalho desenvolvido de forma integrada ao conjunto das demais ações da unidade de saúde; Prover periodicamente as necessidades de material e de imunobiológicos; Manter as condições preconizadas de conservação dos imunobiológicos; Utilizar os equipamentos de forma a preservá-los em condições de funcionamento; Dar destino adequado aos resíduos da sala de vacinação; Atender e orientar os usuários com responsabilidade e respeito; Registrar todos os dados referentes às atividades de vacinação nos impressos adequados para a manutenção, o histórico vacinal do indivíduo e a alimentação dos sistemas de informação do PNI; Manter o arquivo da sala de vacinação em dia; 2. MATERIAIS BÁSICOS Caixa coletora de material perfurocortante com suporte; Dispensador para sabão líquido; Dispensador para papel-toalha; Termômetros para medição de temperatura para os equipamentos de refrigeração e as caixas térmicas; Bandeja de aço inoxidável ou plástica; Termômetro digital para mensuração da temperatura corporal, quando necessário; Recipientes (perfurados ou não) para a organização dos imunobiológicos dentro do equipamento de refrigeração; Bobinas reutilizáveis para a conservação dos imunobiológicos em caixas térmicas; Algodão hidrófilo; Recipiente para algodão; Fita adesiva (5 cm de largura); 3 caixas térmicas de poliuretano com capacidade máxima de 13 litros para as atividades diárias da sala de vacinação e as ações extramuros, de intensificação, campanha e bloqueio; Caixas térmicas de poliestireno expandido (isopor) caso seja necessário; Seringas e agulhas com as seguintes especificações: 31 Protocolo Operacional Padrão (POP) Vigilância em saúde Título: Organização e atendimento na sala de vacina Versão: 01 Página 2 de 15 Próxima revisão: 23/10/2021 - Seringas de plástico descartáveis (0,5 ml; 1,0 ml; 3,0 ml e 5,0 ml); - Agulhas descartáveis › Para uso intradérmica: 13 x 3,8 dec/mm acoplada a seringa de 1 ml; › Para uso subcutâneo: 13 x 4.5 dec/mm; › Para uso intramuscular: 20 x 5,5 dec/mm; 25 x 7,0 dec/mm; 25 x 8,0 dec/mm e 30 x 7,0 dec/mm; › Para diluição: 25 x 7,0 dec/mm. Recipiente plástico para ser colocado dentro da caixa térmica, com o objetivo de separar e proteger os frascos de vacina abertos e em uso; Papel-toalha; Sabão líquido; Materiais de escritório: lápis, caneta, borracha, grampeador, perfurador, extrator de grampos, carimbos, almofada e outros; Impressos e manuais técnicos e operacionais, a exemplo de: - Formulários para registro da vacina administrada: cartões ou cadernetas da criança, do adolescente e do adulto e quando disponibilizadas as demais; - Boletins, mapas, formulários e fichas diversas para: › Registro diário da vacina administrada e consolidação mensal dos dados, conforme padronização adotada pelo PNI; › Mapa de registro diário da temperatura do equipamento de refrigeração;› Notificação, investigação dos eventos adversos pós-vacinação e impresso de procedimento inadequado. Outros impressos: pareceres técnicos, notas técnicas, informes técnicos e legislações atualizadas referentes ao PNI; Manuais técnicos e operacionais: - Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação; - Manual de Vigilância Epidemiológica de Eventos Adversos Pós-Vacinação (EAPV); - Manual dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE); - Manual de Rede de Frio. 3. ETAPAS DO PROCEDIMENTOS 3.1 Procedimentos a serem adotados antes de iniciar a vacinação: Verificar se a sala está limpa e em ordem; Verificar a temperatura do(s) equipamento(s) de refrigeração, registrando-a no mapa de registro diário de temperatura. Anotando no mapa diário de temperatura a máxima, mínima e momento que o equipamento chegou que deve estar entre 2ºC e 8ºC; Caso a temperatura das geladeiras estiverem alteradas avisar chefia imediata e iniciar preenchimento de protocolo de alteração de temperatura de todos os imunobiológicos. Limpar com pano úmido com detergente ou álcool 70% (mesa, armários, pia, balcão da pia e torneira); Verificar ou ligar o sistema de ar-condicionado; Higienizar as mãos (Anexo 1); Organizar a caixa térmica de uso diário, retirando as bobinas reutilizáveis do equipamento de refrigeração, colocando-as sobre a pia ou a bancada até que desapareça a “névoa” que normalmente cobre a superfície externa da bobina congelada; Colocar as bobinas nas laterais internas das caixas térmicas de