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CENPRO concursos DE MINAS GERAIS NÓDULO 1 Inf .. PMMG-CFSD INTERIOR MÓDULO I / INDICE PORTUGUÊS Elaboração/Organização: Prof Alba Valéria de Sant' Anna / Hélio de Siqueira Fernandes / Rafael Costa Fonética 03 Morfologia 13 Sintaxe 37 Acordo Ortográfico 51. Interpretação de Textos 53 Variação Linguística 55 Tipologias Textuais ••.......•.......•.................................. 58 Intertextualidade :...•....................................... 63 Relações entre as Palavras ......•_..•............................ 65 Elementos da Comunicação e Funções da Linguagem 67 Os Textos eos Efeitos deSentido ......•: 71 Estilística - Figuras de Estilo e de Linguagem 75 Vícios de Linguagem .........•....................................... 80 Semãntica na interpretação de Sentido dos Textos " 81 Redação Dissertativa 87 Exercícios 105 Gabarito 125 DIREITOS HUMANOS Elaboração/Organização: Prof. Ítalo Orsine Declaração Universal dos Direitos Humanos 126 Crimes de Preconceito de Raça e Cor - Lei nO 9.459, de 13 de Maio de 1997 129 Crimes de Tortura - Lei n° 9.45511997 129 Proteção à Vitima e à Testemunha - Lei nO 9.80711999 130 Estatuto do Idoso - Lei n° 10.741/2003 132 Discriminação em Virtude de Orientação Sexual-Lei nO14.170 137 Decreto n° 43.683/2003 138 Exercícios 140 Gabaritos , 153 , NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL Elaboração/Organização: Prof. Ítalo Orsine Dos Princípios Fundamentais (Arts. 1° a 4°) 154 Dos Direitos e Garantias Fundamentais 159 Dos Direitos e Deveres individuaise.Coletivos 160 Dos Direitos Sociais ..............•................................. 179 Da Nacionalidade : , 185 Direitos Políticos .............................•....................... 187 Partidos Políticos , , 189 Da Organização do Estado 189 Da Organização dos Poderes ....................•............. 199 Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas , , 227 Da Ordem Social • 229 Exercícios .................................•................. , 238 Gabaritos • 267 NOÇÕES DE DIREITO i ADMINISTRATIVO i Elaboração/Organização: Profs. Marco Aurélio Barcelos I Silva / Tatiana Cordeiro I Administração Pública - Dispositivos Constitucionais Comentados 268 Exercícios 286 Gabarito 289 NOÇÕES DE ESTATÍSTICA Elaboração/Organização: Profs. Eduardo Carnevali / I Luigi Manzo Conceitos Básicos 290 Variáveis Aleatórias 290 Tabelas 291 Variação Percentual 294 Gráficos 295 Coleta de Dados 296 Representação dos Intervalos 297 Medidas 299 Probabilidade 302 Exercícios 305 Gabarito 318 CONCURSO PÚBLICO PARA ADMISSÃO AO CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS DA POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS (QPPM), PARA O ANO DE 2016 (CFSd QPPM) - INTERIOR EDITAL DRHlCRS N' 10/2015, DE 10 DE .JULHO DE 2015. PROGRAMA DE MATÉRIAS - CONCURSO CFSd QPPMl2016 LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO: I. Linguagem: como instrumento de ação e interação presente em todas as atividades humanas; funções da linguagem na comunicação; diversidade linguística (Jingua padrão, lingua não padrão). 2. Leitura: capacidade de compreensão e interpretação do contexto social, econômico e cultural (leitura de mundo). 3. Texto: os diversos textos que se apresentam no cotidiano, escritos nas mais diferentes linguagens verbais e não verbais Uomais, revistas, fotografias, esculturas, músicas, vídeos, entre outros). 4. Estrutura textual: organização e hierarquia das ideias: ideia principal e ideias secundárias; relações lógicas e fonnais entre elementos do texto: à. coerência e a coesão textual; defesa do ponto de vista: a argumentação e a intencionalidade; elementos da narrativa; discllrsO direto; discurso indireto e indireto livre; semântica: o significado das palavras e das sentenças: linguagem denotativa e conotativa; sinoní- mia, antonímia e polissem ia. DIREITOS HUMANOS: I. Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada pela ONU, em 10 de dezembro de 1948.2. Constituição da República Federativa do Brasil: Art. 1',3' ao 17, 197ao 232. 3. Lei nO9.459, de 10 de março de 1997, define os crimes de preconceito de raça e de cor. 4. Lei n° 9.455, de 07 de abril de 1997, define os crimes de tortura e dá outras providências. 5. Lei nO9.807, de 13 de julho de 1999, estabelece .normas para a organização e a manutenção de programas especiais de proteção a vítimas e a testemunhas ameaçadas: Art. l° ao 15.6. Lei n'IO.741, de OI de outubro de 2003, Estatuto do Idoso, Art. 10ao 10, 15 ao 25, 33 ao 42 e 95 ao 118. 7. Lei Estadual nO14.170, de 15 de janeiro de 2002, determina a imposição de sanções a pessoajuridica por ato discriminatório praticado contra pessoaem virtude de sua orientação sexual. 8. Decreto n' 43.683, de 10 de dezembro de 2003, regulamenta a Lei Estadual n° 14.170 de 15/01/2002. NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL: I. Dos princípios fundamentais. 2. Dos direitos e garantias fun- damentais (direitos e deveres individuais e coletivos). 3. Da organização do Estado (organização político-administrativa, União, Estados Federados, Municípios, Distrito Federal e Territórios, militares dos Estados, Distrito Federal e Territórios). 4. Da organização dos poderes (poder legislativo, poder executivo, poder judiciário). 5. Da defesa do Estado e das Institui- ções Democráticas (estado de defesa e estado de sítio, Forças Armadas, segurança pública). 6. Da administração pública. NOÇÕES DE ESTATÍSTICA: I. Visão Conceitual Básica (1.01. População ou Universo; 1.02. Amostragem x Amostra; 1.03. Experimento Aleatório; 1.04. Amostragem Aleatória; 1.05. Método Estatístico). 2. Variáveis Aleatórias (2.01. A Variável Aleatória Discreta, 2.02. A Variável Aleatória Continua, 2.03. A Variável Qualitativa). 3.Normas de Apresentação Tabular (3.01. Modelo de uma Tabela; 3.02. Séries/Tabelas Estatísticas; 3.03. Tipos de Séries Estatísticas; 3.04. Estudo elementar de uma série temporal; 3.05. As variações percentuais). 4. Medidas de Tendência Central (4.01. Média Aritmética, simples e ponderada; 4.02. Propriedades da Média Aritmética; 4.03. Vantagens da Média Aritmética; 4.04. Desvantagens da Média Aritmética; 4.05. Média Típica; 4.06. Média Atípica; 4.07. Mediana; 4.08. Moda. 5.Análise e Interpretação Matemática de Gráficos Estatísticos (5.01. Gráfico de Colunas; 5.02. Gráfico Pictórico; 5.03. Gráfico de Setores; 5.04. Gráfico de Linhas). É proibida a reprodução, por qualquer meio ou processo, salvo pequenos trechos, mencionando-se a fonte. A violação dos Direitos Autorais (Lei o' 9,610/98) é crime (Artigo 184 do Código Penal). ~ Estudo ~Atual IMPRESSÃO: 2015 - Editora Estudo Atual Av. Augusto de Lima, 407 - Loja 08 Centro - Belo Horizonte Tel: (31) 3273-3877 / 3324-1438 / 3274-9883 3 LÍNGUA PORTUGUESA FONÉTICA (, o estudo da fonologia engloba a classificação e o estudo de fonemas, acentuação,grafiae pronúnciaadequadadaspalavras. Hoje são mais comuns questões que envolvam fonolo- gia em elaboradores de bancas militares, mas você não deve descuidar do assunto. ~ OSFONEMAS ( São os sons elementares e distintivos que o homem produz quando, pela voz, exprime pensamentos e emoções. Ao pronunciar a palavra hora, o falante consegue distin- guir apenas os fonemas (sons) /o//r//aI. Assim, pode-se verificar que não há necessidade de ha- ver correspondência entre número de letras (representações gráficas) e fonemas (sons). Observe a explicação seguinte. Fonema é umarealidade sonora que os ouvidos registram; enquanto letra é o sinal gráfico empregado para representar, na escrita, o sistema sonoro de uma língua. Veja, por exemplo, a palavra tanto: T-a-n-t-o - Possui cinco representações gráficas (letras) ITI-/ã-/tl-o/ - Possui quatro representações sonoras (fo- nemas). Em uma questão de concurso público o candidatodeve ficar atentoparaesse detalhe;ao contaro númerode fonemas e letras, observe se o SOIll que a letra representa realll1ente foi produzido. Veja este outro exemplo: Na palavra sangue temos seis letras, mas, se prestarmos atenção, há apenas a presença dos sons /sI/ãI/gi/e/, quatro fo- nemas, pois a letraafai apenasnasalizada pela letran, e a letra userviu apenas para aUxiliara letragem·sua produção sonora. Fique sempre atento às 'questões que envolvam contagem de fonema. No sistema vigente na Lingua Portuguesa, há letras para representar sons vocálicos (sem obstrução no momento da articulação) e consonantais (com obstrução no momento de articulação). ( Vogais - a, e, i, o, u Consoantes - b~c, d, f, g, h, j, k, 1,m, n, p, q, r, s, t, v, w,y,x,z , Ainda no campo dos sons vocálicos, pode-se fazer dis- ' tinção entre vogais (sons autônomos) e semivogais (sons de apoio). As semivogais apoiarão uma outra vogal, permane- cendo juntas em uma mesma silaba. vogal semivogal r • Alguns autores costumam separar as representações i, u como semivogais, mas, esta classificação dependerá do contexto em que as letras aparecerem. Veja os exemplos abaixo. Ora a letra o é uma vogal e ora semi vogal. Doi - da =Neste exemplo a letraQ, nesta sílaba, funciona como vogal e a icomo semivogal. Fa - cão = Agora a letra ª é uma vogal e a letra Q uma semivogal. ~~ ENCONTRO CONSONANTAL, VOCÁLICO E DÍGRAFOS •Encontro consonantal, como o próprio nome já diz, é aquele que ocorre quando, numa mesma palavra, juntam-se duas consoantes pronunciadas, que podem estar em urnames- ma sílaba quando se faz a separação ou em sílabas diferentes. Mas fique atento, pois as duas representações gráficas (letras) devem ser pronunciadas. Ex: prato, apto, advento, substantivo. •Dígrafo - Ocorre quando há encontro de duas letras, que representam apenasum só som~(rr, ss, qu, gu,xc, sc, 00, Ih, sc - alguns gramáticos também consideram dígrafos o encontro de vogal + m ou·n,·sãocharnados dígrafos vocálicos como ocorre na palavra tanto) Ex: Segillr, tanto, sa!l!!e Hiato-.Ocorre hiato quando duas vogais se encontram, mas na sepatliçãoda sílaba pertencem a sílabas diferentes. As- sim, o