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Projeto Integrado Multidisciplinar – PIM VIII
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
DEIBDA LOBO MONTEIRO – RA: 1928386
DARA ROCHA DIAS TAVARES – RA: 1990325 
ROSIELLI RUGINSKI ROCHA – RA: 1955661
WALLIGTRAN LEITE DA SILVA – RA: 1912361
TEMA: ATA NOTARIAL
UNIP
2020
DEIBDA LOBO MONTEIRO
DARA ROCHA DIAS TAVARES
ROSIELLI RUGINSKI ROCHA
WALLIGTRAN LEITE DA SILVA
TEMA: ATA NOTARIAL
O Projeto Integrado Multidisciplinar – PIM é realizado a cada bimestre com objetivo geral de permitir ao aluno trabalhar em conjunto o conteúdo das disciplinas cursadas, assim como um pré-requisito para aprovação no Curso Superior de Tecnologia em Gestão em Serviços Jurídicos, Notarias e de Registro
UNIP
2020
RESUMO
O projeto proposto tem como objetivo principal analisar, conceituar e expor pontos relevantes, relacionados ao instrumento da Ata notarial quanto a sua forma, requisitos, classificação e utilização. Aplicando as disciplinas estudadas no bimestre: Registro de pessoas naturais, jurídicas e de títulos e documentos, Registro de Imóveis e Protesto de Letras e Títulos, através de pesquisas de cunho bibliográfico do curso de gestão de serviços jurídicos notariais e registro, com base nas diversas pesquisas realizadas tanto no site do CONARQ (Conselho Nacional de Arquivos), quanto em diversos meios de pesquisas, que nos possibilitou uma melhor compreensão acerca da importância da Ata notarial como meio de prova documental. A princípio, teve-se como enfoque o histórico de normatização, conceitos, estrutura e modalidades de Atas Notariais permitidas no judiciário; expondo, em seguida, o objeto e a sua natureza jurídica, os requisitos e limites para aceitabilidade na estruturação jurídica. Por fim, salienta-se o valor probatório da Ata Notarial, a partir de considerações pertinentes sobre a fé pública imputada ao tabelião, além da exposição de jurisprudências.
Palavras chave: Ata notarial, Registros públicos, Provas.
Sumário
1.	CAPÍTULO	4
1.1.	INTRODUÇÃO	4
2.	CAPÍTULO	5
2.1.	Realize uma pesquisa sobre o instrumento – ATA NOTARIAL no ordenamento jurídico.	5
2.2.	Redija uma introdução sobre o conceito e a função deste instrumento no ordenamento jurídico e contextualize as informações obtidas na sua pesquisa respondendo as seguintes questões:	10
2.2.1.	O que se entende por ata notarial?	10
2.2.2.	Para que serve a ata notarial?	10
2.2.3.	O que deve conter a ata notarial?	11
2.2.4.	Em que situação utilizar uma ata notarial?	11
3.	CAPÍTULO	12
3.1.	Identifique, junto aos órgãos judiciários (nos sites dos tribunais de justiça estaduais, por exemplo) decisões judiciais em que a ATA NOTARIAL tenha sido utilizada como meio de prova.	12
3.1.1.	Como o Magistrado utilizou a Ata Notarial?	12
3.1.2.	Quais os fundamentos jurídicos aventados na decisão para a utilização (ou não) da Ata Notarial na solução do litígio?	13
3.1.3.	De acordo com os casos encontrados na sua pesquisa, a Ata Notarial se revelou como instrumento útil na obtenção da justiça? Explique.	14
4.	CAPÍTULO	15
4.1.	CONCLUSÃO	15
5.	CAPÍTULO	17
6.	Bibliografia	17
4
CAPÍTULO
1.1. INTRODUÇÃO
O trabalho integrado multidisciplinar VIII tem como objetivo analisar a Ata notarial, quanto ao seu conceito, seus limites e seu uso como força comprobatória. Segundo Levy Emanuel Magno (2013, p. 427,) “a Ata notarial trata-se de um documento público elaborado por tabelião de notas, que é delegatório do Estado e dotado de fé pública”.
