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A ATUAÇÃO PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL NO ÂMBITO DO CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTENCIA SOCIAL – CRAS.
O Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à disciplina de Projeto de TCC – do Curso de Serviço Social – do Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI, como exigência parcial para a obtenção do título de Bacharel em Serviço Social.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 3
2 APRESENTAÇÃO DO TEMA ................................................................................
DISCUSSÃO DO TEMA
O capítulo pode ter subtítulos conforme a necessidade.
3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA E A RELAÇÃO COM A QUESTÃO SOCIAL ..........
PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA E RELAÇÃO COM A QUESTÃO SOCIAL
O capítulo pode ter subtítulos conforme a necessidade. 
4 JUSTIFICATIVA ..........................................................................................................
CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA NO CAMPO DE ESTÁGIO
O capítulo pode ter subtítulos conforme a necessidade.
5 OBJETIVOS DA PESQUISA.......................................
APRESENTAÇÃO DO OBJETIVO GERAL E DOS OBJETIVOS ESPECÍFICOS.
O capítulo só pode ter dois subtítulos, ou seja:
5.1 Objeivo Geral
5.2 objetivos específicos
1 METODOLOGIA DE PESQUISA:
APRESENTAÇÃO DA METODOLOGIA DE PESQUISA
O capítulo pode ter subtítulos conforme a necessidade.
REFERÊNCIA.................................................
APÊNDICES.......................................
ANEXOS.....................................
1 INTRODUÇÃO.
O Presente Projeto de TCC é um projeto de pesquisa acadêmica, elaborado para atender ao requisito de conclusão do curso de Serviço Social. O referido projeto irá abordar a atuação profissional do assistente social enquanto profissional que tem sua atuação pautada na garantia de direitos, identificar as profissionais no exercício profissional âmbito do CRAS - Centro de Referência de Assistência Social.
Sendo o CRAS o meio de acesso primário, tão importante para os usuários da Política de Assistência Social. 
A Política Social é um direito do cidadão e um dever do estado, ela constitui-se como uma política de seguridade não contributiva, ofertada através de um conjunto de ações e serviços integrados de iniciativa pública, com acesso universal para garantir o atendimento as necessidades básicas. A política de Assistência Social é uma política de garantia de direitos, que se dá através de um processo de integração, participação e interação entre o usuario e os serviços ofertados.
O CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) é uma instituição estatal de acesso público, onde dispõe de atendimento adequado por profissionais capacitados e legalmente habilitados para atuarem com os usuários da Assistência Social que estejam em situação de vulnerabilidade social e/ou risco social, tendo como principal objetivo a proteção social básica dos usuários que recorrem ao serviços ofertados por esta instituição.
De acordo com Carvalho (2009, p.18) é no CRAS que se tem a centralidade na família, no cidadão e na coletividade, reconhecidos como sujeitos estratégicos na construção da cidadania e na proteção social. Este equipamento da assistência social tem em seus objetivos o desenvolvimento de um novo modelo socioassistencial de acordo com o SUAS, ou seja, “uma ação de integralize a proteção, vigilância e defesa social”.
Para ter acesso aos serviços ofertados pelo CRAS, o usuário deve estar habilitado através do cadastro único. O Cadastro Único é um instrumento que identifica e caracteriza as famílias de baixa renda, permitindo assim que o governo mapeie e conheça melhor a realidade socioeconômica dessa população. No CADÚNICO serão registradas informações como: características da residência, identificação de cada usuário dessa residência, situação de trabalho e renda dos moradores dessa residência, entre outros. Para inscrever-se no CADÚNICO, é preciso que uma pessoa da família se responsabilize por repassar as informações dos membros da família para o entrevistador, deve esse responsável ter no mínimo 16 anos e, preferencialmente, ser mulher.
O CRAS atua com a prevenção de situações de violação de direitos, auxiliando na melhoria da qualidade de vida dos usuários, através de atendimentos de podem ser individuais ou coletivos. 
Dentre os serviços ofertados podemos citar o PAIF - Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família, ele é um serviço voltado a famílias e/ou pessoas que estão em situação vulnerabilidade e/ou de risco social, seu principal objetivo é proporcionar as famílias o acesso aos direitos, bem como contribuir para uma melhor qualidade de vida, convivência social, estimulando as potencialidades das famílias e da comunidade, promovendo assim espaços coletivos de interação, escuta, troca de vivências no território, oferecer apoio, orientação e realizar encaminhamentos dos seus usuários demais serviços, visando que essas situações sejam superadas por meio da promoção de direitos, prevenção e do fortalecimento dos vínculos e das relações familiares e sociais. 
