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Introdução
A atividade física é um fator importante do tratamento do diabetes mellitus, e contribui para melhorar a qualidade de vida do portador de diabetes. Mais ainda, atuando preventivamente e implantando um programa de promoção da atividade física, dieta sã e equilibrada, assistência médica, educação do paciente e da equipe sanitária, pode se reduzir significativamente a incidência do diabetes do tipo 2 e das complicações associadas.
Justificativa
Reconhecendo a importância de que a detecção precoce dos fatores de risco para diabetes mellitus tipo 2 possa minimizar ou reduzir a oportunidade de exposição das pessoas as esses fatores, o estudo apresentado tem por objetivos: - caracterizar os sujeitos segundo as variáveis demográficas e, - identificar os fatores de risco para diabetes tipo 2 em uma instituição de ensino superior.8
Revisão de Artigo
Conceito de diabetes Mellitus do Tipo 2
O diabetes mellitus atualmente é considerado uma das principais doenças crônicas que afetam o homem contemporâneo, acometendo populações de países em todos os estágios de desenvolvimento econômico-social8. O termo diabetes deriva de uma palavra grega com o significado de “passando por”, e mellitus é a palavra latina que tem o significado de “mel” ou “doce”. Os relatos sobre os distúrbios podem ser acompanhados até o primeiro século d.C., quando Areteu da Capadócia descreveu a entidade como uma afecção crônica caracterizada por sede intensa e urina volumosa e adocicada: “a carne dissolvendo-se em urina”. Foi a descoberta da insulina por Banting e Best, em 1922, que mudou a história natural da doença (Porth, 2002).
Os primeiros relatos do diabetes mellitus do tipo 2 aconteceram três mil anos antes de Cristo, com os egípcios, quando foi observado um aumento na micção de alguns indivíduos. Somente muito tempo depois, já na Grécia, por volta do século II foi denominado como Diabetes. Nos séculos V e VI os indianos descobriram uma urina com alto teor de açúcar, ao perceberem que a secreção atraía as formigas (Porth, 2002)7
Sua importância nas últimas décadas vem crescendo em decorrência de vários fatores, tais como: maior taxa de urbanização, aumento da expectativa de vida, industrialização, maior consumo de dietas hipercalóricas e ricas em hidratos de carbono de absorção rápida, deslocamento da população para zonas urbanas, mudança de estilos de vida tradicionais para modernos, inatividade física e obesidade, sendo também necessário considerar a maior sobrevida da pessoa diabética8. Para o Consenso Brasileiro sobre diabetes (2003), o diabetes mellitus é considerado uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina e ou da incapacidade da insulina de exercer adequadamente suas funções e efeitos7.
Caracterizada pela hiperglicemia crônica com distúrbios do metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas, está intimamente associada às complicações crônicas e falência de vários órgãos, mais especificamente os olhos, rins, nervos e vasos sanguíneos periféricos e frequentemente vem acompanhada de outras patologias como hipertensão arterial, dislipidemia e disfunção endotelial7.
No entanto no Brasil, apesar da importância destes fatos, não dispúnhamos de informações sobre a prevalência do diabetes mellitus e as possíveis diferenças regionais em sua ocorrência, sendo que somente na última década, foi possível traçar um perfil epidemiológico desta doença na população, confirmando sua importância no cenário da assistência médica hospitalar e ambulatorial, possibilitando incluí-la nas prioridades de saúde e no programa de atenção primária à saúde8.
