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Os vírus são formados por uma cápsula proteica, o capsídeo, com diversas subunidades, os capsômeros. No interior do capsídeo há um ácido nucleico que, pode ser, DNA, RNA ou os dois juntos, no caso do citomegalovírus. Existem glicídios e lipídios nos tipos mais complexos de vírus. Nucleocapsídeo: é o capsídeo junto com o ácido nucleico. Alguns vírus podem ser formados apenas por essa estrutura, enquanto outros possuem um envoltório ou envelope externo ao nucleocapsídeo. Esses vírus são denominados vírus encapsulados ou envelopados. Os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios, multiplicam-se dentro de células vivas O envelope é formado por duas camadas de lipídios, derivadas da membrana plasmática da célula hospedeira, e por moléculas de proteínas virais, especídicas para cada tipo de vírus, imersas nas camadas de lipídios. Vírion: partícula viral completa (ácido nucléico + capsídeo protéico), serve como veículo na transmissão de um hospedeiro para o outro. Viroides: partícula viral de RNAss de cadeia simples. Ex: PSTVd-plantas. Virusóides: partícula viral que precisa de outros vírus. Ex: Hepatite D precisa da Hepatite B. Príons: Proteínas infecciosas. Ex: Encefalopatia infecciosa. Os vírus apresentam formas verdadeiras, e os principais critérios de classificação são: Os tipos de ácidos nucleicos: diferenciam- se os desoxirribovírus e os ribovírus. A simetria do complexo ácido nucleico- nucleocapsídeo (exemplos: bastonete ou esférico). Presença ou ausência de um envoltório. Propriedades sorológicas da cápside e do envoltório. Presença de determinadas enzimas, como neuraminidade, polimerase, transcriptase reversa etc. Vírus Segundo Dietrich Falke, em Virologia (Sao Paulo: Edusp,1979), ha cerca de sete protótipos estruturais entre os desoxirribovirus e, aproximadamente, nove protótipos para os ribovirus. Ribovirus: VMT, picornavirus, mixovirus, rabdovirus, togavirus, oncornavirus, arenavirus, reovirus, rotavirus. Desoxirribovirus: colifagos da serie “fd”, adenoviru e papovirus, herpes-virus, poxivirus, T-bacteriofagos, bacteriofago, parvovirus. Os vírus possuem variedade de padrões, e sem critérios para sua classificação. Ha outros aspectos importantes, como o fato de que apenas alguns rinovírus apresentam a enzima transcriptase reversa e são conhecidos como retrovírus; ou o fato de que a maioria dos bacteriófagos apresentam DNA, mas há exceções com RNA. Arbovírus: vírus transmitido por artrópodes. Hantavírus: é uma classe de vírus transmitidos por ratos. No interior de outras células os vírus apresentam características de seres vivos. Fara delas, não apresentam essas características e permanecem inertes, capazes até de cristalizar-se, como alguns minerais. São considerados parasitas intracelulares obrigatórios, se reproduzem apenas por invasão e possessão do controle da maquinarias de autorreprodução celular. Parasita: organismo que se aproveita dos recursos de outro ser vivo, hospedeiro, para sobreviver. Bacteriófago: ou fago, são aqueles que infectam procariontes. Micófagos: infectam apenas fungos. No ciclo lítico, o vírus invade a bactéria, que tem suas funções normais interrompidas devido a presença do acido nucleico do vírus (DNA ou RNA). Ao mesmo tempo em que o vírus e replicado, ele comanda a síntese das proteínas que irão compor o capsídeo. Os capsídeos organizam-se e envolvem as moléculas de acido nucleico, produzindo, então, novos vírus. Ocorre, assim, a lise, ou seja, a célula infectada se rompe e os novos bacteriofagos são liberados. Os vírus que se reproduzem dessa maneira em organismos multicelulares causam sintomas que aparecem imediatamente. No ciclo lisogênico, ao invadir a célula hospedeira, o vírus incorpora seu próprio DNA ao da célula infectada, fazendo com que o DNA viral se torne parte do DNA da célula invadida. Uma vez infectada, a célula continua com suas funções normais, como reprodução e ciclo celular. Ao realizar a divisão celular, o DNA da célula sofre duplicação, juntamente com o DNA do vírus que foi incorporado. Em seguida, os materiais genéticos são divididos igualmente entre as células-filhas. Assim, uma vez infectada, uma célula começará a transmitir o vírus sempre que se multiplicar, e todas as novas células também estarão infectadas. Os sintomas causados por um vírus de ciclo lisogênico demoram para aparecer em um organismo multicelular, e suas causas tendem a ser incuráveis. E o caso da AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – em português: SIDA) e da herpes. Atualmente, uma aplicação importante dos vírus ocorre na área de biotecnologia. O bacteriófago e um tipo especifico de vírus que infecta bactérias, utilizando-as como vetor para a transmissão de material