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SANEAMENTO
Eliane Conterato
Redes coletoras
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Definir rede coletora, interceptor e emissário.
 � Reconhecer as unidades básicas de um sistema de esgotos sanitários.
 � Explicar o funcionamento de um sistema de esgoto sanitário.
Introdução
Desde que o ser humano passou a viver de forma fixa em uma área, 
ele começou a se preocupar com o afastamento dos resíduos gerados 
para manter o ambiente limpo e saudável. Contudo, essa remoção deve 
ser realizada de forma correta, e um destino ambientalmente correto 
deve ser dado ao material. Um sistema de coleta de esgoto é composto 
por diferentes estruturas e serviços que garantem a coleta, transporte 
e destinação final adequada do esgoto gerado em nossas residências. 
Neste capítulo, serão abordados os conceitos de redes coletoras, 
interceptor e emissário — unidades básicas de um sistema de esgotos 
sanitários. Será estudado o modo de funcionamento de cada uma dessas 
unidades (tubulações), auxiliando o desenvolvimento das atribuições 
adequadas ao gestor ambiental.
Definições básicas e órgãos acessórios
O sistema de coleta e transporte de esgoto sanitário é projetado, em sua 
grande parte, por gravidade, ou seja, adaptando-se à topografia da região para 
escoar naturalmente. Durante o transporte, dependendo das condições físicas, 
é necessária a construção de estações elevatórias ou trechos que funcionam 
sob pressão para transpor obstáculos topográficos. 
O sistema, portanto, é composto não apenas por tubulações, mas também por 
órgãos acessórios (unidades) que permitem a interligação e o funcionamento do 
sistema como um todo. Para entender o funcionamento do sistema de coleta e 
transporte de esgoto, é necessário definir os principais componentes. A seguir, 
serão apresentadas as definições que serão importantes para o entendimento 
do restante do capítulo.
Rede coletora
Segundo Nuvolari (2011), a rede coletora é constituída por ligações prediais, 
coletores de esgoto, coletores tronco e seus órgãos acessórios. 
A ligação predial interliga o sistema de esgoto do imóvel (propriedade 
particular) ao sistema de coleta público. A construção dessa parte do sistema 
é de responsabilidade do usuário e deve seguir instruções técnicas do órgão 
responsável local. A delimitação entre o coletor predial e a parte pública do 
sistema é feita através da caixa de inspeção, instalada geralmente do limite 
do terreno. A caixa de inspeção é interligada ao coletor público de esgoto 
por ligação domiciliar. A Figura 1 mostra um esquema de ligação predial ao 
coletor público de esgoto.
Figura 1. Corte esquemático de uma ligação domiciliar ao coletor público de esgoto sanitário.
Fonte: Nuvolari (2011, p. 44).
Alinhamento predial
Passeio
Rua
Ligação
domiciliar
Caixa de
inspeção
Coletor predial
(manilha DN 100)
Coletor público de esgoto
Segundo Azevedo Netto et al. (1998), o coletor público de esgoto é a 
canalização que recebe efluentes de coletores prediais em qualquer ponto de 
sua extensão. Os de maior extensão são chamados de coletores principais. O 
autor ainda define coletor tronco como canalização de maior diâmetro que 
recebe apenas contribuições de coletores de esgoto, despejando o efluente 
Redes coletoras2
em um interceptor ou emissário. O esgoto escoa por gravidade nos coletores, 
portanto, em uma mesma cidade, o traçado dos coletores é realizado por bacia 
de contribuição. O efluente de cada bacia pode ser conduzido para outra bacia, 
por meio de recalque ou despejo na tubulação principal que leva ao destino final.
Os coletores podem ser construídos em diversos materiais. Conforme Bevi-
lacqua (2006), nas redes coletoras, vem sendo utilizado o PVC, principalmente 
devido à sua praticidade na instalação, manuseio e redução de manutenção. 