conceito·de.que a vogal precisa ficar sozinha na sílaba para ser classificada como hiato é incorreto. Ex: Juiz = Ju ~ iz Poeta=po - e - ta •Ditongo - Ocorrência de vogal e semivogal em uma mes- ma sílaba. Neste ponto é.necessário o candidato ficar atento aos ditongos geradosporencontrode vogal + consoante, geralmente a letra e + consoante (m), como ocorre no exemplo a seguir. Ex I:A palavra REFÉM aparentemente não possui ditongo, mas ao fazer-se a troca de letra para representação de fonema fica clara a presença da semivogal ino final da palavra-lrIe/fI "Ii/i/. Ex 1: P,ri - xa- ri - a Podemos ainda classificar os ditongos como: orais - ditongos em que o som produzido sai exclusiva- mente pela boca - faixa; nasais - ditongos em que o som sai pela boca, mas há uma obstrução no nariz - pão; crescentes - ditongos em que a semivogal inicia o en- contro - cárie; decrescentes - ditongos em que a vogal vem antes da semivogal - rei; •Tritongo - Ocorrência de semivogal, vogal, semivogal em uma mesma sílaba sempre nessa ordem. Ex: sa- guão 4 ~ Ortoépia A Ortoépia é o estudo que detennina as normas que regem a pronúncia das palavras em uma determinada língua. É a ortoépia que trata das divergências entre a pronúncia de uma palavra no dia a dia, pelos falantes, abrangendo contextos formais e informais. Contudo, vale lembrar que os desvios na pronúncia, em contextos informais, na linguagem popular, são facilmente admitidos, porém em contextos formais são alta- mente reprovados. Quando as palavras são 'pronunciadas incorretamente, comete-se cacoépia. É comum encontrarmos erros de ortoépia na linguagem popular, mais descuidada e com tendência natural para a simplificação. Podemos citar como exemplos de cacoépia: - "guspe" em vez de cuspe.- "adevogado" em vez de advogado. - "estrupo" em vez de estupro. - "cardeneta" em vez de caderneta. - ""peneu" em vez de pneu. - "abóbra" em vez de abóbora. - "prostar" em vez de prostrar. <S> DIVISÃO SILÁBICA "Vou terminar com a palavra mais bonita do mundo. Assim bem devagarzinho: amor. mas que saudade. Acm-o-r. Beijo-te. Assim comojlO1:Boca a boca. Mas que ousadia. E agora'-' agora Paz.. Paz e 'vida.·Es-touvi-va. Talvez eu não mereçatcInto." Clarice Lispector. A divisão silábica de qualquer vocábulo, assinalada pelo hífen, em regra se faz pela soletração, e não pelos seus elementos constitutivos segundo a etimologia. REGRAS: 1. A consoante inicial não seguida de vogal permanece na sílaba que a segue. cni-do-se mne-mô-ni-ca gno-ma pneu-má-ti-co 2. No interior do vocábulo, sempre se conserva na sílaba que a precede a consoante não seguida de vogal. ab-di-car ac-ne bet-sa-mi-ta sub-por drac-ma ét-ni-co sig-ma-tis-mo nup-ci-al op-ção sub-me-ter sub-por ab-so-lu-to ad-vo-ga-do ad-no-mi-nal ad-vir af-ta mag-ma cog-no-me al-fai-a-te nos-tal-gi-a e-gfp-cio ex-su-dar ex-ce-ção tungs-tê-nio pers-pi-cá-cia sois-ti-cio Daí-ne 3. Não se separam os elementos dos GRUPOS CON- SONANTAIS que iniciam uma sílaba nem os dos digrafos "CH, LH, NH". a-blu-ir fi-lho a-bra-sar a-che-gar con-tri-bu-ir en-gra-ça-do ma-Iha ma-nhã a-fri-ca-no re-fte-tir a-plai-nar su-bli-me 4. O "sc" no interior do vocábulo biparte-se, ficando o "S" numa sílaba, e o "C" na sílaba imediata. a-da-tes-cen-te con-va-les-cer des-cer ins-ci-en-te pres-cin-dir res-ci-são ins-tru-ir pers-pi-caz ins-cri-çãa subs-cre-ver subs-ta-be-le-cer NOTA: Forma sílaba com o prefixo antecedente a ""S" que precede consoante: abs-tra-ir ads-cre-ver ins-pe-tor in-ters-tí-cio ~, , 5. O "s" dos prefixos BIS, CIS, DES, DIS, TRANS e o X do prefixo EX não se separam quando a sílaha seguinte começar por consoante. Todavia, se iniciar-se por vogal, formam sílaba com esta e separam-se do prefixo. bis-ne-to cis-pla-ti-no des-li-gar dis-tra-ção trans-por-tar ex-Ira-ir bi-sa-vó ci-san-di-no de-ses-pe-rar di-sen-te-ri-a tran-sa-tlân-ti-co e-xér-ci-to 6. As letras "CC, Cç, SC, RR, SS" e as VOGAIS IDÊNTICAS separam-se quando da partição do vocábulo, ficando cada uma delas em sílabas diferentes. oc-cip-tal res-sur-gir pres-cin-dir ca-a-tincga te-lec-ção a-do-les-cen-te res-ci-são co-or-de-nar pror-ro-gar c(}Il~va-les-cer des-cer ge-e-na ã> NOTA: As vogais de hiatos, mesmo diferentes uma da outra, também se separam. Exemplos: a-ta-ú-de ca-í-eis du-e-lo fi-el je-su-i-ta po-ei-ra vi-ú.,.va do-er flu-iu le-al ra-i-nha sa-ú-de gra-ú-na mi-ú-do vo-o 7. Não se separam as vogais dos ditongos crescentes e decrescentes nem as dos tritongos. ai-ro-so a-ni-mais au-ro-ra a-ve-ri-guei ca-io cru-éis re-jei-tar fo-ga-réu gló-ria i-guais ó-dio joi-a sa-guão vá-rios sé-rie ja-mais su-bor-nou quais ã> NOTAS: (I) Não se separa do "U", precedido de "G" ou "Q", a vogal que a segue, acompanhada ou não de consoante. am-bi-guo u-bi-quo, lín-gua Gua-te-ma-la de-lin-quen-te (2) Palavras com três vogais juntas sendo a do meio a semivogallforma-se um ditongo com as duas primeiras letras. jiboi-a, mai-o 5 PARTIÇÃO DAS PALAVRAS EM FIM DE LINHA Na translineação, isto é, ao passar de uma linha para a seguinte, além das normas estabelecidas para a divisão silábica, seguir-se-ão os seguintes critérios: • Dissílabos como aí, saí, ato, rua, ódio, joia, unha, etc,. não devem ser partidos, para que uma letra não fique isolada no fim ou no início da linha. •Na partição de palavras de mais de duas sílabas, não se isola sílaba fonnada por uma vogal: agos-to (e não a-gosto), la-goa (e não lago-a), ida-de (e não i-dade) • Na partição de compostos hifenizados, ao translinear, repetir-se-á o hífen quando a secção da palavra coincidir com o final de um dos elementos do vocábulo composto: saca- cana- bem-me- -rolhas -de-açúcar -quer CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS QUANTO AO NÚMERO DE SÍLABAS 1. MONOSSÍLABA Palavras que possui apenas lima sílaba: a, é, eu, há, teu, sim, quais, mar, mel, ai 2. DISSÍLABA Palavra que possui duas sílabas: ca-S3 ma-nhã vo-o qual"quer a-Í mei-o 3. TRlSSÍLABA Palavra que possui três sílabas: si-la-ba do-çu-ra ne-va-da pe-te-ca can-ti-ga ro-sei-ra 4. POLISSÍLABA Palavra que possui mais de três sílabas: po-lis-sí-la-ba gra-má-ti-ca fi -10";50- fi-a in-cons- ti-tu-ci-o- nal-men-te oS' ORTOGRAFIA .,. Introdução A ortografia é a parte da gramáticaque trata da grafia correta das palavras. Neste módulo serão apresentadas algumas regras e dicas que auxiliarão o seu aprendizado, mas deve-se lembrar, sobretudo, que a leitura é um excelente auxílio para aprender a escrever corretamente, e o dicionário deve ser um companheiro constante do candidato. Afinal, é raro em uma prova o candidato lembrar-se de todas as exceções que envolvem a grafia das palavras. O que se utiliza na verdade é a memória visual que se tem das palavras. Rã uma probabilidade grande de aumentar o número de questões sobre ortografia nas provas atualmente, pois, com a mudança proposta pela reforma ortográfica, muitas palavras tiveram sua grafia alterada. .,. Regras Bãsicas - A palavra derivada será escrita com a mesma letra de sua primitiva. Ex: Laranja - laranjeira / casa - casarão Portanto, se a primitiva é com· S, a derivada será com s e assim consequentemente. • Não se usa trema nas palavras de língua portuguesa, mas atenção, a pronúncia das palavras permanece a mesma. Ex: tranquilo, linguiça, equino. Palavras estrangeiras devem ser grafadas como sua origem. Ex: Müller. - USA-SE "E" 1. Em verbos terminados em -oar e -uar no presente do subjuntivo: Ex: abenço~mago~SO~(soar), atu~ apazigu~continu.Ç. No caso do verbo apaziguar, não haverá mais o acento no presente do subjuntivo. 2. No prefixo latino ante ("anterioridade") e derivados: Ex: ant~braço, ant~câmara, ant~ontem 3. Nos verbos terminados em -ear (com exceção dos verbos do MARIO): Ex: gramp~io,bloqus:.io, passeamos, ceamos, apeamo- nos etc. 4. Nos verbos doMARIO;"-Itlé!diClr,:ansiar, remediar, incendiar e odiar no PI'esentedo indicativo. Ex: med~io,ans~io,remed~io,incend~io,od~io~ •USA-SE "I" 1.Nos yerbos.terminadosem:-uir, -air, -oer, na terceira pessoa do singular do presented() indicativo. Ex::sai, caj,·dói, rói; contribui, constrói, possui, restitui 2. No prefixo grego anti ("contra") e derivados: Ex: Anticristo,. antiPatia,anticlerical,· anti;.herói 3. Como vogal de ligação. Ex: camoniano, machadiano;.cafeicultura -USA-SE "O" 1. Em verbos terminados em -oar e em palavras que a primitiva se grafe com o: Ex: abenço.Q, SOº, (soar), magQas, magQamos. vOQ. ra> Atenção para o encontro 00 de hiato que não deverá ser acentuado, conforme nova regra ortográfica. •USA-SE "U" 1. Nas terminações -na, -ula ,-ulo: Ex: ágya; íngya, cálc!!lo, tentác!!lo •USA-SE" J" 1. Palavra de origem tupi, africana e árabe: Ex: jê, jenipapo, pajé. 2. Nos subjuntivos dos verbos em -ru: Ex: arranje, despeje, trajem, viajem(verbo) • USA-SE "G" "E" NÃO "J" 1. Nas terminações -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: Ex: adãgio, ágio, estágio, régio, refúgio 6 2. Nas terminações -agem, -igem, -ugem -ege, -oge: Ex: folhagém, viagem(substantivo), vertigem, frege ACESSÓRIO: aquilo. que não é essencial; ASSESSÓRIO: relativo ao assessor. 