As ações do PAIF, devem manter uma perspectiva segundo os objetivos estabelecidos pela Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais (2014) para o PAIF. Objetivos esses que, por sua vez, demandam: 
Fortalecer a função protetiva da família, contribuindo na melhoria da sua qualidade de vida; 
Prevenir a ruptura dos vínculos familiares e comunitários, possibilitando a superação de situações de fragilidade social vivenciadas; 
Promover aquisições sociais e materiais às famílias, potencializando o protagonismo e a autonomia das famílias e comunidades; 
Promover o acesso a benefícios, programas de transferência de renda e serviços socioassistenciais, contribuindo para a inserção das famílias na rede de proteção social de assistência social; 
Promover acesso aos demais serviços setoriais, contribuindo para o usufruto de direitos; 
Apoiar famílias que possuem, dentre seus membros, indivíduos que necessitam de cuidados, por meio da promoção de espaços coletivos de escuta e troca de vivências familiares. (Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais, 2014, p.12)
As orientações técnicas sobre o PAIF (2012) sugerem três formas de ações comunitárias: palestras, campanhas e eventos comunitários, sendo escolhido pela equipe técnica do CRAS a modalidade de palestras, atentando a valorização do conhecimento de cada usuario, fazendo uma leitura do contexto socioeconômico e cultural das famílias. Cabe salientar que as ações comunitárias são construídas em conjunto com as famílias inseridas na referida ação.
O foco central das ações no âmbito do PAIF, é um exercício da cidadania ativa, apreendida como um processo permanente de participação na vida social e política e de conquista de novos direitos. Ela se realiza pela capacidade de organização, mobilização, intervenção na dinâmica social e pela presença proativa no espaço público, no qual as famílias são protagonistas – são elas que devem imprimir visibilidade pública aos seus anseios, interesses, necessidades, demandas e posicionamentos como sujeitos de direitos.
Notamos que é de suma importância o trabalho social realizado com as famílias do PAIF, uma vez que, ele compreende e se consolida por meio de ações que são planejadas, executadas, monitoradas e avaliadas. Através do PAIF, pode-se compreender a realidade social dos usuários e de cada família acompanhada, realizando um diagnóstico atualizado socio territorial constante realizando uma busca ativa adotando abordagem e metodologias coerentes, assim, estimulando a proteção e a participação social dos usuários.
2. APRESENTAÇÃO DO TEMA
A realidade social passa por constantes mudanças e transformações atingindo diretamente os sujeitos e o meio social em eu vivem. É neste senário que o serviço social tem como objetivo a sua atuação, implementando ações através de seu instrumental técnico operativo, direcionando suas ações profissionais ao processo de construção desujeitos autônomos em busca de cidadania e dignidade humana. A história do serviço social tem como pano de fundo todo o processo social, processo esse que está em constante mudança e transformação. Ela tem seu início construído em ações de caridade e benevolência que, aos poucos, vão tomando outra forma, baseadas em pressupostos teóricos e metodológicos.
O Serviço Social começa a se destacar como profissão que possui um foco de atuação os sujeitos em movimento na sociedade. Historicamente, o serviço social instituiu-se como praticas caritativas, respaldadas e difundidas por entidades religiosas com o objetivo de desenvolver “obras sociais” voltadas aos pobres e excluídos. Segundo essa concepção, a pobreza era concebida como um “desígnio divino”, sendo que as obras de caridade possibilitaram uma sobrevivência mais digna as populações carentes. Podemos entender o termo “carente”, aquelas populações menos favorecidas social e economicamente, termo este que, nos dias de hoje, já se encontra ultrapassado, passando-se a utilizar o termo “populações em situação de vulnerabilidade ou risco social”.
A trajetória do Serviço Social, enquanto profissão, vai tendo contornos diferenciados de acordo com os tipos relações que vão surgindo com a questão da urbanização e as reivindicações da classe trabalhadora.
Na década de 60 – 70, inicia-se o processo de análise da conjuntura do Serviço Social, posicionando o movimento de reconceituação, movimento esse como uma forma de crítica ao serviço social tradicional que estava sendo praticado pelos profissionais. Esse movimento procurava promover uma reflexão do serviço social enquanto profissão, caracterizando-se como um movimento especifico dos países latino-americanos e que traz contribuições significativas para as metodológicas do serviço social.
