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Agente de Pesquisa e Mapeamento IBGE2021

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Processo Seletivo Do Instituto Brasileiro De Geografia E Estatística-IBGE/2021
Agente de Pesquisa e Mapeamento
Conteúdos Relacionados ao Processo Seletivo IBGE/2021 Para o Cargo de Agente de Pesquisa e Mapeamento
Trabalho desenvolvido para estudos de conteúdos referentes ao processo seletivo IBGE 2021 edital n5/2021, pelo professor Jaimerson Rodrigues dos Santos para o cargo de Agente de Pesquisa e Mapeamento.
MACAPÁ
2021
Sumário
INTRODUÇÃO	4
LÍNGUA PORTUGUESA	5
1 Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados.	5
2 Reconhecimento de tipos e gêneros textuais.	7
3 Domínio da ortografia oficial.	11
4 Domínio dos mecanismos de coesão textual.	20
4.1 Emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição, de conectores e de outros elementos de sequenciação textual.	23
4.2 Emprego de tempos e modos verbais.	27
5 Domínio da estrutura morfossintática do período.	30
5.1 Emprego das classes de palavras.	30
5.2 Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração.	33
5.3 Relações de subordinação entre orações e entre termos da oração.	36
5.4 Emprego dos sinais de pontuação.	42
5.5 Concordância verbal e nominal.	50
5.6 Regência verbal e nominal.	53
5.7 Emprego do sinal indicativo de crase.	56
5.8 Colocação dos pronomes átonos.	58
6 Reescrita de frases e parágrafos do texto.	62
6.1 Significação das palavras.	62
6.2 Substituição de palavras ou de trechos de texto.	64
6.3 Reorganização da estrutura de orações e de períodos do texto.	66
6.4 Reescrita de textos de diferentes gêneros e níveis de formalidade.	68
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO	69
1 Princípios de contagem.	69
2 Razões e proporções.	71
3 Regras de três simples.	73
4 Porcentagens.	76
5 Equações de 1º e de 2º graus.	78
6 Sequências numéricas.	82
7 Progressões aritméticas e geométricas.	83
8 Funções e gráficos.	87
9 Estruturas lógicas.	92
10 Lógica de argumentação.	93
10.1 Analogias, inferências, deduções e conclusões.	93
11 Lógica sentencial (ou proposicional).	96
11.1 Proposições simples e compostas.	96
11.2 Tabelas-verdade.	97
11.3 Equivalências.	101
11.4 Leis de De Morgan.	103
11.5 Diagramas lógicos.	105
12 Lógica de primeira ordem.	107
13 Princípios de contagem e probabilidade.	108
14 Operações com conjuntos.	114
15 Raciocínio logico envolvendo problemas aritméticos, geométricos e matriciais.	118
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO	141
1 Código de Ética do IBGE	141
2 Lei no 8.112/1990 e suas alterações.	148
GEOGRAFIA	154
1 Noções básicas de cartografia.	154
1.1	Orientação: pontos cardeais.	156
1.2	Localização: coordenadas geográficas, latitude, longitude e altitude.	158
1.3 Representação: leitura, escala, legendas e convenções.	159
2 Aspectos físicos do Brasil e meio ambiente no Brasil (grandes domínios de clima, vegetação, relevo e hidrografia; ecossistemas).	161
3 Organização do espaço agrário: atividades econômicas, modernização e conflitos; organização do espaço urbano: atividades econômicas, emprego e pobreza; rede urbana e regiões metropolitanas.	167
4 Dinâmica da população brasileira: fluxos migratórios, áreas de crescimento e de perda populacional.	168
5 Formação territorial e divisão político-administrativa (organização federativa).	171
REFERÊNCIAS	173
INTRODUÇÃO
O presente trabalho reúne materiais de estudos, vídeos e conteúdos sobre: língua portuguesa; matemática e raciocínio lógico; ética no serviço público; e geografia. Conteúdos esses apresentados no edital n5/2021 pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (CEBRASPE) para a seleção de candidatos que preencherão as vagas de Agente de Pesquisa e Mapeamento, disponível em: http://www.cebraspe.org.br/concursos/ibge_21_pss_scq.
A prova desse processo seletivo é objetiva, de caráter eliminatório e classificatório, ela valerá 60,00 pontos. O quadro a seguir apresenta as disciplinas e a distribuição das questões:
	DISCIPLINA
	QUESTÕES
	01. Língua Portuguesa
	20
	02. Matemática e Raciocínio Lógico
	15
	03. Ética no Serviço Público
	5
	06. Geografia
	20
	TOTAL
	60
Quadro I
Atente-se que as disciplinas número 01, 02 e 06, mostradas no quadro acima, têm mais questões, o que vai exigir um pouco mais de foco e esforço nos estudos referentes a elas, não que as outras não sejam importantes, porém pelo número de questões é bom dar um pouco mais de atenção para as disciplinas citadas.
Busca-se tratar dos conteúdos explanados aqui da forma mais resumida possível, porém com bastante propriedade para não se perder a qualidade da produção, isso para a otimização de tempo, tendo em vista o curto período de tempo para estudos, pois a prova está próxima.
	Esses conteúdos tem por finalidade auxiliar nos estudos para o referido processo seletivo e serão disponibilizados de forma gratuita (por compartilhamento de e-mails, mensagens de WhatsApp, etc.), como forma de contribuir com os estudos de outros concurseiros que almejam uma vaga. Espera-se assim contribuir com suas rotinas de estudos, críticas e feedbacks são sempre bem vindos (jaimerson50135@gmail.com). Complemente seus estudos com vídeos e outras fontes também, bons estudos.
LÍNGUA PORTUGUESA
1 Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados.
	A compreensão e interpretação de texto são duas ações que estão relacionadas, uma vez que quando se compreende corretamente um texto e seu propósito comunicativo chegamos a determinadas conclusões (interpretação).
	Hoje em dia é essencial saber interpretar corretamente os textos, entender melhor sobre suas tipologias e as funções da linguagem relacionadas a ele.
Resumindo:
· Compreensão de textos: é a decodificação da mensagem, ou seja, análise do que está no explícito no texto.
· Interpretação de textos: é a interpretação que fazemos do conteúdo, ou seja, quais conclusões chegamos por meio da conexão de ideias e, por isso, vai além do texto.
O que é interpretação de textos?
	A interpretação de textos envolve a capacidade de chegar a determinadas conclusões após fazer a leitura de algum tipo de texto (visual, auditivo, escrito, oral). Por isso, a interpretação de texto é algo subjetivo e que pode variar de leitor para leitor. Isso porque cada um possui um repertório interpretativo que foi sendo adquirido ao longo da vida.
	Vale lembrar que o repertório interpretativo do leitor advém, em grande parte, da leitura. Portanto, ler é um ato essencial e que auxilia na melhor interpretação dos textos e conexão das ideias.
O que é compreensão de textos?
	Compreender um texto é entender a mensagem que ele está transmitindo de maneira objetiva. Assim, a compreensão textual envolve a decodificação da mensagem que é realizada pelo leitor. Quando ouvimos, por exemplo, um noticiário, compreendemos a mensagem passada e qual sua finalidade (informar o ouvinte de algum acontecimento, por exemplo).
	Para compreender os textos escritos não é diferente, porém requer o conhecimento da língua, do vocabulário e das funções relacionadas com linguagem e a comunicação. Logo, por meio da interpretação das palavras e das frases podemos compreender melhor a mensagem que está sendo transmitida. Por isso, ter um dicionário por perto é sempre uma dica boa, se caso houver algum termo desconhecido.
	Outro ponto importante nas provas de concurso público (bancas diversas): você precisa saber que há dois tipos principais de expressão textual: a prosa e o poema.
Vamos entender a diferença entre eles.
	A prosa é a expressão natural da linguagem escrita ou falada, sem metrificação intencional e não sujeita a ritmos regulares. No texto escrito, observamos o texto em prosa quando há organização em linha corrida, ocupando toda a extensão da página. Há, também, organização em parágrafos, os quais apresentam certa unidade de sentido.
	Já o poema é uma composição literária em que há características poéticas cuja temática é diversificada. O poema apresenta-se sob a forma de versos. O verso é cada uma das linhas de um poema e caracteriza-se por possuir certa linha melódica ou efeitos sonoros, além de apresentar unidade de sentido. O conjunto deversos equivale a uma estrofe. Há diversas maneiras de se dispor graficamente as estrofes (e os versos) – e isso dependerá do período literário a que a obra se filia e da criatividade do autor.
	Nas diversas bancas examinadoras, a maioria dos textos são organizados em prosa. Nesse caso, a banca faz referência às noções de linha, período e parágrafo. Quando as bancas avaliam a estrutura de um poema, há a referência às noções de verso e estrofe.
Dica de vídeo: https://youtu.be/W3XrpIRTgzA
2 Reconhecimento de tipos e gêneros textuais.
	Gênero textual é um conceito que busca compreender e explicar a materialização dos inúmeros textos que utilizamos na vida diária, desde mensagens telefônicas e posts em redes sociais até entrevistas de emprego, artigos científicos e outros.
	Os gêneros e tipos textuais relacionam-se, pois aqueles se utilizam destes na sua estrutura. Além disso, outros elementos caracterizam os gêneros, como interlocutor, contexto, função social e linguagem.
Tipos e gêneros textuais
Existem duas grandes categorias no estudo dos textos:
· tipos textuais
· gêneros textuais
	Ambas existem de modo paralelo, mas partem de posicionamentos distintos, por isso contemplam aspectos diversos e complementares para categorizar e organizar a variedade de textos que existem em nossas sociedades.
	A tipologia textual é uma categoria que se refere aos aspectos sequenciais e composicionais dos textos, como suas características sintáticas, lexicais e estruturais. Desse modo, o que se pretende, com essa categoria, é analisar a forma como os textos organizam-se linguisticamente para cumprirem suas funções comunicativas.
	O gênero textual, por sua vez, é outra categoria que prioriza os traços comunicativos, contextuais e sociais que influenciam, também, na organização dos textos. Essa categoria classifica os textos por suas funções sociocomunicativas, considerando-se, além da estrutura linguística, os aspectos extralinguísticos.
	Os gêneros textuais são fluidos e mutáveis, sempre se adequando às novas necessidades sociais, entretanto, todos eles obedecem às regras de natureza linguística e textual que se apresentam em todos os gêneros, ou seja, os tipos textuais são aplicados na construção e modificação dos gêneros textuais.
