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Reações Adversas a Transfusão de Sangue

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Reações Adversas a Transfusão de Sangue 
 
Toda e qualquer intercorrência que 
ocorra como consequência da 
transfusão sanguínea, durante ou após 
a sua administração. 
➢ É um evento irreversível: 
benefícios x riscos 
➢ Ocorre em cerca de 10% dos casos 
➢ Causas: 
- Fatores relacionados a equipe 
hospitalar; 
- Fatores relacionados ao receptor 
- Fatores relacionados ao doador 
➢ Objetivo: 
- Reconhecimento de possíveis RT 
- Investigação e prevenção 
1 – TEMPO DE OCORRÊNCIA: Imediata ou 
Tardia 
II – STATUS IMUNOLÓGICO: Imunes e não 
imunes 
III- GRAVIDADE: Leve, moderada, grave e 
óbito 
➢ Febre e/ou calafrios 
➢ Náuseas com ou sem vômito 
➢ Dor no local da infusão 
➢ Alterações agudas da pressão 
arterial 
 
 
 
 
➢ Alterações respiratórias 
➢ Alterações cutâneas 
 
 
➢ Interromper a transfusão 
➢ Comunicar ao médico responsável 
➢ Conferir a identificação do 
hemocomponente e do receptor 
➢ Verificar os sinais vitais 
➢ Coletar e enviar as amostras 
sanguíneas do paciente junto com o 
hemocomponente para a avaliação 
➢ Registrar as ações no prontuário e 
notificar no serviço de hemoterapia 
 
➢ As reações transfusionais imediatas 
serão avaliadas e acompanhadas 
pelo serviço que realizou a 
transfusão 
➢ No caso de suspeita de reação 
hemolítica, serão coletadas novas 
amostras de sangue do receptor 
• Os testes pré-transfusionais 
serão repetidos com as 
amostras pré e pós-reação 
transfusional 
- Inspeção visual do soro ou plasma 
(hemólise) 
- Tipagem ABO e RhD 
- TDA 
- Prova de compatibilidade maior 
com o resíduo de hemácias da 
bolsa 
Conceito 
Classificação 
Sinais e Sintomas 
Condutas Iniciais 
Legislação 
- PAI 
➢ Os casos de suspeita de reação por 
contaminação microbiana ou TRALI 
serão comunicados ao serviço de 
hemoterapia produtor do 
hemocomponente para 
rastreamento dos prováveis 
doadores envolvidos 
• No caso de suspeita de 
contaminação microbiana é 
necessária cultura 
microbiológica da bolsa e do 
paciente 
• Os doadores 
associados/implicados com 
caso de TRALI serão 
liberados para doação de 
sangue total, mas não para 
plaquetas por aférese 
➢ Em caso de febre relacionada à 
transfusão, a mesma será 
interrompida imediatamente e o 
componente sanguíneo não será 
mais infundido no paciente 
➢ As complicações ou reações 
transfusionais tardias serão avaliadas 
e acompanhadas. 
Promove o direcionamento de ações 
que ampliem e aprimorem a 
segurança nas transfusões 
sanguíneas., com particular ênfase nos 
incidentes transfusionais. 
 O monitoramento inicia-se com a 
identificação das RT pelos serviços 
de saúde que realizam assistência 
hemoterápica. 
Ocorrem em até 24h depois de iniciada a 
transfusão 
➢ RT Hemolítica Aguda 
- Alta gravidade e mortalidade 
- Causa principal: Incompatibilidade 
ABO 
- Lise imunomediada de hemácias 
transfundidas 
- Morte associada a tx 
- Ac comuns: anti-A, anti-Kell, anti-
Jka, anti-Fya, *anti-Lea, *anti-Vel, 
*anti-P1. 
- Dor no tórax, no local de infusão, 
abdome/flancos, hipotensão grave, 
febre e hemoglobinúria. 
- Pode evoluir para IRA devido a: 
vasoconstricção, hipotensão 
sistêmica e formação de trombos. 
- A CIVD é uma complicação 
comum devido à circulação de 
estroma celular (hemólise), 
promovendo a ativação do Fator XII 
da coagulação. 
 