uso diário após o 32 Protocolo Operacional Padrão (POP) Vigilância em saúde Título: Organização e atendimento na sala de vacina. Versão: 01 Página 3 de 15 Próxima revisão: 23/10/2021 desaparecimento da “névoa” e a confirmação da temperatura (aproximadamente 1ºC); Mensurar a temperatura interna da caixa térmica por meio do termômetro de cabo extensor, certificando-se de que esteja entre 2ºC e 8ºC (ideal 5ºC) antes de colocar as vacinas em seu interior. O sensor do termômetro deve ser posicionado no centro da caixa; Separar os cartões de controle dos indivíduos com vacinação aprazada para o da de trabalho ou consultar o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) para verificar os aprazamentos; Retirar do equipamento de refrigeração as vacinas e separar os diluentes correspondentes na quantidade necessária ao consumo na jornada de trabalho, considerando os agendamentos previstos para o dia e a demanda espontânea; Organizar vacinas e diluentes na caixa térmica, já com a temperatura recomendada, colocando- os em recipientes. Atentar-se ao prazo de utilização após a abertura do frasco para as apresentações em multidose, portanto anote dia e horário de abertura com fita crepe ou esparadrapo no frasco. Organizar sobre a mesa de trabalho os impressos e os materiais de escritório; 3.2 Acolhimento e triagem: A ordem de atendimento deverá ser feita por ordem de chegada mediante a utilização de senhas padronizadas para a Sala de Vacina, que deverão estar de fácil acesso para o usuário; Para todo atendimento faz-se necessário a apresentação de documento pessoal, cartão SUS e da caderneta de vacinação; Fazer observação minuciosa das doses administradas anteriormente de cada vacina constada na certeira de vacinação e comparar com o calendário vacinal nacional de acordo com a idade do paciente (Anexo 2); Caso o usuário esteja comparecendo à sala pela primeira vez, abrir os documentos padronizados do registro pessoal de vacinação (cartão ou caderneta de vacinação ou cartão-controle) ou cadastrá-lo no SI-PNI; No caso de retorno, avaliar o histórico de vacinação do usuário, identificando quais vacinas devem ser administradas; Obter informações sobre o estado de saúde do usuário, avaliando as indicações e as possíveis contraindicações à administração dos imunobiológicos, evitando as falsas contraindicações, e na descrição relativa a cada imunobiológico, especificamente; Orientar o usuário sobre a importância da vacinação e da conclusão do esquema básico, de acordo com o grupo-alvo ao qual o usuário pertence e conforme o calendário de vacinação vigente; Registrar a (s) dose (s) na caderneta de vacinação do usuário contendo os seguintes dados: data, vacina, dose administrada, lote e nome do vacinador com registro profissional; Manter o cartão-controle ou outro mecanismo para o registro do imunobiológico administrado. Tal instrumento deverá conter os mesmos dados da caderneta de vacinação do usuário: identificação, data, vacina, dose administrada, lote e nome do vacinador juntamente com seu registro profissional; Quando de acordo, aprazar a lápis o próximo retorno, caso não proceder com as devidas anotações e digitação dos dados no sistema SIPNI on-line (Anexo 3); 3.3 Administração de imunobiológicos: Verificar qual imunobiológico deve ser administrado, conforme indicado no documento pessoal de registro de vacinação (cartão ou caderneta) ou conforme indicação médica; Higienizar as mãos antes e após o procedimento; 33 Protocolo Operacional Padrão (POP) Vigilância em saúde Título: Organização e atendimento na sala de vacina Versão: 01 Página 4 de 15 Próxima revisão: 23/10/2021 Examinar o produto, observado a aparência da solução, o estado da embalagem, o número do lote e o prazo de validade; Observar a via de administração e a dosagem; Preparar o imunobiológico conforme descrição dos procedimentos específicos relativos a cada imunobiológico; Observação: Para a administração de vacinas não é recomendada a antissepsia da pele do usuário. Somente quando houver sujidade perceptível, a pele deve ser limpa utilizando-se água e sabão ou álcool a 70%. Caso utilize o álcool, espere 30 segundos para permitir a secagem da pele. No momento da administração do imunobiológico, o vacinador deverá solicitar ao responsável pela criança a sua colaboração para a contenção da criança. Atentar que