Interceptor e emissário
Os coletores tronco despejam o efluente em uma grande tubulação, chamada 
de interceptor; por sua vez, o interceptor segue para o destino final recebendo 
contribuições em pontos específicos. O interceptor não recebe contribuições de 
ligações domiciliares ao longo de seu trecho. A Figura 2 mostra um esquema 
de coletores e interceptor. O esgoto escoa por gravidade em um interceptor.
Figura 2. Esquema mostrando coletor de esgoto, coletor tronco e interceptor.
coletor de esgoto
ligação domiciliares
coletor de esgoto
co
le
to
r
tr
on
co
interceptor
vai para estação 
de tratamento 
de esgoto
O emissário de esgoto é o conduto final do sistema, que leva o efluente 
para o destino final (tratamento). Essa tubulação recebe contribuição apenas à 
montante, ou seja, não recebe nenhuma contribuição ao longo de sua extensão. 
Portanto, o último trecho de um interceptor pode ser considerado um emissário. 
O esgoto pode escoar por gravidade ou ser bombeado nesse tipo de tubulação.
Em relação aos materiais dessas tubulações, Bevilacqua (2006), coloca que, 
em coletores e interceptores, a fibra de vidro, o PEAD e o concreto de alta 
resistência para a cravação estão sendo empregados; nas linhas de recalque 
3Redes coletoras
(emissários), há uma predominância de ferro fundido dúctil. O autor salienta 
que a escolha do tipo de material das tubulações de esgoto deve ser feita com 
estudos técnicos e econômicos que relacionem custos do material, hidráulica 
das tubulações, custos de construção, interferências existentes, facilidade no 
transporte, manuseio, estocagem, tipo de solo, profundidade do assentamento, 
disponibilidade e periodicidade de manutenção.
A Figura 3 mostra um dos maiores emissários já instalados no Paraná 
para transportar esgoto doméstico. A tubulação, construída pela Sanepar na 
cidade de Cascavel, tem 13,3 quilômetros de extensão em trechos aéreos e 
subterrâneos (em túnel), enterrados em diversos níveis de profundidade. A 
rede possui diâmetros que variam de 400 a 700 milímetros. 
Figura 3. Interceptor de esgoto construído em Cascavel, PR.
Fonte: Paraná (2011).
Redes coletoras4
Para o funcionamento do sistema, é preciso projetar unidades específicas 
para possibilitar interligação, transposição de obstáculos, inspeção, ou limpeza 
da rede. A seguir, serão apresentadas definições de algumas dessas unidades.
Unidades do sistema
Órgãos acessórios são utilizados ao longo do sistema de coleta e transporte de 
esgoto para permitir interligações, transpor obstáculos ou facilitar a inspeção 
e limpeza da rede em geral. A norma brasileira NBR 9649, de 30 de novembro 
de 1986, que fixa as condições exigíveis na elaboração de projeto hidráulico-
-sanitário de redes coletoras de esgoto sanitário, descreve os seguintes órgão 
acessórios (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1986):
 � poço de visita (PV);
 � tubo de inspeção e limpeza (TIL);
 � terminal de limpeza (TL);
 � caixa de passagem (CP);
 � sifão invertido;
 � passagem forçada.
O poço de visita (PV) é uma câmara que permite a visitação para limpeza 
ou manutenção. Ele pode ser construído em qualquer singularidade ou na 
reunião de coletores. Em alguns casos, ele pode ser substituído por TIL ou 
TL. A Figura 4 apresenta uma seção transversal (corte) de um PV, que mostra 
a chaminé utilizada para a descida e um balão, que possibilita a entrada para 
inspeção.
5Redes coletoras
Figura 4. Seção transversal esquemática de um PV (sem escala).
Fonte: Nuvolari (2011, p. 44).
