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Estudo Dirigido - Microbiologia Veterinária II

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Estudo DirigidoEstudo Dirigido
Microbiologia Veterinária IIMicrobiologia Veterinária II
Universidade Federal do Mato Grosso do Sul
Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia
Gabriela Garcia de Souza 
RGA: 2018.1201.036-2
Medicina Veterinária
"O desenvolvimento de vacinas veterinárias: uma revisão dos
métodos tradicionais e abordagens modernas de biotecnologia.”
Questão 1Questão 1 
Descreva os principais
métodos de produção de
vacinas de uso veterinário
Atualmente, vários tipos de vacina se encontram disponíveis para uso
veterinário. De maneira geral, podemos categoriza-las como: vacinas com
patógenos vivos, com virulência reduzida por processamento laboratorial, e
vacinas recombinantes vetorizadas por um vírus ativo. 
Ambas simulam uma infecção pelo agente selvagem, sem causar doença. 
As vacinas inativadas são aquelas em que o agente é previamente inativado,
ou pode ser feita com subunidade do patógeno. Cada tipo de vacinas possui
vantagens e desvantagens. Considerando as principais doenças virais de
cães e gatos, são as vacinas atenuadas que conferem uma resposta imune
melhor e mais duradoura, similar à infecção natural, e segundo pesquisas,
atualmente há uma tendência à produção e escolha dessas vacinas pelos
clínicos veterinários. 
Vacinas inativadas não necessariamente são mais seguras, porque precisam
de adjuvantes para estimular uma resposta imune mais potente, o que pode
levar a maior incidência de reações vacinais, em especial o sarcoma
associado à injeção. Porém, são interessantes em populações livres
da doença, ou em espécies selvagens, pela ausência da possibilidade de
reversão da virulência (Richards et al., 2006;Paul etal., 2007).
Uma das vacinas mais populares de uso veterinário é a vacina da anti-
rábica. 
Para a produção desta, são utilizados métodos meticulosos que devem
atender à legislação vigente presente na PORTARIA N° 228, DE 25 DE
OUTUBRO DE 1988, do MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E
ABASTECIMENTO. 
E vamos utiliza-la como base para descrever os principais métodos de
produção. Primeiramente, é necessário que os produtores atendam as
exigências citadas na Portaria acima para o controle da produção e
comercialização tanto da vacina quanto do soro anti-rábico.
As exigências são:
Biotério e Infectório: Os laboratórios devem dispor de infectório e
dbiotério capaz de supri-los dos animais necessários ao controle de
qualidade dos produtos que elaborarem.
Contrato de responsável técnico: Os laboratórios que fabricarem
vacinas ou soro contra a raiva dos animais estão obrigados a manter,
permanentemente um médico veterinário especializado como
Responsável/Técnico da preparação e controle destes produtos,
devendo o mesmo apresentar documentos que permitam julgar sua
habilitação, na forma do Art. 11 do Decreto n° 64.499 de 14 de maio de
1969.
Orientação técnica: A Secretaria de Defesa Sanitária Animal do
Ministério da Agricultura, quando solicitada e sempre que possível,
proporcionará orientação aos responsáveis técnicos dos laboratórios
fabricantes de vacinas e soro anti-rábicos, tendo em vista o cumprimento
das normas estabelecidas nestas Instruções.
Que as instalações/laboratórios que fabricam vacina ou soro contra a raiva
de uso veterinário devem, primeiramente, atender o disposto na legislação
específica vigente contendo: 
 
 
Quanto à produção das vacinas, é necessária a separação de acordo com os
tipos de vacinas, onde são admitidas a fabricação de vacinas anti-rábicas
com vírus inativado e com o vírus modificado.
Esterilidade - Verificada em meios aeróbios e anaeróbios, com leitura
após permanência em estufa a 37°C, durante 7 dias, no primeiro caso e a
20° a 25°C, durante 14 dias, no segundo, bem como semeadura em meio
para fungos (Sabouraud Iíquído) a temperatura ambiente durante 14
dias, não devendo haver crescimento de germes de contaminação ou de
fungos.
Vírus residual - Testada em camundongos adultos e Iactentes: 
Inocuidade - Testada com a inoculação de 0,5 m1 de vacina em dois
grupos de 10 camundongos de 14 a 16 gr., por via intra-peritoneal, bem
como, em 05 cobaios de 300 a 400 gr. por via subcutânea e. observar os
camundongos durante 14 dias e as cobaios durante 21. dias, os quais
deverão permanecer normais.
Eficiência - Deve ser comprovada por um dos seguintes testes:
Vacina com vírus inativado
 
