Prévia do material em texto
12/07/2021 Avaliação Online 1: G.MAI.GPROJ.4 - Gestão de Projetos https://newtonpaiva.instructure.com/courses/11635/quizzes/26105?module_item_id=253623 1/8 Avaliação Online 1 Entrega 7 jun em 23:59 Pontos 15 Perguntas 10 Disponível 1 jun em 0:00 - 7 jun em 23:59 7 dias Limite de tempo 120 Minutos Tentativas permitidas 2 Instruções Este teste foi travado 7 jun em 23:59. Histórico de tentativas Tentativa Tempo Pontuação MAIS RECENTE Tentativa 1 8 minutos 15 de 15 Pontuação desta tentativa: 15 de 15 Enviado 7 jun em 16:23 Esta tentativa levou 8 minutos. Leia com atenção as orientações abaixo antes de iniciar esta prova: Serão permitidas duas tentativas para realizar esta avaliação, prevalecendo a maior nota. Programe-se para realizar suas avaliações com tranquilidade, pois você terá 120 minutos cronometrados (por tentativa) para conclusão e envio das respostas. Ao iniciar a avaliação o cronômetro não para, independentemente da plataforma estar aberta ou não; Durante a realização da prova: Será exibido uma questão por vez, podendo “Avançar” ou “Voltar” quando necessário dentro do período da tentativa; A tentativa somente será contabilizada após clicar no botão “Enviar”. 1,5 / 1,5 ptsPergunta 1 A palavra “projeto” aparece sempre em campos diferentes no atual contexto social e com expressões múltiplas e bem características de nossa época. Desse modo, de acordo com o nosso material de estudos e, em conformidade como o PMBOK, o que é um projeto? https://newtonpaiva.instructure.com/courses/11635/quizzes/26105/history?version=1 12/07/2021 Avaliação Online 1: G.MAI.GPROJ.4 - Gestão de Projetos https://newtonpaiva.instructure.com/courses/11635/quizzes/26105?module_item_id=253623 2/8 Um esforço rotineiro empreendido para criar um produto, serviço ou resultado duradouro Um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado único Correto!Correto! Um esforço rotineiro empreendido para criar um produto, serviço ou resultado temporário Um esforço rotineiro empreendido para criar um produto, serviço ou resultado único Um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado duradouro 1,5 / 1,5 ptsPergunta 2 Um dos mais importantes documentos e o primeiro a ser declarado para formalizar a abertura de um projeto, em que reconhece a autoridade do gerente autorizando o início das atividades na organização é: Declaração do Escopo do Produto Plano de gerenciamento do Escopo Termo de ciência e autonomia Project Charter Correto!Correto! Declaração do Escopo do Projeto 12/07/2021 Avaliação Online 1: G.MAI.GPROJ.4 - Gestão de Projetos https://newtonpaiva.instructure.com/courses/11635/quizzes/26105?module_item_id=253623 3/8 1,5 / 1,5 ptsPergunta 3 Baseando-se no conceito estudado, “O gerenciamento de projeto consiste basicamente em um empreendimento temporário para criar um produto e/ou serviço único, aplicando-se conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do projeto.”, pode-se concluir que o gerenciamento de projetos permite: Construir um porto marí�mo.Correto!Correto! Produção lucra�va de petróleo. Fornecer instalações para controle logís�co. Administrar uma indústria. Fornecer suprimento de água constante. Gabarito: D: A alterna�va correta é a letra D, pois o projeto consiste em um empreendimento temporário, a construção de um porto marí�mo é temporário, uma vez entregue a sua administração torna-se a�vidade con�nua, com as outras opções apresentadas.Feedback 1,5 / 1,5 ptsPergunta 4 O bom entendimento dos fatores críticos de sucesso e fracasso de um projeto colabora para a segurança dos resultados. Ao considerar as fases do CVP – Ciclo de vida do projeto, na fase de crescimento devemos: Acreditar na mudança 12/07/2021 Avaliação Online 1: G.MAI.GPROJ.4 - Gestão de Projetos https://newtonpaiva.instructure.com/courses/11635/quizzes/26105?module_item_id=253623 4/8 Contribuir com a mudançaCorreto!Correto! Adaptar às mudanças Avaliar a necessidade de mudança Mitigar as mudanças 1,5 / 1,5 ptsPergunta 5 Para o desenvolvimento assertivo de um escopo é importante a busca mais precisa dos requisitos para o projeto, e para isso é possível utilizar-se de métodos que permitem a coleta de vários requisitos. Uma destas metodologias, geralmente, trabalhadas em grupo, “consiste na geração de ideia sem restrições. Qualquer pensamento relacionado ao projeto deve ser coletado”. A metodologia descrita é chamada de: Mapa Mental Pesquisa qualitativa Tempestade de ideias – sessões de Brainstorm Correto!Correto! Classificação Técnica Delphi 1,5 / 1,5 ptsPergunta 6 A descrição dos requisitos do projeto permite o maior detalhamento das atividades, como também a previsão de recursos e tempo para orçamentos e prazos de execução. O plano de atividades é composto por: 12/07/2021 Avaliação Online 1: G.MAI.GPROJ.4 - Gestão de Projetos https://newtonpaiva.instructure.com/courses/11635/quizzes/26105?module_item_id=253623 5/8 Não é necessário documentação. Orçamento do Projeto. Padrões e requisitos de qualidade. Correto!Correto! Descrição, especificações de quantidade e qualidade. Limites financeiros disponíveis. 1,5 / 1,5 ptsPergunta 7 Qual é o nome do documento que é considerado como CONTRATO/MINUTA do projeto? Plano de Atividades Termo de Abertura de Projeto Correto!Correto! Declaração do escopo Plano de Materiais e mercadorias Plano mestre A TAP - Termo de Abertura do Projeto é conhecida como Contrato/Minuta e tem o poder de empossar o gerente de projetos, atribuindo responsabilidades e designações ao mesmo. 1,5 / 1,5 ptsPergunta 8 12/07/2021 Avaliação Online 1: G.MAI.GPROJ.4 - Gestão de Projetos https://newtonpaiva.instructure.com/courses/11635/quizzes/26105?module_item_id=253623 6/8 Considerando o CPM – Método do Caminho Crítico, analise a imagem da rede PERT e visualize os possíveis caminhos. Verificando a duração das atividades de cada um deles, você encontrará um caminho provável, um caminho otimista e o caminho crítico. Na sequência, marque a alternativa CORRETA para o trajeto que revela o caminho crítico. Caminho 5 = A,C,G,J Caminho 3 = A,C,I,L Caminho 1 = A,B,F,K Caminho 2 = A,C,H,K Caminho 4 = A,D,E,J Correto!Correto! 1,5 / 1,5 ptsPergunta 9 Considerando alguns dos importantes itens da lista de verificação do Escopo do Projeto, quando nos referimos para um item de verificação em particular, que geralmente, aparece no cronograma do projeto e é chamado de MARCO, estamos falando que: Mostra as falhas que podem levar a falsas expectativas e ao dispêndio de recursos e tempo no problema errado. 12/07/2021 Avaliação Online 1: G.MAI.GPROJ.4 - Gestão de Projetos https://newtonpaiva.instructure.com/courses/11635/quizzes/26105?module_item_id=253623 7/8 São atividades relacionadas ao escopo e terminam com a revisão junto com o cliente. É um evento significante do projeto, que ocorre em um momento específico. Correto!Correto! Define as entregas mais importantes – os produtos mais esperados durante o ciclo de vida do projeto. Quase sempre um produto ou serviço terá requisitos técnicos para garantir o desempenho apropriado. 1,5 / 1,5 ptsPergunta 10 Para um melhor detalhamento do escopo do projeto, utilizamos? Project Charter Plano Mestre Diagrama de Precedência EAP (Estrutura Analítica de Processos)Correto!Correto! Fluxograma de processos A EAP permite este maior detalhamento das atividades, desde todas as atividades necessárias, permite a visão do escopo em cada etapa, sendo assim, uma vez aprovada é a principal referência do escopo do projeto. 12/07/2021 Avaliação Online 1: G.MAI.GPROJ.4 - Gestão de Projetos https://newtonpaiva.instructure.com/courses/11635/quizzes/26105?module_item_id=253623 8/8 Pontuação do teste: 15 de 15 12/07/2021 Avaliação Online 2: G.MAI.GPROJ.4 - Gestão de Projetos https://newtonpaiva.instructure.com/courses/11635/quizzes/26265?module_item_id=2551241/7 Avaliação Online 2 Entrega 14 jun em 23:59 Pontos 20 Perguntas 10 Disponível 8 jun em 0:00 - 14 jun em 23:59 7 dias Limite de tempo 120 Minutos Tentativas permitidas 2 Instruções Este teste foi travado 14 jun em 23:59. Histórico de tentativas Tentativa Tempo Pontuação MAIS RECENTE Tentativa 1 23 minutos 20 de 20 Pontuação desta tentativa: 20 de 20 Enviado 14 jun em 22:36 Esta tentativa levou 23 minutos. Leia com atenção as orientações abaixo antes de iniciar esta prova: Serão permitidas duas tentativas para realizar esta avaliação, prevalecendo a maior nota. Programe-se para realizar suas avaliações com tranquilidade, pois você terá 120 minutos cronometrados (por tentativa) para conclusão e envio das respostas. Ao iniciar a avaliação o cronômetro não para, independentemente da plataforma estar aberta ou não; Durante a realização da prova: Será exibido uma questão por vez, podendo “Avançar” ou “Voltar” quando necessário dentro do período da tentativa; A tentativa somente será contabilizada após clicar no botão “Enviar”. 2 / 2 ptsPergunta 1 O índice de Rentabilidade Líquida – IL para um projeto com investimento de R$ 40,000 no ano zero, retornando R$ 15,000 anualmente durante quatro anos, considerando uma taxa de desconto de 12,75% a.a., é de: 10,55% https://newtonpaiva.instructure.com/courses/11635/quizzes/26265/history?version=1 12/07/2021 Avaliação Online 2: G.MAI.GPROJ.4 - Gestão de Projetos https://newtonpaiva.instructure.com/courses/11635/quizzes/26265?module_item_id=255124 2/7 11,76% 12,12%Correto!Correto! 13,00% 14,01% 2 / 2 ptsPergunta 2 Qual é a expectativa em número de meses para PAYBACK DESCONTADO do projeto de 05 anos com investimento no ano zero de R$120000 e entradas de caixa para R$38000 nos 03 primeiros anos, R$34000 no quarto ano e R$ 29000 no último ano? Considere uma taxa de desconto de 5,0% a.a. 52 meses 48 meses 45 meses 43 meses Correto!Correto! 