➢ Reação Febril Não Hemolítica 
(RFNH) 
- Causa principal: Ac do paciente 
contra Ag leucocitários do doador 
- Infusão de concentrado de 
plaquetas 
- Aumento da temp. corporal acima 
de 1ºC durante ou após a transfusão. 
- Liberação de interleucinas, 
citoquinas pró-inflamatórias. 
 
➢ Sepse relacionada à transfusão 
- Pode ser grave, com óbito, surge 
rapidamente durante transfusão ou 
em geral até 30 min. 
- Causa principal: Endotoxinas 
produzidas por bactérias capazes de 
crescer em temperaturas baixas 
(Pseudomonas sp, E. coli e Y. 
enterocolitica) e bactérias de pele 
(S. aureus). - Cultura 
- Qc: febres, calafrios, tremores e 
choque 
Hemovigilância 
RT Imediatas 
- Cuidado na seleção de doadores, 
coleta, punção e processamento e 
infusão. 
 
➢ Reações transfusionais alérgicas 
(urticariforme) 
- Hipersensibilidade cutânea 
- Causa: proteínas do plasma do 
doador reagindo com IgE, IgG do 
paciente; infusão de substâncias 
vasoativas: C3a, C5a, histamina, 
ativadores de mastócitos 
(leucotrienos) 
- Prevenção: remoção de plasma 
ou pré medicação 
- Eritema local, prurido, pápulas, 
“rash”, tosse, rouquidão, sem frebe 
e de intensidade que pode variar de 
leve a grave. 
 
➢ Reações anafilática e anafilactóides 
- Hipersensibilidade imediata 
- Causa: atribuída a deficiência de 
IgA, haptoglobina 
- A reação alérgica pode ser 
classificada em: 
a) Reação alérgica: lesões 
pruriginosas e urticariformes na 
pele; 
b) Reação anafilactoide: lesões 
pruriginosas e urticariformes na pele 
com sintomas de hipotensão, 
dispneia, estridor, sibilos pulmonares, 
diarreia e outros; 
c) Reação anafilática: evolução para 
hipotensão de difícil tratamento com 
perda de consciência 
- Prevenção: avaliar risco/benefício 
da Tx *CH lavados e sempre 
medicar. 
 
➢ TRALI (lesão pulmonar aguda 
relacionada à transfusão) 
- Edema pulmonar não 
cardiogênico, ocorre durante e até 
4-6h após transfusão 
- Causa: infusão de anticorpos anti 
HLA e/ou HNA, contidos no plasma 
de HC que reage contra Ag do 
receptor – transfusão de 
modificadores de resposta biológica 
- QC hipóxia, hipotensão, edema 
pulmonar bilateral melhora com 48 
a 96h 
- Diagnóstico: QC, RX, Ac anti HLA 
classe I e II e Ac neutrofílicos 
- Prevenção: Hc lavados e filtrados 
 
➢ Sobrecarga volêmica (TACO 
- Comum e evitável 
- Erro na prescrição ou infusão 
rápida do HC 
- Risco crianças, idosos, cardiopatas, 
falciforme, anemia severa 
- Causa: sobrecarga de volume 
- QC dispneia, hipertensão, edema 
periférico pulmonar 
- Tratamento: parar, sentar o 
paciente, diurético, sangria suporte 
ventilatório 
- Prevenção administração lenta do 
hemocomponente ou em alíquotas 
 
➢ Reação hipotensiva 
- Durante ou após a transfusão 
- Liberação de histamina 
- Filtros beira de leito 
- QC: mal estar, ansiedade e 
sudorese 
 
➢ Hipotermia 
- Infusão rápida de grande volume 
de HC resfriados: 
* Aumento da afinidade da 
Hemoglobina por O2 ➔  da 
oxigenação tecidual 
* Alteração da função plaquetária e 
a coagulação ➔ hipovolemia 
- Causa sensação de desconforto e 
calafrios 
 