	Por meio dessa relação, é possível estabelecer-se combinações entre tipos e gêneros textuais. É importante ressaltar que um único gênero pode conter diversos tipos textuais, com predominância de um ou mais. Em alguns casos, é possível encontrar gêneros com uma tipologia específica.
	Segue uma lista com os principais tipos textuais e as possíveis relações entre os tipos e gêneros textuais:
	Um mesmo gênero pode abarcar mais de um tipo textual, isso demonstra que utilizamos diversas sequências linguísticas para construir nossos textos, sempre as mesclando para potencializar a nossa escrita. Além disso, é importante lembrar que, a depender da intenção do autor, os tipos textuais podem ser utilizados em hierarquias e arranjos diversos.
	Por exemplo, uma notícia pode ter predominância do tipo narrativo, pois conta um fato. Entretanto, a depender do fato a ser contado, o autor pode utilizar o tipo expositivo para explicar contextos prévios ao acontecimento em questão, ou ainda utilizar o tipo descritivo para apresentar uma cena do ocorrido ou acrescentar detalhes a alguma informação.
Elementos dos gêneros textuais
	Gêneros textuais são um conceito amplo e intencionalmente vago que procura caracterizar os textos, primordialmente, pela sua função sociocomunicativa. Desse modo, ao debruçar-se nos elementos que caracterizam os gêneros, é possível identificar aspectos referentes a contexto, interlocutores, intenção comunicativa, função social e outros.
	O primeiro elemento dos gêneros é a sua função social, ou seja, identificamos qual a finalidade, utilidade ou importância que determinados textos cumprem nas sociedades e suas culturas. É importante considerar que o estudo do gênero valoriza a linguagem como ação comunicativa ou ação social, logo, todo texto nasce de um intuito, de uma necessidade, pessoal ou coletiva, por isso é essencial considerar esse elemento na análise dos gêneros.
	Partindo dessas considerações, o segundo elemento essencial do gênero é o que envolve os participantes da interação, ou seja, autor/locutor e leitor/ouvinte. Todo indivíduo possui uma identidade, um status, ou outros valores que marcam a sua posição social em determinada cultura, desse modo, a identidade dos sujeitos envolvidos influencia tanto na produção quanto na recepção dos textos. Os interlocutores, por isso, são elemento essencial dos gêneros textuais. É necessário considerar-se quem escreve e para quem se escreve.
	Outro elemento é o contexto de uso, que se refere ao local cultural, no qual o texto está inserido. Por exemplo, uma fala dentro do contexto jurídico exige certas adequações que são próprias desse ambiente, por isso os textos sofrem essa exigência. De modo semelhante, outro exemplo é a produção de diferentes falas, nos mesmos interlocutores, a depender de estarem em um ambiente pessoal ou profissional. Sendo assim, considerar o contexto de uso é imprescindível para identificar e categorizar os gêneros.
	Após a identificação dos elementos anteriores, ainda é importante observar dois outros: a linguagem e o meio de divulgação. Nem todo texto utiliza a linguagem verbal, e outros ainda mesclam diversos tipos de linguagem, sendo assim, é necessário considerar também quais são os tipos de linguagem utilizados em cada gênero. Além disso, o lugar de divulgação dos textos também interfere, por exemplo: um post no Twitter possui um limite de caracteres que condensa as informações divulgadas.
Diferenças entre tipo e gênero textual
	Como já mencionado, as categorias tipo e gênero, no tocante aos estudos do texto, referem-se a classificações distintas e, em certa medida, complementares. É importante, assim, saber distinguir os limites que cada classificação possui para analisar melhor os textos e, com isso, amadurecer os domínios de produção e interpretação textual.
	Tipo textual é uma categoria da organização estrutural dos textos, fornecendo classificações de sequências disponíveis para construir-se os variados gêneros textuais existentes. Em outras palavras, o autor, a depender do seu contexto comunicativo, vai escolher lançar mão do tipo narrativo, descritivo, expositivo, argumentativo ou outro, no intuito de alcançar seu objetivo.
	Os gêneros textuais, por sua vez, classificam os textos com base em suas condições de uso bem como na influência dessas condições na estrutura do texto. Sendo assim, ao falarmos de gênero textual, buscamos identificar aspectos contextuais, características dos interlocutores, função social do texto, tipo e adequação da linguagem, canal de transmissão, entre outros. Ao considerarmos esses elementos, é sempre importante estabelecermos a relação deles com a caracterização do gênero.
	A seguir, um modelo de possíveis modos de analisar-se determinado gênero e relacioná-lo com seus tipos textuais.
Mapa mental de análise do gênero notícia.
Gêneros textuais e gêneros literários
	Nos estudos dos gêneros textuais literários, existem algumas especificidades que não são comuns aos outros gêneros, por isso cabe uma análise mais específica desta categoria. A princípio os gêneros literários diferem-se, principalmente, por seu teor artístico, de modo que a estética se torna elemento fundamental para seus diversos gêneros.
	Romance, conto e filme são gêneros que possuem algumas semelhanças, como a predominância do tipo narrativo, entretanto, cada um deles possui estruturas bem diferentes. Um conto propõe-se a ser uma leitura mais rápida que um romance, logo, a condensação das informações, a redução de fatos, e as estratégias estéticas alinham-se a essa necessidade.
	Além disso, é importante lembrar-se de que, diferentemente dos outros gêneros, os textos literários não possuem uma função prática na sociedade, logo, os critérios de análise diferem-se para essa categoria. É importante considerar,nos gêneros literários, os aspectos tipológicos (narração, descrição, exposição); a configuração em prosa ou poesia; e outros tópicos, como tamanho, veículos de divulgação, linguagens utilizadas, que podem demonstrar-se relevantes na estética literária.
Vídeo: https://youtu.be/J-MOSikttwo 
3 Domínio da ortografia oficial. 
	Ortografia Oficial, ou simplesmente Ortografia, é a parte da nossa gramática que se dedica a estudar a escrita correta das palavras.
Vamos para a origem dos componentes do termo “Ortografia”:
Orthos – palavra grega que exprime a ideia de direito, reto, exato.
Graphia – palavra latina que significa “escrever”.
	Sendo assim, praticar Ortografia é escrever corretamente, conhecer as regras gramaticais que tornam a escrita de acordo com as regras da Língua Portuguesa, em nosso caso. Quando falamos de “Ortografia Oficial” estamos nos referindo à Ortografia definida oficialmente no Brasil como a correta.
Alfabeto, consoantes e vogais
	Lembre-se que uma das bases de qualquer língua, inclusive a Língua Portuguesa, é o alfabeto, onde estão definidos quais os sinais gráficos e quais os sons que cada sinal representa. O alfabeto é formado pelas vogais (A, E, I, O, U) e pelas consoantes (B, C, D, F, G…).
	Uma curiosidade sobre a classificação de vogais e consoantes se refere ao uso das letras Y, K e W. Veja as duas possibilidades para a utilização dessas letras:
1. Na transcrição de nomes próprios estrangeiros e de seus derivados portugueses: Katy Perry, Nova York, Disney World, etc.
2. Nas abreviaturas e símbolos de uso internacional: Kg (quilograma), W (Watt), Km (quilômetro), etc.
	Se na parte de Ortografia Oficial do seu concurso for perguntado se qualquer substantivo comum (iogurte, ilha, vale, cabelo, cansaço) pode ser escrito com Y, K ou W não faça a besteira de escrever que sim.
Y, K e W só para abreviaturas e nomes próprios!
Os acentos
	Quem nunca teve dúvida se uma palavra admite ou não acento? Esse é um dos principais erros nas questões de Ortografia Oficial dos diversos concursos. Para entendermos melhor sobre acentuação, é melhor saber para que serve a acentuação. De maneira geral, a acentuação serve para modificar o som de alguma letra, fazendo com que palavras de escrita semelhante tenham leituras diferentes e, portanto, significados diferentes. Assim, o acento é utilizado para diferenciar SECRETÁRIA de SECRETARIA. BABA e BABÁ. MAGOA e MÁGOA. Sem os acentos, essas diferenciações não poderiam ser feitas.
De maneira geral, podemos definir os acentos da seguinte forma:
· ACENTO AGUDO: é representado por um traço voltado para a direita. É colocado sobre as vogais indicando que a sílaba onde ele está é tônica (tem o som mais forte). O acento agudo faz com que a vogal seja pronunciada de forma aberta. Exemplos: maré, jacaré, tórax, célebre.
· TIL: o til é representado por um traço sinuoso (um “S” deitado). Ele torna nasal o som das letras A e O. Exemplos: canhão, interpõe, barão, constituição, leões.
· ACENTO CIRCUNFLEXO: é representado pelo famoso “chapéu” em cima das vogais A, O e E. O acento circunflexo indica que a vogal deve ser pronunciada de forma fechada. Exemplos: judô, bônus, ângulo, acadêmico.
· ACENTO GRAVE: o acento grave é semelhante ao agudo, só que virado para o lado esquerdo. Ele indica a ocorrência de crase. Mas sobre isso vamos falar mais adiante, de maneira mais aprofundada. Por enquanto, basta saber que o acento existe.
Você sabe utilizar os acentos adequadamente? Uma dica é falar a palavra mentalmente e tentar verificar se o som está de acordo com o significado e com o que está escrito.
Palavras homônimas e parônimas: fique atento a estas pegadinhas
	É importante você estar atento dois conceitos importantíssimo, que tem feito muita gente boa cair em cascas de banana nas questões de Ortografia Oficial. Você já ouviu falar em palavras parônimas e homônimas? Entenda:
· PARÔNIMAS são palavras com pronúncia e grafia semelhantes, mas significado diferente. Exemplos: deferir (acatar) e diferir (adiar); tráfico (comércio) e tráfego (trânsito); flagrante (evidente) e fragrante (aromático).
· HOMÔNIMAS são palavras que possuem a mesma pronúncia, mas significado diferente. Exemplos: conserto (correção) e concerto (apresentação); são (do verbo ser e sadio); ser (verbo e substantivo).
	Como gera muita confusão, esse é um tema bastante cobrado em questões de concurso. Fique atento a ele.
	A partir de agora vou abordar diretamente dúvidas comuns entre candidatos que têm dificuldade em Ortografia Oficial. É hora de aprender, na prática, como escrever corretamente.
Mal e Mau
	Essa é uma das grandes dúvidas de quem escreve: devemos escrever “MAU” ou “MAL”?