De acordo com Lei Federal nº 8.935/1994 e com o art. 5º, inciso II da Constituição Federal não há qualquer óbice para que seja aceita como prova nas esferas do ramo do direito, seja ele, privado ou público. Salienta-se, para os devidos fins que para constituir, previamente prova de fatos e situações, o tabelião é uma testemunha e faz prova plena perante qualquer juiz ou tribunal em uma situação potencialmente perigosa ou danosa.
O intuito essencial de tal instrumento é constituir prova. Portanto, a existência de algum acontecimento, podem ser atestados ou documentados, a pedido do interessado, por meio de ata lavrada por tabelião ou preposto autorizado. Todavia, há requisitos primordiais para a constituição da Ata Notarial, podem ser destacados dentre outros: requerimento ou solicitação parte interessada; verificação de capacidade para solicitar a lavratura da ata Notarial; assinatura, no mínimo, do tabelião de notas.
Sendo assim, a ata notarial deve ser utilizada em situações que a critério poderá causar algum prejuízo ao interessado. Como: prova de conteúdo de sites ou mídias sociais (atas de internet e mídias sociais); conteúdo de diálogos entre interlocutores (ligações telefônicas); entrega de chaves, provando a entrega das chaves por parte do locatário ou eventual recusa em aceitá-las por parte do locador; comprovação de infração a direitos autorais; comprovação de fatos caluniosos; reunião societária, quando há um litígio, um sócio ou grupo pode prejudicar outros sócios pela redação oficial dos fatos desenrolados na reunião ou assembleia, dentre outras.
Portanto, a lavratura da ata é realizada de forma imparcial, com ausência de opinião ou juízo de valor do responsável pela descrição dos fatos presenciados, o que garante a rigidez de sua prova.
CAPÍTULO
1. Realize uma pesquisa sobre o instrumento – ATA NOTARIAL no ordenamento jurídico.
No Brasil, até o advento da lei 8.935/94 não se falava em ata notarial, mas já era utilizada em outros países como Argentina e Espanha. Contudo, ainda hoje é um instrumento de grande valia, mas pouco conhecido pelos juristas e operadores do direito. Quanto aos procedimentos, além dos meios consagrados de prova existentes no ordenamento jurídico, surge no direito brasileiro contemporâneo um "novo" meio de materializar os fatos e as coisas, tal prova é: a ata notarial, esse instrumento se presta para a materialização de um fato com intuito de resguardar o direito na sua mais alta validez. Devido ao progresso humano e tecnológico, há inúmeros acontecimentos no mundo físico e virtual de difícil materialização, sendo, portanto, esse instrumento imprescindível para a materialização das provas sejam elas físicas ou virtual. 
Prevista em nosso ordenamento jurídico através da Lei Federal 8.935/94, em seu art. 6º incisos II e III e art. 7º, inciso III dispõe in verbi:
Art. 6º Aos notários compete:
II - Intervir nos atos e negócios jurídicos a que as partes devam ou queiram dar forma legal ou autenticidade, autorizando a redação ou redigindo os instrumentos adequados, conservando os originais e expedindo cópias fidedignas de seu conteúdo;
III - autenticar fatos.
Art. 7º Aos tabeliães de notas compete com exclusividade:
III - lavrar atas notariais; (8.935/1994, s.d.)
Com o manto do art. 236 da Constituição Federal:
Art. 236. Os serviços notariais e de registro são exercidos em caráter privado, por delegação do Poder Público. (CF/1988, s.d.)
Conceitua-se por tanto, a ata notarial como: "Instrumento público no qual o tabelião ou preposto autorizado, a pedido de pessoa capaz ou representante legal, materializa fielmente em forma narrativa o estado dos fatos e das coisas, de tudo aquilo que verifica com seus próprios sentidos sem emissão de opinião, juízo de valor ou conclusão, portando por fé (pública) que tudo aquilo presenciado e relatado representa a verdade, consignando-os em livro de notas".