3. Nas terminações -agem, -igem, -ugem -ege, -age: Ex: folhagem, viagem, vertigem, frege •USA-SE "S" E NÃO "Z" 1. Após ditongos: ,Ex: besouro, lousa, ousar, tesouro 2. Nas formas verbais de querer, pôr e derivados: Ex: quis, quisesse, pus, pôs, repuser, compusesse •USA-SE "Z" E NÃO "S" 1. Nos substantivos abstratos derivados de adjetivos: Ex: acidez, avidez, gravidez, grandeza. pequenez 2. Nos sufixos -izar e -ização: Ex: amenizar, abalizar, civilizar, 1ll'banização •USA-SE "X" I. Em vocábulos de origem árabe, tupi e africana: Ex: almoxarife, xadrez, muxoxo, xavante, xingar 2. Para, no aportuguesamento, substituir o sh e o j: Ex: ,xampu, Hiroxima, lagartixa etc. 3. Após a inicial en-, desde que a palavranão.seja derivada de outra com ch: Ex: encaixe, engraxar, enxugar Mas: ,charco, encharcar" cheio, enchente são derivados de encher; portanto, grafam-se com - ch. 4. Após a inicia.1fi1e-, exceto mecha e derivados: Ex:·mexer, mexicano,feix~, gueixa, trouxa 5. Após ditongos, exceto recauchutar e derivados: Ex: baixa, baixela, frouxo, gueixa, trouxa ~ Palavras Parônimas Parônimas são palavras com grafia parecida, mas signifi- cados diferentes. O candidato deve ficar bastante atento, pois é muito comum alguns elaboradores usarem um em lugar de outro. Observe o exemplo da frase abaixo: "Um beneficio da era digital é o acesso rápido e fácil à informação e ao laser." Onde está o erro nesta frase? Quem respondeu a palavra laser acertou, pois o correto nesse caso é a palavra lazer, que tem como significado "diversão". A seguir alguns pares para relembrar: ACENDER: iluminar, pôr fogo em; ASCENDER: subir, elevar (daí: ASCENSÃO, ASCEN- SORISTA, ASCENDENTE). ACENTO: inflexão da voz, sinal gráfico; ASSENTO: lugar onde se assenta. AFERIR: conferir, comparar; AUFERIR: colher, obter. AMORAL: ausência·de moral, que ignora um conjunto de princípios; IMORAL: que é contrário, que desobedece a um conjunto de principios. APREÇAR: ajustar o preço de, atribuir valor a, ter apreço a; APRESSAR: tomar mais rápido, acelerar. ÁREA: dimensão, espaço; ÁRIA: peça musical para uma só voz. BROCHA: prego curto, de cabeça larga e chata; BROXA: tipo de pincel. CAÇAR: perseguir, capturar a caça; CASSAR: anular. CENSO: recenseamento; SENSO: juízo claro. CENSUAL: relativo ao censo; SENSUAL: relativo aos sentidos, CERRAR: fechar; SERRAR: cortar. CERVO: veado; SERVO: servente, escravo. CESSAÇÃO: ato de cessar (interromper); SESSAÇÃO: ato de sessar (peneirar). COMPRIDO: longo; CUMPRIDO: particípio passado do verbo CUMPRIR. COMPRIMENTO: uma das medidas de extensão juntamente com largura e altura; CUMPRIMENTO: ato de cumprimentar alguém, sau- dação, ou de cumprir algo. CONCELHO: jurisdição administrativa, município; CONSELHO: opinião, parecer, corpo coletívo superior, tribunal. CONCERTO: apresentação ou obra musical, entrar em acordo; CONSERTO: ato ou efeito de CONSERTAR, reparar algo que está danificado. COSER: costurar; COZER: cozinhar. DECENTE: decoroso, limpo; DESCENTE: que desce, vazante; DISCENTE: relativo a alunos; DOCENTE: relativo a professores. DEGRADADO: que está aviltado, diminuído (degra- dação); DEGREDADO: aquele que está no degredo, exilado. DELATAR: denunciar (delação); DILATAR: retardar, adiar (dilação). 7 DESCRIÇÃO: ato de descrever, tipo de redação, ex- posição; DISCRIÇÃO: reserva ao falar, qualidade daquele que é discreto prudente. DESCRIMINAR: inocentar, absolver (DESCRlMINA- çÃO); DISCRIMINAR: distinguir, diferenciar, separar (DIS- CRIMINAÇÃO). DESMITIFICAR: fazer cessar a mitificação (A CON- VERSÃO EM mito) existente a respeito de pessoa ou coisa; DESMISTIFICAR: livrar ou tirar da mistificação (en- gano, burla, abuso da credulidade). ( DESPENSA: compartimento para se guardar alimentos; DISPENSA: ato de dispensar. DESTRATAR: insultar; DISTRATAR: romper um trato, desfazer um contrato. ( EMERGIR: vir à tona, subir; IMERGIR: mergulhar, descer. EMIGRANTE: pessoa que sai do próprio país (EMI- GRAR, EMIGRAÇÃO); IMIGRANTE: pessoa que entra num pais estrangeiro (IMIGRAR, IMIGRAÇÃO). EMINENTE: que se destaca, excelente, notável; IMINENTE: que está prestes a ocorrer, pendente. ( EMPEÇO:empecilho, impedimento, obstáculo, estorvo; IMPEÇO: primeira pessoa do singular do verbo IM- PEDIR. . EMPOÇAR: formar poça; EMPOSSAR: darposse a alguém. ESPECTADOR: aquele que vê, que assiste a alguma coisa; EXPECTADOR: o qlie está na expectativa de, à espera de algo. . ESPERTO: ardiloso, malicioso, sagaz; EXPERTO: experiente, especialista, perito. ESPIAR: espreitar, olhar; EXPIAR: redimir-se, pagar uma culpa. ESPIRAR: soprar, respirar, estar vivo; EXPIRAR: expelir o ar, morrer. ESPREMIDO: particípio do verbo ESPREMER; EXPRIMIDO: particípio do verbo EXPRIMIR (também EXPRESSO). ( ( ESTADA: ato de estar, permanência, demora transitória de pessoas em algum lugar; ESTADIA: prazo concedido de carga ou descarga de um navio em um porto. Também é o prazo que se dá a veículos em um estacionamento ou garagem. EST ÁNCIA: lugar onde se está ou permanece, morada, paragem, estabelecimento rural, estação de águas minerais; INSTÂNCIA: qualidade do que é instante, pedido urgentee repetido~ jurisdição, série de atos de um processo, ordem ou grau da hierarquia judiciária .. ESTÁTICO: estar parado (como uma estátua); EXT ÁTICO: estar em estado de êxtase. ESTERNO: osso do peito; EXTERNO: exterior; HESTERNO: relativo ao dia de ontem. ESTRATO: tipo de nuvem, camada (estrato social; socie- dade estratificada = dividida em camadas; estratosfera, etc.); EXTRATO: o que foi extraído de algo (v. EXTRAIR), fragmento, resumo, sumo (extrato bancário, extrato de toma- te), essência (= perfume). FLAGRANTE: evidente, fato que se observa no mo- mento em que ocorre; FRAGRANTE: que exala cheiro agradável, aromático (fragrância). INCIPIENTE: iniciante, inexperiente; INSIPIENTE: ignorante. INFLAÇÃO: ato de inflar, aumento de preços; INFRAÇÃO: desobediência, violação, transgressão. INFLIGIR: aplicar ou determinar uma punição, um castigo; INFRINGIR: desobedecer, violar, transgredir. INTERCESSÁO: ato de interceder, interferência, inter- venção, súplica; INTERSE(C)ÇÃO: pontoernque duas linhas se cruzam, parte comum a dois conjuntos. LUCHAR: sujar; LUXAR: deslocar, desconjuntar. LUSTRE: brilho e, figuradamente, candelabro; LUSTRO: espaço de 5 anos. MAL: como um advérbio, isto é, modificando uma ação verbal, este termo deve ser grafado com L. Ex: Aquele cantor canta mal. (contrário de BEM) Também grafamos com L,quando esta palavra se apresenta como substantivo ou como conjunção subordinativa temporal. Ex: "O mal da humanidade é o seu grande egoísmo." (sinônimo de doença, problema) "Mal ele entrou em casa, a luz apagou." (igual a "assim que, no momento em que") MAU: sendo grafado com U, este termo é um adjetivo. Ex: Aquele menino era muito mau. (contrário de bom; feminino: má) MANDADO: ordem emanada de autoridade judicial ou administrativa; MANDATO: periodo de missão política. MAS (conjunção): sinônimo de porém, todavia, contudo; Ex: Ele é inteligente, mas desajeitado. MAIS: pronome indefinido ou advérbio de intensidade (contrário de menos). 8 ~ A Ortografia Oficial e o Uso do HífenEx: Ana precisa ter mais confiança em si mesma. (sinô- nimo imperfeito de "muita confiança"; pronome modificando o substantivo). Pedro é mais inteligente que Paulo. (contrário de menos; advérbio modificando o adjetivo) ONDE: retoma expressões de lugar e deve ser utilizado com verbos que não denotem movimento. Ex: O estádio onde está a exposição sobre Pelé ficou fechado. AONDE: Indica expressão de lugar, mas deve ser utili- zado com verbos que denotem movimento. Ex: Aonde você vai? PLEITO: disputa; PREITO: homenagem. PREEMINENTE: nobre, distinto, que ocupa lugar mais elevado; PROEMINENTE: alto, saliente, que se alteia acima do que o circunda. PRESCREVER: receitar ou perder a validade ("O médico prescreveu este remédio"; "O prazo já prescreveu"); PROSCREVER: banir, expulsar ("Ele foi proscrito da cidade."). PRESAR: prender, apreender; PREZAR: ter em consideração. RATIFICAR: confirmar, corroborar; RETIFICAR: alterar, corrigir. SEÇÃO (ou SECÇÃO): parte, divisão, departamento; SESSÃO: espaço de tempo, programa; CESSÃO: doação, ato de ceder. TACHA: pequeno prego; ou mancha, defeitomoral; ou tacho grande; TAXA: imposto, tributo financeiro. TACHAR: censurar, acusar, botar defeito em. TRÁFEGO: movimento, trãnsito de veículos ou de pedestres; TRÁFICO: comércio ilegal, negócio indecoroso. TRÁS: parte posterior; TRAZ: forma do verbo TRAZER. VULTOSO: de grande vulto, nobre, volumoso; VULTUOSO: atacado de vultuosidade (estado mórbido em que a face e os lábios se incham e avermelham muito). Ufa! São muitos os parônimos, portanto, quanto mais você ler e usar o dicionário, mais palavras você conhecerá o significado e não será necessário decorar. Algumas palavras com dupla grafia assobiar assoviar bêbado bêbedo toicinho toucinho hidroelétrica hidrelétrica bravo brabo biscoito biscouto Ii O correto, de acordo com as novas regras de ortografia da I língua portuguesa, é a segunda opção, ou seja. micro-ondas. Segundo as novas regras propostas pela reforma orto- gráfica, o uso do hífen em palavras formadas por prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefixos, como: aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc. e não por dois radicais, seguirá um novo padrão. Microondas ou micro-ondas? Observe as principais alterações: 1. Não se deve usar hífen quando o prefixo que antecede a palavra terminar em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento. Ex: semiárido Exceção: o prefixo co aglutina~se em geral com o segun- do elemento, meSmo quando este se inicia poro: coobrigar, coobrigação, coordenar:icooperar, cooperação, cooptar, coo- cupante etc. 2. Excetuando-se a palavra sub-humano, deve-se usar hífen em palavras que, após o prefixo, se iniciem pela letra H. Ex: anti-higiênico 3. Não se deve usar o hífen quando o prefixo terminar em vogal, e o segundo elemento começar por consoante difer'ente derous. Ex: autopeça Exceção: O prefixo vice deverá ser usado sempre com hífen. 4. Quando o prefixo terminar em vogal, e o segundo elemento for iniciado por r ou s, devem-se duplicar as letras que iniciem a palavra e suprimir o hífen. Ex: antirrábico, ultrassom 5. Se o prefixo terminar por vogal, deve-se usar o hifen se o segundo elemento começar pela mesma vogal. Ex: anti-ibérico 6. Quando o prefixo terminar por consoante, usa~se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante, nos demais casos não se deve usar hífen. Ex: inter-racial 7. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, deve-se usar sempre o hífen. Ex: pré-vestibular Fonte: Tufano. Douglas. Guia Prático da Nova Ortografia. Ed. Melhoramentos 9 ~ Grafia do Porquê ~ Prosódia a) Escreve-se separado e sem acento: Por que: .:. preposição por + pronome interrogativo que, na in-I trodução de orações interrogativas diretas ou indiretas. Por ,,"e saiste? (interrogativa direta) , Diga-me por que saiste. (interrogativa indireta) ! .:. preposição por + pronome relativo que, referindo-se I a um substantivo: Não sei o motivo por que saiste. (= pelo qual) Dê-me uma razão por que não posso sair. (= pela qual) .:. preposição por + conjunção integrante qlle: Anseio por que você saia b) Escreve-se separado e com acento por quê: preposição por + pronome interrogativo que no final das interrogativas. Saiste por quê? (= por que razão) c) Escreve-se junto e sem acento: Porque como conjun- ção, qualquer que seja: I Sai porque eu quis. (= pois) I .d) Escreve-se junto e com acento: Porquê como sUbs-1 tantlvo Não interessa o porquê da minha saída (=motivo) RESUMO r inicia perguntas diretas e indiretas é pronome relativo (= pelo qua]) é conjunção integrante (= por isso) Por quê ~- ...•. final de frases. Porque conjunção = pois. Porquê substantivo. Por que ( ~~ ACENTUAÇÃO ~ Introdução Este capitulo foi um dos mais atingidos pela reforma ortográfica que prevê a extinção dos acentos diferencias e dos acentos presentes em ditongos abertos. Normalmente, o candidato decora as regras de acentuação, mas, mesmo assim, erra algumas questões de prova. Por quê? Porque não sabe exatamente como aplicá-las. Segue abaixo um passo a passo para não deixar que questões simples de acentuação atrapalhem a sua prova. 1° Separe as palavras da alternativa ou da sequência proposta em sílabas. 2° Agora verifique a sílaba tônica e classifique a palavra em oxítona, paroxítona ou proparoxítona. 3° Verifique a terminação da palavra e se é necessário acentuá-la ou não. r' ( r • Exemplo: A palavra hífen deve ou não ser acentuada? E o plural em hifens? Seguindo o passo a passo teríamos: 1° hi - fen / hi - fens 2° A sílaba tônica é a penúltima, portanto, a palavra é paroxítona; no singular a terminação é -n, mas no plural é -ns; 3° Acentuam-se as paroxítonas terminadas em -n, mas I nãoas que terminam em -ns. I Assim deve-se acentuar a palavra hífen, mas não a pa-I lavra hífens. A prosódia trata da correta acentuação tônica das pala- vras. Cometer erro de prosódia é transformar uma palavra pa- roxítona em oxítona, ou uma proparoxítona em paroxítona etc. - "rúbrica" em vez de rubrica. - "sútil" em vez de sutil. - Hcôndor" em vez de condor. Enquanto a prosódia trata dos casos de mudança na sílaba tônica, a ortoépia trata dos casos de emissão incorreta de vo- gais, articulação imprópria de consoantes e timbre incolTeto. Estes desvios geralmente interferem na escrita, pois as pessoas têm tendência de escrever da mesma fonna que falam. Por exemplo, se uma pessoa pronuncia "cabelereiro", quando for escrever esta palavra terá uma grande inclinação para grafá-la desta maneira, e não da forma correta que é ~'cabeleireira". ~ Regras de Acentuação a) Oxítonos: O acento tônico recai na última sílaba: materiru, principru. Acentuam-se, no português, as oxítonas terminadas em -a, -e, -o, -em, -ens . Ex: café, refém, amém, parabéns, vatapá, paletó b) Paroxítonos: O acento recai na penúltima sílaba. As paroxítonas só recebem acentOem s1l3sílaba tônica quando fo- rem terminados emR-I~l'J-lr~-ditong()s,ã, ;..ã(), um. uns e ps. Ex: hífen, caráter,distância, bíceps, xérox, álbum, álbuns, ímã, órgão, amável, táxi, grátis c) Proparoxítonas: Nas proparoxítonas, o acento tônico recai na antepenúltima silaba. Todas as proparoxítonas de- vem ser acentuadas. Ex: matemática, física, árvore, ônibus d) Monossílabos tônicos: são acentuados os que termi- nam em -a, -e, -o. Ex: pé, pó, fé e) Ditongos abertos serão acentuados, casonão sejam paroxítonos. Ex: chapéu, constrói, anéis. f) Hiato: acentuam-se o i e u tônicos formadores de hiato quando estiverem sozinhos na sílaba ou seguidos de -s. Ex: sa-ú-de, ju-í-zes, Lu-ís, ba-ús. As letras "i" e "u" formadoras de hiato não recebem acento quando seguidos de -/Ih. Os encontros -00 e -ee, de acordo com a nova regra, perderam o acento. Ex: VO-O, ma-go-o, ve-em, le-em Não se acentua i e u após ditongo, com exceção de final de silaba. Ex: baiúca passa a baiuca Feiúra passa a feiura Tuiuiú permanece __ tuiuiú g) Acento diferencial: Há na língua portuguesa algumas palavras que recebem acento diferenciaL O acento diferencial somente permanecerá no verbo pôr e no verbo poder para distinção entre presente e passado. Ex: pôde/pode; pôr/por. pôde: Ela não pôde trabalhar no mês passado. Agora, o chefe não pode assinar os cheques . É para pQr os móveis na sala. A procissão passou pm: aqui. """'\ 10 .g. EXERCÍCIOS ( ) É o encontro de duas vogais pronunciadas em sílabas ~ diferentes. ~ Fonema, Letra, Hiato, Ditongo, Tritongo, Dígrafo, Encontro Consonantal Assinale a alternativa correta: ~--, 01) (AOCP) Assinale a alternativa em que todas as palavras a) 2,3, l. apresentam um dígrafo. b) 1,2,3. "', a) Milhões, pessoas, chance, aquelas. c) 2, 1,3. b) Pessoas, milhões, cognitiva. tinham. d)3,2,1. c) Velhice, aquelas, dessa, negativos. (CONSEP) Identifique a alternativa que contém palavras "1d) Mulheres, pesquisa, milhões, cognitiva. 05) que possuem encontro consonantal na mesma sílaba: ") 02) (ClAAR) Relacione as colunas de acordo com o número a) princesa, cravo, prático. de digrafos encontrados nas palavras. Em seguida, as- b) pneu, flauta, admitir. \ sinale a alternativa que apresenta a sequência correta. c) aspecto, naftalina, discussão. d) subtrair, praça, dignidade. , .. -." Alguns números poderão ser utilizados mais de uma vez, .~:e outros poderão não ser utilizados. ~ Divisão Silábica I digrafo ( ) excrescência -,OI) (PL) Assinale a alternativa em que a palavra está sepa- 2 dígrafos ( ) encaixasse rada corretamente: "3 digrafos ( ) inhame I ( ) corrompido a) Pa-ra-gua-i. ( ) extensão b) Pa-ra-Ie-le-pí-pe-do. "\ ( ) pouquinho c) Pa-rai-ba. " ( ) correspondência d) Qua-is-quer. " a) 2-1-2-2-2-1-3. 02) (EXATA) A sepàrllção silábica foi efetuada corretamen- b) 3-2-2-1-1-2-2. te em ambos os vocábulos de qual opção? "'c) 3 -3-1-1..,2-1..,2. a) Co-m-ci-di-am, nup-cial. d) 2-2-1-2-1-2~3. b) Nen-hum, rn-i-vo. c) Pa-ssa-va, pe-ri-o-do. 03) (CIAAR) Relacione as colunas de acordo com o número d) Res-pon-dia, to-cas-sem. -, de letras e o respectivo número de fonemas encontrados ~ nas palavras. Em seguida, assinale a alternativa que 03) (PL) Assmale a alternativa em que a palavra está sepa- apresenta a sequência correta. rada corretamente: a) A-ve-ri-gue. Alguns números poderão ser utilizados mais de uma vez, b) Coor-de-nar. e outros·poderão não. ser usados. c) Ár-du-a. d) P-neu-má-ti-co. 1. 4 letras e 5 fonemas ( ) isento 2. 6 letras e 5 fonemas ( ) fixo 04) (ADVISE) Assinale a alternativa que apresenta a divisão 3. 7 letras e 6 fonemas ( ) pesquisa silábica correta. 4. 7 letras e 6 fonemas ( ) conquista a) Si - gni - fi - ca - ti - va 5. 8 letras e 6 fonemas ( ) primeiros b) Re-ces-são 6. 8 letras e 7 fonemas ( ) ambiente c) Nu-tri-cio-na-is 7. 9 letras e 7 fonemas ( ) portanto d) Cons - u - mi - do - res "',8. 9 letras e 8 fonemas 9. mesmo número de ." letras e de fonemas 05) (FAFIPA) Assinale a alternativa cuja palavra não está separada corretamente. a) 2-9-6-9-9-9-5. a) A-pro-vei-ta b) 9-9-5-8-8-6-9. b) Em-pol-gou , c) 2-1-6-7-9-5-6. c) Trans - mi - ssor d) 9-1-5-9-8-9-5. d) Gar-ra-fa -, ~ Ortografia o', 04) (PL) Enumere a segunda coluna de acordo com a pri- meira: ~. 1. Hiato. OI) (CPPS) Aponte a palavra escrita de forma incorreta: 2. Ditongo. a) roxo 3. Tritongo. b) xuxu " ( ) Éuma vogal e uma semivogal juntas na mesma sílaba. c) caxumba ( ) É o encontro vocálico formado por semivogal + vogal d) puxar + semivogal formando uma só sílaba. " , 11 02) (FUMARC) Assinale a palavra grafada incorretamente: a) Que ele continue a comemorar sua vitória é o que desejamos. b) Diziam que um impecilho não deixou que ele parti- cipasse dos jogos. c) A displicência de alguns jogadores implicou a des- classificação do time. d) A única maneira de limpar o local era jogando creolina. r 03) (FUMARC) Assinale a palavra grafuda incorretamente: a) As músicas vão certamente extasiar a multidão que comparecer. b) Com os meus esclarecimentos, foi capaz de discernir meus desejos. c) Diante do que fez, havia pretensão nos seus atos. d) A tragetória da bola enganou quase todos os jogadores. 04) (FUMARC) Assinale a palavra grafada incorretamente: a) Por causa da sua magreza, teve que ser hospitalizada. b) Diante de tanta mesquinhez houve muita rejeição do grupo. c) Escolheram um mal momento para atrasar a partida. d) Na nossa franqueza. certamente não havia outra pretensão. ( 05) (FUMARC) Assinale a palavra grafuda incorretamente: a) Estava realmente obcecado, logo necessitava extra- , vasar. . I b) A dureza de suas atitudes suscitou dúvidas quanto a i sua educação. . • . .' I c) Houve o ~l~biscito, e o excesso de poder foi cont~do. I d) A hlpocnsJa dos conVIdados recrudeceu, a polIcIa I· teve de intervir.r i 06) (PL) Complete as palavras usando !iou,!. E assinale a alternativa correta: Gara_em, Refií_io, Acara_é, Rabu_ento, Via_ar, Ferru_em, Verti_em. a) j, g,g,j,j,j. g. b) g, g,j, g,j, g, g. c) g,j, g,j, g,j, g. d) g, g, g,j,j, g, g. ( (, 07) (PL) Complete as palavras usando §. ou~. E assinale a alternativa correta: ( a) s, S, $, Z, z, z. b) z, s, s, s, s, z. c) s, s, z, Z, s, z. d) z, s, s, z, s, s. r, 08) (EXATA) Assinale a alternativa onde todas as palavras estão grafadas corretamente: a) Analizar - Bazar - Burgueza - Buzina. b) Buzina - Catalizar - Colonizar - Riquesa. c) Cafezal - Fertilizar - Gozo - Pobreza. d) Chineza - Franceza - Ganzá - Turqueza. 09) (EXATA) Assinale a alternativa em que o emprego de "porque","porquê","por quen e '"porquê" está errado. a) Digam-me por que ele sumiu. b) Eles estão revoltados, por quê? c) Não aceito os seus falsos porquês. d) Todos sabem o porque do seu medo. 10) (PL) Complete com porquê, por quê, porque ou por que e assinale a alternativa correspondente: Ela não me ligou e nem disse __ .,.