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1 Gabrielle Nunes | P2| 2020 [ANATOMIA-3] FÍGADO → Maior glândula do corpo e segundo maior órgão → Nos fetos maduros o fígado atua, também, como um órgão hematopoiético → Com exceção da gordura, todos os nutrientes absorvidos pelo sistema digestório são levados primeiro ao fígado pelo sistema venoso porta. → Além de suas muitas atividades metabólicas, o fígado armazena glicogênio e secreta bile, um líquido amarelo-acastanhado ou verde que ajuda na emulsificação das gorduras. → A bile sai do fígado pelos ductos biliares — ductos hepáticos direito e esquerdo — que se unem para formar o ducto hepático comum, que se une ao ducto cístico para formar o ducto colédoco. → Vesícula biliar: Armazena a bile produzida pelo fígado e a concentra por meio da absorção de água e sais, principalmente no período entre as refeições. RELAÇÕES, ANATOMIA DE SUPERFÍCIE, FACES DO FÍGADO ▪ Situado principalmente no quadrante superior direito do abdome, onde é protegido pela caixa torácica e pelo diafragma. ▪ Ocupa a maior parte do hipocôndrio direito e do epigástrio superior e estende-se até o hipocôndrio esquerdo. → Face diafragmática convexa do fígado (anterior, superior e algo posterior): - Superfície lisa - É separada do diafragma pelos recessos subfrênicos. - Recessos subfrênicos – extensões superiores da cavidade peritoneal- direito e esquerdo divididos pelo ligamento falciforme. Recesso subhepático; - A face diafragmática do fígado é coberta por peritônio visceral, exceto posteriormente na área nua do fígado. → Face visceral relativamente plana, ou mesmo côncava (posteroinferior): Recesso hepatorrenal; - Superfície irregular - É coberta com peritônio exceto no leito da vesícula biliar e da porta do fígado, onde os vasos e ductos entram e saem do fígado. - Relaciona-se com: Vesícula biliar, omento menor área renal e suprarrenal, área cólica, área gástrica e pilórica e área duodenal; - Impressões na face visceral: suprarrenal (6), renal (1), duodenal (3), cólica (2), gástrica(5), esofágica (4) DIVISÃO ANATÔMICA: - O fígado pode ser dividido em lobos direito e esquerdo, que estão marcados na superfície diafragmática pela INSERÇÃO DO LIGAMENTO FALCIFORME e, na superfície visceral, pela FISSURA PARA O LIGAMENTO VENOSO, posteriormente, e pela FISSURA PARA O LIGAMENTO REDONDO, anteriormente. 2 Gabrielle Nunes | P2| 2020 - Na face visceral dois lobos acessórios (partes do lobo hepático direito anatômico): o lobo quadrado e o lobo caudado. - O processo caudado estende-se para a direita, entre a VCI e a porta do fígado, unindo os lobos caudado e hepático direito. Os quatro lobos anatômicos do fígado são definidos por características externas (reflexões peritoneais e fissuras); SUBDIVISÃO FUNCIONAL DO FÍGADO - Existe uma divisão em partes independentes do ponto de vista funcional, a parte direita e a parte esquerda do fígado (partes ou lobos portais); - Cada parte recebe seu próprio ramo primário da artéria hepática e veia porta, e é drenada por seu próprio ducto hepático; - O lobo caudado pode ser considerado um terceiro fígado; sua vascularização é independente da bifurcação da tríade portal (recebe vasos de ambos os feixes) e é drenado por uma ou duas pequenas veias hepáticas; LIGAMENTOS DO FÍGADO Formados por dupla camada de peritoneo: → Ligamento falciforme: “liga” com a parede anterior do abdome na sua face livre: o lig. Redondo → Ligamento coronário: lâminas anterior e posterior, circundando a área nua → Triangulares: dir. e esq. – locais onde as lâminas do coronário se encontram → Omento menor (hepatogastro e hepatoduodenal: contém vasos e nervos hepáticos). Na face cliafragmática, a fissura do ligamento falciforme divide o fígado em direito e esquerdo. Na face visceral, os pontos de reparo são as fissuras dos ligamentos venoso e redondo. O lobo quadrado é delimitado na face visceral pela fossa vesicular, porta hepatzs e ]jgamento