55 meses Investimento = 120.000,00 1º 38000 / 1.05 = 36190,48 = (83809,52) 2º 38000 / 1,05² = 34467,12 = (49342,40) 3º 38000 / 1,05³ = 32825,83 = (16516,57) 4º 34000 / 1,054 = 27971,88 = 11455,31 5ª 29000 / 1,055 = 22722,26 = 34177,57 Payback: (16516,57) / 27971,88 = 0,59 x 12 = 7,09 Payback = 3 anos e 7 meses = 43 meses 12/07/2021 Avaliação Online 2: G.MAI.GPROJ.4 - Gestão de Projetos https://newtonpaiva.instructure.com/courses/11635/quizzes/26265?module_item_id=255124 3/7 2 / 2 ptsPergunta 3 Qual é a quantia máxima aproximada que uma empresa deveria considerar em pagar por um projeto que retornará R$15.000 anualmente por 05 anos se a taxa de desconto é de 10,5%? R$ 62.540 R$ 56.142Correto!Correto! R$ 75.000 R$ 56.860 R$ 33.520 2 / 2 ptsPergunta 4 Sob a ótica da análise financeira do projeto, pode-se dizer que o VPL – Valor Presente Líquido proporciona? Nenhuma das alternativas Apuração do valor do dinheiro no tempo. Comparação à lucratividade de vários projetos. Correto!Correto! O retorno apurado. Ampliação da taxa de rentabilidade. 12/07/2021 Avaliação Online 2: G.MAI.GPROJ.4 - Gestão de Projetos https://newtonpaiva.instructure.com/courses/11635/quizzes/26265?module_item_id=255124 4/7 O VPL permite comparar a lucratividade de projetos, proporcionando, uma análise de um escritório de projetos, em qual projeto deve ser feito o investimento, utilizando-se de forma comparativa. 2 / 2 ptsPergunta 5 O indicador quantitativo de análise financeira do risco que traz a informação de tempo de recuperação do investimento é denominado: Valor Presente Líquido – VPL TIR – Taxa Interna de Retorno Índice de Lucratividade – IL Ponto de Equilíbrio financeiro Payback descontado Correto!Correto! O PAYBACK descontado proporciona uma análise no tempo, em relação ao retorno do investimento do projeto. 2 / 2 ptsPergunta 6 Durante o processo de identificação de riscos, percebemos que alguns riscos representam um determinado impacto, sendo assim, podemos afirmar os riscos de maior impacto representam um volume de: 30% 12/07/2021 Avaliação Online 2: G.MAI.GPROJ.4 - Gestão de Projetos https://newtonpaiva.instructure.com/courses/11635/quizzes/26265?module_item_id=255124 5/7 40% 60% 50% 20% Correto!Correto! Os riscos de maior impacto, representam um menor volume, pois a maioria dos riscos têm médio e baixo impacto sobre o projeto. 2 / 2 ptsPergunta 7 Os riscos nem sempre são mensuráveis, devido a questões macroambientais em torno do projeto. Deste modo, é correto afirmar que risco externo é: Regulamentações governamentais Correto!Correto! Patrocinadores Mudança de gerente de projeto Mudança de escopo Equipe de Projeto As regulamentações governamentais, são ações que não podem ser controladas e muitas vezes é um risco diretamente ao projeto, por exemplo, uma regulamentação sobre importação e exportação, sendo que, o projeto é essencial esse processo, pode ser um risco e não é possível realizar a mensuração. 12/07/2021 Avaliação Online 2: G.MAI.GPROJ.4 - Gestão de Projetos https://newtonpaiva.instructure.com/courses/11635/quizzes/26265?module_item_id=255124 6/7 2 / 2 ptsPergunta 8 De forma geral, a comunicação ser um dos principais fatores de maior demanda de esforços, podendo ocupar até 90% do tempo do gerente de projeto em comunicação interpessoal interna com os integrantes das suas equipes. Em organizações cujo foco está estabelecido em projetos, o gerente de projeto consome seu maior tempo em comunicação: Interna com os stakeholders e externa com os shareholders. Externa com clientes e departamentos governamentais. Correto!Correto! Externa com fornecedores e áreas de afinidade. Externa com os fornecedores de soluções e interna com os clientes. Interna com clientes e departamentos governamentais. 2 / 2 ptsPergunta 9 É comum o uso de ferramentas de tecnologia da informação para facilitar o processo de comunicação entre os membros das equipes, gerentes e patrocinadores, o uso desta ferramenta proporciona para o projeto: Maior dificuldade de entendimento Proximidade da equipe com o projeto Local determinado para o projeto Custos mais elevados Conduzir reuniões com eficáciaCorreto!Correto! 12/07/2021 Avaliação Online 2: G.MAI.GPROJ.4 - Gestão de Projetos https://newtonpaiva.instructure.com/courses/11635/quizzes/26265?module_item_id=255124 7/7 O uso da tecnologia da informação permitem que as reuniões sejam mais eficazes, além de estimular a comunicação formal e a melhor integração de todos os membros da equipe de projeto com todos os interessados. 2 / 2 ptsPergunta 10 O recurso que visa evitar a falha na comunicação entre departamento e organização é a: Gráfico de Gantt Matriz de responsabilidadeCorreto!Correto! Rede de atividades Diagrama de Setas EAP A matriz de responsabilidades define o fluxo de comunicação e responsabilidade da equipe de projeto, de forma a evita falha da comunicação entre o departamento e organização. Pontuação do teste: 20 de 20 Gestão de Projetos 1ª edição 2017 Gestão de Projetos 3 Palavras do professor A Gestão de Projetos é uma disciplina necessária e que está presente no nosso dia a dia em várias situações. Estudá-la é uma tarefa importante para facilitar as organizações a ter o entendimento claro da diferença das atividades rotineiras que são executadas dentro das organizações em relação a necessidades de novos produtos e/ou serviços a serem imple- mentados. As grandes dificuldades dentro das organizações são trabalhar projeto de forma separada das atividades rotineiras e de fato realizar separações e dedicações exclusivas. Com o entendimento do conteúdo de gestão de projetos, você terá mais facilidade em executar todas as etapas para identificar necessidades de melhorias dentro da organização, e da mesma forma oportunizar a cria- ção de um novo produto e/ou serviço padronizado e com início, meio e fim definidos. Aquele que tem conhecimento e formaçãona área poderá trabalhar nas organizações como gerentes de projetos e também como participantes, conseguindo realizar suas atividades cotidianas vinculadas à participação de forma efetiva em projetos que possam gerar resultados para as empre- sas. Além disso, você poderá aplicar teoria e prática em pequenos empreendi- mentos, utilizando as técnicas de gestão de projetos para projetos pesso- ais, educacionais e/ou corporativos. Convido todos a aprofundar esse assunto que hoje é muito utilizado e de grande importância dentro das organizações. 1 4 Unidade de estudo 1 Introdução ao Gerenciamento de Projetos Para iniciar seus estudos Nesta unidade vamos trabalhar os principais conceitos sobre a gestão de projetos, de forma a entender a importância dessa ferramenta de traba- lho. Objetivos de Aprendizagem • Apresentar os principais conceitos e objetivos do gerenciamento de projetos. 5 Gestão de Projetos | Unidade de estudo 1 – Introdução ao Gerenciamento de Projetos 1.1 Conceito de gerenciamento de projetos O gerenciamento de projeto consiste basicamente em um empreendimento temporário para criar um produto e/ou serviço único, aplicando-se conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do projeto. A gestão de projetos pode ser definida também como planejamento, programação e controle de determinada série de tarefas que integradas buscam atingir os objetivos com êxito. Da mesma forma o gerenciamento de projeto proporciona a uma empresa a melhora de sua eficiência e eficácia, de forma que o trabalho possa fluir de forma multidirecional dentro da organização. O gerenciamento também pode ser conceituado como uma imposição estratégica, fornecendo um conjunto de ferramentas para que os profissionais possam aprimorar suas habilidades de planejar, implementar e administrar atividades, buscando atingir os objetivos. Também conceitualmente é considerado um conjunto de ferramentas, uma forma de administrar com orienta- ção a resultados, podendo premiar pela colaboração entre as diferentes pessoas de uma equipe. O gerenciamento de projeto proporciona o entendimento da entrega de um produto e/ou serviço, e com sua utilização proporciona integrações em busca de um único objetivo, eliminando de fato as barreiras existentes em empresas que trabalham de forma setorizada. 1.2 Características comuns do projeto O projeto é um esforço único, complexo e não rotineiro, de forma limitada ao tempo, orçamento e recursos, com escopo bem definido. Assim, os projetos possuem características comuns, como: Figura1.1: Características de um projeto. São empreendimentos independentes Possuem propósitos e objetivos distintos São de duração limitada Datas determinadas para início e conclusão Recursos próprios Administração e estrutura administrativas próprias Legenda: Esquema das características comuns de projetos. Fonte: <http://br.123rf.com/photo_40504979_infographics.-as-engrenagens-de-comunicar-uns-com-os-outros..html?t erm=infographic&vti=mjvmb8dtdh5vwcd2jf>. 