-_ Ester é a mulher vivo. Não saí de casa, estava doente. a) Por que - porque - por quê. b) Por quê - por que - porque. c) Porquê - porque - por quê. d) Porque - por quê - porque. 11) (PL) Assinale a alternativa em que o uso dos porquês está correto: a) Não ria, por quê o assunto é sério. b) Vocês vivem rindo! Por que? c) Esta é a razão por que ela riu. d) Não sei porque, mas não consigo parar de rir. 12) (CONSULPLAN) Assinale a afirmativa grafada in- corretamente: a) As árvores foram serradas. b) O português me comprimentou amavelmente, c) O fim das queimadas é incerto. d) Ninguém sabe O porquê de sua ausência. 13) (ADVISE) Indique a alternativa em que todas as palavras foram corretamente grafadas. a) coxixar -encaixar - recauchutar b) mexer - encher - enchoval c) vizinho - deslisamento - anzol d) jeito - gesto - canjica 14) (CONSEP) Marque a opção ein que o termo destacado está empregado corretamente: a) A menina não foi ao encontro por que adoeceu. b) Porque você não vai embora agora? c) O pai não sabia por quê o filho chegou tarde. d) Você não quis sair hoje. Por quê? 15) (FUMARC) "Por diversas vezes em prosseguiras investigações. Só conseguiu a situação com a colaboração de seus assessores." As lacunas do periodo dado ficam corretamente preen- chidas, respectivamente, por: a) hesitou - amenizar. b) hesitou - amenisar. c) hezítou - amenizar. d) exitou - amenizar. 16) (SOLUÇÕES) Assinale a alternativa incorreta: a) Para ascender a posto de responsabilidade, é neces- sário competência. b) Seja bem-vindo a nossa cidade, que tem apenas cinco luxtros de existência! c) Pedi ao banco todos os extratos da minha conta. d) Você sabe quais são os pontos cardeais? 12 07) (Moura Melo) Assinale a alternativa em que pelo menos uma palavra foi acentuada indevidamente: a) Os incrédulos não chegarão ao paraíso. b) Num átimo pensou em comprar o móvel de ébano. c) Elásticos eram os princípios do corrupto. d) Sou áustero, mas não sou aváro. 17) (PL) Marque (V) se for verdadeira, (F) se for falsa. E assinale á alternativa correta. ( ) bruxa - chalé - lixo - enxente - enxada. ( ) xarope - debaixo - engrachate - chute - desprezo. ( ) enxada - bixarada - chaveiro - xerife - descência. ( ) xícara - chicote - debaixo - chiado - descente. ( ) nascente - sesseta - dezesete - limpesa. a) F, F, F, V, F. b) V, V, V, V, V. c) F,F, V, V,F. d) F, V, V, F, F. ~ Acentuação Gráfica 01) (SOCIESC) Indique a alternativa que justifica o uso do acento gráfico incorretamente. a) Cúbico - palavra proparoxítona. b) Água - paroxítona tenninada em ditongo crescente. c) Climáticas - oxítona terminada em a(s). d) Potável - paroxítona terminada em I. 02) (FUNADEPI) Segue a mesma regra de acentuação de "último" a palavra: a) Armazéns. b) Caráter. c) Lápis. d) Álibi. 03) (CONSULPLAN) A acentuação das palavras encontra- se corretamente justificada, exceto em: a) indígenas: proparoxítona b) vê: monossílabo tônico c) .Amazônia: paroxítona ~enninada eIá ditongo d) porém: paroxítona tenriinada em "em" 04) (CETAP) A acentuação do vocábulo "concluíram", deve-se: a) por ser uma palavra oxítona. b) por todas as proparoxítonas serem acentuadas. c) por ser um vocábulo paroxítono. d) ao itônico do hiato. 05) (EXAMES) Marque a opção que traz a razão pela qual a palavra gerânios é acentuada graficamente: a) Paroxitona terminada em ditongo crescente. b) Paroxítona terminada em ditongo decrescente. c) Oxítona terminada em OS. d) Proparoxitona. 06) (Moura Melo) Assinale a alternativa que apresenta pelo menos uma palavra acentuada desnecessariamente: a) Impávido - Amabilíssimo. b) lnstável- Assédio. c) Oratória - Estratégia. d) Catéter - Rúim. I 08) I (CONSULTEX) A palavra crônica é acentuada grafi- camente porque é uma palavra: a) oxítona. b) paroxítona terminada em ditongo crescente. c) paroxítona terminada em CA. d) proparoxítona. 09) (CONSULPLAN) Assinale a alternativa em que a acen- tuação da palavra encontra-se corretamente justificada: a) Já: monossílabo tôníco. b) Você: paroxítona terminada em "e" . c) Cólica: paroxítona tenninada em "a~'. d) Lá: monossílabo átono. 10) (IDECAN) Em "O resultado da experiência foi, lite- ralmente, aterrador." .a:palavra destacada encontra-se acentuada pelo mesmo motivo que: a) herói. b) voluntário. c) até. d) insólito 11) (PL) Assinale a alternativa que tem uma palavra oxítona uma paroxítona e uma proparoxítona, respectivamente: a) Tórax - cípó - café. b) Lâmpada - táxi - bebê. c) Café - útil- árvore. d) Táxi - lâmpada - número. ~ Gabaritos FONEMA, LETRA, HIATO, DITONGO, TRITONGO, DÍGRAFO, ENCONTRO CONSONANTALI~ A I~ D I~ C lo~A I~ A DIVISÃO SILÁBICAI~ B I~ A I~ A lo~B I~ C ORTOGRAFIA MORFOLOGIA 13 ~, ESTRUTURA DA PALAVRA As palavras na língua portuguesa são formadas por um radical (menor unidade que atribui o significado da palavra) + desinências ou prefixos e sufixos. Observe a palavra a seguir: MENININHOS-.....,.. /' t t 4 1 2 3 1. Indica o radical, pois originará todas as palavras que possuam o mesmo valor semântico de menino (meninada, meninote, etc.), portanto menin- é o radical da palavra. 2. Indica que a palavra está no diminutivo, portanto - inh é uma desinência de diminutivo. I. 3. Indica o gênero masculino para a palavra, portanto, é -o uma desinência de gênero. 4. Indica a quantidade de seres (plural), portanto, o -s é uma desinência de número. Abaixo os termos que podemos acrescentar para formar novas palavras. Prefixo - Elemento que antepomos ao radical para mudar o significado da palavra. Ex: infeliz Sufixo - Inserimos após O radical, geralmente para alterar sua classe gramatical. Ex: felizmente Desinência de,Modo, e tempo - Nos verbos, indica o modoe o tempo em que o verbo está flexionado. Ex: amava (indica pretérito im perfeito do modo in- dicativo). Desinência de númer~e pessoa - Indica em qual pessoa do discurso o verbo está conjugado. Ex: cantamos (indica primeira pessoa do plural) Vogal de ligação - Une dois radicais para formar uma nova palavra. Ex: café + cultura = cafeicultura í ( í ( Vogal temática - prepara o radical para receber suas desinências e indica a conjugação à qual o verbo pertence. Ex: Amar - vogal temática a indica primeira conjugação dos verbos. ~, PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS "As múltiplas atividades dos falantes no comércio da vida em sociedade favorecem a criação de palavras para atender às necessidades culturais, cientificas e da comunicação de um modo geral. As palavras que vêm ao encontro dessas necessi- dades renovadoras chamam-se neologismos, (...)" (Evanildo Bechara) o neologismo, ao contrário do que se pensa, não é o ato de criar uma palavra, mas recriar algo que já exista na lingua. É usual o falante de uma língua atribuir um novo significado a palavras que já existam na língua, assim, neologismo é tanto atribuir um novo significado a palavras já existentes na lingua _como "inventar" uma palavra nova. A palavra legal surge para definir algo dentro da lei, mas hoje é mais utilizada para indicar algo bom, positivo. Esse é um processo de neologismo semântico, ou seja, atribuir novo significado a palavras também é neologismo. Na Língua Portuguesa, existem dois grandes processos de formação de palavras: composição e derivação. A composição caracteriza-se pela união de dois ou mais radicais que fonnam uma outra palavra de sentido diferente. Esta união pode ser feita por: • Justaposição - unem-se as palavras sem qualquer alteracão fonética:, Ex: gnarda-chuva, amor-perfeito, girassol (note-se que nesta última o acréscimo de -s na grafia serviu para manter a sonoridade e independência da palavra sol) • Aglutinação - unem-se as palavras com alteracão fonética. Ex: planalto (plano + alto), aguardente (água + ardente), fidalgo (filho de algo). •Hibridismo - unem-se as palavras cujos radicais provêm de linguas diferentes. Ex: automóvel (Grego + Latim), televisão (Grego + Português). A derivação é um processo de formação de palavras em que, a partir de um radical, fOnnarn~se palavras acrescentando prefixos esufixos. •Prefixai - feita com o auxílio de prefixos. Ex: infeliz, contrapor. •Sufixal - feita com auxílio de sufixos. Ex: jornaleiro, sulista. •,Parassíntese - feita com, o emprego .simultâneo .<ie prefixos e sufixos(é mais comum em verbos). Ex: espernel7r, empobrecer, desalmado. Peméar/esperne,observe'que neste, caso 'não,é possível alternar a colocação de prefixo e sufixo. ii Regressiva - consiste Ila redUção da palavra e ocorre principalmente Com substantivos derivados de verbos (mas há casos de substantivos derivados de outros substantivos). Ex: venda (vender), combate (combater), boteco (bote- quim). •Imprópria - consiste na mudança da classe gramatical da palavra. Ex: Foi wn comício monstro. (o substantivo monstro passa a adjetivo) O viver é dificil. (o verbo passa a substantivo) • Prefixai e sufixal - é feita com o acréscimo de prefixo e sufixo, mas a junção não precisa ser necessariamente simul- tânea. Ex: deslealdade, infelizmente, ilegalidade Observe que, nos exemplos acima, ao retiramos alterna- damente o prefixo ou o sufixo, a palavra não perderá sentido. legalidade/ilegal. . '0 Não confundir o processo de parassíntese com o de derivação prefixaI e sufixal. No primeiro caso ajunção de prefixo e sufixo ao radical deverá ser simultánea para que não haja prejuízo semântico e no segundo caso, a junção poderá ser feita alternadamente, pois não acar- retará prejuizo ao significado da palavra. 