redondo. O lobo caudado é demarcado pela fossa da veia cava inferior, porta hepatis e fissura do ligamento venoso. Resquícios embriológicos: → Redondo: veia umbilical esquerda obliterada – situa- se na margem livre do falciforme → Venoso: resquício do ducto venoso, de ligação entre veia porta e veia cava inferior 3 Gabrielle Nunes | P2| 2020 RELAÇÕES ANATÔMICAS ANTERIOR Peritônio e gradil costal; POSTERIOR Peritônio, gradil costal, veia cava INFERIOR Intestino grosso (flexura hepática), rim direito e vesícula biliar; SUPERIOR Diafragma e pulmões; LATERAL DIREITA Peritônio e gradil costal; LATERAL ESQUERDA Esôfago e duodeno; VASCULARIZAÇÃO Porta do fígado: Veia porta do fígado, artéria hepática, plexo nervoso hepático, ducto hepático e vasos linfáticos IRRIGAÇÃO → artéria hepática própria (30%) e veia porta-hepática (70 %) O sangue porta, que contém aproximadamente 40% mais oxigênio do que o sangue que retorna ao coração pelo circuito sistêmico, sustenta o parênquima hepático (células hepáticas ou hepatócitos) VEIA PORTA - Conduz praticamente todos os nutrientes absorvidos pelo sistema digestório para os sinusoides hepáticos. A exceção são os lipídios, que são absorvidos pelo sistema linfático e passam ao largo do fígado. - Formada pelas veias mesentérica superior e esplênica - Formada atrás do pâncreas - Sobe anterior à veia cava inferior - Divide-se em ramos direito e esquerdo, que se ramificam dentro do fígado ARTÉRIA HEPÁTICA - Ramo do tronco celíaco - Se divide em: - artéria hepática comum: do tronco celíaco até a origem da artéria gastroduodenal - artéria hepática própria: da origem da gastroduodenal até sua bifurcação em ramos direito e esquerdo - Conduz sangue bem oxigenado da aorta OBS: TRÍADE PORTAL: ARTÉRIA HEPÁTICA PRÓPRIA + DUCTO COLÉDOCO + VEIA PORTA; A tríade portal passa entre as lâminas do ligamento hepatoduodenal e entra no fígado pela porta do fígado. A artéria hepática comum segue entre as lâminas do ligamento hepatogástrico. DRENAGEM VENOSA: VEIAS HEPÁTICAS - Abrem-se na veia cava inferior imediatamente abaixo do diafragma - Formadas pela união das veias centrais do fígado São intersegmentares - A união dessas veias com a veia cava inferior ajuda a manter o fígado na posição - Dividem-se em: direita, intermédia e esquerda → veias hepáticas > veia cava inferior DRENAGEM LINFÁTICA: - O fígado é o principal órgão produtor de linfa - Entre ¼ e a metade de linfa recebida pelo ducto torácico é proveniente do fígado - Vasos linfáticos do fígado: - vasos linfáticos superficiais (cápsula fibrosa subperitoneal) - vasos linfáticos profundos (tecido conectivo que acompanha as ramificações da tríade portal e veias hepáticas) → drena para linfonodos lombares > celíacos > ducto torácico INERVAÇÃO: → Plexo nervoso hepático: - Fibras simpáticas: provenientes do plexo celíaco → Os nervos são derivados do plexo nervoso hepático, o maior derivado do plexo celíaco - Fibras parassimpáticas: provenientes dos troncos vagais anteriores e posteriores - Função conhecida: vasoconstrição 4 Gabrielle Nunes | P2| 2020 VESÍCULA BILIAR - Situa-se na fossa da vesícula biliar na face visceral do fígado; - Íntima relação com o duodeno; - Armazena até 50ml de bile; - O peritônio liga o corpo e o colo do fígado; - Partes da vesícula biliar: Fundo, corpo e colo; - Ducto cístico: Liga o colo da vesícula ao ducto hepático comum; Passa entre as lâminas do omento menor; Normalmente está paralelo ao ducto hepático comum com o qual se une para formar o ducto colédoco; IRRIGAÇÃO DA VESÍCULA E DO D. CÍSTICO - A artéria cística supre esta regiãoe origina-se da artéria hepática direita; - É comum encontrar variações na origem e trajeto da artéria cística. DRENAGEM VENOSA - As veias císticas que drenam os ductos bilíferos e o colo da vesícula entram no fígado diretamente ou drenam através da veia porta do fígado; - As veias do fundo e do corpo passam para a face visceral do fígado e