 
➢ Embolia gasosa 
- HC administrado sob pressão ou 
entrou ar no sistema 
- QC: dispneia e cianose súbita, dor 
torácica, tosse, arritmia e hipotensão 
 
➢ Hemólise não imune 
- Desidratação ou formação de 
cristais de gelo ➔ lesão térmica 
- Contato com soro glicolisado, 
soluções hipotônicas ➔ lesão 
osmótica 
- Agulhas de calibre muito fino ➔ 
lesão mecânica 
 
➢ Distúrbio metabólico 
- Acometem os neonatos e 
principalmente os que receberam 
transfusão maciça 
- Pode desencandear 
* Toxicidade ao citrato ➔ 
bicarbonato ➔ alcalose 
* Hipocalcemia: transfusão maciça 
de sangue citratado 
* Hipercalemia: infusão rápida de 
várias unidades de sangue estocado 
➢ RT Hemolítica Tardia 
- Hemólise em indivíduos 
previamente aloimunizados, resposta 
amnéstica ao antígeno eritrocitário; 
transfundido 
- Ac resultantes da gravidez ou de 
transfusões anteriores (IgG) 
- Hemólise extravascular 
- QC:febre, icterícia, anemia 
- Monitorar diurese e função renal 
 
➢ Síndrome de hiperemólise 
- Ocorre lise das hemácias autólogas 
e alogênicas depois de 6-10 dias da 
transfusão 
- Mecanismos multifatoriais 
- Encontrada principalmente em 
falciformes, pode ser evidenciada na 
talassemia, mielofibrose, leucemia e 
outras. 
- Pode evoluir para óbito 
- Desenvolvimento de aloanticorpos 
antieritrócitários com ativação do 
sistema complemento com 
supressão da eritropoese 
- Anticorpos do sistema HLA contra 
proteínas plasmáticas, ou contra 
antígenos do sistema complemento➢ Púrpura Pós-transfusional (PPT) 
- Desenvolvimento de anticorpo 
antiplaquetário (anti-HÁ -1 a) 
- Ocorre devido a transfusão de 
hemocomponentes que contenham 
plaquetas 
- Queda na contagem plaquetária e 
presença de púrpura cerca de 5-10 
dias após a transfusão 
- Maior incidência em mulheres 
- Pode levar a óbito por 
sangramento no SNC 
- QC: Púrpura disseminada e 
sangramento da mucosa, TGI, anti-
HPA-1a 
- Imunoglobulina, lavagem de 
plaquetas 
 
➢ Refratariedade à transfusão de 
plaquetas (RP) 
- Incremento plaquetário inadequado 
após 2 transfusões consecutivas 
com concentrado de plaquetas 
recente (<75h de coleta) e ABO 
compatíveis. 
- Multifatorial 
- Não imune 
- Leucorredução dos CP diminui a 
incidência de RP 
 
 
RT Tardias 
➢ Doença do enxerto contra o 
hospedeiro pós transfusional (DECH-
PT) 
- Linfócitos funcionais no HC 
transfundido 
- Resistente à maioria das terapias 
aplicadas sendo frequentemente 
fatal. 
- QC: erupções cutâneas 
eritematosas pruriginosas 
- Exantema maculopapilar 
desenvolve-se a partir de regiões 
do tronco evoluindo para as 
extremidades 
- O “rash” pode evoluir para um 
eritroderma generalizado ou 
erupção bolhosa 
- Os testes de função hepática 
alteram-se com aumento incial das 
transaminases, seguido de elevação 
das bilirrubinas 
- Pode haver lesão hepatocelular 
extensa. 
 
➢ Sobrecarga de ferro 
- Múltiplas transfusões 
- Pacientes cronicamente 
transfundidos, especialmente 
portadores de hemoglobinopatias 
dependentes de transfusão. 
- Complicações + graves: falência 
hepática e toxicidade cardíaca 
- Tratamento: retirada de ferro, 
sem a redução da hemoglobina do 
paciente. (agentes de quelação do 
ferro) 
 
➢ Transmissão de doenças infecciosas 
- Virais 
- Parasitárias 
- Bacterianas