Se analisarmos o movimento de reconceituação, podemos compreende que o Serviço Social passa por um movimento crítico e dialético por volta dos anos de 1970, processos de uma nova conceituação: a reconceituação. O Movimento de Reconceituação tornou-se um marco para o serviço social, uma vez que ele foi um processo de renovação, assim rompendo com as práticas tradicionais. Foi através deste movimento que surgiu um perfil profissional mais crítico, capaz de atuar nos desafios postos à profissão, uma vez que a classe profissional dos assistentes sociais luta e busca seu espaço na condição de ser um profissional que também planeja e não só executa ações.
Ao analisar a profissão do Assistente Social, podemos destacar as dimensões da profissão: teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa. Dentro dessas dimensões temos suas expressões, que são elas: interventiva, investigativa e formativa, que mantem uma relação de união mesmo dentro de suas particularidades (SANTOS, SOUZA FILHO, BACKX, 2012). 
Pensar o exercício profissional a partir dessas três dimensões coloca a possibilidade de entender o significado social da ação profissional – formativa, interventiva e investigativa. Pensá-las de modo articulado e orgânico, mas reconhecendo a particularidade de cada uma permite entender o papel da teoria como possibilidade, uma vez que leva ao conhecimento da realidade, indica caminhos, estratégias, bem como o instrumental técnico operativo que deve ser utilizado e como deve ser manuseado (SANTOS, SOUZA FILHO, BACKX, 2012:18).
Conforme a Lei 8.662/93, Lei essa que regulamenta a profissão do Assistente Social, em seu Art. 4o prevê como competências do Assistente Social: Página 106:
Elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos da administração pública, direta ou indireta, empresas, entidades e organizações populares; elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que sejam do âmbito de atuação do Serviço Social com participação da sociedade civil; encaminhar providencias, e prestar orientação social a segmentos sociais no sentido de identificar recursos e de fazer uso dos mesmos no atendimento e na defesa de seus direitos; planejar, organizar e administrar benefícios e Serviços Sociais; planejar, executar e avaliar pesquisas que possam contribuir para a análise da realidade social e para subsidiar ações profissionais; prestar acessória e consultoria a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades; prestar assessoria e apoio aos movimentos sociais em matéria relacionada as políticas sociais, no exercício e na defesa dos direitos civis, políticos e sociais da coletividade; planejamento, organização e administração de serviços sociais e de unidade de serviço social; realizar estudos socioeconômicos com os usuários para fins de benéficos e serviços sociais junto a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades. (Lei 8662/93, Art.4, p.104)
É de extrema importância que as ações do Serviço Social criem um movimento que se alinhe no âmbito da defesa, garantia e no acesso universal dos direitos, oferecendo assim estratégias de enfrentamento as demandas sociais. 
3. PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA E A RELAÇÃO COM A QUESTÃO SOCIAL. 
A Política de Assistência Social, é uma política que garante os direitos, e se firma no processo de participação, controle social, da construção de canais, da consolidação de instâncias democráticas e paritárias denominadas Conselhos de Assistência Social. 
Segundo Galvão,
[sendo a] Assistência Social um campo dos direitos sociais, constitui uma política estratégica para a oferta de um padrão básico de vida e de determinados segmentos da população. Visa a prevenção de diferentes formas de exclusão e a garantia de padrões e qualidade de vida. (GALVÃO, 2003, p.2)
Segundo a Lei n 12.435, de 6 de julho de 2011, que altera a Lei 8.742, de 7 de dezembro de 1993, que dispõe sobre a organização da Assistência Social, em seu Art. 2, P. 1, discorre que a Assistência Social tem por objetivos:
Proteção Social, que visa a garantia da vida, a redução de danos e a prevenção de incidência de riscos, especificamente:
A) Proteção a família, a maternidade, a infância, a adolescência e a velhice;
B) O amparo as crianças e aos adolescentes carentes;
C) A promoção da integração ao mercado de trabalho;
D) A habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de sua integração a vida comunitária, e:
E) A garantia de 1 (um) salário mínimo de benefício mensal a pessoa com deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou tê-la provida por sua família. (Lei 12.435/2011, art. 1, P.1)
Dentro da Política de Assistência Social temos o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), que atua com a prevenção da violação de direitos, em uma rede integrada de serviços. Ainda segundo a Lei 12.435/2011, em seu Art. 6. Inciso 1, descreve o CRAS, como: 
O CRAS é uma unidade pública municipal, de base territorial, localizada em áreas com maiores índices de vulnerabilidade e risco social, destinada a articulação dos serviços socioassistenciais no seu território de abrangência e a prestação de serviços, programas e projetos socioassistenciais de proteção social básica as famílias. (Lei 12.435/2011, art.6, p.7)
Como o próprio nome já diz o CRAS é um espaço especializado em assistência social, e é uma referência, um ponto de apoio e um espaço de convivência e troca de experiencia entre a comunidade, além de ser a porta de entrada para as políticas públicas ofertadas pela Assistência Social. Os CRAS são unidades públicas que ofertam serviços à população em situação de vulnerabilidade e/ou risco social, mas, ainda, vivendo em comunidade sem ter o seu direito violado. 