Acho essa uma questão bem fácil de entender. “Mal” é o oposto de bem, e “mau” é o oposto de bom.
“Mal” será substantivo, quando estiver acompanhado de artigo ou pronome.
Exemplo: Preciso me curar desse mal.
“Mal” será advérbio quando modificar um verbo ou um adjetivo.
Exemplo: Mal me olhou e foi embora.
Já a palavra “mau” exerce sempre a função de adjetivo.
Exemplo: Você é um homem mau.
	Para não errar, basta substituir “mau” ou “mal” por “bom” ou “bem”, e assim confirmar o correto uso gramatical da palavra.
Uso dos Porquês
	Esse é outro grande dilema entre os candidatos a concurso público: como saber o correto uso dos porquês?
· Porque (junto e sem acento) – o “porque” é uma conjunção explicativa. É um substituto da palavra “pois”. Então, quando couber essa substituição pode errar sem medo o “porque” junto e sem acento. Exemplo: eu estou gripado porque tomei suco gelado.
· Por que (separado e sem acento) – o “por que” é utilizado no início de perguntas, ou como substituto de “o motivo pelo qual”. Exemplo (pergunta): por que você foi para o bar?. Outro exemplo (motivo pelo qual): ninguém explicou por que nós brigamos.
· Porquê (junto e com acento) – “porquê” nada mais é que um substantivo. Ele vem acompanhado de artigo, numeral, adjetivo ou pronome. Exemplo: ainda me pergunto o porquê desta multa.
· Por quê (separado e com acento) – É usado no final de frases interrogativas. Exemplo: você deixou o livro no armário por quê?
Simplificando:
PORQUE – substitui por pois.
POR QUE – início de pergunta ou substitui por motivo pelo qual.
PORQUÊ – substantivo.
POR QUÊ – final de pergunta.
Uso do X e CH
	Uma das dificuldades no aprendizado da Língua Portuguesa diz respeito à quantidade de exceções existentes em relação a determinadas regras. O uso do “x” e do “ch”, por exemplo, traz essa dificuldade para os candidatos. Mas podemos, de maneira geral, apontar as seguintes circunstâncias para o uso ou não uso dessas estruturas na ortografia oficial:
· Costuma-se utilizar o “X” depois da sílaba inicial “me”. Exemplo: mexendo e mexicano.
· Costuma-se utilizar o “X” depois da sílaba inicial “en”. Exemplo: enxergar e enxugar.
· Costuma-se utilizar o “X” depois de ditongos. Exemplo: caixa, abaixar.
· Costuma-se utilizar o “X” em palavras de origem indígena e africana. Exemplo: orixá e abacaxi.
	Esses são os casos básicos onde você deverá usar o “x” no lugar do “ch”. Mas minha sugestão é que você leia muito e assimile a grafia das palavras independentemente das regras. Vai lhe ajudar muito mais na sua prova.
Uso da crase
	Antes de qualquer coisa você precisa saber que crase é a junção da preposição “a” com o artigo “a”. Ela é marcada com o uso do acento grave (`) na letra “a”.
	Para saber se devemos ou não usar a crase devemos analisar a palavra que vem antes e a palavra que vem depois do “a”. Veja a frase:
“Eu fui à escola”
	Nesse caso, o verbo “fui” exige uma preposição “a”. Já o substantivo “escola” exige um artigo “a”.
	Para ‘tirar a prova’, basta substituir por uma palavra masculina. Se a frase fosse “Eu fui ao teatro” teríamos a preposição “a” mais o artigo “o”. Como não existe a palavra “aa”, usa-se a crase para designar essa junção entre a preposição e o artigo. A crase também pode ser utilizada como a fusão das preposições “aquele” ou “aquela” com o artigo “a”. Exemplo: devemos tudo àqueles homens.
	O professor Pasquale, um dos grandesmestres da Língua Portuguesa, deu uma entrevista interessante à BBC Brasil dizendo como identificarmos o correto uso da crase:
	Pasquale dá o exemplo da clássica canção “Você já foi à Bahia?”, de Dorival Caymmi.
“Se você foi, você foi a algum lugar. O verbo ‘ir’ – ‘você foi’, verbo ‘ir’ -, no português tradicional, rege a preposição “a”. Ir a algum lugar”, explica.
	E que lugar é esse? No exemplo dado, é a Bahia.
“Bahia é um substantivo que dá nome a lugar e pede artigo”, disse Pasquale.
	Ele mostra formas simples de perceber isso: “’Eu moro na Bahia’ – o que é ‘na’? Não é ‘em’ mais ‘a’? ‘Eu acabei de chegar da Bahia’. O que é ‘da’? ‘De’ mais ‘a’. É fácil perceber que Bahia pede artigo.”
	Neste caso, ocorre a crase – a fusão – entre duas vogais: a preposição “a”, que sucede o verbo ir, se junta com artigo “a”, que antecede o substantivo feminino Bahia, ocorrendo o acento grave.
	O resultado é: “Você já foi à Bahia?” – o significa a mesma coisa que “Você já foi para a Bahia?”.
	Mas se a pergunta fosse sobre Santa Catarina – “Você já foi a Santa Catarina?” -, não haveria fusão, já que Santa Catarina não pede artigo – diz-se “Eu moro em Santa Catarina” e não “Eu moro na Santa Catarina”.
“Moral da história, esse ‘a’ de ‘Você já foi a Santa Catarina?’ não passa de uma preposição que não se fundiu com nada”, explica Pasquale. “Esse ‘a’ não receberá acento por uma razão muito simples: não houve fusão.”
Pasquale Cipro Neto
Uso de S ou Z
	Outra pedra no sapato é a confusão que muitos de nós fazemos quando vamos utilizar as letras “s” e “z”.
Aqui vão algumas regrinhas:
· Utiliza-se o “s” nas palavras derivadas de outras que já apresentam “s” no radical. Exemplo: análise/analisar, casa/casinha/casarão.
· Utiliza-se o “s” nos sufixos “ês” e “esa”, ao indicarem nacionalidade, título ou origem. Exemplo: portuguesa, milanesa, burguesia.
· Utiliza-se o “s” nos sufixos formadores de adjetivos “ense”, “oso” e “osa”. Exemplo: gostoso, catarinense, populoso, amorosa.
· Utiliza-se o “s” nos sufixos “ese”, “isa”, “ose”. Exemplo: catequese, glicose, poetisa.
A dúvida em torno do emprego do “s” ou do “z” novamente pode ser melhor compreendido a partir de uma boa dose de leitura. Existem muitas regras, com muitas exceções, inviabilizando um conhecimento sistemático e seguro.
Uso de C, Ç, S ou SS
	Aqui vai uma dica genial para quando você estiver no dilema de escrever “s” ou “ss”: nas palavras em que empregamos apenas um “s”, ele aparece entre uma vogal e uma consoante. Exemplo: diversão, ofensa.
Quando estamos falando de dois “ss”, eles vêm entre duas vogais. Exemplo: processo, passivo.
Uso de J e G
	Vamos a outro ponto bem difícil de definir todas as regras, mas que podemos facilitar um pouco: o uso de “j” e “g”.
· Usa-se “j” nas palavras de origem árabe, indígena, africana ou exótica. Exemplo: jiboia e acarajé.
· Usa-se “j” nos verbos terminados em “jar” ou “jear”. Exemplo: sujar e gorjear.
· Usa-se “j” na terminação “aje”. Exemplo: laje, traje.
	Aqui reafirmo o que disse antes: a leitura irá lhe ajudar a avançar no reconhecimento da correta escrita da maioria das palavras.
A melhor forma de aprender Ortografia Oficial
	Por mais que você tente, dificilmente irá memorizar as centenas de regras da Língua Portuguesa (uma das mais difíceis do mundo).
	A melhor forma de aprender a Ortografia Oficial é, realmente, cultivar o hábito da leitura. Assim você vai assimilando a escrita das palavras no automático, nos contextos em que elas são empregadas.
	Ter um vocabulário amplo irá lhe ajudar muito a acertar questões que lhe perguntem sobre o verdadeiro uso das palavras na prova do seu concurso. Não importa o que você leia, o importante é ler. Mas se você quer dicas de leituras “fortes”, ou seja, que irão lhe desafiar e tornar você um craque em ortografia, tenho as dicas a seguir – livros completamente gratuitos de literatura brasileira:
A obra completa de Machado de Assis
A obra completa de José de Alencar
	Esses são clássicos da Língua Portuguesa, que farão toda a diferença para você! Se quiser ficar fora da média, vale a pena enfrentar esses clássicos!
O Novo Acordo Ortográfico
	Embora já esteja em vigor desde 2016, ainda tem muita gente sem saber direito o que significa e o que mudou com o mais recente Acordo Ortográfico, que mudou regras da nossa Ortografia Oficial. Veja aqui as regras de maneira objetiva e simples:
Mudança no alfabeto
· Antes: A B C D E F G H I J L M N O P Q R S T U V X Z
· Depois: A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
	Na prática, as letras “k”, “w” e “y” são usadas em várias situações, como na escrita de símbolos de unidades de medida (Ex.: km, kg) e de palavras e nomes estrangeiros (Ex.: show, William).
Uso do trema
	Não se usa mais o trema, exceto em nomes próprios estrangeiros ou derivados, como por exemplo: Müller, mülleriano, Hübner, hüberiano etc.
· Antes: cinqüenta, freqüente
· Depois: cinquenta, frequente
Acentuação
	Perdem o acento os ditongos abertos “éi” e “ói” das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).
· Antes: assembléia, jóia
· Depois: assembleia, joia
	Perdem o acento o “i” e o “u” tônicos nas palavras paroxítonas, quando eles vierem depois de ditongo.
· Antes: feiúra, Bocaiúva
· Depois: feiura, Bocaiuva
	Perdem o acento as palavras terminadas em êem e ôo(s).
· Antes: abençôo, lêem
· Depois: abençoo, leem
	Perdem o acento diferencial as duplas: pára/para, péla(s)/ pela(s), pólo(s)/polo(s), pêlo(s)/pelo(s), pêra/pera.
· Antes: Ele foi ao Pólo Norte.
· Depois: Ele foi ao Polo Norte.
Atenção: Permanece o acento diferencial:
1. Nas duplas: – pôde/pode Ex.: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode. – pôr/por Ex.: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.
2. No plural dos verbos ter e vir, assim como das correspondentes formas compostas (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Ex.: Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.
Obs: É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Ex.: Qual é a forma da fôrma do bolo? O circunflexo sai da palavra côa (do verbo coar).