Servindo por sua vez de prova pré-constituída quando conveniente, de modo que a veracidade (juris tantum) dos fatos ali constatados, só podem ser atacadas por incidente de falsidade através de sentença transitada em julgado, adequando-se para tanto, tal documento, para utilização nas esferas judicial, extrajudicial e administrativa.
A ata notarial, por sua vez, possui as seguintes espécies: de constatação em diligência externa, de presença e declaração, de notoriedade, de notificação, de autenticação eletrônica e de subsanação.
A ata de constatação em diligência externa é aquela em que o tabelião ou preposto autorizado dirige-se a um local para verificarfato solicitado respeitando a sua competência territorial. É o caso de se comprovar uma colisão entre veículos para fazer prova em juízo.
Por outro lado, aquele que tem interesse em atestar declaração pela pessoa, como o caso de depoimento ou testemunho para ser apresentado como prova em juízo poderá se valer da ata de presença e declaração.
Já a ata de notoriedade é aquela que confirma situação fática do interessado, como é o caso de se provar que uma pessoa está viva para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) continuar lhe proporcionando a previdência social.
A ata de notificação permite que uma pessoa informe outra de determinada situação e, se achar necessário, que a parte notificada realize determinado comportamento. Um exemplo é a notificação daquele que deixar de comparecer para assinar uma escritura pública. 
Por conseguinte, a ata de autenticação eletrônica constata fatos em meios eletrônicos, como conteúdo de internet ou qualquer mídia de dado digital, de remessa de mensagens eletrônicas, de situações ocorridas por meio de ligações telefônicas, dentre outros. 
Por fim, através da ata de subsanação o tabelião averigua erros em documentos particulares ou oficiais e os corrige em vista de evidente descompasso entre a situação real e a documental.
Na lavratura de qualquer das espécies de ata notarial, o tabelião ou preposto autorizado poderá seguir cinco procedimentos básicos para escrever tal instrumento:
1º) Quem (solicitante): é a denominação da pessoa que solicita a ata notarial. 
Quais as pessoas que têm legitimidade para solicitar:
a) pessoas capazes;
b) incapazes (maiores de dezesseis);
c) procuradores e 
d) pessoas jurídicas;
Se solicitação de incapaz, menção expressa à idade e por quem assistido; se solicitação de procurador, menção expressa à representação por procurador, também menção à data, livro e folha do cartório em que foi lavrada a procuração, e data da expedição da certidão, quando exibida por esta forma; se solicitação de pessoa jurídica, os documentos comprobatórios da representação.
Ademais, constara nome e qualificação completa (nacionalidade, profissão, estado civil, número do documento de identidade, repartição expedidora, número de inscrição no cadastro de pessoas físicas, domicílio e residência) do (s) solicitante (s), assistente (s), procurador (es) ou representante (s).
As solicitações para verificação de fatos no Tabelionato ou em diligência podem ser feitas por qualquer tipo de comunicação (telefone, fax, e-mail) ou pessoalmente. Frisa-se: o solicitante na lavratura estará pessoalmente e assinará perante o tabelião ou preposto autorizado, qualificando-o e identificando-o.
2º) Quando - data / horas: constara a data e hora precisas da verificação dos fatos. Contudo, também constarão na ata notarial a data da lavratura para a devida leitura e assinatura, e as eventuais datas efetivas das verificações dos fatos, quando estes forem sucessivos. Entende-se que é plenamente válida a verificação de fatos em dias anormais do expediente notarial, como por exemplo, aos sábados e domingos, frisa-se, nesses casos que: vai do entendimento do tabelião ou preposto autorizado se é viável. 
Salienta-se: deve-se mencionar na ata notarial, a data, o dia da semana (quando sábado ou domingo) e as horas, evidenciando a verdadeira realidade dos fatos.
3º) Onde / local: Os fatos podem ser verificados no Tabelionato, como por exemplo, na verificação de fatos na internet, onde o tabelião ou preposto autorizado acessara e verificara seu conteúdo em computador próprio. É importante explanar que o tabelião ou preposto autorizado precisa ter conhecimentos técnicos em informática já que devido à falta de conhecimento técnico poderá induzi-lo a erros. Outrossim: não é recomendado verificar fatos na internet em máquinas de terceiros, exceto na verificação da existência de mensagens eletrônicas (e-mails).