Considerando-se os princípios e as diretrizes que regem a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), a Política Nacional de Assistência Social (PNAS), deve ser desenvolvida de [...] forma integrada as políticas setoriais, considerando as desigualdades socio territoriais, visando ao seu enfrentamento [...] ao provimento de condições para atender contingencias sociais e a universalização dos direitos sociais.(BRASIL, 1993).
Os Serviços Sociais são destinados aos indivíduos, as famílias e seus membros da composição familiar que se encontram em situação de vulnerabilidade ou risco pessoal e/ou social, que estão estejam com os direitos ameaçados e/ou violados pelas mais diversas circunstancias, sem condições de gerar o seu próprio sustento e sobrevivência, e que se encontrem com os vínculos socio-familiares fragilizados ou rompidos. 
Um dos pressupostos básicos da PNAS é considerar a família:
[...] independente dos formatos que assume, como mediadora das relações entre os sujeitos e a coletividade, e, reconhecendo que as fortes pressões que os processos de exclusão sociocultural geram sobre as famílias brasileiras, acentuando suas fragilidades e contradições, faz-se primordial sua centralidade no âmbito das ações da política de assistência social, como espaço privilegiado e insubstituível de proteção e socialização primaria, provedora de cuidados aos seus membros, mas que que precisa também ser cuidada e protegida. (BRASIL, 2004ª, p.35).
A PNAS fundamenta-se e materializa-se com a implementação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), que “é um sistema público não contributivo, descentralizado e participativo que tem por função a gestão do conteúdo especifico da Assistência Social no campo de proteção social brasileira”. (BRASIL, 2005, p.15).
O SUAS caracteriza e organiza os programas, os serviços e as ações socioassistenciais de acordo como o seu grau de complexibilidade. De acordo com o PNAS/2004 e a Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social (NOAB-SUAS/2005), a proteção social, no âmbito da assistência social deverá ser hierarquizada entre proteção básica e proteção social especial de média e da alta complexibilidade, a saber: 
A) Proteção Social Básica: organiza-se para prevenir:
[...] situações de risco por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições, e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. Destina-se a população que vive em situações de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, privação (ausência de renda, precário ou nulo acesso aos serviços públicos, dentre outros) e/ou fragilização de vínculos afetivos – relacionados e de pertencimento social (discriminações etárias, etnias, de gênero ou por deficiências, dentre outras. (BRASIL, 2004, p.27).
O CRAS é a porta de acesso aos direitos ofertados pela Assistência Social. Nos CRAS, devem ser desenvolvidos serviços, programas, projetos e ações que, articulados com a rede local, garantam a proteção social básica. O CRAS tem como função realizar o acolhimento dos indivíduos e de suas famílias e potencializar a convivência familiar e comunitária de acordo com as situações de vulnerabilidade e risco social e pessoal a que estão expostas. Procure dar ponto de direcionamento ao seu trabalho. 
Dentro dos serviços ofertados pela assistência social, do nosso município de Telêmaco Borba, temos os Benefícios Eventuais, benefícios esses que, são provisões suplementares e provisórias que integram organicamente as garantias do SUAS – Sistema Único de Assistência Social e são destinados aos cidadãos e a famílias em virtude de nascimento, morte, situação de vulnerabilidade temporária e de calamidade pública. Dentro das atribuições da Lei 2230, de 11 de setembro de 2018, temos a concessão de alguns benefícios, dentre esses benefícios eventuais estão:
I- Auxilio Natalidade;
II- Auxilio Funeral;
III- Auxilio Vulnerabilidade;
IV- Calamidade Pública.