6 Gestão de Projetos | Unidade de estudo 1 – Introdução ao Gerenciamento de Projetos Dessa forma o projeto busca sempre o principal, que é a satisfação das necessidades de um cliente, por isso as características de um determinado projeto ajudam na diferenciação em relação a outros esforços de uma orga- nização. Com isso podemos determinar como principais características de projetos: • um objetivo estabelecido; • um período de validade definido, com início e fim; • geralmente o envolvimento de diversos departamentos e profissionais; • comumente a elaboração de algo nunca antes realizado; • tempo, custos e requerimentos de desempenho específicos. Para um melhor entendimento, em primeiro lugar os projetos possuem um objetivo definido, seja o lançamento de um software, seja a construção de uma casa, e objetivos específicos, que auxiliam no entendimento para alcançar o objetivo principal, permitindo a rotatividade de determinados recursos em vários projetos e de clientes diferentes. Em segundo lugar, a integração e colaboração das equipes. A maioria dos trabalhos são segmentados de acordo com uma especialidade funcional, porém em projetos a combinação dos esforços é fundamental, fazendo com que engenheiros, analistas financeiros, profissionais de marketing ou especialistas em controle de qualidade tra- balhem de forma integrada, assim todos respondem nesse caso a um único gerente de projetos. A terceira característica está atrelada a atividades não rotineiras, que da mesma forma possuem elementos úni- cos, podendo parecer um problema, mas não se forem consideradas como forma de solução de problemas iné- ditos utilizando-se de tecnologia de ponta. E, por fim, projetos requerem performance, custos e tempo, avaliados de forma constante sobre a entrega (escopo atendido), custos e tempo gastos, de forma que, em última análise, visam a satisfazer o cliente. Os projetos possuem uma diferença em comparação às atividades contínuas, conforme demonstrado no Quadro 1.1. Quadro 1.1 – Diferença entre projeto e atividades contínuas. PROJETO ATIVIDADES CONTÍNUAS Estabelecer um novo negócio. Administrar um negócio consolidado. Instalar um sistema de plataforma de micro-ondas. Fornecer instalações de controle de tráfego aéreo. Construir um novo porto marítimo. Operar um terminal oceânico. Introdução de controle de estoque computadorizado. Administração rotineira de estoque. Desenvolver uma concessão para exploração de minério. Produção lucrativa de minério. Construir uma usina nuclear. Fornecer suprimento constante de energia elétrica. Legenda: Projetos x atividades contínuas. Fonte: Keelling (2010, p. 5). 7 Gestão de Projetos | Unidade de estudo 1 – Introdução ao Gerenciamento de Projetos É de grande importância o entendimento da diferença das atividades contínuas de um pro- jeto, pois as atividades de projeto sempre têm um início e fim definido. Já as atividades con- tínuas podem sofrer constantes melhorias em suas execuções e/ou processos. A gestão de projetos surgiu por necessidades básicas devido a questões de mercado e concorrência entre as organizações, sendo, assim, alguns imperativos estratégicos. • Concorrência: os clientes esperam baixo custo e a utilização da gestão de projetos nos seus empreendi- mentos. • Padrões de qualidade: os clientes esperam alta qualidade, menos falhas e menos necessidade de manu- tenção. • Resultados financeiros: os clientes esperam que os fornecedores aceitem margens de lucro menores. • Preocupações legais: os clientes querem sistemas de gestão de projetos que estejam dentro dos limites e regulamentações legais. • Fatores tecnológicos: os clientes esperam a mais moderna tecnologia a preços razoáveis. • Preocupações sociais: os funcionários querem um sistema que lhes permita realizar mais trabalho em menos tempo, a fim de reduzir a necessidade de horas extras. • Fatores políticos: as empresas competem em uma economia global que necessita de processos uniformes de gestão de projetos. • Pressões econômicas: as empresas precisam realizar mais trabalho em menos tempo e a um custo menor para reduzir o impacto das taxas de câmbio e custo de empréstimos. • Preocupações dos acionistas: os acionistas querem crescimento interno e expansão externa mediante fusões e aquisições que precisam ser executadas rapidamente e a custos compatíveis com a realidade. Gerir um projeto oferece benefícios na sua utilização, destacando melhores controles e documentação ade- quada, além da definição de toda a documentação das suas atividades, objetivos e resultados a serem atingidos. 8 Gestão de Projetos | Unidade de estudo 1 – Introdução ao Gerenciamento de Projetos O Quadro 1.2 destaca as principais características e benefícios na Gestão de Projetos. Quadro 1.2 – Características e benefícios na gestão de projetos. CARACTERÍSTICAS DESCRIÇÃO Simplicidade de propósito. O projeto possui metas e objetivos facilmente entendidos. Clareza de propósitoe escopo. O projeto pode ser descrito claramente em poucos termos: seus objetivos, escopo, limitações, recursos, administração, qualidade de resultados e assim por diante. Controle independente. O projeto pode ser protegido do mercado ou de outras flutuações que afetam operações rotineiras. Facilidade de medição. O andamento do projeto pode ser medido por meio de sua comparação com metas e padrões definidos de desempenho. Flexibilidade de emprego. A administração do projeto pode empregar ou cooptar especialistas e peritos de alto padrão por períodos limitados, sem prejudicar os arranjos de longo prazo na lotação de cargos. Conduz a motivação e moral da equipe A novidade e o interesse específico do trabalho do projeto são atraentes às pessoas e leva à formação de equipes entusiásticas e automotivadas. Sensibilidade ao estilo de administração e liderança Embora às vezes capazes de autogestão, as equipes de especialistas automotivados reagem criticamente a certos estilos de liderança. Útil ao desenvolvimento individual Trabalhar com equipe de projeto eficiente favorece o desenvolvimento acelerado e a capacitação pessoal. Favorece a discrição e a segurança Os projetos podem ser protegidos de ação hostil ou atividade de informação para defesa, pesquisa, desenvolvimento de produto ou segurança de produtos sensíveis ao mercado ou de alto valor. Mobilidade Como entidades independentes, os projetos podem ser executados em locais remotos, países estrangeiros e assim por diante. Facilidade de distribuição A administração ou a condução de um projeto inteiro pode ficar livre de contrato, por exemplo, em um acordo BOT de construção, operação e transferência. Legenda: Descrição dos benefícios e características na Gestão de Projetos. Fonte: Keelling (2010, p. 5-6). 9 Gestão de Projetos | Unidade de estudo 1 – Introdução ao Gerenciamento de Projetos É a sigla para oferecer um pacote de serviços de expertise, sendo composto por construção, operação e transferência; em inglês Building, Operation and Transfer. Glossário Normalmente os projetos têm duração determinada, em que se podem classificar os proje- tos conforme seus prazos de execução. Os mais comuns são: • Curto prazo: um mês a um ano • Médio prazo: até dois anos • Longo prazo: mais de dois anos 1.3 Ciclo de vida de um projeto A duração do tempo do projeto é independente para o conceito do ciclo de vida do projeto, que permite o enten- dimento por completo de todas as suas etapas. O ciclo de vida do projeto proporciona a capacitação dos envolvidos para entender a sequência lógica dos even- tos, reconhecer limites ou “marcos” e saber em que ponto se encontra o projeto no “continuum” de atividades que se sucedem desde o início até o fim. Basicamente o ciclo de vida é dividido em quatro fases: • conceituação; • planejamento; • implementação (execução); • conclusão. 10 Gestão de Projetos | Unidade de estudo 1 – Introdução ao Gerenciamento de Projetos A Figura 1.2 demonstra a evolução do ciclo de vida e apresenta a relação do tempo e das finanças nas fases do ciclo de vida. Figura 1.2 – Volume e intensidade de atividades no ciclo de vida do projeto em relação ao tempo e aos recursos financeiros. Ciclo de vida Finanças Conceito Planejamento Recursos gastos Recursos a gastar Tempo disponível a partir do início do planejamento Tempo Implementação Conclusão Legenda: Evolução do ciclo de vida e relação do tempo e das finanças nas fases do ciclo de vida. Fonte: Keelling (2010, p. 16). A Figura 1.2 demonstra o relacionamento que existe em cada fase do ciclo de vida: na fase de conceito o tempo gasto é pouco, como na do planejamento, porém os recursos a gastar estão bem disponíveis e os recursos gastos acompanham em uma inversão os recursos a gastar, sendo utilizados gradativamente. A fase de implementação é a que demanda mais tempo de execução e utilização de recursos gastos. A disponi- bilidade de recursos a gastar vai caindo conforme a implementação é executada, da mesma forma o esforço de tempo é o mais exigido nessa fase. E, por fim, a fase de conclusão, que é o encerramento do projeto, com o tempo e os recursos finalizados conforme o projetado. De forma mais detalhada, cada fase do ciclo de vida tem os seguintes objetivos em sua concepção: • Conceituação: é o início de tudo, uma ideia ou necessidade de desenvolvimento de melhorias impor- tantes de um serviço ou produto, parte por duas premissas: a proposta do projeto (em que normalmente é necessária a busca por aprovação do corpo diretivo da organização, definindo justificativas, métodos propostos, custos e benefícios) e o estudo de viabilidade, podendo avaliar a utilidade, a viabilidade e o risco do projeto. 11 Gestão de Projetos | Unidade de estudo 1 – Introdução ao Gerenciamento de Projetos • Planejamento: formalmente é o início do projeto, os objetivos do projeto devem ser esclarecidos, e a estrutura e a administração do projeto serão planejadas. Da mesma forma nessa fase são feitas as análi- ses de progresso no ciclo de vida, normalmente com base no tempo e nos pontos estratégicos. • Implementação (execução): é a fase em que os planos são postos em operação e todas as atividades são monitoradas, controladas e executadas para alcançar os objetivos do projeto. • Conclusão: é o término do projeto; todas as partes burocráticas e o fechamento do projeto são entregues, juntamente com a sua finalização. A importância do ciclo de vida em relação ao tempo e aos gastos de recursos é demonstrada nas figuras 1.3 e 1.4. Qual a importância do tempo em cada fase? Como funciona a relação dos custos previstos e realizados em cada fase? Figura 1.3 – O ciclo de vida do projeto em relação ao tempo. Tempo remanescente Tempo gasto Legenda: – Ciclo da vida x tempo. Fonte: Keelling (2010, p. 18). 