o sucesso da execução depende desse apoio, e não apenas do vacinador. Quando o responsável se sentir impotente e/ou inseguro para tal, solicitar que retorne em outro momento, para a segurança da criança; O uso de luvas não dispensa a lavagem das mãos antes e após a realização dos procedimentos. A administração de vacinas por via parenteral não requer paramentação especial para sua execução. Quando o vacinador apresenta lesões abertas com soluções de continuidade nas mãos, orienta-se a utilização de luvas, a fim de se evitar contaminação tanto do imunobiológico quanto do usuário; Administrar o imunobiológico segundo a técnica específica; Observar a ocorrência de eventos adversos pós-vacinação; Desprezar o material utilizado na caixa coletora de material perfurocortante. 3.4 Procedimentos a serem realizados ao final das atividades do dia: Conferir se todas as doses registradas no cartão registro estão digitadas no SIPNI; Retirar as vacinas da caixa térmica de uso diário, identificando nos frascos multidose a quantidade de doses que podem ser utilizadas no dia seguinte, observando o prazo de validade após a abertura e guardando-os no refrigerador; Retirar as bobinas reutilizáveis da caixa térmica e proceder à sua limpeza e acondiciona-las no evaporador do equipamento de refrigeração ou no freezer; Desprezar os frascos de vacinas multidose que ultrapassaram o prazo de validade após a sua abertura, bem como os frascos com rótulo danificado; Registrar o número de doses desprezadas no formulário padronizado de registro (físico ou informatizado) para subsidiar a avaliação do movimento e das perdas de imunobiológicos; Verificar e anotar a temperatura do equipamento de refrigeração no (s) respectivo (s) mapa (s) de controle diário de temperatura; Proceder à limpeza da caixa térmica, deixando-a seca; Organizar o arquivo permanente,arquivando os cartões-controle; Certificar-se de que os equipamentos de refrigeração estão funcionando devidamente; Desligar os condicionares de ar; Deixar a sala limpa e em ordem. 4. Informações sobre as vacinas 4.1 BCG O esquema de vacinação com a vacina BCG corresponde à dose única o mais precocemente possível, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o nascimento, ainda na maternidade. Crianças com baixo peso: adiar a vacinação até que atinjam 2Kg. O volume de cada dose corresponder rigorosamente a 0,05 ml ou 0,1 ml a depender do laboratório produtor e da faixa etária. A vacina é administrada por via intradérmica na região do músculo deltoide, no nível da inserção inferior, na face inferior, na face externa superior do braço direito. O uso do braço direito tem por finalidade de facilitar a identificação da cicatriz em avaliações da atividade de vacinação. Quando essa recomendação não 34 Protocolo Operacional Padrão (POP) Vigilância em saúde Título: Organização e atendimento na sala de vacina Versão: 01 Página 5 de 15 Próxima revisão: 23/10/2021 puder ser seguida, registre o local da administração no comprovante de vacinação. Crianças que não apresentarem cicatriz vacinal após receberem dose única da vacina contra tuberculose (BCG) comprovada não precisam ser revacinadas. A nova recomendação do Ministério da Saúde está alinhada com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e Comitê Técnico Assessor de Imunizações (CTAI) após estudos comprovarem a eficácia do imunobiológico também em crianças que não ficam com cicatriz depois da vacina. No caso de contato intradomiciliar de paciente com diagnóstico de hanseníase que não apresenta sinais e sintomas, independentemente de ser paucibacilar (PB) ou multibacilar (MB), o esquema de vacinação deve considerar a história vacinal do contato da seguinte forma: Contatos intradomiciliares com menos de 1 ano de idade comprovadamente vacinados não necessitam da administração de outra dose de BCG. Para contatos intradomiciliares com mais de 1 ano de idade, adote o seguinte esquema: - Contato domiciliar sem cicatriz vacinal ou na incerteza da existência de cicatriz vacinal: administre uma dose de BCG; - Contato domiciliar comprovadamente vacinado com a primeira dose: administre outra dose de BCG (mantenha o intervalo mínimo de seis meses entre as doses); - Contato domiciliar com duas doses/cicatrizes – não administre nenhuma dose adicional. A vacina BCG para crianças e adultos com HIV positivo