14 I 'f. a) O nosso garoto está ficando independente. ~ .:~ OUTROS PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS • Onomatopeia - é a formação de urna palavra a partir da reprodução aproximada. Ex: tique-taque, coaxar, grunhir (repare que o verbo que reproduz um som também é considerado um som onoma- topaico) •Sigla -letra inicial de uma palavra ou conjunto de letras iniciais de diversas palavras. Ex: ONU, PT, CEP • Abreviação - representação escrita de uma palavra, grafando-se apenas algumas de suas sílabas ou letras. Ex: obs., em lugar de observação; suj., em lugar de sujeito. .:~ CLASSES DE PALAVRAS Existem na Língua Portuguesa dez classes de palavras, que podem ser subdivididas em classes variáveis ou invariá- veis. Em geral, as classes que se relacionam com o substantivo devem concordar com ele gerando o princípio da concordãncia nominal. As classes de palavras são como os seres humanos, não estão fixas em uma classe, pelo contrário, pode'fll, de acordo com a posição que ocupam, ser classificadas de formas dis- tintas. Uma mesma mulher pode ser classificada como mãe, filha, inrnã, tia etc. Tudo em relação ao ponto de referência que se tome" Deste modo,.uma mesma palavra. que em uma situação pode ser classificada como advérbio, em outra situação pode ser classificada como um pronome. Observe o exemplo: a) Mais pessoas têm usado oF<3TS para financiar a casa própria. b) O PIE mais alto possibilita crescimento da economia. Na frase A, a palavra mais refere-se ao substantivo pes- soas, portanto, será classificada como pronome indefinido; já na frase B, a mesma palavra mais modifica o adjetivo alto e, portanto, será classificada como um advérbio. Note que é muito importante observar a frase como um todo antes de fazer a classificação das palavras. Na LÚlgua Portuguesa são dez as classificações possíveis para as palavras. * O verbo não faz plural como os outros termos variáveis, mas recebe uma desinência indicando o número e a pessoa em que está flexionado. ~ Substantivo Substantivo é a palavra com a qual designamos os seres em geral. O substantivo para que seja classificado como tal em uma frase será O ELEMENTO DETERMINADO. Observe: b) O jeito garoto da menina confundiu a todos.uL...J Observe que na frase A a palavra garoto é determinada I pelos termos o e nosso, funcionando como elemento nuclear é classificada, então, como um substantivo; na frase B, a palavra garoto determina e especifica a palavra jeito; ela funciona como um elemento determinante, então, será classificada como adjetivo. CLASSIFICAÇÃO DO SUBSTANTIVO I. Concreto - quando não estabelece relação de depen- dência com outros seres. Ex: Deus, bruxa, anjo, mesa, cadeira etc. 2. Abstrato - quando seu conceito existe a partir de outros seres. Ex: necessidade, ajuda, fé etc. 3. Primitivo - representa o primeiro radical da palavra. Ex: pedra, laranja etc. 4. Derivado - originado a partir do radical primário. Ex: pedreira, laranjeira etc. 5•.Simples - composto apenas por um radicaL Ex:·pé,.tempo, couve etc. 6.. Composto - composto por dois ou mais radicais. Ex: pé-de-cabra, passa~tempo, couve-flor etc. 7. Próprio - particulariza um ser dentre os demais. Ex: Atlãntico, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Afonso Pena etc. 8. Comum - generaliza elementos de uma certa espécie. Ex: rua, oceano, cidade etc. 9. Coletivo - exprime um conjunto de seres de uma mes- ma espécie. Ex: elenco, bando, população etc. FLEXÕES DO SUBSTANTIVO - O substantivo apre- senta três possibilidades de flexão: gênero, número e grau . •Flexão de gênero (masculino x feminino) 1. Biformes - uma fonrna para masculino e outra para feminino. Ex: gato x gata, príncipe x princesa 2. Uniformes - uma única fonna para ambos os gêneros. Dividem-se em: a) Epicenos - usados para animais de ambos os sexos (macho e fêmea). Ex: albatroz, badejo, besouro 15 b) Comum de dois gêneros - designam pessoas, fazendo Segue abaixo um quadro que resume a flexão dos subs- a distinção dos sexos por palavras determinantes. tantivos compostos. Ex: (o) (a) aborígine, (o) (a) camarada, (o) (a) herege, (o) (a) mártir c) Sobrecomuns - um só gênero gramatical paradesignar pessoas de ambos os sexos. Ex: algoz, apóstolo, cônjuge, guia, testemilllha, verdugo Atenção! Alguns substantivos, quando mudam de - mudam de sentido. genero, o cisma x a cisma I o crisma x a crismai/ o·' ocuraxacura gUla x a guIa I o lente x a lente I o moral x a moral •Flexão de número Nos substantivos simples, forma-se o plural em função do final da palavra. Vogal ou ditongo (exceto -ÃO) - acréscimo de -s. Ex: porta x portas, troféu x troféus Ditongo -ÃO -ÕES/-ÃES/-ÃOS, variando em cada palavra. Ex: pagãos, -cidadãos, c()rtesãos, escrivães, sacristães, capitães, capelães, tabeliães, faisões, guardiões -EM, -IM,-OM, -UM -acréscimo de -NS . . Ex: jardim x jardins R ou -Z - acréscimo de -ES. Ex: mar x mares; raiz x raízes AL, EL, OL, UL - troca-se -L por -IS. Ex: animal x animais, barril x barris •Plural de substantivos compostos A variação dos substantivos compostos pressupõe conheci- mento prévio das classes de palavras variáveis e invariáveis. Com raras exceções, dever-se-á observar se a classe é variável. Se for, continuará flexionando em número a palavra composta, mas se a classe for invariável, não poderá fazer plural a palavra que compõe o substantivo composto. Exemplos: guarda-sol = guarda-sóis /' "" verbo substantivo cachorro-quente = cachorros-quentes /' "" substantivo adjetivo Sem hífen aguardentes passatempos malmequeres Acrescenta s no final, como substantivo Elementos ligados por hífen: Ambos os ele- couves-floressubstantivo + substantivo mentes vão amores-perfeitossubstantivo + adjetivo adjetivo + substantivo para o plural. altos-fornos Elementos ligados por hífen: Só o segundo guarda-sóis verbo oupalavrainvariável+ elemento vai pisa-papéis substantivo ou adjetivo para o plural contra-ataques Elementos ligados por hífen: substantivo + preposição Só o primeiro ~ouas-de-colônia+ substantivo substantivo + substantivo elemento vai navios-escola com valor de determinante para o plural palavras-chave específico •Flexão de grau do substantivo Faz-se a flexão de grau do substantivo acrescentando-se a ele sufixos ou palavras que denotem grau. A.forma analítica é construída acrescentando ao· subs':" tantivo um adjetivo que denote quantidade_ Ex: pneu grande A forma sintética é construída acrescentando-se ao subs- tantivo um sufixo que denote grau. Ex: cãozinho Seguem, no quadro abaixo, sufixos indicadores de au- mentativo e diminutivo. Aumentativo Acrescentam-seos ricaço; bigodaça; ca- sintético sufixos: -aço, -aça; sarão;mulherona; dra- -ão, -ona; -alhão; malhão; montanha; -anha; -alha; -eiro; mwalha; maluqueira; -eira Aumentativo Associa-se a um casa enorme; grande analítico adjetivo homem Diminutivo Acrescentam-se os fogacho; cançoneta; sintético sufixos: -acho; -eta, ramalhete; burrico; -ete; -ico; -ilho, pecadilho; anilha; -ilha; -elho, -elha; garotelho; varandim; -im; -inbo. -inba; mocinho; casinha; -ito, -ita; -ola; -u)o cãozito; pequenita; montículo Diminutivo Associa-se a um casa minúscula; pe- analítico adjetivo q ueno jardim 16 í;l Adjetivo Adjetivo é a classe de palavras que caracteriza o substan- tivo. Pode flexionar em número. gênero e grau de acordo com o substantivo a que se refira. É importante ficar atento ao adjetivo, pois em uma análise textual esta classe de palavra traz muito do posicionamento do autor em relação ao assunto que veicula. Nem sempre o adjetivo é capaz de denotar a característica que se quer atribuir ao substantivo, então, um dos recursos que se tem é usar uma locução adjetiva. -ês, -or,-li acrescenta -3 geratriz, motrizmuda para -trizExs: O assassino trazia um olhar de fogo. t locução adjetiva O assassino trazia um olhar ígneo. t adjetivo -dor, -tor -eu (com e fechado) muda para -éia FLEXÃO DE NÚMERO DO ADJETIVO Apenas o segundo elemento assume a forma feminina (excetua-se surdo- mudo toma a francesa, encantadora, crua norte-ameri- cana, luso-espanhola FLEXÃO DE GRAU no ADJETIVO -Na flexão de grau dos adjetivos, é importante obserVar o grau superlativo relativo, pois também denotam uma relação .comparativa, entretanto, essa relação não se dá entre indivíduos, mas, sim, entre um indivíduo eO todo. Observe: Este foi o melhor ano de minha vida, pois fui aprovado no concurso. Nessa frase é possível perceber que houve anos bons, mas aquele ano que se destaca dentro de um grupo de anos é o que.o enunciador se refere naquele.IIl()m.ento. A seguir um quadro que sintetiza as flexões degrau do adjetivo. menta toma a agro-pecuárias, Absoluto forma do plural hispano-americanos, sintético -rimo por justaposição (excetua-se sur- médico-cirúrgicos, do-mudo que Antepõem-se ao adjeti- toma a forma luso-americanas Absoluto vo os advérbios muito, analítico bem, assaz, bastante, Referentes a cores imensamente, etc. quando o segun- verde-esmeralda, o mais an- do elemento é um não mudam amarelo-canário, Relativo de Antepõe-se o (a) ao tigo prédio. substantivo verde-azeitona superioridade comparativo de supe- Foi a mais hábilrioridade , Antepõe-se o (a) ao O Carlos é o alu- FLEXÃO DE GÊNERO DO ADJETIVO - Em geral, Relativo de comparativo de infe- no menos estu- o adjetivo assume o gênero do substantivo a que se refere. inferioridade rioridade diosodo de superioridade de igualdade .,-", -"" ", 17 ~ Artigo Artigos são palavras que antepomos aos substantivos para defini-los (0,a,05,as) ou indefini-Ios (um, uma, uns, umas), indicando-lhes, ao mesmo tempo,·o gênero e o número. Cabe lembrar que o artigo toma "substantivo" qualquer classe de palavras a que se refira. Ex: O não é uma palavra dificil de ouvir. Nesse exemplo, ao antepor-se o artigo antes do advérbio não, fez-se com que a palavra assumisse um valor substantivo na oração. O artigo pode ainda atribuir um valor qualitativo ao subs- tantivo, entretanto essa relação somente pode ser percebida no contexto frasal. Ex: Você procura um neurologista, pois eu conheço o (~ neurologista. Você vai adorar! Na frase acima o artigo serve para atribuir uma qualidade positiva ao neurologista. r ~ Pronome O pronome é a classe de palavras mais cobrada em um concurso. A partir dela é possível conferir vários conteúdos da Liogua Portuguesa. O pronome acompanha ou substitui o substantivo. Observe as frases: ~ a) Este assunto é comum em concursos públicos. b) Isto é o que mais cai em concursos públicos. No exemplo A, o pronome este; acompanha o substantivo assunto, portanto será classificado como pronome adjetivo demonstrativo. Maino exemploB, o pronome i$to substitui o substantivo assunto que fica implicitona frase, logo o pronome iSfoserá.c1assificado. como 'pronome substantivo demonstrativo. Abaixo segue um resumo das classificações do pronome. ( Ir- Pessoais Indicam direta- mente as três pes- soas do discurso. Retos, oblíquos, áto- nos e tônicos, reflexi~ vos e de tratamento. Indicam a posição Este, esse, aquele, dos seres no espa- tal, semelhante, etc. ço, no tempo e no contexto. Demonstrativos Relativos Relacionam-se a Que, quem, quanto, o um antecedente, qual, onde, cujo. representando-o na oração seguiote.