12 Gestão de Projetos | Unidade de estudo 1 – Introdução ao Gerenciamento de Projetos Figura 1.4 – O ciclo de vida do projeto, gastos cumulativos e recursos financeiros restantes. C P E T Recursos não gastos Gastos cumulativos Legenda: Ciclo de vida, gastos cumulativos e recursos financeiros do projeto. Fonte: Keelling (2010, p. 18). O ciclo de vida possui uma sequência lógica em sua execução, bem como todos os passos e funções a serem executadas (Figura 1.5): • Conceito: é a concepção do projeto, a ideia que surge ou necessidade por parte do cliente, fornecedor, sociedade, entre outros; • Proposta inicial: é a apresentação do projeto, já avaliada a possibilidade de implementação, com objetivos já definidos e que resultados possam alcançar; • Estudo de viabilidade e risco: de suma importância, pois nessa etapa são avaliados os custos e retornos e possíveis riscos na implementação do projeto; • Aceitação: uma etapa de decisão e/ou aprovação, para sequência do projeto; • Objetivos e plano mestre: início da documentação efetiva do projeto, quais os objetivos e como serão exe- cutados para atingir o cumprimento do projeto, avaliando prazo, custos e recursos; • Plano de atividades e recursos: de fato a etapa que demanda maior atenção, pois definem-se todas as ativi- dades do projeto e recursos necessários para a execução de cada atividade e/ou tarefa; • Exames dos contratos de recursos: é feita uma avaliação dos recursos de terceiros para os cumprimentos dos prazos estabelecidos no plano de atividades; 13 Gestão de Projetos | Unidade de estudo 1 – Introdução ao Gerenciamento de Projetos • Monitoração e controle da implementação: é a etapa que demanda mais tempo, de fato o início da execução do projeto, em que se tira a figura do papel e se inicia sua execução; • Análise e revisão do projeto: é necessário durante o monitoramento realizar constantes análises e possíveis ajustes (revisões), sempre comprometer a questão do tempo e recursos, buscando o atendimento aos objetivos estabelecidos; • Entrega: é a fase de encerramento de contratos com terceiros, revisão dos pontos principais e atividades ea finalização do projeto; • Avaliação e acompanhamento: é o aprendizado do projeto, são avaliados todos os pontos positivos e nega- tivos do projeto durante todo o processo de execução. Figura 1.5 – Sequência típica de eventos durante o ciclo de vida do projeto Conceito Aceitação Monitoração e controle da implementação Proposta Inicial Estudo de viabilidade e risco Análise e revisão do projeto Avaliação e acompanhamento Objetivos e plano mestre Plano de atividades e de recursos Exame dos contratos de recursos FASE DE PLANEJAMENTO FASE DE IMPLEMENTAÇÃO FASE DE CONCLUSÃO ConclusãoEntrega Legenda: Fluxo dos eventos durante o ciclo de vida de um projeto. Fonte: Keelling (2010, p. 19). A figura 1.5 apresenta em maior detalhamento as etapas do ciclo de vida do projeto, desde a fase de aceite até a conclusão. É importante ressaltar e perceber a importância das fases de planejamento e implementação, que são as que mais consomem tempo e recursos nesse ciclo. 14 Gestão de Projetos | Unidade de estudo 1 – Introdução ao Gerenciamento de Projetos 1.4 Principais fatores de atenção para fracasso e sucesso de um projeto. Durante o nascimento do projeto é de grande importância o entendimento do motivo por que alguns projetos têm sucesso ou fracasso. Existem diversos fatores. Estimativas insatisfatórias são um dos fatores pelo fracasso de projetos, que também está atrelado à forma com que são gerenciados os recursos e orçamentos. É comum projetos já iniciarem com o caminho determinado ao fracasso, devido à falta de atenção em diversos fatores e à elaboração de estimativas não satisfatórias, pois se trata de aspectos de importância para a fase de gerenciamento de recursos e orçamentos em projetos. Da mesma forma é importante avaliar pontos que possam gerar sucesso no projeto, como planejar o gerencia- mento das partes interessadas, de forma que estejam engajadas em todas as etapas do ciclo de vida do projeto, com base na análise de suas necessidades, interesses e impacto potencial no sucesso do projeto. O envolvimento das partes interessadas é um dos aspectos relevantes para o resultado final, seja sucesso, seja fracasso, pois influencia as decisões e a execução do projeto. Esse gerenciamento consiste em: • identificar as partes interessadas – processo de identificação de pessoas, grupos ou organizações que possam impactar ou ser impactados por uma decisão, atividade ou resultado do projeto, e análise e documentação de informações relevantes relativas a seus interesses, nível de engajamento, interde- pendência, influência, bem como impacto potencial no êxito do projeto; • planejar o gerenciamento das partes interessadas – processo de desenvolvimento de estratégias apropriadas de gerenciamento para engajar as partes interessadas de maneira eficaz no decorrer de todo o ciclo de vida do projeto, com base na análise de suas necessidades, interesses e impacto potencial no sucesso do projeto; • gerenciar o engajamento das partes interessadas – processo de comunicação e trabalho com as par- tes interessadas para atender às suas necessidades e expectativas, abordando questões à medida que ocorram e incentivando o engajamento apropriado das partes interessadas nas atividades do projeto, no decorrer de todo seu ciclo de vida; • controlar o engajamento das partes interessadas – processo de monitoramento dos relacionamentos das partes interessadas do projeto em geral, ajustando estratégias e planos para o engajamento das partes interessadas. Fonte: XAVIER, Carlos Magno da Silva. Gerenciamento de projetos: como definir e controlar o escopo do projeto. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. 15 Gestão de Projetos | Unidade de estudo 1 – Introdução ao Gerenciamento de Projetos Durante o processo de gestão de projetos é importante identificar e entender os fatores positivos e negativos para o sucesso do projeto, conforme apresentado no Quadro 1.3. Quadro 1.3 – Fatores críticos no ciclo de vida da gestão de projetos Fatores críticos para o sucesso Fatores críticos para o fracasso Fase de aceitação pela gerência executiva Considerar as recomendações dos funcionários. Reconhecer que a mudança é necessária. Entender a participação dos executivos na gestão de projetos. Recusar-se a aceitar ideias dos colegas. Não admitir que a mudança pode ser necessária. Acreditar que o controle da gestão de projetos cabe ao nível executivo. Fase de aceitação pelos gerentes de área Disposição a colocar os interesses da empresa acima dos interesses pessoais. Disposição a aceitar responsabilidades. Disposição a aceitar o progresso de colegas. Relutância a compartilhar informações. Recusar-se a aceitar responsabilidades. Insatisfação com o progresso dos colegas. Fase de crescimento Reconhecer a necessidade de uma metodologia empresarial. Apoiar um padrão de monitoramento e de relatório. Reconhecer a importância do planejamento efetivo. Perceber a metodologia-padrão como ameaça, e não como benefício. Não conseguir entender os benefícios da gestão de projetos. Dar apenas “apoio moral” ao planejamento. Fase de maturidade Reconhecer que a programação e os custos são inseparáveis. Rastrear os custos reais. Desenvolver treinamento em gestão de projetos. Acreditar que o estado do projeto pode ser determinado apenas pela programação. Não perceber a necessidade de rastrear os custos reais. Acreditar que o crescimento e o sucesso em gestão de projetos são sinônimos. Legenda: Fatores críticos para o sucesso x fatores críticos para o fracasso. Fonte: Kerzner (2008, p. 53). 16 Gestão de Projetos | Unidade de estudo 1 – Introdução ao Gerenciamento de Projetos Para o gerenciamento de projeto, é de extrema importância conhecer e entender sua aplicabilidade dentro do mundo organizacional e educacional, pois isso permite a execução de pequenas ações ou grandes, buscando a excelência e principalmente a criação de modelos de sucesso, que podem ser referência para outros produtos e/ ou serviços. Da mesma forma tudo se inicia no conceito e na compreensão do uso da Gestão de Projetos. O PMI Institute apresenta os conceitos importantes sobre o gerenciamento de projetos, conforme o PMBOK disponível em https://brasil.pmi.org/brazil/AboutUs/WhatIsProjectMa- nagement.aspx>. 17 Considerações finais De forma sintética, passamos conceitualmente pelo entendimento de projetos com clareza nos principais conceitos de utilização de gerencia- mento de projetos, gestão de projetos e projeto. Buscando o entendimento e a aplicabilidade da ferramenta de gestão de projetos dentro das organizações, compreendemos as necessidades que geram na utilização de projetos, bem como todos os benefícios que pro- porcionam em sua utilização. Identificamos a importância do conceito juntamente com as caracterís- ticas do projeto na execução e atendimento às necessidades das orga- nizações, desvinculando sob o aspecto procedimentado e rotineiro das empresas, identificando e analisando de fato o papel do projeto e as ativi- dades rotineiras das organizações. Vimos como um projeto nasce e todas as etapas básicas repassadas den- tro do ciclo de vida, a importância da execução de cada fase, não havendo a possibilidade de “saltar” alguma etapa, pois são fundamentais a depen- dência de cada etapa e os resultados atingidos em sua execução. E, por fim, pudemos identificar os principais pontos que fazem com que os projetos sejam um sucesso ou fracasso, sempre analisando a visão de resultados e objetivos atingidos (cliente), bem como as premissas concei- tuais da gestão de projetos. Referências bibliográficas 18 GRAY, Clifford F.; LARSON, Erik W. Gerenciamento de Projetos., O pro- cesso gerencial. Quarta Edição – São Paulo, AMGH Editora Ltda 2010 KEELLING, Ralph, Gestão de projetos: uma abordagem global. São Paulo: Saraiva, 2010. KERZNER, Harold. Gestão de projetos: as melhores práticas. 2 ed. São Paulo: Bookman, 2008. KERZNER, Harold; SALADIS, Frank. O que os executivosprecisam saber sobre gerenciamento de projetos. São Paulo, Bookman, 2011. XAVIER, Carlos Magno da Silva. Gerenciamento de projetos: como defi- nir e controlar o escopo do projeto. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. Gestão de Projetos 1ª edição 2017 Gestão de Projetos 2 3 Unidade de Estudo 2 Documentos Importantes – Declaração do Escopo e Descrição dos Requisitos do Projeto Para iniciar seus estudos Iniciamos esta atividade demonstrando a importância da utilização de documentação na Gestão de Projetos e apresentando quais documentos e modelos devem ser utilizados. Objetivos de Aprendizagem • Apresentar e demonstrar os dois principais documentos para o início de um projeto. 4 Gestão de Projetos | Unidade de estudo 2 – Documentos Importantes 2.1 Declaração do escopo De forma resumida a unidade inicia-se com a declaração do escopo do projeto elencando suas etapas para exe- cução, e utilizando-se de um plano de gerenciamento de escopo. Em seguida a importância e construção do plano-mestre e, por fim, todos os requisitos necessários para a construção de uma DRP (Descrição de Requisitos do Projeto). Com base nessa estrutura conseguiremos identificar todos os principais requisitos e documentos necessários na utilização do gerenciamento de projetos. Basicamente definem-se os objetivos nos aspectos em que o projeto atenderá “necessidades e desejos”, incluindo e omitindo os resultados em objetivos principais claros, critérios de sucesso, custo da qualidade e duração. Faz-se necessário estabelecer um plano de gerenciamento de escopo, que mostrará como o escopo será defi- nido, desenvolvido, monitorado e controlado. O plano de gerenciamento de escopo inclui: • o processo de preparação da especificação detalhada do escopo do projeto; • o processo que habilita a criação da estrutura analítica do projeto (EAP) a partir da especificação deta- lhada do escopo do projeto; • o processo que estabelece como a EAP será mantida e aprovada; • o processo que especifica como será obtida a aceitação formal das entregas do projeto concluídas; • o processo para controlar como as solicitações de mudanças na especificação detalhada do escopo do projeto são processadas. Fonte: XAVIER, Carlos Magno da Silva. Gerenciamento de projetos: como definir e controlar o escopo do projeto. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. A declaração do escopo do projeto é descrita como “a soma dos produtos e serviços a serem fornecidos como um projeto” O plano de gerenciamento permite ser formal ou informal, da mesma forma amplamente estruturado ou altamente detalhado, tudo com base nas necessidades do projeto. 5 Gestão de Projetos | Unidade de estudo 2 – Documentos Importantes Para todo o escopo é importante a busca mais precisa dos requisitos, e para isso é possível utilizar-se de técnica que permite a coleta de requisitos. • Entrevistas: pode-se utilizar formalmente ou informalmente na coleta de informações importantes e relevantes sobre o escopo. Ao executar entrevistas com especialistas, todo o processo de identificação e definição dos requisitos vai fluir de forma rápida e assertiva. • Grupos de discussão: a principal finalidade é proporcionar uma discussão entre todos os interessados do projeto, de forma a criar um melhor entendimento de todos dos resultados que possam ser gerados após a conclusão do projeto. • Workshops/Oficinas Facilitadas: diferentemente dos grupos de discussão, a intenção é a unificação de diversas partes envolvidas no projeto, com diferentes funções, experiências e objetivos, de forma a definir de modo abrangente as especificações finais do projeto. Os workshops normalmente iniciam coletando as experiências das partes interessadas (stakeholders) de forma qualitativa. • Técnicas de criatividade em grupo: ajudam a definição de especificações, funcionalidades e objetivos. O quadro 2.1 demonstra algumas delas: Quadro 2.1 – Técnicas de criatividade em grupo TÉCNICA DESCRIÇÃO Brainstorming (tempestade de ideias) Consiste na geração de ideia sem restrições. Qualquer pensamento relacionado ao projeto deve ser coletado. Uma posterior avaliação das ideias surgidas vai classificá-las. Classificação Após a coleta de ideias geradas no brainstorming, o grupo faz uma análise delas, classificando-as em grupos. A partir dessa priorização, o grupo detalhará as ideias preferidas. Técnica de Delphi Consiste em um questionário com perguntas técnicas, a fim de descobrir opiniões de especialistas sobre as especificações do projeto. O processo do método de Delphi começa com a realização de um questionário; posteriormente, as respostas são analisadas e se busca um consenso entre elas, agrupamento de resultados, por último, em um resumo final. Mapa mental O mapa mental é um formato de diagrama, de forma a realizar uma possível integração de ideias, com o objetivo final de determinar uma organização das informações, representando-as graficamente. Legenda: Descrição das técnicas de criatividade em grupo. Fonte: Xavier (2009, p. 91-92). 6 Gestão de Projetos | Unidade de estudo 2 – Documentos Importantes • Técnicas de tomada de decisão em grupo: é a tomada de decisão em grupo com alternativas que pro- porcionam alcançar o objetivo desejado do projeto. Essa tomada de decisão pode ser: » unânime, quando todos optam por uma única alternativa; » majoritária, quando mais de 50% optam por uma alternativa; » por consenso, quando a maioria decide e a minoria concorda em aceitar; » por pluralidade, quando o maior grupo opta por uma alternativa, mesmo que a maioria não tenha sido atingida; » ditatorial, quando uma pessoa toma a decisão por todos. Fonte: XAVIER, Carlos Magno da Silva. Gerenciamento de projetos: como definir e controlar o escopo do projeto. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. • Questionário e pesquisa: basicamente compostos de questões objetivas, buscando atingir um maior volume de participantes e a finalidade de acumular informações relevantes de forma rápida. • Observações: é uma técnica que permite em ambientes com muitos detalhes e grande complexidade avaliar o desempenho das pessoas que a executam, da mesma forma quando as pessoas envolvidas têm dificuldade de definir as especificações do trabalho que realizam. • Protótipos: é a melhor forma de obtenção de resposta rápida, de forma simples; é o modelo físico do produto final. • Benchmarking: trabalha as melhores práticas reais ou planejadas de outras organizações, em relação aos processos e operações. • Diagramas de contexto: O diagrama de contexto é um exemplo de modelo de escopo. Esse diagrama descreve visualmente o escopo do produto, mostrando um sistema de negócios (processo, equipamentos, sistema compu- tacional etc.) e como as pessoas e outros sistemas (atores) interagem com ele. O diagrama de contexto também mostra as entradas no sistema de negócios, o agente (ou agentes) que fornece a entrada, as saídas do sistema de negócios e o agente (ou agentes) que recebe a saída. Fonte: XAVIER, Carlos Magno da Silva. Gerenciamento de projetos: como definir e controlar o escopo do projeto. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. • Análise de documentos: o próprio nome já diz do que se trata, é uma forma de analisar toda a documen- tação existente, na intenção de buscar informações relevantes aos requisitos. 7 Gestão de Projetos | Unidade de estudo 2 – Documentos Importantes 2.2 Plano-mestre e Project Charter O plano-mestre vai demonstrar o que deve ser feito para atingir o objetivo principal, contendo detalhes sobre as atividades-chave, com prazo de conclusão e quem serão responsáveis por sua execução, da mesma forma todos os objetivos secundários e detalhamento de cada atividade. O quadro 2.2 demonstra todas as etapas necessárias para a elaboração do plano-mestre. Quadro 2.2 – Plano-mestre – passos básicos CARACTERÍSTICAS DESCRIÇÃO 1. Listar Liste as atividades do projeto e a duração dessas atividades. 2. Relacionar Considere quais atividades são independentes e quais dependemde relacionamentos. 3. Identificar Reordene a lista de atividades em ordem cronológica de forma a revelar quais delas podem não ocorrer até a conclusão (ou conclusão parcial de uma atividade anterior). 4. Revisar Discuta e obtenha as melhores informações sobre métodos alternativos, quando aplicáveis. 5. Mapear Mapeie o progresso, faça um gráfico das principais atividades e eventos/ considere formule (ou reformule) os objetivos ou atividades-chave. 6. Descrever Complete o gráfico de atividades e eventos com anotações escritas quando for necessário. 7. Estabelecer o ritmo Analise e controle o tempo, se as atividades estão sendo realizadas conforme o planejado. 8. Custear Basicamente realize um orçamento para a execução do projeto, de forma a ter um fluxo de caixa gerado para atendimento financeiro do projeto. 9. Considerar É importante realizar um procedimento de avaliação de alternativas para execução de atividades. É comum a utilização de recursos internos, para isso deve-se considerar a possibilidade de métodos alternativos, considerando sempre custo, qualidade e tempo. 10. Revisar Confira mais de uma vez o plano para validação e tenha a garantia de que nenhum passo importante foi omitido. Legenda: Etapas necessárias para a elaboração do plano-mestre. Fonte: Keelling (2010, p. 195). 