também segue tais recomendações: Crianças filhas de mãe com HIV positivo podem receber a vacina o mais precocemente possível até os 18 meses de idade, se assintomáticas e sem sinais de imunodeficiência; Crianças com idades entre 18 meses e 4 anos, 11 meses e 29 dias, não vacinadas, somente podem receber a vacina BCG após sorologia negativa para HIV; para estes indivíduos, a revacinação é contraindicada; A partir dos 5 anos de idade, indivíduos portadores de HIV não devem ser vacinados, mesmo que assintomáticos e sem sinais de imunodeficiência. Entretanto, os portadores de HIV que são contatos intradomiciliares de paciente com hanseníase devem ser avaliados do ponto de vista imunológico para a tomada de decisão. Pacientes sintomáticos ou assintomáticos com contagem de LT CD4+ abaixo de 200/mm3 não devem ser vacinados. 4.2 Hepatite B O esquema de administração corresponde, de maneira geral, a três doses, com intervalo de 30 dias entre a primeira e a segunda doses e de seis meses entre a primeira e a terceira doses (0, 1 e 6). Recém-nascidos devem receber a primeira dose (vacina monovalente) nas primeiras 24 horas de vida, preferencialmente nas primeiras 12 horas, ainda na maternidade ou na primeira visita ao serviço de saúde, até 30 dias de vida. A continuidade do esquema vacinal será com a vacina Pentavalente. Para usuários com 5 anos ou mais sem comprovação vacinal, administre três doses da vacina hepatite B, conforme intervalos estabelecidos. Em caso de esquema vacinal incompleto, não reinicie o esquema, apenas o complete de acordo com o volume da vacina hepatite B (recombinante) monovalente a ser administrado de acordo com o laboratório. Situações individuais específicas podem exigir a adoção de esquema e dosagem diferenciados. Nestas situações, consulte o Manual do CRIE para informações adicionais na situação encontrada. Administre a vacina por via intramuscular. Não administrar no glúteo. Gestantes em qualquer faixa etária e idade gestacional: sem comprovação vacinal administrar 3 (três) doses da vacina hepatite B. Em caso de esquema vacinal incompleto, não reiniciar o esquema, apenas completá-lo conforme situação encontrada. Em situações de atraso vacinal, considerar intervalo mínimo de 60 dias entre a segunda e a terceira dose. 35 Protocolo Operacional Padrão (POP) Vigilância em saúde Título: Organização e atendimento na sala de vacina Versão: 01 Página 6 de 15 Próxima revisão: 23/10/ 2021 4.3 Pentavalente O esquema corresponde a três doses, administradas aos 2, aos 4 e aos 6 meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses. São necessárias doses de reforço com a vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP), que devem ser administradas aos 15 meses e aos 4 anos de idade. O volume a ser administrado é de 0,5 ml. A idade máxima para se administrar as vacinas com o componente pertussis de células inteiras é 6 anos, 11 meses e 29 dias. A vacina é administrada por via intramuscular profunda. 4.4 DTP A vacina DTP é indicada para os reforços do esquema básico de vacinação com os componentes diftérico, tetânico e pertussis. O primeiro reforço deve ser administrado aos 15 meses e, o segundo, aos quatro anos de idade. Administrar o primeiro reforço com intervalo mínimo de seis meses após a 3ª dose do esquema básico; intervalo mínimo de seis meses entre os reforços. Caso a criança esteja com quatro anos ou mais e não tenha recebido o primeiro reforço, administrar dois reforços: um na ocasião do atendimento, agendando o segundo reforço com intervalo mínimo de seis meses do primeiro. Crianças entre cinco e seis anos, 11 meses, 29 dias que não tenham iniciado esquema básico, administrar, sempre que possível três doses da vacina DTP com intervalo de 30 dias entre elas. Esta vacina é contraindicada para crianças a partir de sete anos de idade devendo sempre que necessário completar esquema com dT. O volume da vacina a ser administrado é de 0,5 ml. A vacina é administrada por via intramuscular profunda. 4.5 Poliomielite 1,2 e 3 inativada (VIP) Esta vacina integra o esquema sequencial com a vacina poliomielite 1 e 3 (atenuada) (VOP). O esquema sequencial corresponde a três doses da vacina VIP administrados aos 2, 4 e 6 meses. O volume da vacina a ser administrado é de 0,5 ml. A vacina é administrada por via intramuscular. 