Nos fatos verificados em diligência o tabelião ou preposto autorizado, nesses casos verificará sua competência territorial, conforme determina o art. 9º da Lei 8.935/94 e nos lugares onde o acesso deve ser autorizado previamente, como por exemplo, a entrada na residência de determinada pessoa, assim explanado na Constituição Federal em seu art. 5°, inciso XI.
Lei Federal nº 8.935/94, art. 9º: (8.935/1994, s.d.)
 Art. 9º O tabelião de notas não poderá praticar atos de seu ofício fora do Município para o qual recebeu delegação.
Constituição Federal, art. 5°, inciso XI: (CF/1988, s.d.)
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;
4º) O fato a ser descrito ou presenciado (objeto): Geralmente as atas notariais - quanto ao objeto, se classificam em: lícitos e ilícitos; físicos, eletrônicos e sensoriais.
Fatos lícitos são aqueles que não contrariam as leis. Simplesmente fatos cotidianos, como por exemplo, a materialização de um evento, a publicação de um livro ou lançamento de um sítio. Já os fatos ilícitos são o oposto do mencionado anteriormente, podem ser verificados e descritos no instrumento em tela. O papel primordial da ata notarial é materializar o fato e, se o fato é ilícito, será transcrito como foi presenciado pelo tabelião. Entretanto, excluem-se os crimes penais - tais como: homicídios, estelionatos, lesões corporais. Entende-se que a constatação e materialização destes fatos são de competência exclusiva da polícia judiciária, em especial do delegado de polícia.
Fatos em meio físico são aqueles que podem ser tocados, que não mudam constantemente, como por exemplo, a verificação do estado de um imóvel. Os fatos em meio eletrônico por sua vez são aqueles, ao contrário dos físicos, que não podem ser tocados, são aqueles que mudam constantemente, como por exemplo, a verificação de uma notícia em determinado sítio na internet.
Fatos em meio sensorial: são aqueles por meio da visão, audição e olfato - onde o tabelião ou preposto autorizado verifica com seus próprios sentidos, como por exemplo, a verificação de um diálogo telefônico em sistema viva-voz ou a verificação de substâncias cheirosas, cujo odor incomoda determinadas pessoas. 
5º) Por quê / finalidade: este procedimento se refere à intenção do solicitante. Para que o tabelião ou preposto autorizado possa lhe informar, se o êxito esperado é consubstanciado em ata notarial ou escritura pública. 
Quando a operacionalidade da redação
A técnica de redação é imprescindível para lavratura da ata notarial. O tabelião ou preposto autorizado redigirá a ata notarial de forma imparcial, clara, concisa e coerente. (Felipe Leonardo Rodrigues, s.d.)
1.3. Redija uma introdução sobre o conceito e a função deste instrumento no ordenamento jurídico e contextualize as informações obtidas na sua pesquisa respondendo as seguintes questões: 
Como já mencionado anteriormente, a ata notarial é o instrumento público no qual o tabelião ou preposto autorizado, a pedido de pessoa capaz ou representante legal, materializa fielmente em forma narrativa o estado dos fatos, dotado, tal instrumento das seguintes espécies: de constatação em diligências externas, de presença e declaração, de notificação, de autenticação eletrônica e de subsanação. 
Na lavratura de qualquer das espécies de ata, a pessoa incumbida seguirá 5 (cinco) procedimentos básicos, são: quem (solicitante), quando (data/hora), onde/local, o fato a ser descrito ou presenciado (objeto) e por quê (finalidade). 
Salienta-se que, na operacionalidade da redação é imprescindível a linguagem técnica, outrossim, a imparcialidade, a clareza, concisão e coerência devem ser o Norte para o tabelião ou preposto autorizado na elaboração de tal instrumento.