8 Gestão de Projetos | Unidade de estudo 2 – Documentos Importantes Com maior detalhamento que o plano-mestre, o plano de atividades e recursos mostra as principais atividades ordenando os métodos e quais os seus recursos provisionados. Fique atento, pois requisitos não são objetivos nem metas, mas sim a especificação das metas ou dos resultados, portanto reflita se os requisitos podem auxiliar no sucesso do projeto. O Termo de Abertura do Projeto (TAP) é a tradução efetiva de Project Charter, sendo o documento utilizado para formalizar o início do projeto. Da mesma forma, é utilizado para determinar autoridade ao gerente de projeto e também no uso dos recursos organizacionais das atividades do projeto. O project é conhecido como o contrato do projeto, um documento interno no qual a empresa reconhece e comu- nica o escopo aprovado do projeto aos gerentes funcionais ou de linha, tendo como testemunhas os gerentes funcionais, da mesma forma as responsabilidades do gerente de projeto e dos gerentes funcionais. O project normalmente é assinado por um gerente externo ao projeto, dentro da hierarquia organizacional para atendimento às demandas do projeto, que permita dar ao gerente de projeto a autoridade adequada para que possa empregar os recursos organizacionais nas atividades planejadas. Normalmente o gerente de projeto é responsável pela elaboração do Project Charter, de forma que fique bem claras a sua autoridade e responsabilidade, o que facilita toda a condução do projeto. O Project Charter deve conter os seguintes pontos, conforme Quadro 2.3: Quadro 2.2 – Plano-mestre – passos básicos ITENS DESCRIÇÃO EXEMPLO Justificativa do Projeto: as necessidades do negócio às quais o projeto está incumbido de atender, que justificam sua autorização. Todo projeto precisa de um alinhamento diretamente relacionado aos objetivos estratégicos da organização. Por que o projeto foi autorizado? Quais são os resultados esperados com a entrega do(s) produto(s)? Devido à cada vez maior restrição dos espaços físicos entre as habitações mais atuais, a Móveis S.A está desenvolvendo um novo formato de móveis modulares. O fato de ser a primeira nesse novo segmento proporcionará a fixação da marca, o domínio do mercado e a expansão nos demais segmentos de móveis no mercado. Escopo (visão do cliente) ou requisitos de alto nível. Todo o escopo deve conter todos os itens que vão ser gerados com o projeto, sempre que possível o detalhamento utilizando-se recursos gráficos, além de possíveis protótipos e marketing de lançamento. Se o projeto é originado de um contrato, o escopo do contrato deve estar de acordo com a visão do cliente. Fabricação de um novo computador, para atendimento à especificação de utilização em ambientes não apropriados para o uso do recurso de computador, que poderá ser utilizado na empresa Minérios ABC, avaliando e executando as atividades pertinentes à operação da empresa. Designação do gerente de projeto e sua autoridade. Por meio do Project Charter, a empresa estabelece a autoridade do gerente de projeto, divulgando-a para toda a empresa. A gerente de projetos terá plena autoridade sob todos os recursos disponibilizados para o projeto, como utilização dos recursos financeiros, contratação de pessoal, terceiros, estando todos dentro da programação financeira do projeto aprovado. 9 Gestão de Projetos | Unidade de estudo 2 – Documentos Importantes Restrições As restrições são os principais aspectos que determinam as limitações do projeto, podendo ser através de cláusulas contratuais, prazos que devam ser cumpridos e orçamentos. O projeto de reforma deverá ser conduzido com o laboratório em funcionamento, sem afetar nem interromper o processo de análise de controle de qualidade. – Prazo de 90 dias a partir da aprovação do projeto básico, para elaboração do projeto executivo da nova pista de pouso e decolagem. – O projeto tem um prazo total de 12 meses, devendo, no final do primeiro mês, ser iniciados os trabalhos de construção no campo. – A verba do orçamento a ser utilizada nesse projeto é de R$ 1.500.000, não podendo ultrapassar 10% desse valor no primeiro mês. – Todos os funcionários deverão ser treinados em cursos de segurança administrados pela própria usina, e participar durante dez minutos do Diálogo Diário de Segurança (DDS), fornecido por técnicos de segurança contratados para a obra. – Os serviços só poderão ser executados de segunda a sexta-feira, das 9 às 18 horas. Premissas (hipóteses, suposições) As premissas são de grande importância no controle de riscos aos projetos, de forma a identificar possíveis fatores e responsabilidades dentro do projeto, que de fato vão diretamente ao encontro dos riscos que o projeto possa ocorrer devido à determinação dessas premissas. Durante etapa de planejamento, vêm surgindo diversas dúvidas e hipóteses, que correspondem ao bom andamento do projeto, como: quantas pessoas serão disponibilizadas para o projeto? Qual o grau de importância desses recursos para o bom andamento do projeto? Da mesma forma essas premissas vão garantir um bom andamento do projeto e também trabalhar as hipóteses na ausência do gerente de projeto, como: quem poderia aprovar os recursos caso não esteja, ou sob uma autorização prévia? Serão alocados analistas da área de recursos humanos e sistemas da informação, em período integral. Toda a infraestrutura de tecnologia da informação terá disponibilidade até o dia 01/01/20xx. A documentação gerada será revisada pelo cliente e sempre retornada ao gerente de projeto para avaliação e com prazo de cinco dias úteis para retorno e tratativas se necessário. A instalação dos equipamentos e a disponibilidade de prazo podem ser feitos a partir de 01/01/20xx. Toda a equipe de projeto está autorizada a entrar e sair das dependências dentro do horário comercial, sendo que, após este horário, com prévia comunicação terão acesso normalmente. Legenda: Descrição dos pontos do Project Charter. Fonte: Xavier (2009, p. 60-64). 10 Gestão de Projetos | Unidade de estudo 2 – Documentos Importantes 2.3 Plano-mestre Entende-se que os requisitos são as especificações ou pré-requisitos necessários que formam um produto ou serviço que está sendo produzido pelo projeto. O plano de atividades e recursos é composto por: • plano de atividades; • plano de recursos; • plano de finanças; • plano do maquinário e equipamentos; • plano de mão de obra; • plano de materiais e mercadorias. O plano de atividades é composto de todas as atividades do projeto, com todo o detalhamento de cada atividade.Para toda atividade é necessário haver um plano separado, mas as atividades de maior complexidade ou difíceis incluirão conforme Quadro 2.4. Quadro 2.4 – Plano de Atividades Plano de Atividades » Descrição da atividade; » Objetivo(s) da atividade; » Métodos e processos a serem adotados; » Sequência e aprazamento das tarefas; » Recursos (para inclusão nos orçamentos do projeto e planos de recursos); » Listas de operações, sequência, fluxo de trabalho e coordenação; » Limitações de tempo para a conclusão da atividade e escala de tempo; » Padrões e requisitos de qualidade; » Controle, monitoração e relatórios de andamento; e » Ligações com o plano de recursos mostrando arranjos de aprovisiona- mento. Legenda: Plano para atividades de maior complexidade. Fonte: Keelling (2010, p. 196). Planos de recursos constituem-se de recursos necessários para a administração do projeto, de forma a auxiliar na conclusão de cada atividade, em que são especificados, orçados e incluídos em uma lista consolidada. Somente os recursos principais exigirão um plano em separado. Plano de finanças é um recurso em comum para todo o projeto. Independentemente do porte e da necessidade do projeto, sempre é necessária a realização de um plano formal, tendo sua abrangência conforme Quadro 2.5. 11 Gestão de Projetos | Unidade de estudo 2 – Documentos Importantes Quadro 2.5 – Plano de Finanças Plano de Finanças » Limites financeiros disponíveis; » Fonte e método para garantia do financiamento; » Custo do financiamento; » Orçamento do projeto; » Fluxo de caixa – previsões de cobertura do projeto; » Procedimentos para controlar os custos do projeto; » Procedimentos para autorização de pagamentos e obtenção de fundos; e » Procedimentos contábeis. Legenda: Abrangência de um Plano de finanças. Fonte: Keelling (2010, p. 197). O plano do maquinário e equipamentos basicamente é composto dos seguintes itens: • necessidades de maquinário e equipamentos; • especificações e datas de entrega; • cálculos de custos; • método de aquisição, por exemplo empréstimo, compra, aluguel, fonte de abastecimento etc.; • serviço de manutenção e reparos; • necessidades de treinamento de operador e serviço (se necessário); • necessidades de energia ou combustível associadas aos principais equipamentos; e • alienação de máquinas e equipamentos após a conclusão da atividade. O plano de mão de obra, as pessoas e todas as habilidades nelas encontradas são o principal fator de recurso para o projeto, utilizando-se de um trabalho intensivo e muitas vezes uma consultoria especializada em determinadas necessidades ou demandas. Normalmente o plano de mão de obra pode ser composto pelos seguintes pontos: • necessidades de recursos humanos por categorias, qualificações e habilidades; • quando e por quanto tempo cada quantidade e categoria serão requeridas; • método de contratação – emprego eventual, contrato, subcontrato, emprego por tempo determinado; • método de recrutamento – registro de disponibilidade, anúncio internacional, sociedade, profissional, consultoria, agência de empregos, anúncio local; • custo orçado (salário, ordenados, horas extras orçadas, gratificações, adiantamentos, pagamento de incentivos, acomodação, alimentação, seguros, presentes, viagem, fundo de subsistência e assim por diante); 12 Gestão de Projetos | Unidade de estudo 2 – Documentos Importantes • especificações de cargo e recrutamento para gerentes-chave e membros especializados da equipe do projeto; • políticas de emprego e métodos de seleção: por exemplo, processos de triagem, emprego de pessoal local, oportunidades iguais; • procedimentos especiais de seleção; e • saúde e segurança ocupacional e cláusulas de bem-estar social. O plano de materiais e mercadorias constitui-se na aquisição e fornecimento das suas necessidades, os forneci- mentos de bens adquiridos podem incluir, conforme Quadro 2.6: Quadro 26 – Plano de Materiais e Mercadorias Plano de materiais e mercadorias » Políticas e cronogramas de compra, concorrência e contrato; » Descrição, especificações de quantidade e qualidade; » Arranjos de transporte para suprimentos de grandes quantidades; e » Cláusulas de penalidades para atraso na entrega. Legenda: Itens de um plano de materiais e mercadorias. Fonte: Keelling (2010, p. 198). 