a) Inoculação de 0,01 ml na diluição de 10-1 em 16 camudongos de (dois
grupos de 8) de 4 e 6 dias de idade, por via intra-cerebral. Os camundongos
devem permanecer normais, pelo período de 21 dias de observação.
b) lnocuIação de 0,03 m1 da vacina pura, bem como na diluição de 10-1 em 20
camundongos (dois grupos de 10) de 11 a 14gr, por via intra-cerebral. Os
camundongos devem permanecer normais, pelo período de 21 dias de
observação.
 
 
a) Teste de Habel. - As vacinas preparadas em tecido cerebral devem ser
diluídas a 0,5% e as vacinas preparadas em cultura celular a 10.000 antes de
vacinar os camundongos. A vacina será considerada eficiente se conferir
proteção à inoculação de 10.000 DL50 do vírus "padrão" de prova;
b) Método NIH - O poder imunizante da vacina deve ser 0,3 ou mais em
relação a vacina de referência, conforme os métodos gravimétrico e
volumétrico.
Controle de ph - O pH das vacinas inativadas deve estar entre 6.8 e 8.5.
Controle de Vácuo - As vacinas anti-rábicas liofilizadas, devem estar sob
vácuo total, quando assim forem envasadas.
Controle do tempo de reconstituição - Quando adicionado o diluente na
vacina anti-rábica liofilizada, o tempo de reconstituição não deve ultrapassar
de 60 segundos.
Umidade - Nesta vacina quando liofilizada, o teor da umidade não deve
ultrapassar de 3%.
Validade - A vacina inativada deve ser conservada em temperatura de 2 a
8°C, podendo ser utilizada, ate 12 meses após a data de sua fabricação,
quando se tratar de vacina em estado líquido e até 2 anos quando liofilizada.
O laboratório produtor estimando que sua vacina possa alcançar validade
mais prolongada, deverá demonstrá-la em provas oficiais. Paralelamente o
Ministério da Agricultura realizará testes para registro em 3 partidas. Caso as
3 partidas comprovem ser eficientes, serão mantidos os registros. As vacinas
que não tiverem resultado satisfatório comprovado, terão seus registros
provisórios cancelados após 12 meses. O prazo de validade deve ser contado a
partir da data de fabricação do produto.
Imunidade - Serão observadas as recomendações do Grupo de Especialistas
em Raiva da Organização MundiaI da Saúde, na fixação do período de
proteção conferido pelos diferentes tipos de vacina anti-rábicas.
c) Teste de proteção em cobaios - Este teste deve ser realizado para as vacinas
tipo Formidogel de acordo com o seguinte roteiro:
1- serão escolhidas 20 cobaios do mesmo sexo, de peso entre 300 e 400;
2- 10 cobaios do lote serão inoculadas pela via subcutânea com 1 ml da vacina; 
3- os 10 cobaios restantes serão reservados como testemunhas;
4- os 1.0 e os vacinados serão reinoculados com a mesma dose, também por via
subcutânea, 7 dias após a primeira vacinação;
5- 14 dias após a segunda vacinação, os 10 cobaios vacinados e os 10 cobaios e
testemunhos serão inoculados na coxa, pela via intra-muscular, com uma
suspensão de vírus rábico capaz de matar 80% dos cobaios não vacinados; 6- os
animais serão observados durante 21 dias após a inoculação, esperando-se que
70% dos vacinados tenham resistido a inoculação do vírus de prova e 80% dos
testemunhos tenham morrido com sintomatologia rábica.
 