genético para uma célula. Esse processo esta envolvido na produção de insulina in vitro por bactérias. Os processos variam de acordo com o ácido nucleico. Quando o material genético for DNA: O DNA viral passa por uma transcrição, sintetizando várias moléculas de RNA traduzidas em uma proteína. É o caso dos vírus da varíola, da hepatite e da herpes. Quando o material genético for o RNA A ação viral pode ocorrer de duas maneiras, dependendo do vírus. Na primeira, os vírus de RNA sintetizam mais RNA traduzido em proteínas pelo maquinário da célula hospedeira, como o vírus da gripe, da poliomielite e da raiva. Na segunda, o RNA e convertido em DNA por meio de uma enzima denominada transcriptase reversa. A partir desse acido nucleico, incorporado ao material genético da célula parasitada, são produzidos vários RNA traduzidos em proteínas que atuam no controle metabólico do hospedeiro, como o vírus da AIDS. A grande parte dos vírus de plantas possui material genético do tipo RNA e não envelopado. Porém, existem em menor quantidade com DNA e vírus envelopados de RNA que parasitam vegetais. Cerca de 400 tipos de vírus afetam a fertilidade das plantas economicamente importantes. Um dos vírus de plantas mais estudados é o vírus do mosaico do tabaco (TMV), devido sua organização simplificada e da compreensão de seu ciclo de vida. Ele provoca o aparecimento de manchas de coloração esverdeada ou amarelada na superfície das folhas. Os efeitos mais comuns das infecções virais nas plantas são o surgimento de manchas em folhas, flores e frutos e o declínio na taxa de crescimento. As videiras (Vitis spp.) apresentam cerca de 50 doenças de origem viral. Essas doenças atingem as folhas (causando enrolamento das bordas foliares), causam manchas e necrose (apodrecimento de tecidos) de nervuras, entre outros efeitos que podem ocasionar o não amadurecimento das uvas e o definhamento progressivo da planta. Uma bactéria lisogênica pode transformar-se em não lisogênica e inicia o ciclo lítico sob determinadas condições naturais e artificiais, como radiações ultravioleta, raios –X ou determinados agentes químicos. Agente etiológico: Influenza da família ortomizovírus. Possui três subtipos A,B e C. Sendo o A e B mais comuns entre seres humanos. Os vírus se modificam constan- temente, não existem fármacos 100% eficazes a seres utilizados no tratamento da doença. De acordo com a OMS são desenvolvidas vacinas contra os tipos de gripes existentes. Profilaxia: lavar as mãos com frequência, não levar as mãos á boca, aos olhos ou ao nariz, evitar o contato direto com pessoas gripadas oi que estejam tossindo e espirrando, evitar aglomerações e ambientes fechados, manter o ambiente doméstico arejado, dormir pelo menos seis horas por dia, ter uma boa alimentação, ingerir líquidos frequentemente e praticas atividade física. Hepatite A: O vírus éenvelopado. Seu agente etiológico: Vírus da Hepatite A – VHA. E tem como forma de transmissão ocorre por meio de ingestão de água e alimentos que contêm o vírus. Seus sintomas: inflamação do fígado, febre, pele e olhos amarelados (icterícia), náuseas, vômitos. Seu tratamento se dar por medicamentos que reduzem os sintomas, geralmente o sistema imune consegue eliminar o vírus. Profilaxia: educação sanitária e saneamento básico. Hepatite B e C: Agente Etiológico: Vírus da Hepatite B e C. Forma de transmissão: Contato com o sangue de pessoas contaminadas. Geralmente o contágio se dá por contato sexual, compartilhamento de seringas e transfusão de sangue. Seus sintomas são inflamação no fígado, dores de cabeça e no corpo, pele e olhos amarelados (icterícia) , náuseas e vômitos. Tratamento: utilização de medicamentos que inibem a ação viral. Profilaxia: vacina – hepatite B. Medicamentos antivirais Hepatite C – uso de preservativos nas relações sexuais, controle dos bancos de sangue, utilizar seringas descartáveis e não as compartilhar. A Hepatite C se não for tratada rapidamente pode evoluir para um quadro de cirrose. Formas de transmissão são o contato direto ou com objetos contaminados. Acabas e manifestando por pequenas feridas na pele ou mucosas. Quando afeta a região genital é denominada herpes genital, e é considerada uma doença sexualmente transmissível (IST). Transmitida por gotículas de saliva, ingestão de água ou alimentos contaminados. O doente tem seu sistema nervoso e musculatura afetados. Pode causar paralisia infantil. Existem vacinas para essa doença. É causada pelo agente etiológico poliovírus. A doença permanece endêmica em três países: Afeganistão, Nigéria e Paquistão. Agente etiológico: Vírus do sarampo (Maesles morbillivirus) Forma de transmissão: Vias aéreas (oral e respiratória); contato pessoa-pessoa; contato com objetos contaminados com o vírus. Sintomas: - Febre alta - Tosse seca - Aparecimento de manchas vermelhas pelo corpo. Tratamento: não possui. Geralmente o sistema imune consegue eliminar o vírus. Profilaxia: Vacinação na infância (tríplice viral). Agente etiológico: Varicela zoster Forma de transmissão: vias aéreas (oral e respiratória); contato pessoa – pessoa; contato com objetos contaminados com o vírus. Sintomas: - Lesões na pele que causam ardor e coceira. - Em crianças: cataporas ou varicela - Em adulto: cobreiro. Tratamento: não possui, geralmente o sistema imune consegue eliminar o vírus. Profilaxia: vacinação na infância, evitar contato com pessoas contaminadas. – Agente etiológico: Vírus da febre amarela (Flavivírus – Vírus de RNA) Agente vetor: Aedes aegypti - ambiente urbano Haemagogos – ambiente silvestre Hospedeiros vertebrados: macacos e roedores (ambiente silvestre), homem (quando este invade o ambiente silvestre sem vacinação prévia). Transmissão: mosquito Hemagogos, contaminado em regiões endêmicas, que no Brasil, se referem as regiões Norte e Centro- Oeste. Sintomas: Icterícia (cor amarela) • Hemorragia (vômito escuro) • Insuficiência renal aguda (albuminúria intensa) • Febre de início súbito, com duração máxima de 12 dias • Calafrios • Dor de cabeça intensa, • Dores musculares, • Prostração Forma greve (50% dos infectados) Danos endoteliais (microtromoses) Anóxia Tissular Choque – Agente etiológico: Epstein-Barr, da família Herpesviridae Formas de transmissão: Também conhecida como a doença do beijo, a mononucleose costuma acometer os adolescentes, quando despertam para a vida sexual, pois tem pico de incidência entre os15 e os 25 anos, ou seja, entre adolescentes e adultos muito jovens. Provoca febre, enfartamento dos gânglios do pescoço e das axilas, comprometimento do fígado e do baço, pálpebras inchadas, entre outros sintomas. Excepcionalmente, pode ser transmitido por transfusão de sangue, e mais excepcionalmente ainda, por via transplacentária, se a gestante adquirir o vírus durante a gravidez. Agente etiológico: Vírus da raiva Forma de transmissão: Contato com a saliva de animais (mamíferos) doentes, principalmente através de mordidas. • Ambiente urbano: cães e gatos. • Ambiente rural: morcegos hematófagos. Sintomas nos animais doentes: Encefalite, agressividade excessiva, aumento da salivação, incapacidade de deglutição (hidrofobia). Sintomas no homem: Insônia, dor de cabeça, convulsões, salivação excessiva, febre, espasmo dos músculos da glote, dificuldade de deglutição (hidrofobia). Profilaxia: Não possui cura. Vacinação dos animais domésticos. Vacina anti-rábica para seres humanos. Agente etiológico: Vírus da dengue (Falvivírus) Forma de transmissão: através da picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti e Aedes abopictus. Sintomas: dores lombares, tonteiras, desmaios e febre aguda. A dengue é uma doença causada por quatro diferentes sorotipos (DENV 1, DENV 2, DENV 3 e DENV 4) . Na forma hemorrágica(DENV 3), além dos sintomas acima, ocorre alterações no sistema de coagulação sanguínea onde pequenos vasos podem sangrar na pele e em órgãos internos, levando a hemorragias. Tratamento: remediar sintomas, a aspirina é contraindicada por interferir na coagulação sanguínea. Profilaxia: eliminação de criadores do mosquitos (objetos que acumulam água parada), utilização de inseticidas e repelentes. Agente etiológico: Vírus da parótida infecciosa. Forma de transmissão: vias aéreas (oral e respiratória); contato pessoa-pessoa; contato com objetos contaminados com vírus. Sintomas: aumento das glândulas parótidas (salivares). Tratamento: não possui. Profilaxia: vacinação (tríplice viral). Agente etiológico: Vírus da Rubéola. Forma de transmissão: vias aéreas (oral e respiratória); contato pessoa-pessoa; contato com objetos contaminados com vírus. Sintomas: surgimento de manchas vermelhas na pele. Tratamento: soro Profilaxia: vacinação (tríplice viral), exame pré- natal em mulheres grávidas. Vacinação de mulheres que estão no período fértil, mas que ainda não estão imunes ao vírus. Agente: Myxovirus influenza Transmissão: vias aéreas (oral e respiratória); contato pessoa-pessoa; contato com objetos contaminados com vírus. Sintomas: febres, calafrios, dores de cabeça e musculares. Tratamento: não existe, apenas medicamentos que aliviam os sintomas. Profilaxia: evitar contato com pessoas infectadas, evitar permanecer por longos períodos em ambientes fechados, vacina. Agente: Vírus influenza H5N1 Transmissão: contato direto com secreções de aves infectadas pelo vírus através do ar, água ou roupas contaminadas. Sintomas: febre alta, dores musculares, dificuldades e problemas respiratórios. Tratamento: não existe. Profilaxia: sacrificar todos os animais que possam estra contaminados.