2.4 Plano de gerenciamento de escopo O planejamento de escopo é um conjunto de produtos e serviços que devem ser entregues para que possam atingir os objetivos do escopo. A Figura 2.1 mostra um exemplo para controle de gerenciamento de projeto. Figura 2.1 – Componentes do processo de planejar o gerenciamento de escopo. ENTRADAS - Opinião especializada - Reuniões TÉCNICAS E FERRAMENTAS - Plano de gerenciamento de projeto - Termo de Abertura do Projeto - Fatores ambientais da empresa - Ativos de processos organizacionais - Plano de gerenciamento do escopo - Plano de gerenciamento dos requisitos SAÍDAS Legenda: Exemplo para controle de gerenciamento de projeto. Fonte: Xavier (2009, p. 76). O escopo do projeto é essencial para interligar todos os elementos do plano do projeto, podendo utilizar a seguinte lista de verificação, conforme demonstrado no Quadro 2.7: 13 Gestão de Projetos | Unidade de estudo 2 – Documentos Importantes Acesse o link disponível de um escritório de projetos, que aprofunda mais sobre os docu- mentos, em < http://escritoriodeprojetos.com.br/component/tags/tag/35-entradas-e-sai- das-do-guia-pmbok>. 1. Objetivo do projeto 2. Entregas 3. Marcos 4. Requisitos técnicos 5. Limites e exclusões 6. Verificações com o cliente Quadro 2.7 – Lista de Verificação LISTA DE VERIFICAÇÃO DESCRIÇÃO Objetivo do projeto Determinar um objetivo geral que vem ao encontro da(s) necessidade(s) do cliente. Entregas Definição das entregas mais importantes – os produtos mais esperados durante o ciclo de vida do projeto. Marcos É um evento significante do projeto, que ocorre em um momento específico. O planejamento do marco mostra os blocos mais importantes do trabalho. Requisitos técnicos Quase sempre um produto ou serviço terá requisitos técnicos para garantir o desempenho apropriado. Limites e exclusões Falhas podem levar a falsas expectativas e ao dispêndio de recursos e tempo no problema errado, assim os limites do escopo devem ser definidos. Verificações com o cliente Lista de atividades relacionadas ao escopo termina com a revisão junto com o cliente. A principal preocupação é o entendimento e acordo das expectativas. Legenda: Itens da lista de verificação do escopo do projeto. Fonte: Gray; Larson (2009, p. 92-93). Descrição do escopo, o gerenciamento de escopo e técnicas para busca de informações sobre requisitos, plano- -mestre e descrição dos requisitos do projeto e/ou plano de atividades e recursos são documentos necessários para uma breve descrição de todas as atividades e recursos necessários para a execução. 14 Considerações finais Nesta unidade fizemos o detalhamento dos principais documentos utili- zados no início do projeto, os quais são a base para o início do detalha- mento do projeto. A declaração do escopo permite o entendimento de qual objetivo do pro- jeto será atendido e entregue com o projeto, como mecanismo de verifi- cação dos principais requisitos a serem entregues. Da mesma forma permite aplicar técnicas para busca de informações para elaborar os requisitos necessários. O plano-mestre é uma forma de determinar pontos importantes do pro- jeto, de forma a não esquecer nenhum deles, como as atividades que serão executadas. O Project Charter é de fato o documento de abertura, com a sua principal responsabilidade na utilização como documento (contrato) para condu- ção do projeto, definindo e dando autorização para que o Gerente de Pro- jeto possa conduzir da melhor forma todo o projeto. A descrição dos requisitos define todos os pontos de forma bem abran- gente, os requisitos para confecção e elaboração de todo o planejamentodo projeto, pensando e analisando todas as necessidades para que o pro- jeto possa ser conduzido da melhor forma possível. Referências bibliográficas 15 GRAY, Clifford F.; LARSON, Erik W. Gerenciamento de Projetos. Quarta Edição, 2010, Porto Alegre, Editora AMGH KEELLING, Ralph, Gestão de projetos: uma abordagem global. São Paulo: Saraiva, 2010. KERZNER, Harold. Gestão de projetos: as melhores práticas. 2 ed. São Paulo: Bookman, 2008. XAVIER, Carlos Magno da Silva. Gerenciamento de projetos: como defi- nir e controlar o escopo do projeto. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. Gestão de Projetos 1ª edição 2017 Gestão de Projetos 3 3 Unidade 3 Planejamento do Tempo – Cronograma Para iniciar seus estudos O planejamento do tempo é uma das etapas mais importantes na gestão de projetos. Nessa etapa, todo o processo de cronograma será definido, fazendo assim com que todos tenham a visão geral do projeto, etapas, ações e tempo total de entrega, buscando, assim, a construção do plane- jamento do projeto relacionado ao tempo de entrega. Objetivos de Aprendizagem • Apresentar e demonstrar a estruturação de um projeto, com suas etapas, estrutura e desmembramento de trabalho. 4 Gestão de Projetos | Unidade 3 – Planejamento do Tempo – Cronograma 3.1 Precedência e duração das atividades O planejamento do tempo é essencialmente uma integração na variação das atividades, recursos e os intervalos de tempo. Existem diversas ferramentas que permitem o planejamento e ajudam a estabelecer: • sequência lógica; • duração da atividade; • sucessão dos eventos; • coordenação do esforço; • comunicação; • monitoração do progresso; • controle e avaliação; • tomada de decisão; • análise e avaliação de riscos. Em projetos que envolvam alta tecnologia, é de extrema importância a utilização de precedência das atividades, de forma a reduzir a probabilidade de erro, sendo necessárias uma conferência e confirmação dos líderes do projeto. Para a execução do planejamento do tempo, é possível utilizar a ferramenta “tabelas de precedência”, a qual permite decidir a sucessão das operações de forma lógica e simples, sendo essencial uma compreensão clara de cada processo e dos métodos a serem empregados. A Figura 3.1 exemplifica uma lista de pendências de atividades, demonstrando como é importante o término de uma atividade antes que se inicie outra, e as possibilidades de antecipação e prevenção de possíveis atrasos. A duração do projeto interfere diretamente no tempo de execução, pois projetos de longa duração aumentam a incerteza da estimativa. Estimando a duração de uma atividade: • A estimativa do tempo pode depender muito de um especialista capaz de fazer uma suposição balizada quanto ao tempo que cada operação ou atividade necessita para ser concluída; • É possível aplicar modelo matemático simples para um cálculo provável da duração de uma atividade. 5 Gestão de Projetos | Unidade 3 – Planejamento do Tempo – Cronograma Figura 3.1 – Lista de precedência de atividades – exemplo de cabeçalhos Legenda: Lista de precedência de atividades – exemplo de cabeçalhos. Fonte: KEELLING, Ralph, Gestão de projetos: uma abordagem global. São Paulo: Saraiva, 2010. São necessárias três estimativas para calcular a duração de uma atividade: • Estimando a duração de uma atividade: » to = a duração mais curta ou mais otimista; » tm = a duração mais provável; » tp = a duração mais longa ou mais pessimista. • Assim, tem-se: » te = a estimativa calculada do tempo. Estimando-se a duração de uma atividade: • Cenário otimista te = to + 4tm + tp 6 • Cenário conservador te = to + 3tm + 2tp 6 6 Gestão de Projetos | Unidade 3 – Planejamento do Tempo – Cronograma 3.2 Fluxograma de processos e diagrama de setas simples O fluxograma de processo é uma das ferramentas de planejamento mais comumente utilizadas. Ele demonstra sua sequência lógica, quando a atividade pode ser iniciada, bem como as atividades paralelas. O diagrama de PERT é um método que foi desenvolvido pela Marinha Americana. Esse método proporciona estimar o prazo das atividades considerando a média ponderada entre o tempo mais otimista, o tempo mais provável e o tempo mais pessimista, sendo que o método PERT é probabilístico. Já o CMP, ao contrário, utiliza o tempo determinístico, ou seja, não considera as possíveis variações nas estimativas. O diagrama de setas simples é constituído por atividades e eventos; as atividades estão em uma sequência lógica, não existe uma escala, e o comprimento da linha não está diretamente relacionado à duração de sua atividade. Os eventos sempre ocorrem após a conclusão de uma atividade e antes do início de sua sucessora. A Figura 3.2 demonstra um diagrama de setas. Figura 3.2 – Diagrama de seta simples Legenda: Diagrama de seta simples. Fonte: KEELLING, Ralph. Gestão de projetos: uma abordagem global. São Paulo: Saraiva, 2010. 7 Gestão de Projetos | Unidade 3 – Planejamento do Tempo – Cronograma 3.3 Caminho crítico e não crítico Tendo como base o desdobramento do diagrama de seta simples (Figura 3.2), é uma forma de avaliar o tempo de duração das atividades, analisando as datas mais cedo e mais tarde. Percebemos na Figura 3.3 que no evento 10 a data de início mais cedo é dia 6 e com a duração de 6 dias. Temos o fim no evento 20 do dia 12, estimada para o evento 20, e para as datas mais tardias é traçada uma nova linha base com a mesma duração. As informações estabelecidas são de grande valor para a definição do melhor momento de iniciar ou encerrar uma atividade a fim de que o plano seja concluído no tempo planejado. Assim, proporcionam também mostrar as atividades “críticas”, que devem ser concluídas exatamente dentro do seu planejamento. Figura 3.3 – Nós de Informação Legenda: Informação dos nós de um evento a outro. Fonte: KEELLING, Ralph. Gestão de projetos: uma abordagem global. São Paulo: Saraiva, 2010. Figura 3.4 – Nós de informação – outro estilo Legenda: Informação dos nós de um evento a outro – outro estilo. Fonte: KEELLING, Ralph. Gestão de projetos: uma abordagem global. São Paulo: Saraiva, 2010. 