Auxilio Natalidade: é um benefício eventual, que na forma de auxílio-natalidade, constitui-se em uma prestação temporária não contributiva, de assistência social, em bens de consumo, às famílias cuja renda mensal per capita seja inferior a ½ (meio) salário mínimo ou conforme parecer técnico dos serviços de proteção social básica e especial, para reduzir a vulnerabilidade provocada por nascimento de membro da família e deverá alcançar preferencialmente:
I- Atenções necessárias ao nascituro;
II- Famílias acompanhadas pela equipe de referência.
Os bens de consumo consistem em enxoval do recém-nascido, dentro desse kit estão os itens de vestuário e de higiene, oferecendo a garantia da dignidade e o respeito às famílias beneficiarias.
Para requerer ao auxilio natalidade deve o usuario estar devidamente cadastrado através do cadunico, cera autorizado a concessão desse benefício após parecer técnico profissional.
Auxilio Funeral: é um benefício eventual, que na forma de auxílio funeral, constitui-se em uma prestação temporária não contributiva, de assistência social, em serviços ou em bens de consumo, as famílias cuja renda mensal per capita seja inferior ½ (meio) salário mínimo ou conforme parecer técnico dos serviços de proteção social básica e especial, cumprindo o disposto na Lei nº 12.435, de 6 de julho de 2011, para reduzir a vulnerabilidade provocada por falecimento de membro da família, residentes no município de Telêmaco Borba. Conforme a Lei 2230/2018, P. 4, incisos 1, 2 e 3, descrê que:
§ 1º Os bens e serviços devem cobrir o custeio de despesas de urna funerária, sepultamento no cemitério municipal, incluindo transporte funerário, isenção de taxas, que garantam a dignidade e o respeito à família beneficiária.
§ 2º O transporte funerário (translado) será concedido dentro dos limites do município, salvo em casos especiais, que serão autorizados mediante parecer técnico dos serviços de proteção social básica da Secretaria Municipal de Assistência Social.
§ 3º O benefício requerido em caso de morte deve ser prestado imediatamente em serviço, sendo de pronto atendimento, no horário das 08h00 às 17h30, o atendimento será realizado no CRAS, e das 17h30hs às 08h00 através de plantão 24 (vinte e quatro) horas da Secretaria Municipal de Assistência Social.
Para requerer o benefício eventual em forma de auxílio funeral, deve o usuário estar devidamente cadastrado no CADÚNICO e, poderá ser solicitado por familiar que comprove parentesco com o usuario, e mediante avaliação do profissional com o parecer técnico.
Auxilio Vulnerabilidade: é um na forma de auxilio vulnerabilidade constitui-se em uma prestação temporária não contributiva, de assistência social, em formas de serviços e/ou bens de consumo afim de reduzir as vulnerabilidades temporárias e riscos sociais garantido os direitos da cidadania. Dentre esses serviços estão: 
I- Documentação civil, tais como: segundas vias de: Certidão de nascimento, casamento, averbação de divórcio, óbito que exigem o pagamento de taxa de emissão, depois de verificada a inexistência de gratuidade para este fim, em caso de munícipes. Será concedida uma única vez por pessoa, dentro de um período de 12 (doze) meses, ou em casos de calamidade pública e demais casos que exijam parecer técnico. Em casos de solicitação de documentação civil de outros municípios, este será realizado somente pelo profissional de Serviço Social.