	Perde o acento o u tônico das formas verbais rizotônicas (com acento na raiz) nos grupos que e qui/gue e gui.
· Antes: ele argúi
· Depois: ele argui
Hífen
	Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com as letras r ou s, que serão duplicadas.
· Antes: auto-retrato e anti-social
· Depois: antissocial e autorretrato
Atenção: Mantém-se o hífen quando os prefixos hiper, inter e super se ligam a elementos iniciados por r. Ex.: hiper-requisitado; inter-regional; super-resistente.
	Usa-se o hífen quando o prefixo termina com a mesma vogal que inicia o segundo elemento.
· Antes: antiinflamatório
· Depois: anti-inflamatório
	Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da que inicia o segundo elemento.
· Antes: auto-escola
· Depois: autoescola
Atenção: Não se usa o hífen com o prefixo co, ainda que o segundo elemento comece pela vogal o. Ex.: coocupante, cooptar.
	Não se usa hífen em palavras compostas que, pelo uso, passaram a formar uma unidade.
· Antes: manda-chuva
· Depois: mandachuva
Vídeo sobre ortografia oficial: https://youtu.be/Hz8u0MqCxtc 
Vídeos do novo acordo ortográfico em duas partes:
parte 1 https://youtu.be/LhW_Ee3Wkms
parte 2 https://youtu.be/2Ou4ApRLj88 
4 Domínio dos mecanismos de coesão textual. 
Relação de harmonia entre os elementos textuais
	Coesão textual são os mecanismos linguísticos que permitem uma conexão lógico-semântica entre as partes de um texto. A ligação e harmonia que possibilitam a amarração de ideias dentro de um texto é feita com o uso de conjunções, preposições, advérbios ou locuções adverbiais.
	A coesão textual assegura a ligação entre palavras e frases, interligando as diferentes partes de um texto. Ela pode ser percebida ao se verificar que as frases e os parágrafos estão entrelaçados no texto, de modo que um elemento dá sequência ao outro, determinando a transição das ideias presentes no texto.
	A coesão é essencialpara garantir que o texto seja harmonioso, que transmita a mensagem com clareza e que faça sentido para o leitor. Para isso é necessário empregar elementos de coesão, utilizando conjunções, pronomes, advérbios, entre outras expressões que têm como objetivo estabelecer a interligação entre os segmentos do texto. 
Elementos que garantem a coesão textual
	Para garantir a coesão, o texto deve conter alguns elementos fundamentais. Esses elementos coesivos permitem que sejam feitas as articulações e ligações entre as diferentes partes do texto, bem como a sequência de ideias do mesmo.
	Os conectores são os elementos coesivos que fazem a coesão entre as frases. Eles instituem as relações de dependência e conexão entre os termos. Esses elementos são formados por conjunções, preposições e advérbios conectivos.
	A correlação dos verbos trata da correta utilização dos tempos verbais a fim de garantir a coesão temporal ordenando os acontecimentos de maneira lógica e linear, o que possibilita uma compreensão da sequência dos fatos.
Tipos de coesão textual 
	Existem os seguintes tipos de coesão textual: coesão referencial, coesão lexical, coesão por elipse, coesão sequencial e coesão por substituição. 
Coesão referencial
	Consiste na menção de elementos que já apareceram ou ainda vão aparecer no texto. Esses elementos são chamados de anáforas (usada para se referir aos termos já citados no texto) e catáforas (usada para se referir aos termos que serão citados na sequência do texto).
	Na coesão referencial, os termos conectivos anunciam ou retomam as frases, sequências e palavras presentes em um texto. Para fazer essas retomadas geralmente são utilizados pronomes pessoais, pronomes possessivos, pronomes demonstrativos ou expressões adverbiais de lugar.
	A coesão referencial é uma das mais usadas. Esse tipo de coesão evita o uso de diversas repetições no mesmo texto usando um termo para fazer referência a outro. Ou seja, é o tipo de coesão que reitera algo que já foi dito antes, substituindo uma palavra por outra que possui com ela alguma relação semântica.
Coesão lexical
	A coesão lexical ocorre quando um termo é substituído por outro dentro do texto. Esse tipo de coesão estabelece uma relação de sinonímia, antonímia, hiponímia ou hiperonímia. Por meio de sinônimos, pronomes, heterônimos ou hipônimos, que estabelecem uma corrente de sentido fazendo remissão às mesmas ideias por meio de diferentes termos.
	Dessa forma, a coesão lexical usa palavras ou expressões análogas para substituir termos já utilizados e para identificar e nomear elementos textuais que já forma citados. 
	Esse tipo de coesão textual é essencial para manutenção da unidade temática do texto que necessita de uma carga de redundância. A coesão lexical constrói uma cadeia de sentidos fazendo remissão das mesmas ideias através diferentes expressões. 
Coesão por elipse
	Esse tipo de coesão ocorre quando há a omissão de algumas palavras sem que o entendimento das ideias da oração seja comprometido. Isso quer dizer que a coesão lexical consiste na supressão de elementos que são facilmente identificados ou que já tenham sido mencionados no texto.
	A omissão dos termos acontece, geralmente, com a substituição por uma vírgula, que pode ser usada em lugar de um pronome, um verbo, nomes e frases inteiras. 
Coesão por substituição
	Esse tipo de coesão consiste na substituição de uma palavra por outra ou por uma locução adverbial. Assim como em outros tipos de coesão textual, ela usa termos que retomam outros que já foram mencionados. A coesão por substituição emprega palavras e expressões que retomam termos por meio da anáfora. 
	A coesão por substituição acontece à medida em que substantivos, verbos, períodos ou trechos de textos são substituídos por conectivos ou expressões que resumem ou fazem remissão ao que já foi dito. 
Coesão sequencial
	Esse tipo de coesão textual faz uso de conjunções, conectivos e expressões que dão sequência aos assuntos, estabelecendo uma continuidade em relação ao que já foi dito.
	A coesão sequencial usa expressões como: diante do exposto, a partir dessas considerações, embora, logo, com o fim de, diante desse quadro, em vista disso, tudo o que foi dito, esse quadro, por conseguinte, caso, entre outras. Ela dá sequência ao texto por meio das relações semânticas que ligam as orações.
Recursos utilizados na coesão textual
	Para a coesão textual são utilizados alguns recursos essenciais que contribuem para a harmonia dos elementos textuais. Conheça alguns deles:
· Ordenar as palavras corretamente nos períodos;
· Utilizar corretamente as flexões nominais como a flexão de gênero e número;
· Fazer uso adequado das flexões verbais como a flexão em número, pessoa, modo e tempo;
· Usar corretamente as preposições e conjunções.
	Outros recursos também são responsáveis pela coesão de um texto, os principais deles são as palavras de transição. Essas palavras estabelecem uma inter-relação entre termos, frases, orações e parágrafos. 
Palavras de transição
	As palavras de transição possuem sentidos diferentes e são compostas preposições, conjunções, alguns advérbios e locuções adverbiais. Conheça algumas delas:
	SENTIDO
	PALAVRAS DE TRANSIÇÃO
	Introdução, começo
	Inicialmente, primeiramente (começo, introdução), antes de tudo, desde já.
	Continuação
	Além disso, do mesmo modo, acresce que, ainda por cima, bem como, outrossim.
	Conclusão
	Enfim, dessa forma, em suma, nesse sentido, portanto, afinal.
	Tempo
	Logo após, ocasionalmente, posteriormente, atualmente, enquanto isso, imediatamente, não raro, concomitantemente
	Conformidade
	Igualmente, segundo, conforme, assim também, de acordo com.
	Consequência
	Daí, por isso, de fato, em virtude de, assim, naturalmente
	Exemplificação, esclarecimento
	Então, por exemplo, isto é, a saber, em outras palavras, ou seja, quer dizer, rigorosamente falando.
Para fixar na mente
	Um texto com coesão textual é um texto que tem uma lógica, de forma que os elementos dele se complementem de forma harmoniosa. Em outras palavras, esse tipo de mecanismo faz com que as palavras e as frases de um texto sigam uma ligação, possibilitando a compreensão de todo o contexto da história.
Vídeo explicativo: https://youtu.be/5Z8ziZYcSdg
4.1 Emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição, de conectores e de outros elementos de sequenciação textual. 
	Palavras como preposições, conjunções e pronomes possuem a função de criar um sistema de relações, referências e retomadas no interior de um texto; garantindo unidade entre as diversas partes que o compõe.
	Essa relação, esse entrelaçamento de elementos no texto recebe o nome de Coesão Textual. Há, portanto, coesão, quando seus vários elementos estão articulados entre si, estabelecendo unidade em cada uma das partes, ou seja, entre os períodos e entre os parágrafos.
	Tal unidade se dá pelo emprego de conectivos ou elementos coesivos, cuja função é evidenciar as várias relações de sentido entre os enunciados. Veja um exemplo de um texto coeso:
“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse neste domingo que o Brasil não vai atender ao governo interino de Honduras, que deu prazo de dez dias para uma definição sobre a situação do presidente deposto Manuel Zelaya, abrigado na embaixada brasileira desde que retornou a Tegucigalpa, há uma semana. Caso contrário, o governo de Micheletti ameaça retirar a imunidade diplomática da embaixada brasileira no país, segundo informou comunicado da chancelaria hondurenha divulgado na noite de sábado, em Tegucigalpa”.
(Jornal O Globo – 27/09/2009)
Quando um conectivo não é usado corretamente, há prejuízo na coesão. Observe:
	A escola possui um excelente time de futebol, portanto até hoje não conseguiu vencer o campeonato. O conectivo “portanto” confere ao período valor de conclusão, porém não há verdadeira relação de sentido entre as duas frases: a conclusão de não vencer não é possuir um excelente time de futebol. Analisaremos, a seguir, o problema na coesão:
	É óbvio que existem duas ideias que se opõem, são elas:possuir um time de futebol x não vencer o campeonato. Logo, só podemos empregar um conector que expresse ideia adversativa, são eles: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante. O período reescrito de forma adequada, fica assim: A escola possui um excelente time de futebol, mas até hoje não conseguiu vencer o campeonato….,porém até hoje não conseguiu vencer o campeonato.
…, contudo até hoje não conseguiu vencer o campeonato.
…, todavia até hoje não conseguiu vencer o campeonato.
…, entretanto até hoje não conseguiu vencer o campeonato.
…, no entanto até hoje não conseguiu vencer o campeonato.