8 Gestão de Projetos | Unidade 3 – Planejamento do Tempo – Cronograma Pelas figuras 3.3 e 3.4 é importante considerarmos as seguintes informações: • Os números dos eventos são alocados após ter sido traçado o diagrama; • Os números dos eventos servem apenas para identificar o evento ou o ponto na sequência; • Lacunas na numeração permitem a inserção de atividades adicionais que podem ser lembradas mais tarde; • Os números dos eventos no exemplo apresentado na Figura 3.4 foram fixados a intervalos de 10 para per- mitir a identificação de atividades em um plano secundário (de atividades) que pode utilizar os números intermediários. Fonte: KEELLING, Ralph. Gestão de projetos: uma abordagem global. São Paulo: Saraiva, 2010. Com a conclusão do diagrama (Figura 3.3) e já analisado o intervalo de tempo necessário para completar cada atividade, basta tratar a data mais cedo em que pode iniciar, determinando desde o início a medida do tempo em horas/dias/semanas, e uma vez determinado fica prefixado, podendo alocar uma data real. Conforme o exemplo dado, pode-se realizar os cálculos dos eventos conforme determinada a medida do tempo. Na Figura 3.3, temos no evento 10 as informações de data de início mais cedo (= 6) e no evento 20 a data de início mais cedo (= 12), que é a soma da data de início mais cedo do evento 10 + o tempo de duração, que é 6, somando-se igual a 12 para o evento 20. O mesmo procedimento ocorre para a data de início mais tarde, sendo para o evento 10 igual a 17 + a duração de 6 = 23, no evento 20. Dentro do diagrama (Figura 3.5) pode-se atribuir dia 1 (ou data real) de forma que seja a data mais cedo do evento (EET), para o primeiro evento e sua atividade seguinte, seguindo a sequência de atividades, vai produzir a EET para anotação de cada nó correspondendo ao evento seguinte. Vejamos na Figura 3.5.(EET – Earliest Event Time) Glossário Figura 3.5 – Data mais cedo dos eventos (EETs) Legenda: Data mais cedo dos eventos (EETs). Fonte: KEELLING, Ralph. Gestão de projetos: uma abordagem global. São Paulo: Saraiva, 2010. 9 Gestão de Projetos | Unidade 3 – Planejamento do Tempo – Cronograma Ao chegar ao fim do diagrama (Figura 3.2), a EET mais alta determinará a duração do projeto, bem como a data mais tarde (LET) para esse evento. (LET – Latest Event Times) Glossário Para utilizar o cálculo das datas mais tarde dos eventos (LETS) é possível trabalhar um procedimento inverso ao utilizado para EETs. Inicia o processo ao contrário, retrocedendo ao longo das linhas de atividades do diagrama, de forma a deduzir a duração de cada atividade, partindo da LET anterior, ou seja, do fim do projeto. Quando se tem folga zero, a atividade deve ser concluída dentro desse tempo, já que não existe nenhuma folga, o caminho crítico é a rota de maior duração, normalmente tem-se como forma de identificar o seu traçado em vermelho ou com linhas grossas para enfatizá-lo. Figura 3.6 – Folga zero entre atividades no caminho crítico Legenda: Folga zero entre atividades no caminho crítico. Fonte: KEELLING, Ralph. Gestão de projetos: uma abordagem global. São Paulo: Saraiva, 2010. Diagramas que possuem caminho crítico não permitem que a EET e LET sejam alteradas. A folga conhecida com as atividades não críticas permitem uma manutenção na EET e LET, em momentos de dificuldades no projeto, de forma a prolongar a duração e os limites de início e fim. Essa ociosidade identificada no tempo são as folgas que podem ser calculadas de forma isolada ou cumulativa para uma sequência de ativi- dades. 10 Gestão de Projetos | Unidade 3 – Planejamento do Tempo – Cronograma As folgas passam também por uma classificação conforme a seguir: • Folga independente – a margem de segurança que às vezes ocorre quando uma atividade é conduzida entre a data mais tarde do evento e a data mais cedo do evento de seu sucessor. • Folga livre – a margem de segurança entre dois eventos. Nota: se a folga for calculada a partir das datas mais cedo para cada evento, o número pode diferir em relação a um cálculo que utilize ambas as datas mais tarde do evento. • Folga total – o tempo livre máximo entre dois eventos quando estes são realizados do modo mais distan- ciado possível. • Folga de sequência – a folga total em uma sequência de eventos. Figura 3.7 – Sequência de Folgas Legenda: Sequência de Folgas. Fonte: KEELLING, Ralph. Gestão de projetos: uma abordagem global. São Paulo: Saraiva, 2010. 11 Gestão de Projetos | Unidade 3 – Planejamento do Tempo – Cronograma Utilizando as folgas é possível identificar o caminho crítico, que determina que nessa etapa existe folga, sendo um ponto de atenção dentro do andamento do projeto, conforme demonstrado na figura. Figura 3.8 – Rede mostrando o caminho crítico Legenda: Rede mostrando o caminho crítico. Fonte: KEELLING, Ralph. Gestão de projetos: uma abordagem global. São Paulo: Saraiva, 2010. Outra forma de utilizar o fluxo de processos é por meio do diagrama de precedência, descrevendo em um for- mato lógico a sequência dos diagramas de linhas e setas. Da mesma forma, o diagrama de precedência permite mostrar o caminho crítico. Em um diagrama de setas ou linhas, o formato padrão é uma sequência por linha, desde o início até o fim, e os eventos são identificados por círculos, porém o diagrama de precedência é composto por blocos e contém: • o número da atividade; • a descrição da atividade; • a duração da atividade; • a data mais cedo e mais tarde de início; • a data mais cedo e mais tarde de conclusão; • a folga total; e • (às vezes) os recursos necessários. 12 Gestão de Projetos | Unidade 3 – Planejamento do Tempo – Cronograma Nesse diagrama as setas que se dirigem para a esquerda do bloco são referentes ao início da atividade, já as que levam a extremidade direita estão relacionadas ao encerramento dessa atividade. Todas as atividades críticas são apresentadas conforme demostrado na Figura 3.9, começando com as datas mais cedo e mais tarde de início, assim a volta é calculada mediante a dedução do prazo mais cedo de término do prazo mais tarde de término. Figura 3.9 – Sequência de folgas Legenda: Sequência de folgas. Fonte: KEELLING, Ralph. Gestão de projetos: uma abordagem global. São Paulo: Saraiva, 2010. 3.4 EAP (Estrutura Analítica de Projeto) A EAP é a principal ferramenta utilizada para um melhor detalhamento do escopo do projeto. Uma vez elaborada e aprovada, é a principal referência do escopo do projeto, também pode ser conhecida em outras literaturas e organizações como: • Estrutura de Decomposição do Trabalho (EDT); • Estrutura da Divisão do Trabalho (EDT); • Estrutura da Decomposição em Tarefas (EDT); • Estrutura da Divisão em Tarefas (EDT); • Plano Estrutura do Projeto (PEP). 13 Gestão de Projetos | Unidade 3 – Planejamento do Tempo – Cronograma A EAP é um dos documentos mais utilizados em gerenciamento de projetos e, ao contrário do conhecimento de todos, já era utilizada desde o início da década de 1960 pelo departa- mento de Defesa dos Estados Unidade. Cada vez mais há a necessidade de representar o escopo do projeto por meio de uma lista organizada de ativida- des a serem executadas, e os gerentes de projetos buscam atender da melhor forma às necessidades dos clientes. O PMBOK consolidou esse conceito ao definir a EAP como um detalhamento hierárquico sob uma orientação direta, a entrega do trabalho deve ser executada pela equipe do projeto, para que se consiga atingir o objetivos estabelecidos pelo projeto e assim determinar as entregas a serem feitas. A EAP deixa organizado o escopo total do projeto. PMBOK – Project Management Body of Knowledge Glossário A EAP pode ser representada como uma estrutura hierárquica (Figura 3.10) ou uma forma gráfica, como na Figura 3.11. Para elaborar de forma satisfatória uma EAP é necessário o uso de ferramentas de tecnologia da informação, como MS/Project. A EAP é fundamental na utilização de gerenciamento de projetos. Para projetos de média e longa duração é necessária uma EAP, pois sem essa ferramenta não é possível o acompa- nhamento e a gestão do projeto. 14 Gestão de Projetos | Unidade 3 – Planejamento do Tempo – Cronograma Para iniciar a construção a EAP é importante já desde o início, sendo que a sua primeira linha do nível é a linha do projeto e depois o seu detalhamento. Figura 3.10 – Representação da EAP Legenda: Representação da EAP como uma lista. Fonte: XAVIER, Carlos Magno da Silva. Gerenciamento de projetos: como definir e controlar o escopo do projeto. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. É uma forma de expressar na linguagem técnica sob uma estrutura de árvore que vai desen- cadeando conforme o exemplo, caso queira retirar pode usar a palavra (sumarizada). Glossário 15 Gestão de Projetos | Unidade 3 – Planejamento do Tempo – Cronograma Figura 3.11 – Representação gráfica de uma EAP Legenda: Representação gráfica de uma EAP. Fonte: XAVIER, Carlos Magno da Silva. Gerenciamento de projetos: como definir e controlar o escopo do projeto. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. Dessa forma a EAP: • decompõe o escopo do projeto, dividindo o trabalho em entregas (deliverables); • pode apresentar o processo do ciclo de vida do projeto por meio das fases apropriadas para sua execução; • é a base para o estabelecimento de todos os esforços (estimativa de recursos e duração)/custos a serem despendidos para a criação dos deliverables; • é uma entrada (input) importante para os esforços de gerenciamento de riscos; • dá suporte à atribuição de responsabilidade para a execução e coordenação do trabalho do projeto, ao permitir relacionar os itens da EAP aos elementos organizacionais da empresa, por meio de uma matriz de responsabilidades. A EAP é de extrema importância para o controle do projeto, pois é de fato a linha base do escopo do projeto,