1.3.1. O que se entende por ata notarial? 
É instrumento público autorizado por notário competente, a requerimento de uma pessoa com interesse legítimo e que, fundamentada nos princípios da função imparcial e independente, pública e responsável, tem por objeto constatar a realidadeou verdade de um fato que o notário vê, ouve ou percebe por seus sentidos, cuja finalidade precípua é a de ser um instrumento de prova em processo judicial, mas que pode ter outros fins na esfera privada, administrativa, registral, e, inclusive, integradores de uma atuação jurídica não negocial ou de um processo negocial complexo, para sua preparação, constatação ou execução.
1.3.2. Para que serve a ata notarial? 
A ata notarial tem a sua aplicabilidade bastante ampla, sua grande valia está contida na materialização de provas, fatos e as coisas. Além de servir como meio de assegurar o direito na sua maior validez, tal instrumento atua na esfera judicial, extrajudicial ou administrativa.
1.3.3. O que deve conter a ata notarial? 
Na lavradura de qualquer das espécies de ata notarial, o tabelião ou preposto autorizado poderá seguir cinco procedimentos, procedimentos esses por sua vez indispensável para conter em um instrumento de tal importância, quais são: solicitante, data e hora, onde (localidade onde ocorreu o fato, outrossim, onde reside o solicitante), fato a ser descrito ou presenciado e a finalidade. A materialização fiel dos fatos, de tudo aquilo que verifica com seus próprios sentidos sem emissão de opinião, juízo de valor ou conclusão, portando por fé (pública) que tudo aquilo presenciado e relatado representa a verdade.
1.3.4. Em que situação utilizar uma ata notarial?
A utilização desse instrumento em nossas vidas é de suma importância, a ata notarial é utilizável em diversas situações do nosso cotidiano, como por exemplo, na materialização de provas obtidas em meio eletrônicos, como: WhatsApp e Telegram. Mensagens vinculadas em Aplicativos como esses são propícias a serem manipuladas, hoje em dia a diversos aplicativos que alteram fotos, datas, nomes e endereços, mudando totalmente a veracidade dos fatos e das coisas. Com a ata notarial a materialização do fato e/ou das coisas como meio de prova é imprescindível, buscando assim, através de tal instrumento uma prova consistente e válida.
CAPÍTULO
1.4. Identifique, junto aos órgãos judiciários (nos sites dos tribunais de justiça estaduais, por exemplo) decisões judiciais em que a ATA NOTARIAL tenha sido utilizada como meio de prova. 
No processo RI:0004195-82.2018.4.03. 6303.SP
O pedido foi julgado improcedente, ao fundamento de que os elementos de prova conduzem à conclusão de que “o falecido nunca se separou de fato de sua esposa-conforme prova documental a indicar a assistência financeira integral; a prova oral a certificar que eles nunca deixaram de se identificar como casal e, principalmente, a ata notarial de mensagens trocadas via aplicativo “WhatsApp “, cujo teor deixa clara a manutenção da relação casamento. E, com isso, há claro impedimento para reconhecer a União estável entre o falecido, casado, e a parte autora, ainda que está desconhece a manutenção daquele relacionamento.
1.4.1. Como o Magistrado utilizou a Ata Notarial?
O Magistrado, através da ata notaria por meio do qual o tabelião ou preposto, a pedido de pessoa capaz, constata fielmente os fatos, as coisas, comprova seu estado, a sua existência e a de pessoas ou de situações que lhe constem, com seus próprios sentidos; portando por fé que tudo aquilo presenciado e relatado representa a verdade plena. Dentro deste enfoque, são diversos os acontecimentos lícitos ou ilícitos que podem se apresentar no âmbito do direito processual. Para cada caso, o advogado proferirá seu saber jurídico para melhor materializar o acontecimento, e pré-constituir prova a favor da causa.
O Magistrado através da ata, assegura ao requerente os meios de prova obtidos por via “WhatsApp”, valendo-se de tal instrumento público como meio de prova via meio eletrônico, ressaltando-se para os devidos fins que se trada de um instrumento público dotado de fé pública. Considera-se que este meio de prova pode, ainda, ser complementado com documentos adicionais (registros fotográficos, fonográficos etc.), verifica-se que tal instrumento possui potencial para embasar um quadro probatório extremamente sólido.