CLASSIFICAÇÃO E ETIOLOGIA
A precisão nas causas que levam o indivíduo a desenvolver o diabetes mellitus do tipo 2 ainda não é conhecida. No entanto, alguns fatores como a hereditariedade, etnia, obesidade, hipertensão, colesterol, sedentarismo e idade avançada têm destaque no aparecimento da doença e podem ser potencializados por um estilo de vida desprovido de qualidade (Guyton e Hall,1996). O diabetes mellitus do tipo 2 pode ser dividido em 2 grupos: o primeiro formado por indivíduos com dificuldade na secreção de insulina devido a alguma patologia nas células beta do pâncreas e o segundo com resposta periférica reduzida à insulina disponível circulante, e ambos podem ou não depender da insulina exógena para sua real compensação clínica. Caracteriza-se por uma doença de etiologias múltiplas ou mesmo variadas (Robergs e Roberts, 2002)7.
FISIOPATOLOGIA
O diabetes mellitus do tipo 2 é uma doença endócrina. Caracteriza-se por taxas elevadas de glicose sanguínea. Essa hiperglicemia é decorrente de má captação de glicose, conseqüente à resistência dos tecidos à insulina está intimamente relacionado à obesidade andróide, pré-disposição hereditária, hábitos de vida pouco saudáveis e o sedentarismo (Vancine e Lira, 2004). Conforme Forjaz e colaboradores (1998), a secreção do tecido pancreático de insulina ao aumento de glicose, ou mesmo retardo na sua síntese promovendo um estado transitório e prolongado de hiperglicemia. É conhecido ainda que haja várias situações, dentre elas a obesidade, que influencia a sensibilidade periférica muscular à insulina secretada, ou seja, resposta tardia à glicose ingerida pelo organismo7.
TRATAMENTO DO DIABETES MELLITOS TIPO 2 ATRAVÉS DE EXERCÍCIOS FÍSICOS
Os cuidados com indivíduos portadores do diabetes mellitus do tipo 2 incluem as seguintes estratégias: reeducação alimentar, modificações dos hábitos de vida, suspensão do fumo, caso o indivíduo fume, regularidade nas atividades físicas e caso faça uso de medicamento medir os índices glicêmicos antes e após cada sessão de
exercícios (Consenso Brasileiro sobre Diabetes, 2003)7.
Conforme Cambri e colaboradores (2006), afirmam que o tratamento do diabetes mellitus do tipo 2 também pode vir através de mudanças dos hábitos alimentares, tratamento farmacológico como uso da insulina e a prática regular de exercícios físicos. Afirmam que os exercícios físicos, mais recomendados são os aeróbios, pois se sabe que os mesmos são os mais específicos para o uso dos ácidos graxos.
Segundo Edelman e Henry (2003), a maioria dos adultos com diabetes mellitus do tipo 2 são sedentários e obesos, o que pode contribuir ainda mais para o desenvolvimento de intolerância à glicose. Portando, afirmam que a atividade física deve ser incluída como componente essencial do tratamento do diabetes, a não ser que haja contra indicações. Sugere que mesmo exercício regular de baixo nível pode prevenir ou até mesmo retardar o inicio do diabetes mellitus do tipo 2 em indivíduos suscetíveis ou de alto risco7.
Para Vívolo e Ferreira (2002), também estão de acordo com os cuidados para tratamento em indivíduos diabéticos, através do uso de medicamentos, dietas alimentares balanceadas e atividade física regular, ressaltando que esses princípios são fundamentais no sucesso do tratamento. Afirmam ainda que os exercícios regulares podem trazer diversos benefícios à vida do indivíduo diabético como: diminuição de peso, redução da necessidade de antidiabéticos orais, diminuição da resistência à insulina, melhora no controle glicêmico, e consequente redução das complicações maiores7.
Os exercícios resistidos são considerados eficientes e adotados atualmente para promover uma mudança favorável na composição corporal. Tal efeito tem contribuído consideravelmente para o aumento da massa muscular, o aumento da massa óssea calcificada e a redução da gordura corporal (Assumpção e colaboradores, 2008)10.
O Programa de atividade física para pessoas com diabetes tipo 2 sem complicações significativas ou restrições deve incluir apropriados exercícios de resistência aeróbia e muscular para desenvolvimento e manutenção da aptidão cardiorrespiratória, composição corporal, força e resistência muscular6.