…, não obstante até hoje não conseguiu vencer o campeonato.
	A palavra texto provém do latim ”textum”, que significa tecido, entrelaçamento. Expondo de forma prática, podemos dizer que texto é um entrelaçamento de enunciados oracionais e não oracionais organizados de acordo com a lógica do autor. Há de se convir que um texto também deve ser claro, estando essa qualidade relacionada diretamente aos elementos coesivos (ligação entre as partes).
	Falar em coesão é necessariamente falar em endófora e exófora. Aquela se impõe no emprego de pronomes e expressões que se referem a elementos nominais presentes na superfície textual; esta faz remissão a um elemento fora dos limites do texto.
	A referenciação ocorre, basicamente, por meio de dois movimentos, chamados de movimentos retrospectivo e progressivo, respectivamente anáfora e catáfora. Tomando como objeto de análise o mesmo exemplo, vamos observar agora as anáforas e catáforas.
Vejamos as principais características de cada uma delas:
Endófora
é dividida em: anáfora e catáfora.
a) Anáfora: expressão que retoma uma ideia anteriormente expressa.
“Secretária de Educação escreve pichação com “x”. Ela justifica a gafe pela pressa”.
	Observe que o pronome “Ela” retoma uma expressão já citada anteriormente – Secretária de Educação –, portanto trata-se de uma retomada por anáfora. Dica: vale lembrar que a expressão retomada (no exemplo acima representada pela porção Secretária de Educação) é, também, chamada, em provas de Concurso, de referente ideológico.
b) Catáfora: pronome ou expressão nominal que antecipa uma expressão presente em porção posterior do texto. Observe:
Só queremos isto: a aprovação!
	No exemplo, o pronome “isto” só pode ser recuperado se identificarmos o termo aprovação, que aparece na porção posterior à estrutura. É, portanto, um exemplo clássico de catáfora. Vejamos outros:
Eu quero ajuda de alguém: pode ser de você. (catáfora ou remissão catafórica)
Não viu seu amigo na festa. (catáfora ou remissão catafórica)
“A manicure Vanessa foi baleada na Tijuca. Ela levou um tiro no abdome”. (anáfora ou remissão anafórica)
Três homens e uma mulher tentaram roubar um Xsara Picasso na Tijuca: deram 10 tiros no carro, mas não conseguiram levá-lo. (anáfora ou remissão anafórica)
Exófora
	A remissão é feita a algum elemento da situação comunicativa, ou seja, o referente está fora da superfície textual.
Mecanismos de coesão: é meio pelo qual ocorre a coesão em um texto. Os principais são:
1) Coesão por substituição: consiste na colocação de um item em lugar de outro(s) elemento(s) do texto, ou até mesmo de uma oração inteira.
Ele comprou um carro. Eu também quero comprar um.
Ele comprou um carro novo e eu também.
	Observe que ocorre uma redefinição, ou seja, não há identidade entre o item de referência e o item pressuposto. O que existe, na verdade, é uma nova definição nos termos: um, também. Comparemos com outro exemplo:
Comprei um carro vermelho, mas Pedro preferiu um verde.
	O termo “vermelho” é o adjunto adnominal de carro. Ele é, então, o modificador do substantivo.
	Todavia, esse termo é silenciado e, em seu lugar, faz-se presente a porção especificativa “verde”. Logo, trata-se de uma redefinição do referente.
2) Coesão por elipse: ocorre quando elemento do texto é omitido em algum dos contextos em que deveria ocorrer.
- Pedro vai comprar o carro?
- Vai!
	Houve a omissão dos termos Paulo (sujeito) e comprar o carro (predicado verbal), todavia essa não prejudicou nem a correção gramatical nem a clareza do texto. Exemplo clássico de coesão por elipse.
3) Coesão por Conjunção: estabelece relações significativas entre os elementos ou orações do texto, através do uso de marcadores formais – as conjunções. Essas podem exprimir valor semântico de adição, adversidade, causa, tempo…
Perdeu as forças e caiu. (adição)
Perdeu as forças, mas permaneceu firme. (adversidade)
Perdeu as forças, porque não se alimentou. (causa)
Perdeu as forças, quando soube a verdade. (tempo)
	Observe que todas as relações de sentido estabelecidas entre as duas porções textuais são feitas por meio dos conectores: e, mas, porque, quando.
4) Coesão Lexical: é obtida pela seleção vocabular. Tal mecanismo é garantido por dois tipos de procedimentos:
a) Reiteração (repetição): ocorre por repetição do mesmo item lexical ou através de hiperônimos, sinônimos ou nomes genéricos.
O aluno estava nervoso. O aluno havia sido assaltado. (repetição do mesmo item lexical) Uma menina desapareceu. A garota estava envolvida com drogas.
(coesão resultante do uso de sinônimo) Havia muitas ferramentas espalhadas, mas só precisava achar o martelo.
(coesão por hiperônimo: ferramentas é o gênero de que martelo é a espécie)
Todos ouviram um barulho atrás da porta. Abriram-na e viram uma coisa em cima da mesa.
(coesão resultante de um nome genérico)
Observação: nos exemplos acima, observamos que retomar um referente por meio de uma expressão genérica ou por hiperônimo é um recurso natural de um texto.
	Muitos estudantes de concursos ou vestibulares perguntam se é errado repetir palavras em suas redações. A resposta é simples: se houver, na repetição, finalidade enfática você não será penalizado. Todavia, a escolha dos recursos coesivos mais adequados deve ser feita, levando-se em consideração a articulação geral do texto e, eventualmente, os efeitos estilísticos que se deseja obter.
b) Coesão por colocação ou contiguidade: consiste no uso de termos pertencentes a um mesmo campo semântico.
Houve um grande evento nas areias de Copacabana, no último dia 02.
O motivo da festa foi este: o Rio sediará as olimpíadas de 2016
Vídeo: https://youtu.be/X6d2RcIBfVs
4.2 Emprego de tempos e modos verbais. 
	O verbo indica um processo localizado no tempo. Podemos distinguir: presente, pretérito e futuro.
· Tempo presente: exprime um fato que ocorre no momento da fala.
Ex.: Estou fazendo exercícios diariamente.
· Tempo passado: exprime um fato que ocorreu antes do momento da fala.
Ex.: Ontem eu fiz uma série de exercícios.
· Tempo futuro: exprime um fato que irá ocorrer depois do ato da fala.
Ex.: Daqui a quinze minutos irei para a academia fazer exercícios.
O pretérito (ou passado) subdivide-se em:
• Pretérito perfeito: indica um fato passado totalmente concluído.
Ex.: Ninguém relatou o seu delírio.
• Pretérito imperfeito: indica um processo passado não totalmente concluído, revela o fato em sua duração.
Ex.: Ele conversava muito durante a palestra.
• Pretérito mais-que-perfeito: indica um processo passado anterior a outro também passado.
Ex.: “... sempre nos faltara aquele aproveitamento da vida...” (Mário de Andrade)
O futuro subdivide-se em:
• Futuro do presente: indica um fato posterior ao momento em que se fala.
Ex.: Não tenho a intenção de esconder nada, assim que seus pais chegarem contarei o fato ocorrido.
• Futuro do pretérito: indica um processo futuro tomado em relação a um fato passado.
Ex.: Ontem você ligou dizendo que viria ao hospital.
Empregos especiais:
• Presente:
	- Pode ocorrer com valor de perfeito, indicando um processo já ocorrido no passado (presente histórico).
Ex.: Em 15 de agosto de 1769 nasce Napoleão Bonaparte. (nasce = nasceu)
	- Pode indicar futuro próximo.
Ex.: Amanhã eu compro o doce pra você. (compro = comprarei)
	- Pode indicar um processo habitual, ininterrupto.
Ex.: Os animais nascem, crescem, se reproduzem e morrem.
• Imperfeito:
	- Pode ocorrer com valor de futuro dopretérito.
Ex.: Se eu não tivesse motivo, calava. (calava = calaria)
• Mais-que-perfeito:
	- Pode ser usado no lugar do futuro do pretérito ou do imperfeito do subjuntivo.
Ex.: Mais fizera se não fora pouco o dinheiro que dispunha. (fizera = faria, fora = fosse)
	- Pode ser usado em orações optativas.
Quem me dera ter um novo amor!
• Futuro do presente:
	- Pode exprimir ideia de dúvida, incerteza. 
Ex.: O rapaz que processou o patrão por racismo, receberá uns trinta mil de indenização.
	- Pode ser usado com valor de imperativo.
Ex.: Não levantarás falso testemunho.
• Futuro do pretérito:
	- Pode ocorrer com valor de presente, exprimindo polidez ou cerimônia.
Ex.: Você me faria uma gentileza?
Modos verbais
• Modo indicativo: exprime certeza, precisão do falante perante o fato.
Ex.: Eu gosto de chocolate.
• Modo subjuntivo: exprime atitude de incerteza, dúvida, imprecisão do falante perante o fato.
Ex.: Espero que você esteja bem.
• Modo imperativo: exprime atitude de ordem, solicitação, convite ou conselho.
Exs.: Não cante agora!
Empreste-me 10 reais, por favor.
Venha ao hospital agora, seu amigo vai ser operado.
Não ponha tanto sal, isso pode lhe fazer mal.
Infinitivo pessoal ou impessoal
• Infinitivo impessoal: terminado em r para qualquer pessoa.
Ex.: comprar, comer, partir.
Emprega-se o infinitivo impessoal:
a) Quando ele não estiver se referindo a sujeito algum.
Ex.: É preciso amar.
b) Na função de complemento nominal (regido de preposição).
Ex.: Esses exercícios não são fáceis de resolver.
c) Quando faz parte de uma locução verbal.
Ex.: Ele deve ir ao dentista.
d) Quando, dependente dos verbos deixar, fazer, ouvir, sentir, mandar, ver, tiver por sujeito um pronome oblíquo.
Sujeito
Deixei-as passear.
= eles
e) Quando tiver valor de imperativo.
Ex.: Não fumar neste recinto.
• Infinitivo pessoal: além da desinência r vem marcado com desinência de pessoa e número.
Ex.: cantar – ø
cantar - es
cantar - ø
cantar - mos
cantar - des
cantar – em
Ex.: Com esse calor convém tomarmos um sorvete.
- Usa-se o infinitivo pessoal quando o seu sujeito é diferente do sujeito do verbo da oração principal.
Ex.: A única solução era ficarmos em casa.