drenam para os sinusóides hepáticos; DRENAGEM LINFÁTICA - Passa para os linfonodos hepáticos através dos linfonodos císticos; - Vasos linfáticos eferentes provenientes destes linfonodos passam para os linfonodos celíacos; INERVAÇÃO - Os nervos passam ao longo da artéria cística provenientes do plexo celíaco (simpático), do nervo vago (parassimpático) e do nervo frênico acessório (sensitivo) BILE A bile é armazenada na vesícula biliar e é liberada quando gorduras entram no duodeno. A função digestiva do fígado é produzir bile que emulsiona a gordura e a distribui para parte distal do intestino ▪ Vias biliares: São os canais ou tubos pelos quais a bile é drenada. Iniciam com capilares bilíferos intercelulares (canalículos biliares), dúctulos interlobulares, dúctulos bilíferos coletores. Divididas: intra-hepáticas extra-hepáticas ▪ A distribuição hierárquica das vias bilíferas, pela ordem crescente de seu diâmetro é a seguinte: 1. Capilares bilíferos 2. Dúctulos interlobulares 3. Ductos bilíferos 4. R. anterior e R. posterior do Ducto hepático direito 5. R. lateral e R. medial do Ducto hepático esquerdo 6. Ducto direito do lobo caudado 7. Ducto esquerdo do lobo caudado 8. Ducto hepático comum 9. Ducto cístico 10. Ducto colédoco PÂNCREAS 5 Gabrielle Nunes | P2| 2020 O pâncreas é uma glândula acessória da digestão, alongada, retroperitoneal, situada sobrejacente e transversalmente aos corpos das vértebras L I e L II (o nível do plano transpilórico) na parede posterior do abdome. - Produz : → Secreção exócrina ( suco pancreático produzido pelas células acinares) que é liberada no duodeno através dos ductos pancreáticos principal e acessório. → Secreções endócrinas (glucagon e insulina, produzidos pelas ilhotas pancreáticas [de Langerhans]) que passam para o sangue. - Divide-se em: Cabeça, colo, corpo e cauda. RELAÇÕES ANATÔMICAS → Geral: ANTERIOR Estômago, colón transverso, duodeno POSTERIOR Aorta, VCI, veia porta SUPERIOR Fígado, vesícula biliar INFERIOR Flexura duodeno jejunal L. DIREITA Duodeno, rim direito L. ESQ Baço, rim esquerdo → Cabeça do pâncreas: No interior da curvatura do duodeno SUPERIOR Plano transpilórico LATERAL ESQUERDA Vasos mesentéricos superiores LATERAL DIREITA Duodeno INFERIOR Duodeno porção horizontal POSTERIOR VCI, artéria e veia renais direitas, e veia renal esquerda. Ducto colédoco (posterossuperior) → Colo: POSTERIOR Vasos mesentéricos superiores, formação da veia porta ANTERIOR Peritônio, piloro do estômago → Corpo: Sua face anterior é coberta por peritônio LATERAL DIREITA Vasos mesentéricos superiores POSTERIOR Aorta e vértebra L II ANTERIOR Bolsa omental INFERIOR Flexura duodenojejunal SUPERIOR Tronco celíaco → Cauda: POSTERIOR Rim esquerdo, hilo esplênico, flexura esquerda do colo ANTERIOR Estômago DUCTO PANCREÁTICO - Principal: começa na cauda do pâncreas e atravessa o parênquima da glândula até a cabeça do pâncreas: aí ele se volta inferiormente e tem íntima relação com o ducto colédoco. - O ducto pancreático principal e o ducto colédoco geralmente se unem para formar a ampola hepatopancreática (de Vater) curta e dilatada, que se abre na parte descendente do duodeno, no cume da papila maior do duodeno. - O músculo esfíncter do ducto pancreático), o músculo esfíncter do ducto colédoco e o músculo esfíncter da ampola hepatopancreática são esfíncteres de músculo liso que controlam o fluxo de bile e de suco pancreático para a ampola e impedem o refluxo do conteúdo duodenal para a ampola hepatopancreática. - O ducto pancreático acessório abre-se no duodeno no cume da papila menor. VASCULARIZAÇÃO → IRRIGAÇÃO: ramos da artéria esplênica → DRENAGEM VENOSA: veias pancreáticas correspondentes, veia porta e veia esplênica → DRENAGEM LINFÁTICA: linfonodos pancreáticos, esplênicos, linfonodos pilóricos > linfonodos mesentéricos superiores, linfonodos celíacos → INERVAÇÃO: nervo vago e esplâncnico abdominopélvico 6 Gabrielle Nunes | P2| 2020 IMAGENS