Os tipos recomendados de atividade física para pessoas com DM tipo 2 são aquelas que dispõem de grande controle da intensidade, tem pequena variabilidade interindividual na energia gasta, são facilmente mantidas e requerem pequena habilidade(ACSM, 2000). Para facilitar os cuidados do seu peso corporal e encontrar benefícios para a saúde é recomendado que os indivíduos com diabetes tipo 2 gastem um mínimo total acumulado de 1.000 kcal/semana na atividade aeróbia (FLETCHER ET al., 1992). Além disso, um treinamento de resistência deve ser eficaz na melhora da força e resistência muscular somada a melhora da composição corporal com aumento ou manutenção do peso livre de gordura (BALDI; SNOWLING, 2003)6.
geral estimula o processo de emagrecimento promovendo um aumento no gasto calórico diário, estimulando assim o metabolismo das gorduras, cujo nível de atividade tende à redução durante dietas hipocalóricas (cortar calorias da alimentação). No caso dos exercícios resistidos, além de promoverem a melhora na estimulação do metabolismo das gorduras, promove ainda o aumento da taxa metabólica basal (gasto calórico em repouso após o exercício), pois proporcionam o aumento da massa muscular, que por sua vez aumentará o consumo de glicose contribuindo desta forma para um melhor controle glicêmico (Andrade e colaboradores, 2005)10.
ASPECTOS IMPORTANTES NA PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO FÍSICO
Primeiramente todas as pessoas com diabetes devem ser cuidadosamente avaliadas antes de iniciar qualquer tipo de exercício e devem receber supervisão apropriada e monitoramento (ACSM, 2000)7.
Quando os seres humanos praticam atividade física necessitam de energia para realizá-la. O organismo humano tem a capacidade de variar os tipos e a quantidade de substratos oxidados para satisfazer suas necessidades energéticas em resposta a uma variedade de situações fisiológicas, incluindo diferentes condições nutricionais e de atividade física (Foss e colaboradores, 1993)10.
O exercício físico é um estado fisiológico caracterizado por um aumento na oxidação de substratos no organismo, com intuito de satisfazer as necessidades energéticas aumentadas, principalmente pela musculatura envolvida no processo contrátil (Foss e colaboradores, 1993)10.
Exercícios do tipo aeróbio são geralmente contínuos e prolongados, sendo realizados com movimentos não muito rápidos como (corrida, ciclismo, natação). Nestes exercícios é dado maior ênfase à duração, não se preocupando muito com a velocidade dos movimentos, no entanto a velocidade pode ser manipulada para caracterizar a atividade como suave, moderada ou exaustiva10.
Nos exercícios anaeróbios a fadiga muscular decorrente das sessões de um treinamento surge com maior rapidez, para isso seria interessante que os exercícios fossem realizados a partir do método intervalado, intercalando períodos de descanso com períodos de atividade. Os exercícios anaeróbios de velocidade não podem ser suaves, pois exige uma sobrecarga considerável para o organismo, sendo assim a atividade é classificada como moderada ou exaustiva, variando de acordo com a intensidade10.
Entretanto, pouco se conhece sobre os efeitos dos exercícios de alta intensidade (anaeróbios) em diabéticos. Portanto a partir de agora daremos ênfase a este tipo de exercício, um dos temas principais desta pesquisa10.
A intensidade do exercício é normalmente medida em quilocalorias gastas por minuto da atividade ou em uma unidade chamada de equivalente metabólico (MET), definido como a relação entre a taxa metabólica durante o exercício para a taxa metabólica em repouso. Atividades de intensidade moderada, como caminhada rápida, são aqueles
que gastam 3,5-7 kcal/min, ou equivalentemente, aqueles que gastam 3-6 METs. Atividades intensas, como correr, são aqueles que despendem > 7 kcal / min ou gastam > 6 METs (BASSUK; MANSON, 2005). Guias anteriores recomendam que o exercício
intenso durante pelo menos 20 min (3x por semana) foi complementado a partir de 1995 pelo Centers for Disease Control e American College of Sports Medicine para que os adultos devam se envolver em 30 minutos de atividade física moderada, intensa e, de
preferência, todos os dias da semana (LAAKSONENet al., 2005)6.