4.6 Poliomielite 1 e 3 atenuada (VOP) O esquema sequencial corresponde a cinco doses, sendo três doses da vacina VIP (aos 2,4 e 6 meses), um reforço de VOP aos 15 meses e aos 4 anos de idade. Administração oral e cada dose da vacina correspondem a duas gotas. Esta vacina é contraindicada para crianças imunodeprimidas, crianças internadas, contato domiciliar de pessoas imunodeprimidas, bem como que tenham histórico de paralisia flácida associada à dose anterior da VOP. Não repetir a dose da vacina VOP se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar no ato da vacinação. Diferente das demais vacinas a validade da VOP depende da data do descongelamento, que virá na nota de imunobiológico, deve-se seguir três meses a partir desta data. 4.7 Pneumocócica 10 valente A vacina deve ser administrada aos 2 e 4 meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses e mínimo de 30 dias, em crianças menores de 1 ano de idade. O reforço deve ser feito aos 12 meses 15 meses,considerando-se o intervalo de 6 meses após o esquema básico. Administre o reforço com intervalo mínimo de 60 dias após a última dose em crianças que iniciam o esquema básico após 6 meses de idade. Em crianças entre 12 e 23 meses de idade sem comprovação vacinal ou com esquema incompleto, administre uma única dose. Crianças entre 12 meses e 4 anos 11 meses e 29 dias de idade sem comprovação vacinal, administrar uma única dose. O volume a ser administrado é de 0,5 ml. A vacina é administrada por via intramuscular profunda. 4.8 Rotavírus G1 P1 (VORH) O esquema corresponde a duas doses, administradas aos 2 e 4 meses de idade. A primeira dose pode ser administrada a partir de 1 mês e 15 dias até 3 meses e 15 dias. A segunda dose pode ser 36 Protocolo Operacional Padrão (POP) Vigilância em saúde Título: Organização e atendimento na sala de vacina Versão: 01 Página 7 de 15 Próxima revisão: 23/10/2021 administrada a partir de 3 meses e 15 dias até 7 meses e 29 dias. Mantenha intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. O volume a ser administrado é 1,5 ml. Manter intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. Se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar após a vacinação, NÃO repetir a dose. A vacina é administrada exclusivamente por via oral. Manter intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. Se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar após a vacinação, não repetir a dose. Contraindicada para crianças com histórico de invaginação intestinal ou malformação do aparelho digestivo. Crianças com quadro agudo de gastroenterite (tais como: vômitos, diarreia, febre), adiar a vacinação até a resolução do quadro. 4.9. Meningocócica C (Conjugada) O esquema corresponde a duas doses, administradas aos 3 e 5 meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses e mínimo de 30 dias. O reforço deve ser feito aos 12 meses. Crianças entre 15 meses a 4 anos 11meses e 29 dias que ainda não receberam nenhuma dose, devem receber uma dose O volume da vacina a ser administrado é de 0,5 ml. Adolescentes entre 11 e 14 anos, administrar um reforço ou uma dose única conforme situação vacinal. A vacina é administrada exclusivamente por via intramuscular. 4.10 Febre amarela atenuada (FA) O esquema vacinal com a vacina febre amarela corresponde à administração de uma dose a partir dos 9 meses de idade. O volume da dose a ser administrada é de 0,5 ml por via subcutânea. A vacina FA está contraindicada nas situações gerais e também: Para crianças menores de 6 meses de idade; Para o imunodeprimido grave, independentemente do risco de exposição; Portadores de doenças autoimunes. Algumas situações: - Pessoas que receberam uma dose da vacina após 9 meses de idade: considerar vacinado. Não administrar nenhuma dose. - Mulheres que estejam amamentando crianças menores de 6 meses de idade e que reside em local próximo onde aconteceu confirmação de circulação do vírus (epizootias, casos humanos e vetores – área afetada): administrar uma dose da vacina e suspender o aleitamento materno por preferencialmente 28 dias após a vacinação com um mínimo de 10 dias. Nessa situação a mãe e a criança deverão ser acompanhadas pelo serviço de saúde a fim de manter a produção de leite materno e garantir o retorno à lactação. - Mulheres que estejam amamentando crianças menores de 6 meses de idade e que recebeu uma dose da