1.4.2. Quais os fundamentos jurídicos aventados na decisão para a utilização (ou não) da Ata Notarial na solução do litígio? 
O pedido foi julgado improcedente, tendo como fundamento: os elementos de prova arrolados através da fundamentação na ata notarial conduzem à conclusão de que “o falecido nunca se separou de fato de sua esposa-conforme prova documental a indicar a assistência financeira integral; a prova oral a certificar que eles nunca deixaram de se identificar como casal. E, com isso, há claro impedimento para reconhecer a União estável entre o falecido, casado, e a parte autora, ainda que está desconhece a manutenção daquele relacionamento “.
Conforme a inteligência da norma contida no art. 201, inciso V, § 2º, da constituição Federal: (CF/1988, s.d.)
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: 
V - Pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2º.
§ 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo.
A pensão por morte é o benefício pago aos dependentes do segurado, homem ou mulher, que falecer.
Contudo, é incabível que a sentença favorecesse o autor (a) da ação, vista que o benefício é pago tão somente aos dependentes do segurado; quais sejam, cônjuge ou companheiro e dependentes. Vale ressaltar que, para a concessão da pensão por morte é necessário o cumprimento de vários requisitos dentre eles, por exemplo, a comprovação de casamento ou união estável.
Na decisão final por unanimidade, negaram o provimento ao recurso, pelas provas obtidas através da ata notarial, que seria outra a mulher com quem era casado que deveria receber o benefício e não está recorrente. 
1.4.3. De acordo com os casos encontrados na sua pesquisa, a Ata Notarial se revelou como instrumento útil na obtenção da justiça? Explique.
Não há dúvidas quanto a efetividade da ata notarial no nosso ordenamento jurídico, visto que, com o avanço da tecnologia e o crescimento da internet, há uma enorme quantidade de documentos e contratos realizados por via digital. Os operadores do direito e a sociedade poderão se valer da ata notarial para quando houver necessidade de comprovar a integridade e veracidade de fatos em meio digital, ou atribuir autenticidade. 
Hoje em dia é possível ter videoconferências, aulas, trocas de mensagens via aplicativos de relacionamento como por exemplo o WhatsApp, Telegram, Skype e Instagram dentre muitos outros disponíveis no mercado. Tento em vista essa vasta lista de aplicativos de relacionamento de entretenimento, a ata notarial surge como um meio de materializar os fatos ocorridos na sua essência.
Por meio desse instrumento público, o tabelião materializa os acontecimentos com imparcialidade e autenticidade, como formas de pré-constituição de prova sobre páginas eletrônicas (sites) ou outros documentos eletrônicos (e-mail); fixa a data, hora e a existência do arquivo eletrônico. Poderá provar fatos caluniosos, fatos contendo injurias ou difamações, fatos contendo uso indevido de imagens, textos e logotipos, infração ao direito autoral.
Portanto, a ata notarial é um excelente instrumento como meio de prova, pois contém a segurança inerente da fé pública notarial. Também opera como prevenção de litígios futuros - essa é a sua essência.
CAPÍTULO 
1.5. CONCLUSÃO
Aqui foram apresentados conceito, requisitos, classificação e utilização da ata Notarial. Explanou-se também importantes informações acerca do assunto, no qual percebeu-se a importância da ata Notarial como meio de prova no ordenamento jurídico brasileiro, que por sua vez foi tema de estudo do bimestre, nas disciplinas: Registro de pessoas naturais, jurídicas e de títulos e documentos que estáregulamentado pela Lei nº 6.015 de dezembro de 1973. (6.015/73, s.d.)