Um teste de exercício com monitoramento de eletrocardiograma (ECG) deve ser seriamente considerado antes de iniciar atividade física aeróbia com intensidade excessiva e diária (mais intensa que caminhada) em indivíduos diabéticos sedentários, cujo risco de um evento coronário seja ≥ 10%. Uma controvérsia é a circunstância em que o ECG deve ser considerado medicamente indicado. Anteriores guias da ADA (2002) sugerem que antes de iniciar um programa de exercício intenso ou moderado, um ECG deve ser realizado em todos os indivíduos diabéticos com idade > de 25 anos na presença de adicional fator de risco (doença com duração > 10 anos para diabetes tipo 2, hipertensão, dislipidemia, nefropatia incluindo microalbuminúria, doença vascular periférica ou neuropatia autonômica)6.
Se estas recomendações recomendações forem seguidas rigorosamente, a grande maioria dos indivíduos jovens com risco de DCV muito baixo, requerirá testes antes de iniciar um programa de exercício de intensidade moderada. Porém, há algum valor para realização no teste aeróbio máximo para triagem de isquemia induzida pelo exercício em uma grande faixa de indivíduos. Um teste de exercício máximo pode proporcionar informação proveitosa considerando frequência cardíaca máxima, resposta da pressão arterial para diferentes níveis de exercício e faixa de perfomance inicial6.
BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO FÍSICO NO TRATAMENTO DO DIABETES MELITTUS TIPO 2
A prática do exercício físico é muito importante para qualquer indivíduo. O sedentarismo é prejudicial à saúde, fato esse provado cientificamente. O exercício físico, seja ele aeróbio ou resistido com peso, tem vantagens na melhoria das capacidades físicas, como força muscular, densidade óssea, flexibilidade corporal, resistência cardiovascular, aptidão metabólica, além da melhora das capacidades cognitivas e afetivas. Os benefícios adicionais para o indivíduo com diabetes mellitus do tipo 2 que têm hábitos regulares à prática do exercício físico podem ser os de curto prazo e os de longo prazo. Em curto prazo podemos citar aumento da ação da insulina; aumento da captação da glicose pelo músculo; captação da glicose no período pós-exercício; diminuição da taxa de glicose e aumento da sensibilidade celular à insulina (Katzer, 2007). O Colégio Americano afirma que os benefícios da atividade física seja ele agudo ou crônico são muito significantes, mas os benefícios do exercício crônico são muito mais numerosos (ACSM, 2003)7.
O estímulo à prática de exercícios físicos é de extrema importância, pois além de favorecer o controle do peso, aumenta a sensibilidade à insulina, potencializando seus efeitos anti-lipemiantes, baixando as concentrações dos triglicerideos e melhorando os valores de HDL-c. As atividades devem ser individualizadas, promovendo satisfação e bem estar, a fim de promover uma diminuição no peso corporal e normalizar a glicemia. O estresse associado a uma pré-disposição depressiva pode ser um risco iminente no aparecimento do diabetes mellitus do tipo 2 (Lyra, Oliveira e Cavalcanti, 2006)7.
 Os exercícios regulares aeróbios melhoram significativamente as adaptações metabólicas e hormonais, tanto para os indivíduos saudáveis como nos acometidos do diabetes mellitus do tipo 2. Durante o exercício físico a contração muscular aumenta a translocação de GLUT4 independente da disponibilidade de insulina ou não. A hipótese
pode ser mais bem entendida quando compreendemos a despolarização dos miofilamentos de miosina e actina, mecanismo que também tem a função mediadora no
transporte de glicose para dentro das células (Gomes, Rogero e Tirapegui, 2005)7.
