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ELOISA DE ALMEIDA ,TXX SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO INTRODUÇÃO ● Períneo; ● Estrutura de suporte: ○ Escroto; ○ Pênis. ● Testículos (gônadas masculinas); ● Sistemas de ductos: ○ Ducto deferente; ○ Ducto ejaculatório; ○ Uretra. ● Glândulas sexuais acessórias: ○ Próstata; ○ Glândula bulbouretral; ○ Glândula seminal. FUNÇÃO ● Produzir gametas masculinos (espermatozóides); ● Transferir espermatozóides para o sistema genital feminino através do coito/cópula; ● Produzir e secretar hormônios sexuais para manter os órgãos masculinos; ● Contribuir para o libido masculino. PERÍNEO ● O períneo é a porção específica da região pélvica que contém os genitais externos e óstio anal; ● É uma região em forma de losango, situada entre a sínfise púbica e o cóccix; ● É dividida em: ○ TRÍGONO UROGENITAL (anterior). ○ TRÍGONO ANAL (posterior); ● Drenagem linfática do períneo: ○ LINFONODOS INGUINAIS PROFUNDOS (superficiais) - virilha; ○ Grupo da veia safena magna (dos nós inguinais superficiais). ELOISA DE ALMEIDA ,TXX ESCROTO ● O escroto é uma bolsa músculo-cutânea onde estão contidos os testículos, o epidídimo e a primeira porção dos ductos deferentes; ● Cada conjunto desses órgãos (direito e esquerdo) ocupa um compartimento completamente separado, denominado de SEPTO DO ESCROTO; ● O escroto é constituído por camadas de tecido diferentes que se estratificam da periferia para a profundidade, nos sete planos seguintes: ○ CÚTIS: é a pele fina e enrugada que apresenta pregas transversais e com pelos esparsos; ○ Na linha mediana encontramos a RAFE DO ESCROTO; ○ TÚNICA DARTOS: constitui um verdadeiro músculo cutâneo, formado por fibras musculares lisas; ○ TELA SUBCUTÂNEA: é constituída por tecido conectivo frouxo; ○ FÁSCIA ESPERMÁTICA EXTERNA: é uma lâmina conjuntiva que provém das duas fáscia de envoltório do músculo oblíquo externo do abdome; ○ FÁSCIA CREMASTÉRICA: este plano é representado por uma delgada lâmina conjuntiva que prende inúmeros feixes de fibras musculares estriados de direção vertical; ○ FÁSCIA ESPERMÁTICA INTERNA: lâmina conjuntiva que deriva da fáscia transversal; ○ TÚNICA VAGINAL: serosa cujo folheto parietal representa a camada mais profunda do escroto, enquanto o folheto visceral envolve o testículo, epidídimo e o início do ducto deferente. ELOISA DE ALMEIDA ,TXX IRRIGAÇÃO ARTERIAL DO ESCROTO 1. ARTÉRIAS ESCROTAIS ANTERIORES: ramos terminais das artérias pudendas externas (da artéria femoral), irrigam a face anterior do escroto; 2. ARTÉRIAS ESCROTAIS POSTERIORE: ramos terminais dos ramos perineais superficiais das artérias pudendas internas, iriam a face posterior; ● O escroto também recebe ramos das ARTÉRIAS CREMASTÉRICAS (ramos das artérias epigástricas inferiores). DRENAGEM VENOSA E LINFÁTICA DO ESCROTO ● As veias escrotais acompanham as artérias, compartilhando os mesmos nomes, mas drenam para as VEIAS PUDENDAS EXTERNAS; ● Os vasos linfáticos do escroto conduzem a linfa para os LINFONODOS INGUINAIS SUPERFICIAIS. ELOISA DE ALMEIDA ,TXX INERVAÇÃO DO ESCROTO ● A face anterior do escroto é inervada por derivados do PLEXO LOMBAR: ○ Nervos escrotais anteriores (NERVO ILIOINGUINAL); ○ Ramo gental do NERVO GENITOFEMORAL. ● A face posterior do escroto é inervada por derivados do PLEXO SACRAL: ○ NERVOS ESCROTAIS POSTERIORES; ○ Ramos dos ramos perineais superficiais do NERVO PUDENDO; ○ Ramo perineal do nervo cutâneo femoral posterior. TESTÍCULO ● O testículo é um órgão par (direito e esquerdo); ● Situado numa bolsa músculo-cutânea, denominada ESCROTO, a qual está localizada na região anterior do períneo logo por trás do pênis; ● Cada testículo tem forma ovóide, com