(' ", (' r-- r .--. r ~ - Indicam o ser de forma indefinida. Tudo, nada, qualquer, próprio, semelhante, etc. Indefinidos Interrogativos Iniciam interro- gações diretas e iodiretas. Que, onde, qual. Possessivos Indicam posse ou em alguns casos respeito. Meu, teu, seu,etc. Indicam os termos Senhoria, santidade, normativos para Excelência, etc. tratamentos dos seres a partir da po- sição que ocupam na sociedade. Tratamento PRONOMES PESSOAIS - São aqueles que designanl as três pessoas do discurso. Classificam~se como: • Do caso reto - funcionam como sujeito na oração; • Do caso oblíquo - funcionam como complemento ou adjunto nas orações. Atenção! Os pronomes oblíquos são classificados como tônicos por serem precedidos de preposição nas frases; os pronomes oblíquos átonos não podem ser precedidos de preposição. eu me comigo tu te ti, contigo ele, ela se, o, a, si, ele, ela, lhe consigo nós nos nós, conosco vós vos vós, convosco eles, elas se, os, as si, eles, lhes elas USO DOS PRONOMES EU E TU- Apenas os pro- nomes eu e tu são considerados exclusivamente retos, visto que os demais podem aparecer na frase como receptores da ação verbal. Sendo assim, pode-se afirmar que os pronomes eu e tu não são regidos porpreposíçã()e serão sempre sujeito nas orações. ~ Ex: Traga o livro para eu ler. Em frases como esta, veri:fica~seque a preposição não está regendo o pronome eu, na verdwade, trata~se de duas orações sendo a segunda reduzida de infinitivo. Fiqne atento para esta estrutnra a seguir: Está na hora dele sair. !'f~ase acima está INCORRETA, pois o pronome Ele. e sUJelt~do verbo no infinitivo e, portanto, não pc- dena contraIr com a preposição. O COrreto seria: Está na hora de ele sair. 18 USO DOS PRONOMES O, A, LHE, LHES - Se você prestar atençàó às questões que costumam aparecer em con- curso envolvendo o conteúdo pronome, verá que quase sempre os pronomes oblíquos que estão nas alternativas são os átonos 0, a, lhe. O motivo desta frequência é o fato de muitos candi- datos, ainda, não terem percebido que a escolha do pronome oblíquo átono deve ser determinada por uma relação sintática. Os pronomes 0, a, os, as, só poderão substituir um termo da oração que não esteja regido por preposição. Ex: O candidato encontrou a professora no shopping sábado. Ao substituirmos o termo a professora por um pronome oblíquo, a única opção possivel seria o uso do oblíquo a, pois o tenno destacado não está precedido de preposição e é receptor da ação verbal. A frase assumiria, então, a forma: O candidato encontrou-.ª- no shopping sábado. Fique atento! Os pronomes oblíquos átonos são usados na frase sem preposição. Os átonos o, a, os, as substituem as formas ele, ela, eles, elas funcionando como objetos diretos. Ex: Ela convidou-o para palestrar. Em lugar de ela con" vidou ele para palestrar. Os pronomes lhe e lhes só podem substituir fonnas pre- posicionadas objetos indiretos, complemento nominal ou adjunto adnominal. Ex: Cortou os cabelos delt. Cortou-lhe os cabelos. Os pronomes oblíquos tônicos são usados sempre pre- cedidos de preposição. Ex: Entre mim e ti existe um pacto de lealdade. Fique atento para esta estrutora: É fácil para mim estudar português. A frase acima parece incorreta, pois temos um oblíquo tônico aparentemente regendo o verbo estudar, entretanto, ao analisannos com maior atenção a oração,vemos que a frase está invertida e o verbo estudar, na verdade, será sujeito do verbo ser. Veja a frase na ordem direta: Estudar português é fácil para mim. Agora ficou fácil perceber que o pronome mim não é sujeito do verbo estudar, portanto um recurso para verificar a correção desse tipo de estrutura é colocar a frase na ordem direta Fique atentol PRONOMES DEMONSTRATIVOS - Indicam a posição dos seres com relação às três pessoas do discurso. situando-as no tempo ou no espaço. Passado vago, ao que vai Próximo ser dito. de quem Presente fala (I' - Numa enumeração, pessoa) refere-se ao que foi último. Próximo de com Passado - Refere-se ao que jáquem ou Futuro se fala próximos foi dito. pessoas remoto Numa enumeração, refere-se ao que foi dito primeiro. Então é possível afirmar,tempoe.espaço na narrativa a partir do uso do demonstrativo. Observe a frase abaixo: Ex: Este ano haverá eleição para prefeito. I I O leitor consegue delimitar que o ano a que se refere o enunciador é o ano de 2008, apenas, pelo uso do pronome este. Veja a frase a seguir: Ex: Essa blusa é realmente linda! Pela escolha do pronome essa, é possivel afirmar que a blusa a que o enunciador_serefere não estápróxÍItJ.ado enun- dador, -mas sim-do· receptor da inf0rt11ação~ Desta fonna, muitas vezes as afinnaçôes que constam nas alternativas parecem pura extrapolação da análise textual, mas a afinnação foi algo delimitado pela escolha do pronome demonstrativo. Fique atento! Os pronomes demonstrativos podem também ser usados em um contexto de oração para a retomada de tennos já expres- sos anterionnente ou para o que ainda há de se enunciar. Veja: Ex: Entre o Amazonas e o Nilo, acho este mais caudaloso que aquele. A partir do exemplo, percebe-se que o demonstrativo este retoma o último elemento citado (Nilo), e o demonstrativo aquele retoma o primeiro elemento citado (Amazonas). Usa-se o demonstrativo este (e flexões) para o que ainda será citado (catáfora) e o demonstrativo esse (e flexões) para o que já foi mencionado (anáfora). Ex: Ouça estas palavras: "Quem comferro fere. com ferro será ferido"( catáfora) "Quem sai aos seus não degenera", muito sábias essas palavras. (anáfora) 19 r, PRONOMES RELATIVOS - São assim chamados porque se referem a um substantivo ou a um pronome subs- tantivo mencionado anteriormente. O relativo também inicia uma oração adjetiva. Ex: A informação que procuram não está nesta página. O pronome que se refere àpalavra iriformação evitando sua repetição. Essa é a função do relativo nas frases: substituir, como já foi definido, um termo que foi utilizado anterionnente. Os pronomes relativos também são muito frequentes em questões de concurso público, uma vez que, a partir de seu uso. é possível estabelecer conexão entre semântica e sintaxe. Questões que envolvam a regência do relativo são muito simples, entretanto o candidato deve ter um bom conbecimento de regência nominal e verbal. r r Veja a frase abaixo: O filme que assisti ontem falavasobre o conflito na Geórgia. Aparentemente a frase está correta; o pronome relativo des- tacado está substituindo a palavra filme para evitar repetição. Façamos a divisão da frase em duas orações, recolocando a palavrafilme em lugar do relativo que. O filme falava sobre o conflito na Geórgia. Assisti o filme ontem. r I. Neste ponto, um candidato mais atento perceberia mn erro de regência verbal. O verbo assistir quando tem o valor semântico igual a ver precisa receber a preposição a, mas isso não ocorreu na frase desmembrada. r o correto seria: Assisti ao filme ontem. Emlugar de Assisti o filme ontem.(- / I. Como representar ·essa infonnação no uso do relativo? Simplesmente coloque a preposição solicitada pelo verbo antecedendo o pronome relativo. Veja: O filme a que aSsisti ontem falava sobre o conflito na Geórgia. o quadro abaixo apresenta os relativos e os termos que substituem. Elementos retomados pelos relativos Pronome relativo Antecedente que, o qual Pessoas, coisas quem Exclusivamente Pessoas quanto Pronomes indefinidos cujo Função adjetiva (posse) por isso vem entre dois substantivos ou tennos substantivados onde Lugar Exemplos de nso do pronome relativo: O jOgadOWUal me refiro joga na Itália. • JÍ'\O jogador Garrincha, a quem prestaram homenagem, será eterno. JÍ'\ Tudo quanto quero é a aprovação neste concurso. JÍ'\ A população cuja cultura não é conservada se perde de sua origem. JÍ'\ A região onde foi encontrada a ossada era área de pre- servação ambiental. Observe a frase a seguir retirada de uma questão de prova: /'>I. "Em Minas o que se respira é liberdade". ! o = aquilo O termo que antecede a palavra que é o pronome o, que, ao ser trocado por aquele/aquilo nos confinna realmente a classificação do que relativo. fé> Para guardar! . O trocado poraquilo, se de que o e demonstrativo e o que é 'relativo. Sucedido. este FUNÇÃO SINTÁTICA DO PRONOME RELATIVO - O pronome relativo sempre inicia uma oração e, nela, equi.;, vale ao nome que o antecede. Tal equivalência não é apenas semântica, mas também sintática. Isso significa. que o pronome relativo desempenba na oração que inicia a mesma função que seu antecedente desempenbaria. Se você ficou atento ao segundo exemplo dado de uso do relativo, percebeuqüea necessidade da preposição antes do pronome relativo. se originou- na funçãO .sintática que o termo substituido exercia na frase. Reveja o exemplo: O filme a que assisti ontem falava sobre o conflito na Geórgia. O pronome relativo (que) retoma a palavra filme, que ficará implícita na oração assisti ontem. Então, teríamos: O filme falava sobre o conflito na Geórgia. Assisti ao filme ontem. O pronome relativo (que) substituiu a expressão ao filme, que na oração é classificado como complemento do verbo assistir (objeto indireto); logo o pronome, por analogia semântica e sintática, será classificado como objeto indireto do verbo assistir. Outras funções do pronome relativo . •Objeto