A prática de exercício melhora as medidas fisiológicas (que decorrem de um estilo de vida fisicamente ativo), tais como redução de triglicérides e do colesterol LDL, aumento do colesterol HDL, diminuição da freqüência cardíaca de repouso e em atividade, redução da pressão arterial, entre outras. Estas adaptações são ainda mais importantes nos portadores de diabetes mellitus, uma vez que o risco de mortalidade por doenças coronarianas é 4 a 5 vezes maiornesses indivíduos quando comparados com outros indivíduos que não apresentam diabetes (Cardoso e colaboradores, 2007)10.
A atividade física irá contribuir para a prevenção do diabetes mellitus não insulino dependente (DMNID), e também para a manutenção da glicemia em portadores de diabetes mellitus insulino dependente (DMID). Para os portadores de diabetes mellitus, a atividade física funciona como um elemento essencial do tratamento, assim como também os medicamentos e a dieta alimentar (Fechio e Malerbi, 2004)10.
O exercício físico realizado regularmente pode ser considerado uma terapia importante para sustentar a homeostase glicêmica, já que mudanças favoráveis na tolerância à glicose e na sensibilidade à insulina geralmente se deterioram no prazo de 72h após a última sessão de exercício (ALBRIGHT et al., 2000)6.
Aceita-se que a duração da atividade não deva ser inferior a 20 minutos para os exercícios contínuos, e não deve ultrapassar 60 minutos para o mesmo exercício. O exercício prolongado apresenta grandes vantagens, mas aumenta também o risco de hipoglicemia e, por isso, necessita um melhor controle. Inicialmente estes indivíduos devem iniciar com sessões de 10 a 15 minutos de duração e progressivamente aumentar para 30 minutos para encontrar o gasto calórico recomendado. A atividade física também pode ser dividida em três sessões de 10 minutos por meio do qual 30 minutos de atividade são acumulados em um único dia para, assim, atingir o gasto calórico necessário (ACSM, 2000)6.
Conclusão
Considerando que a prevenção do diabetes implica na prática de um conjunto de ações para evitar o seu aparecimento ou a sua progressão e que vários fatores de risco para os diabéticos tipo 2 são potencialmente modificáveis, propomos a realização do presente estudo8.
Vários estudos têm demonstrado que o diabetes mellitus do tipo 2 já é uma epidemia, e que uma das formas de tratamento é o exercício físico regular. Lamentavelmente a nossa sociedade conspira contra as intenções de mudança de estilo de vida7.
No entanto o homem não tem se aproveitado do tempo disponível para a manutenção da mobilidade física necessária à preservação da plástica corporal e da saúde. Com isso podemos afirmar que o homem ainda não entendeu o princípio da manutenção da saúde corporal. A mobilização física, portanto, os exercícios físicos são tão necessários à saúde e subsistência saudável quanto o ar que se respira7.
Em linhas gerais pode-se dizer que a prescrição de exercícios para portadores de Diabetes Mellitus é bastante complexa e como em todas as praticas de atividade física, envolve riscos e benefícios que deverão ser controlados pelos profissionais que as prescrevem. Desta forma os riscos podem se tornar mínimos se os programas forem individualizados e bem acompanhados por toda a equipe envolvida no programa10.
Contudo, os pesquisadores concordam que a atividade física traz benefícios metabólicos e cardiovasculares, em função da intensidade, frequência e duração da atividade necessária, cabendo aos profissionais de saúde, orientar os doentes com DM tipo 2 para programas de treinamento físico com atividades devidamente ajustadas; minimizando os riscos e aumentando os benefícios da sua prática centrada em medidas respaldadas em estudos que contribuam, de fato, para uma ideal associação da atividade física ao contexto patológico específico que o doente permitir6.

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