Balão com diâmetro
interno Φi = 1,00m
Tampão de
ferro fundido
Nível do
pavimento
Chaminé com 
altura variável
Balão com
altura máxima
de 2,00 m
A utilização de PV é obrigatória na reunião de 3 ou mais entradas (união 
de coletores); quando a interligação de um coletor em outro provoca um des-
nível de mais de 50 cm; nas extremidades de sifões invertidos ou passagens 
forçadas; e na união em profundidades maiores que 3 m.
Redes coletoras6
O terminal de inspeção e limpeza (TIL) não permite a visitação, mas 
permite a inspeção e introdução de equipamentos de limpeza na rede. A 
Figura 5 mostra uma seção transversal deum TIL — veja que não existe o 
balão, como no PV.
Figura 5. Seção transversal esquemática de um TIL (sem escala).
Fonte: Nuvolari (2011, p. 46).
Tampão de ferro fundido Nível do pavimento
TIL - com profundidade
máxima de 3,00 m
O terminal de limpeza (TL) permite apenas a introdução de equipamentos 
para limpeza. É o mais simples entre os acessórios de interligação, por isso 
é instalado no início de coletores (cabeceira), já que esses pontos são menos 
suscetíveis a danos que necessitem de inspeção. A Figura 6 mostra uma seção 
transversal de um TL.
7Redes coletoras
Figura 6. Seção transversal esquemática de um TL (sem escala).
Fonte: Nuvolari (2011, p. 45).
Tampão especial Nível do pavimento
Coluna
Rede
Curva
O sifão invertido é um trecho projetado para funcionar sob pressão, ou 
seja, trabalhando com a tubulação totalmente cheia. É utilizado para transpor 
obstáculos como travessias em avenidas, córregos, etc., onde não é possível 
escavar ou instalar um trecho de rede com esgoto escoando por gravidade. 
O esquema da Figura 7 mostra uma seção transversal de um sifão invertido 
que serve como travessia da rede por baixo de um rio, que não seria possível 
por rede normal. Na figura percebem-se duas câmaras, que são dois PVs que 
interligam o sifão à rede de chegada e saída.
Figura 7. Seção transversal esquemática de uma travessia por sifão invertido.
Fonte: Adaptado de Nuvolari (2011, p. 69).
Tubulação
N.A. do rio
Câmara
de
jusante
Coletor
Câmara
de
montanteColetor
Redes coletoras8
A caixa de passagem é uma singularidade simples, utilizada em alguns 
pontos por necessidade construtiva, mas sem acesso. É utilizada, por exemplo, 
em mudança de direção sem a necessidade de acesso para inspeção ou limpeza.
As passagens forçadas são trechos da rede que escoam sob pressão, sem 
rebaixamento proposital, como no caso do sifão invertido. Podem existir 
alguns trechos especiais atuando nessas condições quando outras soluções 
não forem possíveis.
Além dos acessórios acima, cabe citar também as estações elevatórias de 
esgotos, que são estruturas contendo conjuntos motor-bomba responsáveis por 
bombear o esgoto quando não é possível escoar por gravidade. Elas podem 
ser necessárias ao longo da rede, por exemplo quando ocorre aprofundamento 
excessivo e é preciso bombear o esgoto para a superfície para continuar esco-
ando por gravidade. Podem ser necessárias também para bombear o esgoto 
coletado de várias bacias para o destino final.
Noções de dimensionamento e manutenção de 
um sistema de esgotamento sanitário
O dimensionamento e a manutenção adequados de um sistema de esgotamento 
sanitário são fundamentais para evitar a contaminação da população ou do 
meio ambiente. O sistema deverá ter capacidade para escoar o efluente dentro 
das condições exigidas por norma até o final do seu horizonte de projeto.