o grande eixo quase vertical e, ligeiramente achatado no sentido latero-medial, do que decorre apresentar duas faces, duas bordas e duas extremidade; ● A borda superior do testículo é denominada de EPIDÍDIMO. ● Metade superior da borda posterior do testículo é chamada de HILO, recebendo a denominação especial de MEDIASTINO DO TESTÍCULO; ● É através do mediastino que o testículo se comunica propriamente com o epidídimo; ELOISA DE ALMEIDA ,TXX ● O testículo é envolto por uma cápsula de natureza conjuntiva, a TÚNICA ALBUGÍNEA; ● A túnica albugínea no interior do testículo reveste os septos dos testículos, os quais subdividem-nos em lóbulos; ● Os lóbulos dos testículos são chamados de TÚBULOS SEMINÍFEROS CONTORCIDOS. ● Nos túbulos seminíferos contorcidos é formado os ESPERMATOZÓIDES; ● No mediastino, os túbulos seminíferos retos desembocam em dez a quinze dúctulos eferentes, que do testículos vão à cabeça do epidídimo; ● O epidídimo na borda posterior do testículo é representado por: ○ CABEÇA DO EPIDÍDIMO; ○ CORPO DO EPIDÍDIMO; ○ CAUDA DO EPIDÍDIMO. ● É na curvatura constituída pela cauda do epidídimo que se inicia o DUCTO DEFERENTE, onde ficam armazenados os espermatozóides até o momento do ato sexual, em que são levados para o exterior; ● Tanto o testículo como o epidídimo e a primeira porção do ducto deferente, são diretamente envoltos por uma membrana serosa que é a TÚNICA VAGINAL; ELOISA DE ALMEIDA ,TXX DUCTO DEFERENTE ● É um longo e fino tubo par, de paredes espessas, o que permite identifica-lo facilmente pela palpação, por ser apresentar como um cordão uniforme, liso e duro; ● Próximo à sua terminação, o ducto deferente apresenta uma dilatação que recebe o nome de AMPOLA DO DUCTO DEFERENTE; ● O funículo espermático é constituído por: ○ Artéria; ○ Veia; ○ Ducto deferente. ● O funículo espermático esquerdo é mais longo que o testículo esquerdo, que permanece em um nível mais baixo que o direito; ● As veias formam dois plexos, um anterior e um posterior, em relação ao ducto deferente; ● O plexo venoso anterior é denominado de PLEXO PAMPINIFORME; ● A irrigação do ducto deferente é feita por 3 artérias: ○ ARTÉRIA TESTICULAR; ○ ARTÉRIA DO DUCTO DEFERENTE; ○ ARTÉRIA CREMASTÉRICA. ELOISA DE ALMEIDA ,TXX DUCTO EJACULATÓRIO ● É um fino tubo, par, que penetra pela face posterior da próstata atravessando o seu parênquima para se abrir por um pequeno orifício, o COLÍCULO SEMINAL a uretra prostática; ● Estruturalmente, o ducto ejaculatório é constituído de 3 túnicas concêntricas: ○ TÚNICA ADVENTÍCIA; ○ TÚNICA MUSCULAR; ○ TÚNICA MUCOSA. GLÂNDULAS/VESÍCULAS SEMINAIS ● As glândulas seminais são duas bolsas membranosas lobuladas, colocadas entre o fundo da bexiga e o reto, obliquamente acima da próstata; ● As glândulas seminais secretam: ○ LÍQUIDO SEMINAL que contém frutose (açúcar monossacarídeo), prostaglandinas e proteínas de coagulação (vitamina C) para ser adicionados na secreção dos testículos; ○ LÍQUIDO ALCALINO que ajuda a neutralizar o ambiente ácido da uretra masculinas e do trato genital feminino. ● O líquido secretado pelas glândulas seminais, normalmente, constitui 60% do volume de sêmen. ELOISA DE ALMEIDA ,TXX PRÓSTATA ● A próstata é mais uma glândula, cuja secreção é acrescentada ao líquido seminal; ● A sua base está encostada no colo da bexiga e a primeira porção da uretra a perfura, longitudinalmente, pelo seu centro, da base ao ápice; ● Estruturalmente, a próstata é envolta por uma cápsula constituída por tecido conjuntivo e fibras musculares lisas; ● Transforma-se o hormônio masculino - a testosterona - em diidrotestosterona, que, por sua vez, é responsável pelo controle do crescimento dessa glândula. ● Os ductos