Vídeo: https://youtu.be/pKEcyl_QDHc 
5 Domínio da estrutura morfossintática do período. 
5.1 Emprego das classes de palavras. 
	As classes de palavras ou classes gramaticais são dez: substantivo, verbo, adjetivo, pronome, artigo, numeral, preposição, conjunção, interjeição e advérbio.
1. Substantivo: é a palavra que nomeia os seres em geral, desde objetos, fenômenos, lugares, qualidades, ações, dentre outros, tais como: Ana, Brasil, beleza.
Exemplos de frases com substantivo:
· A Ana é super inteligente.
· O Brasil é lindo.
· A tua beleza me encanta.
Há vários tipos de substantivos: comum, próprio, concreto, abstrato, coletivo.
2. Verbo: é a palavra que indica ações, estado ou fenômeno da natureza, tais como: sairemos, corro, chovendo.
Exemplos de frases com verbo:
· Sairemos esta noite?
· Corro todos os dias.
· Chovendo, eu não vou.
Os verbos são classificados em: regulares, irregulares, defectivos e abundantes.
3. Adjetivo: é a palavra que caracteriza, atribui qualidades aos substantivos, tais como: feliz, superinteressante, amável.
Exemplos de frases com adjetivo:
· A criança ficou feliz.
· O artigo ficou superinteressante.
· Sempre foi amável comigo.
4. Pronome: é a palavra que substitui ou acompanha o substantivo, indicando a relação das pessoas do discurso, tais como: eu, contigo, aquele.
Exemplos de frases com pronome:
· Eu aposto como ele vem.
· Contigo vou até a Lua.
· Aquele tipo não me sai da cabeça.
Há vários tipos de pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos, relativos, indefinidos e interrogativos.
5. Artigo: é a palavra que antecede o substantivo, tais como: o, as, uns, uma.
Exemplos de frases com artigo:
· O menino saiu.
· As meninas saíram.
· Uns constroem, outros destroem.
· Uma chance é o que preciso.
Os artigos são classificados em: definidos e indefinidos.
6. Numeral: é a palavra que indica a posição ou o número de elementos, tais como: um, primeiro, dezenas.
Exemplos de frases com numeral:
· Um pastel, por favor!
· Primeiro as damas.
· Dezenas de pessoas estiveram presentes.
Os numerais são classificados em: cardinais, ordinais, multiplicativos, fracionários e coletivos.
7. Preposição: é a palavra que liga dois elementos da oração, tais como: a, após, para.
Exemplos de frases com preposição:
· Entreguei a carta a ele.
· As portas abrem após as 18h.
· Isto é para você.
As preposições são classificadas em: preposições essenciais e preposições acidentais.
8. Conjunção: é a palavra que liga dois termos ou duas orações de mesmo valor gramatical, tais como: mas, portanto, conforme.
Exemplos de frases com conjunção:
· Vou, mas não volto.
· Portanto, não sei o que fazer.
· Dançar conforme a dança.
As conjunções são classificadas em coordenativas (aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas) e subordinativas (integrantes, causais, comparativas, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, temporais, finais e proporcionais).
9. Interjeição: é a palavra que exprime emoções e sentimentos, tais como: Olá!, Viva! Psiu!.
Exemplos de frases com interjeição:
· Olá! Sou a Maria.
· Viva! Conseguimos ganhar o campeonato.
· Psiu! Não faça barulho aqui.
10. Advérbio: é a palavra que modifica o verbo, o adjetivo ou outro advérbio, exprimindo circunstâncias de tempo, modo, intensidade, entre outros, tais como: melhor, demais, ali.
Exemplos de frases com advérbio:
· O melhor resultado foi o do atleta estrangeiro.
· Não acha que trouxe folhas demais?
· O restaurante é ali.
Os advérbios são classificados em: modo, intensidade, lugar, tempo, negação, afirmação e dúvida.
O que é classe gramatical?
	É a classificação das palavras em grupos de acordo com a sua função na língua portuguesa. Elas podem ser variáveis e invariáveis, dividindo-se da seguinte forma:
Palavras variáveis - aquelas que variam em gênero, número e grau: substantivo, verbo, adjetivo, pronome, artigo e numeral.
Palavras invariáveis - as que não variam: preposição, conjunção, interjeição e advérbio.
Vídeo explicativo: https://youtu.be/s8a6eXncWY8
5.2 Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração. 
Período é a frase formada por uma ou mais orações, com sentido completo.
	O período pode ser simples ou composto.
· Período Simples: formado por apenas uma oração
Ex.: A noite está maravilhosa!
· Período composto: formado por duas ou mais orações.
Ex.: João levantou e foi para o banheiro.
O período composto pode ser por coordenação e subordinação
	Período composto por coordenação: quando as orações são independentes e tem sentido completo, porém sem relação sintática entre si.
Ex.: Os alunos discutiram o tema, escolheram o melhor e terminam o trabalho.
	Período composto por subordinação: quando uma das orações (subordinada) depende sintaticamente da outra (principal) para fazer sentido.(melhor explanado no próximo tópico)
Ex.: Não fui ao treino (oração principal), por que tinha aula (oração subordinada).
Período Composto por Coordenação
	Um período composto por coordenação é formado por orações independentes sintaticamente, ou seja, as orações não tem nenhuma dependência para serem entendidas, mas que se unem para tornar a informação mais completa e expressiva. Elas são consideradas orações coordenadas.
	Antes de falarmos sobre os tipos de orações coordenadas é necessário saber o que é uma conjunção coordenativa.
	Conjunção coordenativa: é uma conjunção usada para ligar duas orações ou palavras que têm a mesma função gramatical. Pode ser aditiva, adversativa, alternativa, conclusiva e explicativa.
Temos dois tipos de orações coordenadas
	Orações Coordenadas Assindéticas: são as orações que não estão ligadas através de conjunção coordenativa. A ligação é feita através de uma pausa, geralmente pela vírgula.
Ex: Vim, vi, venci.
	Orações Coordenadas Sindéticas: são orações coordenadas entre si e são ligadas por uma conjunção coordenativa.
São classificadas em 5 tipos:1. Oração coordenada sindética aditiva: exprime uma ideia de soma à oração anterior.
Algumas conjunções aditivas: e, nem, mas também, mas ainda, assim….como, bem como…
Exs.:
Eu e minha esposa almoçamos fora e fomos ao shopping
Não gosto de pimentão nem de batata-doce.
2. Oração coordenada sindética adversativa: exprime uma ideia de oposição à da outra oração. É obrigatório o uso de vírgula.
Algumas conjunções adversativas: mas, porém, todavia, ainda assim, no entanto, entretanto, contudo.
Exs.:
Eu queria jogar futebol, mas a minha perna ainda dói.
Eu estava indo a pé, porém começou a chover
3. Oração coordenada sindética alternativa: exprime ideia de opção, de alternância em relação à outra oração. Nela também é obrigatório o uso de vírgula, entre as orações, mas se tiver só uma oração a vírgula é opcional.
Algumas conjunções alternativas: ou, ou…ou, nem…nem, seja...seja, ora… ora, quer… quer, já...já.
Exs.:
Faça o que seu pai mandou ou ficará de castigo
Quer jogar de manhã, quer jogar de tarde, não para de jogar futebol
Ora você está de bom humor, ora está de mau humor.
4. Oração coordenada sindética conclusiva: exprimem conclusão ou consequência de uma ideia relacionada à oração anterior.
A vírgula também é obrigatória.
Algumas conjunções conclusivas: logo, assim, portanto, por isso, por conseguinte, pois, de modo que, então, etc.
Exs.:
Fui mal na prova, portanto não vou passar no concurso.
Estudei muito, por isso devo passar no concurso.
5. Oração coordenada sindética explicativa: indicam uma justificativa ou uma explicação de uma ideia relacionada à oração anterior. É também obrigatório o uso da vírgula.
Algumas conjunções explicativas: que, porque e pois (antes do verbo), ou seja, isto é, …
Exs.:
Conseguiu passar no concurso, porque estudou muito.
Dê parabéns a ele, pois passou no concurso.
Vídeo: https://youtu.be/B0_1DnfejoM 
5.3 Relações de subordinação entre orações e entre termos da oração. 
	Período composto por subordinação: quando uma das orações(subordinada) depende sintaticamente da outra (principal) para fazer sentido.
Ex.: Não fui ao treino (oração principal), por que tinha aula (oração subordinada).
	A uma oração principal pode-se ligar sintaticamente três tipos de orações subordinadas: substantivas, adjetivas e adverbiais.
1 – Orações Subordinadas Substantivas
	As orações subordinadas substantivas normalmente são ligadas pelas conjunções integrantes “que” e “se”. Elas podem exercer nas frases funções de sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicado nominal e aposto, tendo assim, a mesma função de um substantivo.
	São seis as orações subordinadas substantivas.
1.1 – Oração subordinada substantiva subjetiva:
	Temos duas orações onde uma é a principal e a outra que inicia com as conjunções “que” ou “se” é a oração subordinada, que desempenha a função de sujeito para a oração principal.
Sujeito: Termo com qual o verbo concorda
	Para acharmos quais são as orações verificamos os verbos
Ex.:
Não era permitido que os meninos nadassem nesta piscina. (verbos permitir e nadar)
Sujeito na oração principal: Não tem
O “que” é a conjunção integrante que liga as orações.
Oração principal: “Não era permitido”
Oração subordinada substantiva subjetiva: “Que os meninos nadassem nesta piscina” (inicia sempre com a conjunção)
	É subjetiva porque tem a função de sujeito da oração principal
1.2 – Oração subordinada substantiva objetiva Direta:
	Temos duas orações onde uma é a principal e a outra que inicia com as conjunções “que” ou “se” é a oração subordinada, que desempenha a função de objeto direto para a oração principal.
Objeto direto: é um complemento verbal que, normalmente, não é acompanhado por preposição
	Para acharmos quais são as orações verificamos os verbos;
Todos desejamos que um dia seremos felizes (verbos desejar e ser)
Sujeito na oração principal: Todos
O “que” é a conjunção integrante que liga as orações.
Oração principal: “todos desejamos”
Oração subordinada substantiva objetiva direta: “que um dia seremos felizes” (inicia sempre com a conjunção)
O “Todos” é o sujeito da oração
	O que complementa o verbo desejar é “que todos um dia seremos felizes” que tem a função de objeto direto.
1.3 – Oração subordinada substantiva objetiva Indireta:
	Temos duas orações onde uma é a principal e a outra que inicia com uma preposição e as conjunções “que” ou “se” é a oração subordinada, que desempenha a função de objeto indireto para a oração principal.