Considerações sobre projeto
Segundo a NBR 9649/1986, são necessários os seguintes requisitos para o 
projeto de um sistema de esgotamento sanitário (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA 
DE NORMAS TÉCNICAS, 1986):
 � estudo de concepção (relatório) que deve conter definições importantes 
para a continuidade do projeto, como estudo populacional, abrangência 
espacial e temporal do projeto;
 � levantamento planialtimétrico da área de projeto e das zonas de expan-
são, para proceder com estudo de traçado de rede;
 � planta contendo as bacias de esgotamento da área de projeto, para definir 
os pontos que receberão o maior volume de efluente e, se necessário, 
a transposição entre as bacias;
9Redes coletoras
 � levantamento de interferências (obstáculos) que possam interferir no 
traçado e execução e rede;
 � levantamento da rede de esgoto existente (área de abrangência e con-
dições de funcionamento da rede);
 � estudo para reconhecimento da natureza do terreno e do nível do lençol 
freático, já que os métodos construtivos dependem dessas condições.
Ainda segunda a norma, o relatório de apresentação do projeto deve conter, 
no mínimo:
 � comparação em relação às diretrizes da concepção básica (estudo que 
antecede projeto final, denominado executivo);
 � cálculo hidráulico das redes e seus componentes;
 � aspectos construtivos;
 � definição de materiais e quantidades;
 � especificações de serviços;
 � orçamentos;
 � aspectos de operação e manutenção;
 � desenhos com detalhamentos.
Contribuições de esgoto
O cálculo do volume gerado de esgoto é uma etapa importante do início do 
projeto. Para quantificar o esgoto sanitário gerado em uma região, é necessário 
considerar:
 � o esgoto doméstico, que é o esgoto gerado pela população nas suas 
tarefas diárias em residências;
 � o esgoto industrial, que é o despejo gerado por industrias, desde que 
respeitados os padrões de lançamento na rede;
 � as águas de infiltração que acabam penetrando nas canalizações.
Redes coletoras10
O conhecimento populacional e a correta projeção para estimar seu cresci-
mento ao longo dos anos é fundamental para quantificar o volume de esgoto 
doméstico gerado, que está relacionado ao consumo per capita de água, cor-
rigido por um coeficiente de retorno. A geração de esgoto per capita pode 
variar de acordo com as condições socioeconômicas, culturais, climatológicas 
e geográficas. 
O esgoto industrial poderá ser lançado na rede pública desde que garanta 
a integridade da mesma e dos processos de tratamento do esgoto.
Para saber mais sobre esgoto industrial, leia a norma que estabelece critérios para o 
lançamento de efluentes líquidos industriais no sistema coletor público do esgoto 
sanitário, NBR 9800, de 30 de abril de 1987.
Além do volume de esgoto gerado pela população e indústrias, deve ser 
considerada também uma taxa de infiltração no dimensionamento de redes. 
Essa taxa é referente a um volume que se infiltra na tubulação e depende de 
condições com nível do lençol freático, natureza do solo, material e qualidade 
da execução da rede. 
Utilização e manutenção de rede de esgoto
Segundo o Instituto Trata Brasil, mesmo tendo redes coletoras disponíveis, 
mais de 3,5 milhões de brasileiros das 100 maiores cidades do Brasil despejam 
esgoto irregularmente em fossas ou diretamente em córregos (INSTITUTO 
TRATA BRASIL; REINFRA CONSULTORIA, 2015). A falta de informação 
e a conscientização é um aliado para o descaso com a infraestrutura de esgoto, 
além de ser um risco para a saúde da população. 
11Redes coletoras
Você pode ler o relatório completo feito pelo Instituto Trata Brasil, em parceria com a 
OAB sobre ociosidade de redes de esgoto acessando o link a seguir. 
https://goo.gl/MpB2cM
A manutenção da rede coletora é importante para evitar infiltrações exces-
sivas na tubulação e também para evitar a contaminação do solo por vazamento 
do esgoto transportado. Em várias regiões, as companhias responsáveis pelo 
sistema de esgotamento relatam casos de lançamento de objetos, de óleo de 
cozinha e de água da chuva na rede de coleta de esgoto, causando obstrução 
e transbordamento da rede. A água da chuva nunca deve ser lançada na rede 
de coleta de esgoto, pois causa sobrecarga e até rompimento das tubulações. 
A capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, foi contemplada com o Programa Integrado 
Socioambiental (Pisa), o maior conjunto de obras de saneamento da história dessa 
cidade. O programa conta com obras de coleta, transporte e tratamento de esgoto e foi 
inaugurado em 2014, ampliando de 18% para 66% o tratamento de efluentes na cidade.
Para a coleta e transporte de esgoto, foram construídas redes de coleta (nos bairros 
Cavalhada e Restinga) estações de bombeamento, interceptores e emissários que levam 
o esgoto para a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Serraria. O efluente tratado é 
lançado no lago Guaíba por meio de emissário subaquático.
A Figura 8 mostra um mapa com o traçado dessas tubulações. Observe que os 
trechos pontilhados são trechos subaquáticos. 
Redes coletoras12
Figura 8. Traçado das obras de esgoto do Projeto Integrado Socioambiental (Pisa), desde oCentro Histórico de Porto Alegre, com a implantação das redes coletoras de esgoto cloacal 
e emissários terrestre e subaquático, até a futura ETE Serraria, na zona sul.
Fonte: Porto Alegre ([201-?]).
13Redes coletoras
A Figura 9 apresenta uma obra do Pisa na cidade de Porto Alegre.
Figura 9. Obra do PISA em Porto Alegre
Fonte: Matos (2016).
1. Imagine-se como o gestor ambiental 
de uma indústria que libera seus 
efluentes na rede coletora de 
esgoto. Para que esse procedimento 
continue sendo realizado, você 
decide realizar uma avaliação 
do efluente, a fim de identificar 
possíveis conflitos que impeçam a 
continuidade dessa prática. Indique 
qual das opções a seguir deverão 
compreender critérios presentes 
no seu processo de avaliação.
a) O efluente não pode oferecer 
riscos à segurança na 
operação da rede coletora.
b) O efluente não pode interferir 
no sistema de tratamento.
c) O efluente não pode promover 
a obstrução de tubulações.
d) O efluente não pode conter 
elementos que afetem a 
resistência ou a durabilidade 
da rede coletora.
e) O efluente tem que poder ser 
utilizado depois de tratado.
2. A ausência de rede coletora 
pode trazer impactos no meio 
socioeconômico ao comprometer 
a qualidade de vida das pessoas 
que vivem em um município 
abastecido com água captada em 
poços tubulares profundos. Ao se 
considerar essa afirmação, pode-se 
concluir que a causa associada e 
Redes coletoras14
esse impacto está presente em 
qual das alternativas a seguir?
a) Contaminação das 
águas subterrâneas.
b) Contaminação das 
águas superficiais.
c) Contaminação do solo.
d) Redução de volume de 
água disponível.
e) Alteração da vazão do 
corpo receptor.
3. Imagine-se como um gestor 
ambiental atuante em processos de 
elaboração de Planos Municipais 
de Saneamento. Obviamente, será 
necessário compreender uma série 
de conceitos relacionados a essa 
temática. Escolha, entre as opções 
a seguir, uma que represente 
o conceito de rede coletora.
a) Conjunto de ligações coletoras e 
de órgãos acessórios destinados 
a receber e a conduzir o esgoto 
até uma estação de tratamento.
b) Conjunto constituído por 
ligações coletoras, coletores 
de esgotos e órgãos acessórios 
destinados ao recebimento 
e tratamento do esgoto.
c) Conjunto constituído por 
ligações coletoras capazes 
de lançar o efluente em 
um corpo receptor.
d) Conjunto constituído por 
estruturas capazes de coletar 
e de armazenar o efluente.
e) Ligações coletoras destinadas 
à depuração dos esgotos 
e seu tratamento.