indireto: Ex: Eu aguardo com ansiedade a revolução de que tanto falam. (Falam da revolução. = objeto indireto) 20 •Complemento nominal: Ex: Queriam conhecer o tal gênio a que faziam refe- rência. (Faziam referência ao gênio. = complemento nominal) •Predicati"o: Ex: Não reconhecia o monstro que se tomara. (Tomara-se o monstro. - predicativo do sujeito) •Agente da passiva: Ex: Está é a mulher por quem fui conquistado há anos. (Fui conquistado pela mulher. = agente da passiva) Você pôde perceber que o relativo "que", assim como "0 qual" e "quem", pode desempenhar diferentes funções sintá- ticas na oração iniciada por ele: sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, etc. Já outros pronomes relativos não têm essa versatilidade: assumem sempre a mesma função sintática. É o caso dos seguintes pronomes: •Cujo - o pronome relativo cujo por estabelecer sempre uma relação de posse entre os elementos que une, será sempre classificado como adjunto adnominal. (possuidor) (coisa possuída) Ex: "Os candidatos cujos nomes ap~ecem na lista estão classificados", • Oride - o pronome relativo onde, por substituir um elemento que denote lugar, será sempre classificado como adjunto adverbial de lugar. Ex: "Já está decidida a cidade onde acontecerão os próximos jogos. PRONOMES INDEFINIDOS - Determinam a 3' pessoa gramatical de modo vago e impreciso nas orações. algum alguma alguns algumas nenhum nenhuma nenhuns nenhumas todo toda todos todas certo certa certos certas muito muita muitos muitas pouco pouca poucos poucas cada vário vária vários várias tanto tanta tantos tantas outro outra outros outras Os pronomes indefinidos geralmente causam dúvidas aos candidatos em relação à concordância nominal, mas basta que o candidato saiba quais pronomes podem variar e fazer a con- cordância com o tenno a que ele se refere, por mais incomum que a frase pareça. Veja o exemplo: ~ Vária vez teve possibilidade de voltar a estudar. A frase anterior com certeza ficaria mais agradável ao falante se estivesse no plural "Váriasvezes". mas é importante lembrarmos que o pronome indefinido várias é variável e concorda na frase com o substantivo vez que está no singular. Assim, a frase está correta. PRONOMES POSSESSIVOS - Indicam na frase o possuidor. É comum algumasorgooi:zad0l"aS de concurSOS pedirem a. troca do possessivo por uma fOrrlla'mais elegante e que se evite ambiguidade. Nesses casos, usa-se, então. 11m pronome oblíquo correspondente que assnmirá um valor possessivo. Observe: -~ Ele seguia meus passos como um cão. (linguagem co- loquial) Ele seguia-me .os.passos como um cão. (linguagem fomml) PRONOMES INTERROGATIVOS - São os pronomes indefinidos que, quem, qual e quanto que se empregam nas perguntas, diretas ou indiretas. Ex: Qual autor você mais gosta? L proo. interrogativo .\ PRONOMES DE TRATAMENTO - Pertencem à forma de reverência normativa que consiste em nos referinnos às pessoas pelas suas qualificações ou cargos que ocupam na sociedade em que vivem. Os pronomes de tratamento apresentam certas peculia- ridades quanto à concordância verbal e nominal. Indiferente- mente do tenno que o acompanhe, a concordância deverá ser feita sempre na 33 pessoa. Ex: "Vossa Senhoria nomeará o substituto" -, Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento são sempre os da terceira pessoa. ',", Ex: '''Vossa Senhoria nomeará seu substituto" (e não '''Vossa... vosso ..."). 21 Usa-se vossa quando o emissor está dirigindo-se ao I MILITARES í interlocutor-e sua quando está falando sobre o interlocutor. O quadro abaixo traz as formas de tratamento e seus Pronome de Abreviatura Usado para respectivos referentes. tratamento Vossa V. Ex.3 Oficiais generais CIVIS Excelência (até coronéis) Vossa Pronome de Senhoria V S." Outras patentes militaresAbreviatura Usado para tratamento Presidente da Repúb])ca, COLOCAÇÃO DOS PRONOMES OBLÍQUOS Senadores da RepúbH- ÁTONOS - Colocação pronominal é a aná])se do pronomeca, Ministro de Estado, Governadores, Deputa- oblíquo átono em relação à posição que ocupa junto ao verbo. Vossa V. Ex.' dos Federais e Estaduais, Excelência Prefeitos, Embaixadores, Exemplos: Vereadores, Cônsules, ""Chefes das Casas Civis e a) Trouxeram-me uma informação nova sobre o edital.Casas Militares Vossa O pronome oblíquo está colocado posterior ao verbo, ou VM. Reitores de Universidade sej~está enclítico ao verbo.Magnificência IDiretores de Autarquias /"01. Vossa V. S.' Federais, Estaduais e Mu- b) Que me dizes das informações do edital? Senhoria nicipais O pronome oblíquo átono está colocado antes do verbo; JUDICIÁRIAS está proclítico ao verbo. ""/"01. Pronome de Abreviatura Usado para c) Falar-te-ei dos novos rumos da língna portuguesa. tratamento Vossa Desembargador daJustiça, O pronome oblíquo átono está colocado entre o verbo e Excelência V Ex.' curador, promotor sua desinência; está mesoclítico ao verbo. Meritissimo . M, Juiz Juízes de· Direito Juiz O quadro a seguir traz as situações que favorecem a ... escolha da posição do pronome . í Indicativo de Próclise Indicativo de Ênclise Indicativo de Mesóclise • Palavra negativa •Início de frase •Verbos no futuro do presente ou •Advérbio •Imperativo afirmativo futuro do pretérito • Pronomes indefinidos e relativos •Advérbio virgulado •Conjunções subordinativas •Gerúndio sem preposição • Geníndio com preposição em •Optativas com sujeito posposto • Orações interrogativas, exclamativas ou optativas • Infinitivo preposicionado COLOCAÇÃO DE PRONOME ÁTONO COM DOIS VERBOS - O verbo na forma de particípio não admite êncli- se a ele, portanto o pronome átono deverá estar enclítico ou proclítico ao auxiliar. Ex: O prefeito tinha-o encontrado ou O prefeito o tinha encontrado. Nas locuções de gerúndio ou infinitivo, o pronome oblí- quo átono poderá estar enclítico ou proclítico ao auxiliar ou ao principal, excetuando os casos em que ocorram palavras atrativas. Ex: Eu quero falar-lhe.! Eu lhe quero falar.! Eu quero- lhe falar. ~ Numeral A função dos numerais é quantificar ou enumerar o termo a que se refere. Atualmente poucas questões envolvem o uso do numeral. 22 Observe as frases abaix(): a) O brasileiro usa a lixeira. ~ b) O brasileiro eventualmente usa a lixeira. à direita; à esquerda; à distância; ao lado; ao largo; de cima; de dentro; de fora ~ Advérbio A função dos advérbios na frase éde modificar um verbo, um adjetivo ou outro advérbio, atribuindo-lhe uma circunstância. LOCUÇÕES ADVERBIAIS - São compostas de pre- posição + adjetivo ou substantivo que exercem as meSmas funções que o advérbio. à noite; tarde; às vezes; de dia; de manhã; Repare que na segunda frase o advérbi() niodifica a ação do. verbo usar, atribuindo uma circunstância à frase que fun- ciona quase como uma crítica dó enunciador em relação ao ato de não haver frequência e, sim, eventualidade de ação. de pouco; de todo. Além das circunstâncias descritas acima, as locuções adverbiais podem ainda inserir circunstâncias de: •Companhia - Ele saiu do escritório com o advogado. • Meio - Costumava vir ao curso de carro. • Instrumento - Preferiu escrever os convites à mão. sim; certamente; realmente; decerto; efetivamente; etc. muito; pouco; mais; menos; demasiado; quanto; quão; tanto; tão; assaz. •Finalidade - Estudava para aprovação. não; nem; nunca; jamais; etc. •Causa - O povo na Geórgia morria de fome. Os advérbios e as locuções adverbiais são palavras que atribuem valores semânticos, portanto só poderão ser classificados no contexto em que aparecerem.acaso; porventura; possivelmente; pro~ vavelmente; quiçá; talvez. ainda; até; mesmo; inclusivamente; também. ~ Preposição As preposições são palavras invariáveis que unem dois temlOS. Contextualmente, podem inserir um valor semântico às palavras que ligam. ~, - -." 23 • Causais - que, porque, como (quando equivale a por- '-""------'-------<-'------'-'------'il que) visto que,já que, uma vez que, etc. Inserem a causa da ocorrência da oração principal. Ex 1: Os chineses cavavam os escombros com as mãos. t instrumento í Ex ,: Fogão ª lenha t instrumento Ex ,: Fogão de lenha t r matéria Apesar de não variarem em número e gênero, as pre- posições podem contrair ou combinar com outras classes de palavras. Ocorre uma contração de preposição quando a preposição se junta a outra palavra havendo perda fonética. Ex: Ele esperava a resposta M sala de estudo. t contração da preposição em + artigo a Há uma com binação de preposição quando a junção da preposição + outro tenno não gera perda fonética. 'Ex: Iremos .!2 reitor prestar nossas condolências. t combinação de preposição a + artigo o O quadro abaixo traz as preposições com por conforme em salvo a I entre'contra semante '.-consoante mediante segundoapós .de para sob até desde perante sobre durante trás (" LOCUÇÕES PREPOSITIVAS - São compostos que fazem a mesma função da preposição, conectar palavras. Geralmente iniciam e tenninam com uma preposição. ( Observe o quadro das locuções prepositivas. abaixo de apesar de em baixo de para baixo de acerca de a respeito de em cima de para cima de acima de atrás de em frente a para com a despeito de através de em frente de perto de adiante de de acordo com em lugar de por baixo de a fim de debaixo de em redor de por causa de além de de cima de em tomo de por cima de antes de defronte de em vez de por detrás de ao lado de dentro de graças a por diante de ao redor de depois de junto a por entre a par de diante de perto de por trás de i;! Conjunção As conjunções são elementos de coesão, ou seja, têm como função unir verbos de um período. Ao estabelecer essa conexão, cria uma relação de coordenação ou subordinação entre os verbos que une. A coordenação ocorre quando os verbos da oração são conectados sem dependência sintática (função) ou semântica (sentido). • Condicionais - se, caso, sem que, uma vez que, desde que, contanto que, etc. Inserem a condição para que a oração principal se realize. Observe a frase ahaixo: 1 i 2 i Os candidatos precisam de atenção/,