Objeto indireto: É um complemento verbal que é acompanhado por preposição
Para acharmos quais são as orações verificamos os verbos
Ex. João não gosta de que o tratem como criança (verbos gostar e tratar)
Sujeito na oração principal: João
O “que” é a conjunção integrante que liga as orações.
Oração principal: “João não gosta”
Preposição: “de”
Oração subordinada substantiva objetiva indireta: “de que o tratem como criança”
	O que complementa o verbo gostar é “de que o tratem como criança” que tem a função de objeto indireto.
1.4 – Oração subordinada substantiva completiva nominal:
	Temos duas orações onde uma é a principal e a outra que inicia com uma preposição e as conjunções “que” ou “se” é a oração subordinada, que desempenha a função de complemento nominal para a oração principal.
Complemento nominal: É o termo da oração que é precedido por uma preposição para complementar o sentido de um substantivo abstrato, de um adjetivo ou de um advérbio, ou seja, para ter um sentido completo.
Para acharmos quais são as orações verificamos os verbos
Ex.: Eu tenho a esperança de que passarei no concurso (verbos ter e passar)
Sujeito na oração principal: eu
O “que” é a conjunção integrante que liga as orações.
Oração principal: “Eu tenho a esperança”
Preposição: “de”
Oração subordinada substantiva completiva nominal: “de que passarei no concurso”
1.5 – Oração subordinada substantiva predicativa
	Temos duas orações onde uma é a principal e a outra que inicia com as conjunções “que” ou “se” é a oração subordinada, que desempenha a função de predicativo do sujeito do verbo de ligação da oração principal. Aparece sempre depois do verbo ser.
Predicativo do sujeito: É o termo do predicado que tem a função de dar uma qualidade ao sujeito
Ex. A verdade é que ela sempre acerta as questões.
Oração principal: a verdade é
Verbo de ligação: é
Oração subordinada substantiva predicativa: que ela sempre acerta as questões
1.6 – Oração subordinada substantiva apositiva
	Temos duas orações onde uma é a principal e a outra que inicia com as conjunções “que” ou “se” é a oração subordinada, que desempenha a função aposto para a oração principal. Aparece sempre depois de dois pontos.
Aposto: é um termo que se une a outro para explicá-lo ou caracterizá-lo melhor
Ex. Todos querem apenas uma coisa: que sejamos felizes.
Oração principal: todos queremos apenas uma coisa
Oração subordinada substantiva apositiva: que sejamos felizes
2 – Orações Subordinadas Adjetivas
	Temos duas orações onde uma é a principal e a outra que inicia com um pronome relativo é a oração subordinada, que dá uma característica para a oração principal.
Pronome relativo: É um pronome que substitui um termo da oração anterior e estabelecem relação entre duas orações (que, quem, onde, cujo, o qual, a qual, os quais, as quais, quando, quanto…)
São duas as orações subordinadas adjetivas:
2.1 – Orações Subordinadas Adjetivas restritiva: é aquela que restringe o sentido do substantivo para um ser único e não pode ser isolada por vírgulas e inicia com pronome relativo.
Ex.: Toda verdura que é verde é rica em fibras
Oração principal: toda verdura é rica em fibras
Oração subordinada adjetiva restritiva: que é verde.
2.2 – Orações Subordinadas Adjetivas explicativa: ela explica dando mais informações e detalhes ao que se encontra no texto. Sempre está entre vírgulas e inicia com pronome relativo.
A oração principal é o restante da oração.
Ex.: O professor Leandro, que é o professor de história, está doente.
Oração principal: o professor Leandro está doente
Pronome relativo: que
Oração subordinadaadjetiva explicativa: que é o professor de história
3 – Orações Subordinadas Adverbiais: são orações que exercem a função de adjunto adverbial do verbo, tendo a mesma função que um advérbio na estrutura da oração. Ela traz uma circunstância para a oração principal.
Adjunto adverbial: É o termo da oração que indica uma circunstância.
Advérbio: É uma palavra que indica as circunstâncias em que ocorre a ação verbal
São iniciadas por conjunções ou locuções conjuntivas.
São relacionadas de acordo com a circunstância que apresentam
Temos nove orações subordinadas adverbiais:
3.1 – Orações subordinadas adverbiais causais: aponta a causa da ação exposta na oração principal.
Conjunções causais: que, porque, porquanto, visto que, já que, uma vez que, como…
Ex. Ele saiu rapidamente porque estava atrasado
Conjunção causal: porque
Estava atrasado é a causa dele sair rapidamente
3.2 – Orações subordinadas adverbiais consecutivas: aponta a consequência do que ocorreu na oração principal.
Conjunções consecutivas: que (precedido de tal, tão, tanto, tamanho), que, de forma que, de modo que…
Ex.: Cristina estudou tanto que ficou cansada.
Ficou cansada é a consequência de Cristina estudar tanto.
3.3 – Orações subordinadas adverbiais comparativas: expressa uma comparação com o acontecimento da oração principal.
Conjunções comparativas: como, mais do que, tal, tanto como, assim como, mais…que, bem como, que nem…
Ex.: Arthur mais joga do que estuda.
3.4 – Orações subordinadas adverbiais concessivas: aponta uma concessão ao que foi dito na oração principal, ou seja, passa uma ideia de contradição.
Conjunções concessivas: embora, conquanto, inobstante, não obstante, apesar de que, se bem que, mesmo que, posto que, ainda que, em que pese.
Ex. Embora não tenha jogado bem, eu venci a partida
Foi feito uma concessão a ele, ou seja, apesar de não ter jogado bem, ele conseguiu vencer a partida.
3.5 – Orações subordinadas adverbiais condicionais: aponta a condição para o que ocorreu ou não na oração principal.
Conjunções condicionais: se, a menos que, desde que, caso, contanto que, salvo se, exceto se, desde, a não ser que…
Ex. Se ele cumprir sua promessa, poderemos viajar amanhã
Se ele cumprir a promessa é a condição para eles poderem viajar.
3.6 – Orações subordinadas adverbiais conformativas: aponta a ideia de conformidade, ou seja, está de acordo com o que ocorreu na oração principal
Conjunções conformativas: Conforme, como, segundo…
Ex. Faço feijoada conforme a receita da minha mãe.
A feijoada está de acordo com a receita da mãe
3.7 – Orações subordinadas adverbiais temporais: aponta uma circunstância de tempo expresso na oração principal.
Conjunções temporais: Agora que, tanto que, quando, enquanto, sempre que, assim que, desde que, logo que…
Ex.: Fico alegre sempre que vou à casa de minha mãe.
3.8 – Orações subordinadas adverbiais finais: apresenta a intenção, o fim ou finalidade do que ocorre na oração principal.
Conjunções finais: a fim de que, para que, que, porque…
Ex.: estudei muitas vezes a matéria, para que não errasse nenhuma questão
3.9 – Orações subordinadas adverbiais proporcionais: expressa uma ideia de proporção com o que ocorre na oração principal.
Conjunções proporcionais: à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais… mais, quanto menos… menos…
Ex.: Ele vai ficando mais forte à medida que treina.
Vídeo complementar: https://youtu.be/XOeX8x7o8Jo 
5.4 Emprego dos sinais de pontuação. 
Vírgula(,)
	Emprega-se a vírgula (uma breve pausa):
	a) para separar os elementos mencionados numa relação:
Exemplos:
A nossa empresa está contratando engenheiros, economistas, analistas de sistemas e secretárias.
O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área de serviço e dois banheiros.
OBSERVAÇÃO
	Mesmo que o ‘e’ venha repetido antes de cada um dos elementos da enumeração, a vírgula deve ser empregada.
Exemplo: Rodrigo estava nervoso. Andava pelos cantos, e gesticulava, e falava em voz alta, e ria, e roía as unhas.
	b) para isolar o vocativo:
Exemplos:
Cristina, desligue já esse telefone!
Por favor, Ricardo, venha até o meu gabinete.
	c) para isolar o aposto:
Exemplos:
Dona Sílvia, aquela mexeriqueira do quarto andar, ficou presa no elevador.
Rafael, o gênio da pintura italiana, nasceu em Urbino.
	d) para isolar palavras e expressões explicativas (a saber, por exemplo, isto é, ou melhor, aliás, além disso etc.):
Exemplos:
Gastamos R$ 20.000,00 na reforma do apartamento, isto é, tudo o que tínhamos economizado durante anos.
Eles viajaram para a América do Norte, aliás, para o Canadá.
	e) para isolar o adjunto adverbial antecipado:
Exemplos:
Lá no sertão, as noites são escuras e perigosas.
Ontem à noite, fomos todos jantar fora.
	f) para isolar elementos repetidos:
Exemplos:
O palácio, o palácio está destruído.
Estão todos cansados, cansados de dar dó!
	g) para isolar, nas datas, o nome do lugar:
Exemplos:
São Paulo, 22 de maio de 1995.
Roma, 13 de dezembro de 2005.
	h) para isolar os adjuntos adverbiais:
Exemplos:
A multidão foi, aos poucos, avançando para o palácio.
Os candidatos serão atendidos, das sete às onze horas, pelo próprio gerente.
	i) para isolar as orações coordenadas, exceto as introduzidas pela conjunção e:
Exemplos:
Ele já enganou várias pessoas, logo não é digno de confiança.
Você pode usar o meu carro, mas tome muito cuidado ao dirigir.
Não compareci ao trabalho ontem, pois estava doente.
	j) para indicar a elipse de um elemento da oração:
Exemplos:
Foi um grande escândalo. Às vezes gritava; outras, estrebuchava como um animal.
Não se sabe ao certo. Paulo diz que ela se suicidou, a irmã, que foi um acidente.
	k) para separar o paralelismo de provérbios:
Exemplos:
Ladrão de tostão, ladrão de milhão.
Ouvir cantar o galo, sem saber onde.
	l) após a saudação em correspondência (social e comercial):
Exemplos:
Com muito amor,
Respeitosamente,
	m) para isolar as orações adjetivas explicativas:
Exemplos:
Marina, que é uma pessoa maravilhosa, levou todas as crianças para passear.
Vidas Secas, que é um romance contemporâneo, foi escrito por Graciliano Ramos.
	n) para isolar orações intercaladas:
Exemplos:
Não lhe posso garantir nada, respondi secamente.
O filme, disse ele, é fantástico.
Ponto(.)