prostáticos, são em torno de 20, se abrem na superfície posterior do interior da uretra, de cada lado do colículo seminal; GLÂNDULAS BULBOURETRAIS ● São duas formações pequenas, arredondadas e lobuladas, de coloração amarela e do tamanho de uma ervilha; ●Estão próximas do bulbo e envolvidas por fibras transversas do esfíncter uretral, inferiormente a próstata; ● Drenam as suas secreções (mucosas) para a parte esponjosa da uretra; ● Constituem 5% do líquido seminal; ● Durante a excitação sexual, as glândulas bulbouretrais secretam uma substância alcalina que protege os espermatozóides e também secretam muco; ● Lubrificam a extremidade do pênis e o revestimento da uretra, diminuindo a quantidade de espermatozóides danificados durante a ejaculação. ELOISA DE ALMEIDA ,TXX PÊNIS ● O pênis é o órgão masculino da cópula e, conduzindo a uretra, oferece a saída comum para a urina e o sêmen; ● A estrutura do pênis consistem em: 1. RAIZ; 2. CORPO; 3. GLADE. ● É formado por 3 corpos cilíndricos de tecido cavernoso erétil: ○ Dois CORPOS CAVERNOSOS dorsalmente; ○ Um CORPO ESPONJOSO ventralmente. ● Cada corpo cavernoso tem um revestimento fibroso externo: a TÚNICA ALBUGÍNEA; ● Os corpos cavernosos estão fundidos um ao outro no plano mediano; ● Posteriormente se separam para formar os RAMOS DO PÊNIS; ● LIGAMENTO FUNDIFORME DO PÊNIS - formado de colágeno e fibras elásticas do tecido subcutâneo que segue da linha mediana na linha alba superior até sínfise púbica. O ligamento divide-se para circundar o pênis e depois se une e se funde inferiormente à túnica dartos, formando o septo do escroto; ELOISA DE ALMEIDA ,TXX ● LIGAMENTO SUSPENSOR DO PÊNIS - é uma condensação de fáscia profunda que se origina na face anterior da sínfise púbica. As fibras do ligamentos suspensor são curtas e tensas, fixando os corpos eréteis do pênis à sínfise púbica; ● Anteriormente, os dois corpos cavernosos se aproximam, separados apenas por um septo fibroso sagital, chamado de SEPTO DO PÊNIS; ● Os corpos cavernosos termina posteriormente por uma expansão do corpo esponjoso, conhecido como GLANDE; ● O corpo esponjoso inicia-se posteriormente por uma expansão mediana situada logo abaixo do diafragma urogenital, que recebe o nome de BULBO DO PÊNIS; ● Estruturas acessórias do pênis: ○ PREPÚCIO; ○ FRÊNULO DO PREPÚCIO; ○ FÁSCIA PROFUNDA DO PÊNIS (DE BUCK). ELOISA DE ALMEIDA ,TXX IRRIGAÇÃO DO PÊNIS ● O pênis é irrigado, principalmente, por ramos das artérias pudendas internas: 1. ARTÉRIA DORSAL DO PÊNIS; 2. ARTÉRIAS PROFUNDAS DO PÊNIS: são os principais vasos que irrigam os espaços cavernosos no tecido erétil dos corpos cavernosos e, portanto, participam da ereção do pênis; 3. ARTÉRIA DO BULBO DO PÊNIS. 1. ARTÉRIA DORSAL DO PÊNIS: irriga toda a parte dorsal do pênis; 2. ARTÉRIA CAVERNOSA: específica para a parte inicial do corpo cavernoso; 3. ARTÉRIA PENIANA: responsável pela irrigação do pênis; 4. ARTÉRIA BULBAR: irriga a região do bulbo do pênis (raiz); 5. ARTÉRIA URETRAL: irriga a uretra; 6. ARTÉRIA HELICINAS: se distribui para todo o corpo cavernoso. Quando o pênis está flácido, essas artérias encontram-se espiraladas, restringindo o fluxo sanguíneo. ELOISA DE ALMEIDA ,TXX DRENAGEM VENOSA DO PÊNIS ● As veias principais são: ○ VEIA DORSAL PROFUNDA DO PÊNIS (inserida nas fáscias penianas); ○ VEIAS DORSAIS SUPERFICIAIS (inserida nas fáscias penianas); ○ VEIA PUDENDA EXTERNA SUPERFICIAL; ○ VEIA PUDENDA INTERNA. 