 
Esterilidade - A vacina não deverá conter germes de contaminação,
quando se tratar de vacina avianizada e antes da adição de antibióticos,
deverá ser feito o teste bacteriológico para verificar a presença de
Salmonella, bem como semeadura em meios para fungos (Sabouraud
líquido) a temperatura ambiente durante 14 dias, não devendo haver
crescimento de fungos.
Inocuidade - Inocular a vacina reconstituída na dose de 0,5 mI pela via
subcutânea ou in1rnperitoneal em 8 camundongos adultos de 11 a 14 gr.
Pelo menos 7 dos 8 camundongosdevem sobreviver após 7 dias de
observação.
Eficiência - Será verificada através do teste de Koprowsky conforme
roteiro a seguir:
Vacina com vírus modificado (atenuada)
A vacina com o vírus modificado não deve conter germes de contaminação,
deve ser inócua para a espécie a que se destina e deve ser eficiente. 
Para fins de comercialização a vacina com vírus modificado deve ser
liofilizada. Quanto a vacina Flury, destinada a imunização de cães, poderá
ser elaborada com vírus de alta passagem (HEP), mas deverá, também
obrigatoriamente, ser elaborada com vírus de baixa passagem (LEP) e
comercializada, não só em doses múltiplas como em doses individuais e
acompanhadas de diluente. 
Provas a que deve ser submetida:· 
 
 
a) Serão escolhidos 20 cobaios do mesmo sexo de peso variando entre 300 e
400 gr;
b) Toma-se dois frascos da vacina de prova reconstitui-se com água
destilada estéril que contenha 2% de soro normal de eqüino (2 mI do diluente
em cada dose de vacina), misturam-se os dois frascos da vacina
reconstituída, toma-se uma dose e acrescenta-se 18 mI de água destilada
com soro normal de eqüino a 2%. Esta diluição será utilizada para vacinar os
cobaios;
c) 10 cobaios do lote serão inocuIados com 0,25 ml da vacina diluída. pela via
intramuscular (no membro posterior direito);
d) Os 10 cobaios restantes do lote serão mantidos sem vacinação e
separados do grupo vacinado.
Controle do pH - O pH das vacinas vivas deve estar entre 6,8 e 7,6.
 Controle de vácuo - Devem estar sob vácuo total, quando assim forem
envasadas.
Controle do tempo de reconstituição - O tempo de reconstituição não
deve ultrapassar de 60 segundos.
 Umidade - O teor da umidade não deve ultrapassar de 3%.
Antigenicidade (Titulação): Tratando-se de vacina Flury, de baixa
passagem (LEP), a sua potência vírica será verificada em camundongos
de 3 semanas de idade peIa inoculação de 0,03mI via intracraniana. Será
aceita a vacina que atingir pelo menos 103,3 DL50/0,03mI O tempo de
observação deve ser de 21. dias. 
Identificação de vírus - Este teste deve ser usado para a vacina Flury,
para verificação de vírus de alta passagem (HEP) ou baixa passagem
(LEP) contido na mesma.
e) 21 dias após a vacinação, os 10 cobaios vacinados, e os 10 testemunhos
serão desafiados pela via intramuscular no membro posterior esquerdo, com
uma suspensão de vírus titulado, capaz de matar pelo menos 80% dos
cobaios testemunhos;
f) Os cobaios serão observados durante 21 dias após a inoculação do vírus
de prova; 
g) Será considerada eficaz a vacina que protege 70% ou mais dos cobaios
vacinados contra o vírus que matou pelo menos 80% dos testemunhos.
Tratando-se de vacina Flury, de alta passagem (HEP), a sua potência vírica
será verificada em camundongos de 4 a 6 dias de idade, pela inoculação de
0,01 mI via intracraniana Para este tipo de vacina o mínimo exigido é de 103,3
DL50/0,01 mI. O tempo de observação deve ser de 21 dias. Tratando-se de
vacina de cultivo celular (ERA) não será admitido título inferior a 103,3
DL50/0,03 ml em camundongos de 3 semanas de idade pela inoculação de
0,03 ml via intracraniana O tempo de observação deve ser de 21 dias.
 
A vacina FIury deve ser inoculada em 08 camundongos adultos e 8 lactentes,
por via intra-cerebral nas doses de 0,03 mI e 0,01 mI, respectivamente,
observando-se durante 14 dias. A vacina contendo amostras Flury HEP,
somente mata os camundongos latentes e a Flury LEP, mata ambos
camundongos, lactentes e adultos.
Validade - As vacinas tipo FIury devem ser conservados em temperatura
situada entre 2 a 8ºC, com validade de um ano. Tratando-se de vacina
anti-rábica amostra ERA, o prazo de validade será de 18 meses. O prazo
de validade, deve ser contado a partir da data de fabricação do produto.
O laboratório produtor estimando que sua vacina possa alcançar
validade mais prolongada, deverá demonstrá-Ia em provas oficiais
correspondentes. Paralelamente o Ministério da Agricultura, realizará
testes para registro em 3 partidas. Caso as 3 partidas comprovem ser
eficientes, serão mantidos os registros. As vacinas que não tiverem
resultado satisfatório comprovado terão seus registros provisórios
cancelados após 12 meses. O prazo de validade deve ser contado a partir
da data de fabricação do produto.
lmunidade - Serão observadas as recomendações do Grupo de
Especialistas em Raiva da Organização MundiaI da Saúde, na fixação do
período de proteção conferido pelos diferentes tipos de vacina anti-
rábicas, das vacinas com vírus inativado.
Registros de dados - De cada partida de vacina ou soro fabricado,
devem ser registrados os seguintes dados:
 
