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Imunidade Formal
domingo, 14 de fevereiro de 2021 00:34
A imunidade é desde a diplomação. 
--> EM RELAÇÃO A PRISÃO: art.53 §2° CF/88, é aquela que determina que os deputados e senadores
desde a expedição do diploma (que vem antes da posse) não podem ser presos.
Para a corrente majoritária, os deputados e senadores não podem ser presos por qualquer tipo de
Prisão
Exceções (art.53 §2° CF/88):
• Prisão em flagrante de crime inafiançável, e o auto de prisão em flagrante deve ser enviado em
até 24h para a respectiva casa para saber se ele vai ou não ser preso, com quórum de maioria
absoluta em votação aberta, ou seja tem que ter 257 votos para não permanecer preso se for
deputado e 41 se for senador.
• A outra exceção será no caso de uma condenação criminal transitado em julgado, ou seja, nesse
caso o deputado ou senador poderá ser preso (AP 396).
Obs finais:
Quem tem a imunidade formal são os deputados federais que se estendem aos estaduais, distritais e
senadores. VEREADOR NÃO TEM IMUNIDADE FORMAL, se a constituição do estado falar que tem, ela
será inconstitucional!
O STF, em Outubro de 2017, decidiu na ADI 5526 que o
Poder Judiciário pode tomar medidas cautelares diversas
da prisão contra os parlamentares diversas da prisão. 
Se a medida cautelar diversa da prisão impedir de forma
direta ou indireta o exercício do mandato poderá aplicar
por analogia o art.53§ 2° medida cautelar diversa da
prisão. 
Em suma, o STF pode aplicar o art.319 do CP para
parlamentares, ou seja, medida diversa da prisão. Naquilo
que for prisão em flagrante de crime inafiançável pode
aplicar medida cautelar diversa da prisão. A casa pode
decidir se a medida cautelar permanecerá ou não, e pode
ou não afastar ela, quórum de maioria absoluta, votação
aberta, podendo rechaçar a medida cautelar diversa da
prisão.
Anomalia institucional ético-jurídica (ex: caso do presidente da assembleia de RO que foi preso por
organização criminosa, a PF não enviou o inquérito pra casa e o STF deu razão a PF vez que todos
vereadores da casa estavam envolvidos na organização).
--> EM RELAÇÃO AO PROCESSO:
art.53§3°CF/88 é a possibilidade de sustação (suspender) de ação penal contra deputado ou senador,
por crime praticado após a diplomação, quem pode fazer isso é a casa, por maioria absoluta e votação
aberta. Desde a EC/35 não há necessidade de autorização da casa para o PJ iniciar uma ação penal
contra algum parlamentar.
Procedimento:
existindo denúncia ou queixa crime contra parlamentar no mandato e o crime guarda relação com o
mandato o foro vai ser o STF, o STF vai receber a denúncia ou queixa crime → inicia ação penal → o STF
comunica a casa (mesa) e um partido político com representação na casa pode provocar a mesa para
que ela coloque em votação um pedido de sustação da ação penal → a mesa vai ter 45 dias para colocar
em votação com quórum de maioria absoluta com votação aberta, se for na câmara dos deputados
precisará de 257 votos e no senado 41 votos.
OneNote https://onenote.officeapps.live.com/o/onenoteframe.aspx?ui=pt-BR&rs...
1 of 4 05/06/2021 19:49
Obs: 
Suspendendo a ação penal também suspende a prescrição até o final do mandato, terminando o
mesmo, volta a ação e começa ocorrer a prescrição.
Obs2:
• AP937 QO (questão de ordem) maio de 2018 – o STF modifica seu entendimento por foro por
prerrogativa de função no caso de crime comum, adota nova interpretação do 102 I “b” e 53 §1°CF/88
estabelece uma interpretação restritiva para o foro por exercício de função (prerrogativa de função).
Versa que o foro por prerrogativa de função só vai existir se o sujeito praticar crime no exercício do
mandato e o crime deve ter relação com o mandato.
• Se um deputado federal ou senador pratica crime no mandato e que guarda relação com o mandato a
denúncia como vista será por parte do PGR a ação penal inicia no STF e se na tramitação da ação penal
acaba o mandato ela pode continuar no STF (fim da instrução processual penal), se já finalizada a
instrução processual (que é o despacho de intimação para as alegações finais) ou então ir para a
instancia competente (se não finalizada a instrução processual). Tem como objetivo privilegiar o
princípio da identidade física do juiz. O STJ adotou o mesmo posicionamento do STF para os
governadores e membros. 
 Exceção: prática de crime comum por desembargador de tribunal de justiça que não seja em razão de
seu mandato o STJ quem julgará.
• Se o deputado federal pratica crime no mandato e que guarda relação com mandato, porém pratica o
crime em concurso de pessoas (corréus), o STF adotou duas posições, no caso do mensalão, por
exemplo, todos devem ser julgados e processados no STF, Súmula 704 STF, porém o STF afirma que
depende da conveniência da instrução criminal. A posição mais adotada pelo STF é a do
desmembramento processual quando algum dos corréus não forem parlamentares. MAIS ADOTADA! 
--> OUTRAS IMUNIDADES
Art.53 §6° CF/88 – é a imunidade testemunhal, se parece muito com a imunidade material, Os
Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas
em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam
informações. A questão deve guardar relação com o mandato.
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões,
palavras e votos.
...
§ 6º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou
prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam
informações.
...
Art.53 §7° CF/88 – são as imunidades tangentes das incorporações às forças armadas. A incorporação às
Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra,
dependerá de prévia licença da Casa respectiva. Caso a respectiva casa não autorize ele incorporar às
forças armadas, ele pode renunciar ao mandato e incorporar.
Obs: As imunidades parlamentares são IRREnunciáveis, pois são de ordem pública e são inerentes ao
cargo do mandato e não do indivíduo eleito para o cargo.
Obs2: art. 56 CF/88. Se um Deputado Federal for virar Ministro ELE NÃO CARREGA a sua imunidade, vez
que, ele se torna um Deputado licenciado no cargo de Ministro nos termos do art.56 CF/88, ou seja, ele
não perde o cargo de deputado, apenas exerce outro cargo. Mas ele carrega o ônus de poder perder o
cargo de Deputado Federal por quebra de decoro parlamentar, por atos praticados enquanto Ministro.
Se ele sair do cargo de Ministro e voltar para o Deputado, o Deputado volta com as suas imunidades e
suplente que assumiu o lugar dele no cargo de Deputado, volta a ser uma pessoa normal, sem
imunidade.
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O STF decidiu através do Mandado de Segurança MS25579 que o parlamentar ao assumir o cargo de
Ministro ele não carrega o bônus das imunidades, mas carrega o ônus por perder o cargo de Deputado
por quebra de decoro parlamentar por atos praticados enquanto Ministros (ex: Zé Dirceu)
Art.53 §8° CF/88 – As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de
sítio ou defesa, não perderão suas imunidades, só podendo ser suspensas mediante o voto de
dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do
Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida. Ou seja, os Deputados
mantêm as imunidades durante o estado de sitio, porem se tem exceções:
• Se praticado atos fora do CN;
• Atos incompatíveis com o estado de sítio
• Aprovação de 2/3 dos membros da Casa (342 votos)
Hipóteses de perda de mandato parlamentar: art.55 CF/88
• Descumprimento do art.54 da CF/88 (vedações a certos atos dos deputados)
• Atividade incompatível com o decoro parlamentar
• Deixar de comparecer a 1/3 das sessões ordinárias na sessão legislativa
• Perda ou suspensão dos direitos políticos
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