	1. Emprega-se o ponto, basicamente, para indicar o término de uma frase declarativa de um período simples ou composto. Nesse caso, ele recebe o nome de ponto-final.
Exemplo:
Desejo-lhe uma feliz viagem.
A casa, quase sempre fechada, parecia abandonada, no entanto tudo no seu interior era conservado com primor.
	2. O ponto é também usado em quase todas as abreviaturas.
Exemplos:
fev. = fevereiro, hab. = habitante, rod. = rodovia.
Ponto e vírgula ( ; )
	Utiliza-se o ponto e vírgula para assinalar uma pausa maior do que a da vírgula, praticamente uma pausa intermediária entre o ponto-final e a vírgula. Geralmente, emprega-se o ponto e vírgula para:
	a) separar orações coordenadas que tenham certo sentido ou aquelas que já apresentam separação por vírgula:
Exemplo:
Criança, foi uma garota sapeca; moça, era inteligente e alegre; agora, mulher madura, tornou-se uma doidivanas.
	b) separar vários itens de uma enumeração:
Exemplo:
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III – pluralismo de ideias e de concepções, e coexistência de instituições públicas e privadas de
ensino;
IV – gratuidade do ensino em estabelecimentos oficiais;
(Constituição da República Federativa do Brasil)
Dois-pontos ( : )
	Os dois-pontos são empregados para:
	a) uma enumeração:
Exemplo:
Estirado no gabinete, evocou a cena: o menino, o carro, os cavalos, o grito, o salto que deu, levado de um ímpeto irresistível. (Machado de Assis)
	b) uma citação:
Exemplo:
Visto que ela nada declarasse, o marido indagou:
– Afinal, o que houve?
	c) um esclarecimento:
Exemplo:
Joana conseguira enfim realizar seu desejo maior: seduzir Pedro. Não porque o amasse,mas para magoar Lucila.
Observe que os dois-pontos são também usados na introdução de observações, notas ou exemplos.
Exemplos:
Observação: na linguagem coloquial pode-se aplicar o grau diminutivo a alguns advérbios: cedinho, longinho, melhorzinho, pouquinho etc.
Nota: a preposição per, considerada arcaica, somente é usada na expressão de per si (= cada um por sua vez, isoladamente).
Parônimos são vocábulos diferentes na significação e parecidos na forma. Exemplo: descriminar/discriminar.
	OBSERVAÇÃO: a invocação em correspondência (social ou comercial) pode ser seguida de dois-pontos ou de vírgula:
Exemplos:
Querida amiga:
Prezados senhores,
Ponto de interrogação (?)
	O ponto de interrogação é empregado para indicar uma pergunta direta.
Exemplos:
– O senhor não precisa de mim?
– Não, obrigado. A que horas janta-se?
Ponto de exclamação(!)
	1. O ponto de exclamação é empregado para marcar o fim de qualquer enunciado com entonação exclamativa, que normalmente exprime admiração, surpresa, assombro, indignação etc.
Exemplos:
– Viva o meu príncipe!
– Que bom que você veio!
	2. O ponto de exclamação é também usado com interjeições e locuções interjetivas:
Exemplos:
Oh!
Valha-me Deus!
Reticências(...)
	As reticências são empregadas para:
	a) assinalar interrupção do pensamento:
Exemplo:
– Bem; eu retiro-me, que sou prudente. Levo a consciência de que fiz o meu dever. Mas o mundo saberá... (Júlio Dinis)
	b) indicar trechos que foram suprimidos de um texto:
Exemplos:
O primeiro e crucial problema de linguística geral que Saussure focalizou dizia respeito à natureza da linguagem. Encarava-a como um sistema de signos (...). Considerava a linguística, portanto, com um aspecto de uma ciência mais geral, a ciência dos signos. (Mattoso Camara Jr.)
	c) marcar aumento de emoção:
Exemplo:
As palavras únicas de Teresa, em resposta àquela carta, significativa da turvação do infeliz, foram estas: “Morrerei, Simão, morrerei. Perdoa tu ao meu destino... Perdi-te... Bem sabes que sorte eu queria dar-te... e morro, porque não posso, nem poderei jamais resgatar-te”. (Camilo Castelo Branco)
Aspas(“”)
	As aspas são empregadas:
	a) antes e depois de citações textuais:
Exemplo:
Roulet afirma que “o gramático deveria descrever a língua em uso em nossa época, pois é dela que os alunos necessitam para a comunicação quotidiana”.
	b) para assinalar estrangeirismos, neologismos, gírias e expressões populares ou vulgares:
Exemplos:
O “lobby” para que se mantenha a autorização de importação de pneus usados no Brasil está cada vez mais descarado. (Veja)
Na semana passada, o senador republicano Charles Grassley apresentou um projeto de lei que pretende “deletar” para sempre dos monitores de crianças e adolescentes as cenas consideradas obscenas. (Veja)
Preso no “xilindró”, o prefeito perdeu o apoio da população.
Com a chegada da polícia, os três suspeitos “puxaram o carro” rapidamente.
	c) para realçar uma palavra ou expressão:
Exemplos:
Ele reagiu impulsivamente e lhe deu um “não” sonoro.
Aquela “vertigem súbita” na vida financeira de Ricardo afastou-lhe os amigos dissimulados.
Travessão(_)
	Emprega-se o travessão para:
	a) indicar a mudança de interlocutor no diálogo:
Exemplos:
— Que gente é aquela, seu Alberto?
— São japoneses.
— Japoneses? E... é gente como nós?
— É. O Japão é um grande país. A única diferença é que eles são amarelos.
— Mas, então não são índios? (Ferreira de Castro)
	b) colocar em relevo certas palavras ou expressões:
Exemplos:
Maria José sempre muito generosa — sem ser artificial ou piegas — a perdoou sem restrições.
Um grupo de turistas estrangeiros — todos muito ruidosos — invadiu o saguão do hotel no qual estávamos hospedados.
	c) substituir a vírgula ou os dois-pontos:
Exemplos:
Cruel, obscena, egoísta, imoral, indômita, eternamente selvagem, a arte é a superioridade humana — acima dos preceitos que se combatem, acima das religiões que passam, acima da ciência que se corrige; embriaga como a orgia e como o êxtase. (Raul Pompeia)
Parênteses(())
	Os parênteses são empregados para:
	a) destacar num texto qualquer explicação ou comentário:
Exemplo:
Todo signo linguístico é formado de duas partes associadas e inseparáveis, isto é, o significante (unidade formada pela sucessão de fonemas) e o significado (conceito ou ideia).
	b) incluir informativos sobre bibliografia (autor, ano de publicação, página etc.):
Exemplo:
Mattoso Camara (1977:91) afirma que, às vezes, os preceitos da gramática e os registros dos dicionários são discutíveis: consideram erro o que já poderia ser admitido e aceitam o que poderia, de preferência, ser posto de lado.
	c) indicar marcações cênicas numa peça de teatro:
Exemplos:
Abelardo I – Que fim levou o americano?
João – Decerto caiu no copo de uísque!
Abelardo I – Vou salvá-lo. Até já!
(sai pela direita). (Oswald de Andrade)
	d) isolar orações intercaladas com verbos declarativos, em substituição à vírgula e aos travessões:
Exemplo:
Afirma-se (não se prova) que é muito comum o recebimento de propina para que os carros apreendidos sejam liberados sem o recolhimento das multas.
Asterisco(*)
	O asterisco, sinal gráfico em forma de estrela, é um recurso empregado para:
	a) remissão a uma nota no pé da página ou no fim de um capítulo de um livro:
Exemplos:
Ao analisarmos as palavras sorveteria, sapataria, confeitaria, leiteria e muitas outras que contêm o morfema preso* -aria e seu alomorfe -eria, chegamos à conclusão de que esse afixo está ligado a estabelecimento comercial. Em alguns contextos pode indicar atividades, como em bruxaria, gritaria, patifaria etc.
* É o morfema que não possui significação autônoma e sempre aparece ligado a outras palavras.
	b) substituição de um nome próprio que não se deseja mencionar:
Exemplo:
O dr.* afirmou que a causa da infecção hospitalar na Casa de Saúde Municipal está ligada à falta de produtos adequados para assepsia.
Vídeo: https://youtu.be/VssUx7iozL0
5.5 Concordância verbal e nominal. 
	Concordância verbal é a concordância em número e pessoa entre o sujeito gramatical e o verbo. 
	Concordância nominal é a concordância em gênero e número entre os diversos nomes da oração, ocorrendo principalmente entre o artigo, o substantivo e o adjetivo.
Concordância em gênero indica a flexão em masculino e feminino.
Concordância em número indica a flexão em singular e plural. 
Concordância em pessoa indica a flexão em 1.ª, 2.ª ou 3.ª pessoa.
Exemplos de concordância verbal
· Eu li;
· Ele leu;
· Nós lemos;
· Eles leram.
Exemplos de concordância nominal
· O vizinho novo;
· A vizinha nova;
· Os vizinhos novos;
· As vizinhas novas.
Casos particulares de concordância verbal
Concordância com pronome relativo que
	O verbo estabelece concordância com o antecedente do pronome: sou eu que quero, somos nós que queremos, são eles que querem.
Concordância com pronome relativo quem
	O verbo estabelece concordância com o antecedente do pronome ou fica na 3.ª pessoa do singular: sou eu quem quero, sou eu quem quer.
Concordância com: a maioria, a maior parte, a metade,...
	Preferencialmente, o verbo estabelece concordância com a 3.ª pessoa do singular. Contudo, o uso da 3.ª pessoa do plural é igualmente aceitável: a maioria das pessoas quer, a maioria das pessoas querem.
Concordância com um dos que
	O verbo estabelece sempre concordância com a 3.ª pessoa do plural: um dos que ouviram, um dos que estudarão, um dos que sabem.
Concordância com nem um nem outro
	O verbo pode estabelecer concordância com a 3.ª pessoa do singular ou do plural: nem um nem outro veio, nem um nem outro vieram.
Concordância com verbos impessoais
	O verbo estabelece sempre concordância com a 3.ª pessoa do singular, uma vez que não possui um sujeito: havia pessoas, houve problemas, faz dois dias, já amanheceu.
Concordância com a partícula apassivadora se
	O verbo estabelece concordância com o objeto direto, que assume a função de sujeito paciente, podendo ficar no singular ou no plural: vende-se casa, vendem-se casas.
Concordância com a partícula de indeterminação do sujeito se
	O verbo estabelece sempre concordância

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