CONTROLE DA PRODUÇÃO DE
VACINAS/SOROS
 O controle qualitativo e quantitativo das vacinas e soro contra raiva dos
animais de fabricação no País deve ser registrado em forma de protocolo,
padronizado durante todas as fases de elaboração e os testes de cada
partida produzida. Uma via do protocolo deve ser remetida ao Serviço de
Defesa Sanitária Animal através da Delegacia Federal de Agricultura da
Jurisdição.
 
a. nome do produto; b. número da partida; c. material usado da fabricação;
d data do início e fim da fabricação; e. número de doses produzidas e
liberadas; f. resultado das provas empregadas, e; g. data da liberação para
embalagem; h. quanto ao nome do produto, as vacinas devem ser indicadas
pelo nome oficial (Vacina anti-rábica ou contra raiva), seguido pelo nome
comercial, quando assim for desejado e nunca o contrário.
Lotes mínimos de produção: - Vacinas com dose individual - O lote mínimo de
produção de cada partida ser de 5.000 doses. - Vacina com dose múltipla - O lote
mínimo de produção de cada partida deve ser de 50.000 doses.
Fiscalização da produção - Os laboratórios produtores devem proporcionar todas
as facilidades para acesso imediato aos setores de produção e controle da vacina e
do soro, aos técnicos oficiais designados para fiscalizar as atividades dos mesmos.
Caso ocorra impedimento ao exercício da ação fiscalizadora do representante do
Governo, provocado pelo laboratório, será suspensa ou cancelada a atividade do
estabelecimento, independente da aplicação de outras sanções previstas na
legislação vigente.
Coleta e remessa de amostras - De acordo com as diretrizes especificadas nas
instruções para coleta e remessa de amostras de produtos para controle de
qualidade oficial.
Fornecimento dos Animais - Os laboratórios produtores estão obrigados a fornecer
os animais necessários aos testes de inocuidade e eficiência do produto quando
programados pelo órgão oficial de fiscalização, cabendo-lhes, inclusive, fornecer os
meios para manutenção dos animais durante as provas.
Realização dos testes: Pelo laboratório produtor - O laboratório produtor deve
realizar todos os testes com as vacinas anti-rábicas e remeter os correspondentes
resultados à Unidade de Controle Oficial, mediante protocolo em modelo
padronizado.- Pela unidade de controle oficial - Toda partida de vacina anti-rábica
produzida pelos laboratórios particulares ou oficiais deve ser submetida aos testes
pela Unidade de Controle Oficial.
Do resultado dos testes: De acordo com as diretrizes especificadas nas instruções
para coleta e remessa de produtos para controle de qualidade oficial.· 
Produtos importados: A firma importadora deve comunicar ao órgão competente
do Ministério da Agricultura na Jurisdição, o dia e a hora da chegada da vacina anti-
rábica ou do produto bruto importado, com antecedência de 10 (dez) dias.
Controle da produção - O controle das diversas fases de elaboração de cada partida de
vacina e/ou soro, deve ser realizado pelo laboratório produtor, sob a supervisão do
Órgão Oficial de Fiscalização. O laboratório será obrigado a comunicar à Delegacia
Federal de Agricultura, o dia e a hora do início de cada partida com antecedência de 48
horas
 