II- Declaração de Isenção para solicitação de segunda via do Registro Geral - RG, sendo necessário a apresentação de Boletim de Ocorrência, elaborados pelos serviços de proteção social básica e especial;
III- Fotografia, para casos específicos como: alistamento militar; emprego e demais casos que exijam parecer técnico. Será concedida uma única vez por pessoa, dentro de um período de 12 (doze) meses, ou em casos de calamidade pública e demais casos que exijam parecer técnico;
IV-  Auxílio alimentação constituído em bens de consumo, na forma de cesta básica contendo produtos alimentícios e de higiene, para reduzir a vulnerabilidade temporária e riscos sociais, garantindo os direitos à cidadania;
V- Auxílio Gás, para atender situações emergenciais e pontuais de forma a assegurar o preparo dos alimentos para atender indivíduos e famílias com criança, idoso, gestante e nutriz, conforme parecer técnico dos serviços de proteção social básica e especial;
VI- Leite de soja e pão, fornecidos para famílias em situação de vulnerabilidade para complementação da alimentação e mediante parecer técnico e demais critérios específicos doprograma;
VII-  Colchão, para indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade e risco social conforme parecer técnico dos serviços de proteção social básica e especial e em casos de calamidade pública;
VIII-  Cobertor e agasalhos, para indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade e risco social;
IX- As passagens intermunicipais para casos de:
a) Trânsito: concedido 01 (uma) vez ao ano através dos Centros de Referência Especializados de Assistência Social - CREAS ou conforme parecer técnico dos serviços de proteção social básica e especial;
b) Visitas para Centros de Socioeducação - CENSE`s fornecida passagem através dos Centros de Referência Especializados de Assistência Social - CREAS, conforme número de visitas realizadas pelos familiares aos adolescentes internados junto aos CENSES;
c) Perícias médicas para fins de benefícios do INSS, fornecidas através dos Centros de Referência de Assistência Social - CRAS para famílias que apresentem comprovante de agendamento constando local e data da perícia;
d) Visitas para penitenciária, fornecida passagem através dos Centro de Referência de Assistência Social - CRAS.
Calamidade Pública: Entende-se por calamidade pública as garantias e os meios necessários à sobrevivência da família e do indivíduo, com o objetivo de assegurar a dignidade e a reconstrução da autonomia das pessoas e famílias atingidas. Ainda conforme a Lei 2230/18, em seus incisos 1 e 2, prevê calamidade pública, como:
§ 1º A calamidade pública deve ser reconhecida pelo poder público como a situação resultante de tempestades, enchentes, deslizamentos, desabamentos, incêndios, identificando os sérios danos causados às famílias e pessoas afetadas, independente dos benefícios eventuais.
§ 2º Reconhecida a situação de calamidade pública, serão acionadas as equipes de referência da Secretaria Municipal de Assistência Social.
Entende-se por calamidade pública as garantias e os meios necessários à sobrevivência da família e do indivíduo, com o objetivo de assegurar a dignidade e a reconstrução da autonomia das pessoas e famílias atingidas.
Na visão de Iamamoto (2014), a Questão Social requer uma apreensão e compreensão não apenas das manifestações da desigualdade social do capitalismo, mas como um elemento político e social medidor das ações das distintas realidades sociais no desenvolvimento e desdobramento do modo de produção capitalista. 
A Questão Social é o objeto de atuação do Serviço Social. Segundo Iamamoto (1997, p.12) relata o objeto do Serviço Social nos seguintes termos:
“Os assistentes sociais trabalham com a questão social nas suas mais variadas expressões quotidianas, tais como os indivíduos as experimentam no trabalho, na família, na área habitacional, na saúde, na assistência social pública, etc. Questão social que sendo desigualdade é também rebeldia, por envolver sujeitos que vivenciam as desigualdades e a ela resistem, se opõem. É nesta tensão entre produção da desigualdade e produção da rebeldia e da resistência que trabalham os assistentes sociais, situados nesse terreno movido por interesses sociais distintos, aos quais não é possível abstrair ou deles fugir porque tecem a vida em sociedade. [...] a questão social, cujas múltiplas expressões são o objeto do trabalho cotidiano do assistente social”.
 É neste momento também que o acadêmico busca uma fundamentação teórica para sustentação da discussão. Sugere-se que sejam utilizados no mínimo dois autores para referencial teórico, bem como, não deverão ser utilizados mais que quatro autores para não haver divergências de linhas de pensamento.
4. JUSTIFICATIVA
Como aborda os tópicos discutidos no contexto acima, podemos tomar nota da importância do trabalho do profissional assistente social, bem como a suas atribuições quanto um profissional que luta pela garantia de direitos, também abordamos a importância do CRAS - Centro de Referência de Assistência Social, por ser um meio de acesso primário do usuario a assistência social. 
Assistentes sociais formam um grupo profissional que atuam diretamente no processo de identificação e classificação de grupos vulneráveis, que visa através de sua atuação profissional a proteção da garantia dos direitos sociais fundamentais, para que estes não sejam violados. Através de ações profissionais, os assistentes sociais, mediante o aparato estatal fornecido nos CRAS e pela PNAS, buscam uma possível resolução destes problemas, ou se não for possível, uma minimização destes problemas sociais, numa luta constante por uma melhor condição social desses usuários da PNAS, visando à garantia e a proteção dos direitos destes indivíduos.