Apurou-se também que no cartório de registro civil de pessoas naturais não só podemos registrar todo nascimento, casamento, óbito, interdição, emancipação, sentença declaratória de ausência, opção de nacionalidade e as sentenças que deferirem a legitimação adotiva, como também são averbados as sentenças de anulação de nulidade de casamento, as sentenças que julgarem legítimo (procedentes) os filhos concebidos durante o casamento, os atos judiciais ou extrajudiciais para reconhecimento dos filhos ilegítimos, as escrituras de adoção, alterações ou abreviatura de nomes. Verificou-se, contudo, que de acordo com a lei não deverão ser cobrados emolumentos pelo registro de nascimento e nem a certidão de óbito. 
Para cada serviço a ser solicitado existe um cartório responsável de acordo com suas respectivas funcionalidades. Ressalta-se também a importância do Registro de Imóveis e Protesto de Letras e Títulos, nos quais foram possíveis observar sua função, certidão, títulos admitidos e validades. Pode-se entender que dois princípios fundamentais na atividade de registro que são: princípios da obrigatoriedade do registro e o princípio da rogação conhecido também como princípio da instância. No princípio da obrigatoriedade do registro ou ônus do registro estabelece que: nos atos entre vivos estabelece que a transmissão dos direitos reais imobiliários nos atos entre vivos é efetivada através do registro, onde é feito na serventia de registro de imóveis competentes a onde está localizado o imóvel. 
O princípio do ônus da obrigatoriedade do registro, esse registro pode produzir um efeito constitutivo na transmissão de direitos reais imobiliários entre vivos, o efeito regra no registro de imóveis é um efeito constitutivo, mais por exemplo na sucessão, transmissão causa mortes nesse caso o registro ainda obrigatório produz efeitos declaratórios
No que diz respeito a disciplina Protesto de Letras e Títulos, infere-se que, constituem uma das medidas de cobrança em que o credor utiliza para fazer com que o devedor sane o débito, onde pode-se chamar de medida coercitiva que nada mais é que forçar obrigar a realizar o pagamento da dívida. Geralmente ocorre após diversas tentativas de cobranças e mesmo assim o devedor não esboça interesse em pagar um fazer algum acordo.
A Lei nº 9.492/1997 dispõe que “protesto é o ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e o descumprimento de obrigação originada em títulos e outros documentos de dívida.” Assim sendo, por meio do protesto, faz-se prova de que o título não foi pago, não recebeu o aceite ou não foi devolvido. É efetivado por meio de um tabelião, o qual tem fé pública. (9.492/97, s.d.)
Conforme dispõe o artigo 28, parágrafo único, do Decreto nº 2.044, de 31 de dezembro de 1908, “O protesto deve ser tirado do lugar indicado na letra para o aceite ou para o pagamento. Sacada ou aceita a letra para ser paga em outro domicílio que não o do sacado, naquele domicílio deve ser tirado o protesto.” (2.044/08, s.d.)
Tendo em vista o exposto, decerto muitas foram às evoluções dos serviços extrajudiciais. A combinação de engajamento e revolução tecnológica deu mais celeridade a este processo, que vem garantindo segurança e estabilidade para as mais diversas relações econômicas.
Contudo conclui-se que embora ser um importante meio de prova, a Ata Notarial não se sobrepõe aos outros mecanismos típicos, previstos no Código de Processo Civil, e mesmo com a presunção de veracidade, ainda deve ser apreciado pelo juiz quando utilizada dentro de um processo. Verifica-se, portanto, que considerando a força da fé pública presente na ata Notarial, este instrumento, quando permitido, torna-se grande aliado na ocasião da solução do litígio e pronunciação da sentença.
CAPÍTULO
Bibliografia
2.044/08, D. n. (s.d.). Planalto. Fonte: Planalto: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/historicos/dpl/DPL2044-1908.htm#:~:text=DECRETO%20N%C2%BA%202.044%2C%20DE%2031,e%20regula%20as%20Opera%C3%A7%C3%B5es%20Cambiais.&text=Art.,%2C%20por%20extenso%2C%20no%20contexto%3A&text=A%20soma%20de%20dinheiro
6.015/73, L. n. (s.d.). Planalto. Fonte: Planalto: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6015compilada.htm
8.935/1994. (s.d.). Planalto. Fonte: Planalto.gov.br: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8935.htm
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