Nos impressos das vacinas com vírus modificado, devem constar obrigatoriamente,
que não podem ser utilizadas em animais silvestres.
Questão 2Questão 2 
 Quais são as
abordagensbaseadas em
técnicas modernas de
biotecnologia?
As vacinas de primeira geração: Representam aquelas que empregam
na sua composição o agente patogênico na sua constituição completa,
mas submetido a tratamentos que levam à inativação ou à atenuação
dos micro-organismos. Nessa categoria, também deve ser destacada a
estratégia em que micro-organismos não patogênicos derivados de
outros hospedeiros são utilizados como antígenos para vacinas voltadas
para o controle de doenças causadas por patógenos assemelhados. Essa
abordagem é bem exemplificada pelas vacinas da varíola, baseada em
vírus vaccínia isolados de bovinos, e da vacina contra a tuberculose que
também emprega uma bactéria originalmente obtida em bovinos, o
Mycobacterium bovis (BCG). Nesse grupo, destacam-se também as
vacinas voltadas para a prevenção da coqueluche ou pertússis (vacinal
celular), as vacinas contra varíola, poliomielite, sarampo, rubéola,
adenovírus, entre outras,
As vacinas da segunda geração: Surgiram com a noção de que, em
alguns patógenos, a proteção vacinal pode ser obtida após a indução de
anticorpos voltados para um único alvo, como uma toxina, responsável
pelos sintomas da doença, ou açúcares de superfície que permitem ao
sistema imune do hospedeiro neutralizar e eliminar bactérias que de
outra forma se propagariam rapidamente antes de serem notadas por
nossas principais linhas de defesa imunológica. Nesse grupo, destacam-
se vacinas acelulares que empregam toxoides (toxinas purificadas e
inativadas por tratamento químico), proteínas e polissacarídeos
purificados, como as antitetânica, antidiftérica, hepatite B e as vacinas
voltadas para o controle da meningite meningocócica e da pneumonia.
A história das vacinas e sua aplicação na prevenção de doenças infecciosas
acumulam mais de 200 anos de dedicação e muito trabalho. Tendo sua
história iniciada pela genialidade de médicos e pesquisadores, como Edward
Jenner e Louis Pasteur, observa-se nessa área um belo exemplo do
reducionismo aplicado à prática médica. Desde as primeiras vacinas
baseadas em patógenos, sejam eles bactérias ou vírus, atenuados ou
inativados, muito reativos e, em alguns casos, pouco eficientes, a pesquisa
vacinal moveu-se na direção de empregar frações cada vez menores desses
patógenos na busca de aumentar a segurança sem comprometimento da
eficácia. Dessa forma, é comum classificarmos as vacinas em três grandes
grupos (ou gerações) em razão das estratégias ou dos conceitos utilizados
na preparação do princípio ativo, os antígenos vacinais
As vacinas da terceira e mais recente geração: Partem de um
conceito inovador que as diferenciam de uma forma radical das
outras gerações vacinais. Nessas vacinais, emprega-se a informação
genética do patógeno responsável pela codificação de proteínas que
representem antígenos relevantes para a proteção. Em geral
chamadas de vacinas de DNA ou gênicas, as vacinas de terceira
geração foram descobertas de forma empírica no começo da década
de 1990 em testes inicialmente voltados para a pesquisa de terapias
genéticas em que se introduzem no hospedeiro genes que substituirão
a informação genética defeituosa originalmente presente no indivíduo.
As vacinas de DNA surgiram como resultado dos avanços
biotecnológicos em DNA recombinante. A informação genética,
responsável pela codificação de antígenos com aplicação vacinal, é
clonada e propagada em linhagens deEscherichia coli, um habitante
inofensivo de nossa microbiota intestinal. O procedimento de
produção é relativamente simples e menos oneroso do que aquele
envolvido na obtenção de proteínas recombinantes. Além disso,
algumas características de modulação de resposta imune das vacinas
de DNA tornaram-nas um instrumento valioso para o desenvolvimento
de vacinas com características terapêuticas. Sem dúvida, mais do que
uma vacina específica, as vacinas DNA representam uma forma
alternativa de desenvolver imunoterapias viabilizadas graças à
introdução das técnicas de DNA recombinante à pesquisa vacinal.
O advento da biotecnologia moderna, em particular a disseminação das
técnicas de manipulação genética, alterou de diferentes maneiras a
pesquisa e o desenvolvimento de vacinas, sejam elas de primeira,
segunda ou terceira geração. Por meio de estratégias de clonagem gênica
e mutagênese, podemos gerar micro-organismos atenuados (vírus e
bactérias) de forma precisa e com mais segurança. Patógenos atenuados
empregados nas vacinas de primeira geração podem reverter ao estado
nativo virulento.
Como, em muitos casos, não se conhece a natureza da alteração genética
sofrida pelo microrganismo durante a atenuação, a possibilidade de
reversão à virulência, embora pouco provável, é uma realidade. 
As técnicas atualmente disponíveis para manipulação genética permitem
obter, com relativa facilidade,mutantes atenuados nos quais genes
envolvidos com a patogenicidade ou metabolismo primário são inativados
de forma a não comprometerem a viabilidade do organismo, mas torná-
los incapazes de causar doença. No entanto, os custos elevados
envolvidos nos testes clínicos e o uso consagrado de determinadas
formulações, como os vírus da poliomielite, sarampo, febre amarela, a
bactéria Mycobacterium tuberculosis, entre outros, diminuem o interesse
de indústrias e laboratórios em investir nessas novas formulações
vacinais; Com o aprimoramento das técnicas de produção de proteínas
recombinantes por meio de sistemas de expressão heteróloga, bactérias,
leveduras, células de mamíferos e insetos são usados como fonte para os
antígenos a serem incorporados nas formulações vacinais. De fato, a
fronteira da vacinologia que hoje recebe mais investimentos e desperta
interesses tanto pela segurança de uso como no retorno financeiro está
calcada na geração de vacinas de subunidades que utilizam antígenos
recombinantes.. 
Questão 3Questão 3 
 Exemplifique vacinas em
uso que utilizam métodos de
biologia molecular.
Contra o vírus do Nilo Ocidental (WNV) em cavalos,
desenvolvida pelo Center for Disease Control and
Prevention and Fort Dodge Laboratories, licenciada em
2005 nos Estados Unidos, visando a proteção contra a
doença.
Vírus da necrose hematopoética infecciosa em salmão,
desenvolvida pela Novartis, licenciada em 2005 no Canadá,
visando a melhorar o bem-estar animal e aumento da
quantidade e qualidade dos alimentos.
Tratamento do melanoma em cães (neoplasia maligna),
desenvolvida pela Merial, com licença condicional nos
Estados Unidos desde 2007, visando o tratamento de
formas agressivas de câncer de boca, leito ungueal, coxins
plantares ou de outras áreas como uma alternativa à
radiação e cirurgia.
Terapia relacionada à liberação hormonal do fator de
crescimento em suínos, desenvolvida pela VGX Animal
Health, licenciada em 2007 na Austrália, visando o aumento
do número de leitões desmamados, diminuindo
significativamente mortalidade e morbidade perinatal.
Até 2015, foram licenciadas quatro vacinas de DNA, que
utilizam métodos de biologia molecular, para uso veterinário.
São elas:
 
