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Ressonância Magnética Nuclear VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C IMAGENS POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA É um processo de imagem médica que usa um campo magnético e sinais de radiofrequência (RF) para produzir imagens de estruturas anatômicas, a presença de doenças e várias funções biológicas do corpo humano. Não utiliza radiação ionizante (ou seja, vale-se da radiação não ionizante) 1 bilhão de vezes menos energia que os raios X. Pelo fato de a imagem por ressonância magnética utilizar a composição molecular dos tecidos, especialmente água, ela é particularmente sensível na detecção de anormalidades no tecido mole, com muito mais detalhes do que a tomografia computadorizada, além de ajudar na avaliação de mudanças na composição do tecido ao longo do tempo, fornecendo uma análise precisa de uma doença. A RM utiliza um campo magnético muito forte para manipular a atividade eletromagnética do núcleo anatômico, de modo que solta energia na forma de sinais de radiofrequência (RF), que são gravados pelo aparelho que recebe a bobina e depois processados por computador para formar a imagem. O funcionamento do aparelho de RM médica é baseado em núcleos de hidrogênio (que contêm um próton), por sua abundância no corpo humano. Cada próton tem uma carga elétrica positiva e, pelo fato de os prótons possuírem rotação, essa carga está em constante mudança. Você deve lembrar que uma carga elétrica em movimento é também uma corrente elétrica e, porque uma corrente elétrica induz a um campo magnético, cada próton tem seu próprio campo magnético (chamado de momento magnético). Quando um paciente entra em um aparelho de RM, todos os prótons minimagnéticos se alinham com o campo magnético externo mais forte do ímã da RM. As imagens de RM demonstram características físicas dos tecidos. Ressonância Magnética é a absorção de energia através dos núcleos, que quando colocados em um forte campo magnético externo, após um determinado tempo, liberam uma certa energia para o meio externo. RMN é baseada na interação entre os núcleos que contém o spin e um campo magnético externo. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C VANTAGENS E DESVANTAGENS VANTAGENS DESVANTAGENS Identificação das estruturas com possibilidade de caracterização do tecido. Obtenção de imagens em três planos axial, coronal e sagital, inclusive oblíquos. Obtenção de imagens de vasos sanguíneos, determinando direção e velocidade de fluxo sanguíneo, sem a necessidade de contraste. Uso de contraste paramagnético e não iodado, em caso de pacientes alérgicos a iodo. Tempo de realização dos exames relativamente demorado. Necessidade de cooperação por parte do paciente, evitando artefatos de movimento. Altos custos operacionais. Próteses ou corpos estranhos que podem ser deslocados (dano funcional e anatômico) em portadores de: Clipes cerebrais ou cirúrgicos; Marcapasso; DIU; Diafragma; Implantes auditivos; e Próteses. PRINCÍPIOS FÍSICOS Os princípios da RM têm por base o movimento giratório de núcleos específicos presentes em tecidos biológicos. Os núcleos ativos se caracterizam por sua tendência a alinhar seu eixo de rotação a um campo magnético aplicado. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C MOVIMENTO DE PRECESSÃO Espectro eletromagnético: - Radiofrequência. - 2,8 MHz a 85,0 MHz. Equação de Larmor: - Razão giromagnética (γ) constante com que ele está girando. - Campo magnético B0 - W0 = γ.B0 EXCITAÇÃO Perturbação oscilatória: – Energia - pulso de Radio frequência (RF). – Direção - perpendicular ao vetor de precessão. Características: – Frequência de Larmorntidade de prótons. – Duração do pulso = ângulo de inclinação. Pulso de rádio frequência na mesma frequência com que o hidrogênio está precessionando entra em ressonância. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C RELAXAMENTO O tempo necessário da magnetização relaxar (tempo de relaxação) e a própria magnetização variam para cada tecido. Esse tempo pode ser usado para distinguir tecidos normais e patológicos. Com essa diferença na magnetização mostra que os tecidos não são iguais permitindo um contraste nas imagens. A recuperação de magnetização longitudinal é denominada recuperação T1. O declínio da magnetização transversa é denominado decaimento T2. Quando o paciente é posicionado no ímã do aparelho, as bobinas transmissoras enviam um curto pulso eletromagnético (medido em milissegundos), chamado de pulso por radiofrequência. - Lembre-se que neste ponto os prótons oscilantes no paciente já se alinharam ao campo magnético externo do ímã. Este pulso por RF é enviado em uma frequência particular que muda a orientação dos prótons. Quando o pulso por RF é desligado, os prótons deslocados relaxam e realinham-se com o campo magnético principal e a energia subsequentemente liberada na forma de sinais (o eco) é detectada pelas bobinas receptoras. NOMENCLATURA VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C PONDERAÇÃO Ponderação T1 hipersinal para a gordura e hiposinal para a água. - T1 representa melhor a anatomia. - T1 + contraste (gadolíneo) = Vasos com hipersinal. Ponderação T2 hipersinal para a água e hiposinal para a gordura. Valores do tempo de eco (TE) e tempo de repetição (TR) para uma sequência de pulso vão determinar em qual ponderação as aquisições de imagens serão adquiridas/ executadas. O contraste na imagem é que vai diferenciar a ponderação de aquisição das imagens. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C PONDERAÇÃO ÁGUA GORDURA T1 HIPO HIPER T2 HIPER HIPO