1. VEIA PUDENDA INTERNA; 2. VEIA CAVERNOSA; 3. VEIA BULBAR; 4. VEIA BULBOURETRAL; 5. PLEXO VENOSO SUBTUNICAL; 6. PLEXO VENOSO RETROCORONAL; 7. VEIA CIRCUNFLEXA: está em toda a lateral do pênis; 8. VEIA DORSAL PROFUNDA (principal veia de retorno); 9. PLEXO PERIPROSTÁTICO. ELOISA DE ALMEIDA ,TXX INERVAÇÃO DO PÊNIS ● NERVO DORSAL DO PÊNIS - ramo terminal do nervo pudendo;; ● Ramos do nervo ilioinguinal - supram a pele na raiz do pênis; ● NERVOS CAVERNOSOS - fibras parassimpáticas em separado do PLEXO NERVOSO PROSTÁTICO. URETRA MASCULINA ● Pode ser dividida em 3 porções principais: ○ URETRA PROSTÁTICA; ○ URETRA MEMBRANÁCEA; ○ URETRA ESPONJOSA/CAVERNOSA. ELOISA DE ALMEIDA ,TXX IRRIGAÇÃO DA URETRA ● A irrigação arterial das partes membranáceas e esponjosa da uretra provém de ramos da ARTÉRIA DORSAL DO PÊNIS. DRENAGEM VENOSA E LINFÁTICA DA PARTE DISTAL DA URETRA ● As veias acompanham as artérias e têm nomes semelhantes; ● Vasos linfáticos: ○ Parte membranácea da uretra: LINFONODOS ILÍACOS INTERNOS; ○ Parte esponjosa - LINFONODOS INGUINAIS PROFUNDOS; ○ Parte da linfa segue para os LINFONODOS ILÍACOS EXTERNOS. ELOISA DE ALMEIDA ,TXX INERVAÇÃO DA URETRA ● Parte membranácea e parte prostática: inervação autônoma (eferente) através do PLEXO NERVOSO PROSTÁTICO, originado no plexo hipogástrico inferior; ● Inervação simpática: NERVOS ESPLÂNCNICOS LOMBARES; ● Inervação parassimpática: NERVOS ESPLÂNCNICOS PÉLVICOS; ● Inervação da parte distal da uretra: NERVO DORSAL DO PÊNIS (ramo do nervo pudendo) , é responsável pela inervação somática da parte esponjosa da uretra. PATOLOGIAS DO SISTEMA GENITAL MASCULINO CÂNCER DE PRÓSTATA ● O câncer de próstata é o tumor mais comum em homens acima de 50 anos; ● Os fatores de risco incluem: ○ Idade avançada (acima de 50 anos); ○ Histórico familiar da doença; ○ Fatores hormonais e ambientais; ○ Certos hábitos alimentares - dieta rica em gorduras e pobre em verduras, vegetais e frutas; ○ Sedentarismo; ○ Excesso de peso. ELOISA DE ALMEIDA ,TXX ● O câncer de próstata pode ser diagnosticado por meio de exame físico - o toque retal - e laboratorial pela dosagem de PSA; ● Caso seja constato o aumento da glândula ou PSA alterado, deve ser realizada uma biópsia para averiguar a presença de um tumor e se ele é maligno; ● O tratamento depende do tamanho e da classificação do tumor, assim como da idade do paciente, e pode incluir PROSTATECTOMIA RADICAL (remoção cirúrgica da próstata), radioterapia, hormonoterapia e uso de medicamentos; ● Para os pacientes idosos com tumor de evolução lenta, o acompanhamento clínico menos invasivo é uma opção que deve ser considerada. VARICOCELE ● Varicocele, ou varizes do testículo, consistem na dilatação anormal das veias testiculares, principalmente após esforço físico; ● Essas veias fazem parte do cordão espermático. A sua dilatação pode dificultar o retorno venoso provocando disfunção testicular e piora da qualidade do sêmen; ● Causa da infertilidade masculina, a varicocele não provoca distúrbios da potência sexual; ● Geralmente congênita, aparece na maior parte das vezes e quase nunca na infância; ● A varicocele costuma ocorrer mais do lado esquerdo do escroto, podendo ser assintomática; ● Em alguns casos, causa dor, peso e/ou desconforto e pode comprometer a estética da região; ● O próprio paciente, ou o seu médico, podem notar a dilatação das veias no saco escrotal. Ultrassonografia, ecografia testicular e cintilografia dos testículos são exames de imagem que auxiliam no diagnóstico; ● A utilização de suspensório escrotal durante as atividades físicas e alguns medicamentos por via oral ajudam a melhorar os sintomas; ● Se comprovada a relação da varicocele com a infertilidade, o procedimento cirúrgico é essencial. A cirurgia é simples, realizada sob anestesia raquidiana ou peridural. Através de dois pequenos cortes na região pubiana, é feita a ligadura das veias varicosas. ELOISA DE ALMEIDA ,TXX
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