Segundo Martinelli, p.15, descreve o assistente social, como profissional que:
“somos profissionais que chegamos o mais próximo possível da realidade e da vida cotidiana das pessoas que trabalhamos. Poucas profissões conseguem chegar tão perto desse limite como nos. É, portanto, uma profissão que nos dá uma dimensão de realidade muito grande e que nos abre a possibilidade de construir e reconstruir identidades – a da profissão e a nossa – em um movimento continuo”. (MARTINELLI, 2003, p. 15)
O CRAS a partir de sua criação em 2004, passa a ser uma importante unidade constitutiva do SUAS, que visa o fortalecimento da rede de proteção social e o fortalecimento de vínculos, uma vez que ainda atua para prevenção do rompimento dos vínculos nos territórios, assim como, promove a universalização dos direitos socioassistenciais. 
O CRAS atua com as famílias referenciadas, ou seja, famílias que vivem nos territórios de abrangência dos CRAS e que são elegíveis ao atendimento ofertado pelo Centro.
Para ter acesso aos serviços ofertados pelo CRAS, o usuário deve estar devidamente habilitado através do cadastro único. O Cadastro Único é uma ferramenta utilizada para mapear e identificar as características das famílias de baixa renda, permitindo assim que o Cras mapeie, identifique e conheça melhor a realidade socioeconômica dos seus usuários. No CADÚNICO serão registradas todas as informações inerentes ao usuário, informações essas como: características da residência, identificação de cada usuário dessa residência, situação de trabalho e renda dos moradores dessa residência, entre outros. Para inscrever-se no CADÚNICO, é preciso que uma pessoa da família fique por responsável por repassar as informações dos membros da família para o entrevistador.
Todos sabemos que alcançar objetivos e metas é o que todo profissional busca, por isso, o assistente social luta para proteger as conquistas efetivas dos direitos já garantidos, afim de reduzir a desigualdade e dar respostas efetivas e expressivas as expressões da questão social, busca também diminuir os níveis de vulnerabilidade e dar mais autonomia e resiliência aos seus usuários. Através desses serviços ofertados através do CRAS, pode o profissional assistente social interver na realidade de seus usuário e/ou família referenciada, oferecendo a esses uma vida mais digna e humanizada.
5. OBJETIVOS DA PESQUISA
O Seguinte Projeto de TCC, tem por objetivo levar a conhecimento o trabalho realizado pelo profissional em serviço social dentro do âmbito no CRAS, bem como compreender a importância dessas unidades nas vidas de seus usuários, uma vez que o CRAS atua com a garantia de direitos.
5.1 OBJETIVO GERAL
Fazer uma análise da atuação profissional do assistente social, bem como a sua ação intervencionista no âmbito do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social.
5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
· Conhecer a atuação profissional do Assistente Social no âmbito do CRAS;
· Conhecer a política de assistência social no brasil;
· Descrever a atuação profissional do assistente social, e os desafios diários enfrentados diante de suas ações intervencionistas;
· Fazer uma análise dos programas e projetos ofertados pelo CRAS, bem como os serviços e os meios de acesso;
6. METODOLOGIA DE PESQUISA
O presente projeto de TCC foi elaborado através de pesquisas exploratórias realizadas através de sites, livros e artigos referentes àterma abordado, afim de criar uma familiaridade com o tema. Assim, buscando uma reflexão do trabalho do assistente social, considerando que seu exercício profissional tem como instrumento a participação na luta para formar uma relação critica a desigualdade.
REFERÊNCIAS
Lista-se aqui apenas os autores utilizados no seu trabalho, lembrando-se de colocar em ordem alfabética e de acordo com a norma específica da ABNT.
Exemplo:
BRASIL, Código de Ética do/a Assistente Social. Lei 8.662/93 de regulamentação da profissão. Conselho de Serviço Social, 2012.
GALVÃO T. de A. Política de Assistência Social. Brasília, DF: 2003. 
IAMAMOTO, Marilda Villela. 
KESTRING, Silvestre. Teoria e prática da metodologia científica: exemplos na área de administração de empresas. Blumenau: Nova Letra, 2004.
ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projetos de estágio e de pesquisa em administração. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999.