vacina: considerar vacinada. - Mulheres que estejam amamentando crianças maiores de 6 meses de idade e que não recebeu nenhuma dose da vacina: administrar uma dose. 4.11 Sarampo, caxumba, rubéola (Tríplice viral) A vacina é administrada por via subcutânea e o volume 0,5 ml. O esquema básico da vacina é de duas doses nas seguintes situações: Para indivíduos de 12 meses a 29 anos de idade: administre duas doses conforme a situação vacinal encontrada. A primeira dose (aos 12 meses de idade) deve ser com a vacina tríplice viral e a segunda dose (aos 15 meses de idade) deve ser com a vacina tetra viral, para as crianças que já tenham recebido a 1ª dose da vacina tríplice viral. Para as crianças acima de 15 meses de idade não vacinadas, administre a vacina tríplice viral observando o intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. Considere vacinada a pessoa que comprovar duas doses de vacina com componente de sarampo, caxumba e rubéola. Para indivíduos de 30 anos e os nascidos a partir de 1960: administre uma dose conforme a 37 Protocolo Operacional Padrão (POP) Vigilância em saúde Título: Organização e atendimento na sala de vacina Versão: 01 Página 8 de 15 Próxima revisão: 23/10/2021 situação vacinal encontrada. Considere vacinada a pessoa que comprovar uma dose de vacina com componente de sarampo, caxumba e rubéola ou sarampo e rubéola. A gestante não deve ser vacinada, para evitar a associação entre a vacinação e possíveis complicações da gestação, incluindo aborto espontâneo ou malformação congênita no recém- nascido por outras causas não associadas à vacina, caso aconteça inadvertidamente a gestante deve ser acompanhada durante o pré-natal e, após o parto acompanha-se a criança. Para profissionais de saúde independentemente da idade: administrar 2 (duas) doses, conforme situação vacinal encontrada, observando o intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. Considerar vacinada o profissional que comprovar 2 (duas) doses da vacina tríplice viral. Para crianças maiores de 6 meses e menores de um ano deverão receber uma dose, como dose única em estratégia de intensificação, segundo orientações do MS. Nascidos antes de 1960 não tem indicação para realização da vacina. 4.12 Hepatite A O PNI recomenda uma dose aos 15 meses de idade na rotina de vacinação. Situações individuais específicas podem exigir a adoção de esquema e dosagem diferenciada nos CRIE. O volume da vacina a ser administrado é de 0,5 ml por via intramuscular. Crianças entre 12 meses a 4 anos 11meses e 29 dias que ainda não receberam nenhuma dose, devem receber uma dose. A vacina é administrada por via intramuscular. 4.13 Sarampo, caxumba, rubéola e varicela (Tetraviral) O esquema corresponde a uma dose aos 15 meses de idade em crianças que tenham recebido a primeira dose da vacina tríplice viral. Crianças entre 4 e 6 anos, 11 meses e 29 dias deverão receber uma segunda dose da vacina varicela monovalente. O volume da vacina tetra viral ou varicela a ser administrado é de 0,5 ml em via subcutânea. 4.14 HPV Adolescente sem comprovação vacinal administrar 2 doses da vacina HPV com intervalo de 6 meses entre a primeira e a segunda dose (0 e 6 meses). Deve ser aplicada intramuscular e volume 0,5 ml. Em caso de esquema vacinal incompleto, não reiniciar o esquema, apenas completá-lo conforme situação encontrada: Meninas entre 9 (nove) e 14 (quatorze) anos de idade devem receber duas doses da vacina (esquema 0 e 6 meses). Meninos entre 11 (onze) a 14 (quatorze) anos de idade devem receber duas doses da vacina (esquema 0 e 6 meses). Outras situações com indicações: Meninas/mulheres e meninos/homens de 9 a 26 anos, 11 meses e 29 dias, vivendo com HIV/Aids administrar três doses com intervalo de dois meses entre a primeira e a segunda dose e de seis meses entre a primeira e a terceira dose (esquema 0, 2 e 6 meses). Para este grupo, mantém-se a necessidade de prescrição médica. Meninas/mulheres e meninos/homens de 9 a 26 anos, 11 meses e 29 dias imunodeprimidos (submetidas a transplante de órgãos sólidos, transplante de medulas óssea ou pacientes oncológicos), administrar três doses com intervalo de dois meses entre a primeira e a segunda dose e de seis meses entre a primeira e a terceira dose (esquema 0, 2 e 6 meses). Para este grupo mantém-se a necessidade de prescrição médica. Não administrar