4. Como futuro gestor ambiental, 
haverá a possibilidade de você 
atuar em uma empresa de 
saneamento. Nesse cenário, você 
poderá ser responsável pelo 
monitoramento de possíveis 
impactos ambientais provocados 
pela rede coletora. Indique qual 
dos impactos a seguir poderia 
ocorrer no momento que houver 
algum problema na rede coletora.
a) Contaminação do lençol freático.
b) Desgaste do material que 
compõe a rede coletora.
c) Liberação de efluente 
tratado fora dos parâmetros 
especificados.
d) Aumento na rigidez do solo.
e) Entupimento da rede coletora.
5. Ao definir as especificações 
técnicas de uma rede coletora, 
deve-se atentar para algumas 
características socioambientais 
presentes no local da sua instalação. 
Essas características subsidiarão 
a elaboração de um projeto de 
engenharia assertivo, minimizando 
a chance de ocorrer algum 
problema capaz de promover 
um impacto ambiental. Como 
gestor ambiental, você poderá 
se deparar com o desafio desta 
caracterização ambiental. Indique 
qual das opções a seguir NÃO 
compreende um tópico relacionado 
à caracterização ambiental do local 
de instalação de uma rede coletora.
a) Topografia do terreno no qual 
a rede coletora será instalada.
b) Número de famílias atendidas 
pela rede coletora.
c) Métodos construtivos adotados 
na instalação da rede coletora.
d) Acidez do solo no qual a rede 
coletora será instalada.
e) Estabilidade do solo no qual a 
rede coletora será instalada.
15Redes coletoras
AZEVEDO NETTO, J. M. et al. Manual de hidráulica. 8. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 1998. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9649: projeto de redes coletoras 
de esgoto sanitário. Rio de Janeiro: ABNT, 1986.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9800: critérios para lançamento 
de efluentes líquidos industriais no sistema coletor público de esgoto sanitário: 
procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 1987.
BEVILACQUA, N. Materiais de tubulações utilizadas em sistemas de coleta e transporte de 
esgotos sanitários: estudo de caso da área norte de São Paulo. 191 fls. 2006. Dissertação 
(Mestrado em Engenharia)- Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006. 
INSTITUTO TRATA BRASIL; REINFRA CONSULTORIA. Ociosidade das redes de esgotamento 
sanitário no Brasil. 2015. Disponível em: <http://www.tratabrasil.org.br/datafiles/estu-
dos/ociosidade/relatorio-completo.pdf>. Acesso em: 06 jun. 2018.
MATOS, E. Porto Alegre tratou 76 bilhões de litros de esgoto desde inauguração do 
Pisa. 2016. Disponível em: <https://gauchazh.clicrbs.com.br/comportamento/noti-
cia/2016/12/porto-alegre-tratou-76-bilhoes-de-litros-de-esgoto-desde-inauguracao-
-do-pisa-8751551.html>. Acesso em: 06 jun. 2018.
NUVOLARI, A. (Coord.). Esgoto sanitário: coleta, transporte, tratamento e reúso agrícola. 
2. ed. São Paulo: Blucher, 2011.
PARANÁ. Sanepar constrói em Cascavel um dos maiores emissários de esgoto do Pa-
raná. 2011. Disponível em: <http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.
php?storyid=62897&tit=Sanepar-constroi-em-Cascavel-um-dos-maiores-emissarios-
-de-esgoto-do-Parana>. Acesso em: 06 jun. 2018. 
PORTO ALEGRE. Projeto Integrado Socioambiental. Mapas. [201-?]. Disponível em: 
<http://www2.portoalegre.rs.gov.br/pisa/default.php?p_secao=15>. Acesso em: 
06 jun. 2018.
Leituras recomendadas
TSUTIYA, M. T.; SOBRINHO, P. A. Coleta e transporte de esgoto sanitário. 3. ed. São Paulo: 
Editora ABES, 2014.
ALEM SOBRINHO, P.; TSUTIYA, M. T. Coleta e transporte de esgoto. São Paulo: USP, 2004.
Redes coletoras16
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