 
 
 
Questão 4Questão 4
Explore as vantagens e desvantagens
( potenciais efeitos adversos) de
vacinas baseadas em mRNA.
Vacina para Toxoplasma gondii - A imunização de camundongos com os
No caso de vacinas que utilizam mRNA, o RNA mensageiro (mRNA) que
codifica proteínas virais de interesse é produzido in vitro e incorporado em
lipossomos ou em micropartículas. 
A inoculação dessas partículas ou lipossomos no animal resulta em
transporte do mRNA para o interior das células, onde ocorre a tradução e
produção da proteína. Esta proteína é, então, apresentada ao sistema
imunológico, resultando em estimulação de resposta humoral e celular. 
As vantagens são que vacina poderá ser aplicada para prevenir qualquer
doença infecciosa seja ela virótica, bacteriana e parasitária, sem a menor
possibilidade de reversão. Além disso, é uma vacina que poderá ser usada
em qualquer país do mundo porque é estável em temperatura ambiente, o
que facilita a sua distribuição em Estados e países de difícilacesso, os quais
são os locais onde há alta incidência de doenças infecciosas. 
Uma das principais desvantagens inicialmente observadas é a baixa
imunogenicidade frequentemente observada em antígenos recombinantes
seria uma desvantagem a ser explorada, e ocorre devido à falta de
componentes ativadores imunes exógenos. Outra desvantagem seriam os
desafios na captação e expressão celular adequadas, a persistência de
longo prazo do imunógeno, o risco de integração no genoma do hospedeiro
não completamente excluído e a produção instável e bastante cara. Outra
dificuldade para as vacinas de mRNA foi a instabilidade inerente das
moléculas, resolvida através de modificações químicas nas bases de mRNA.
Os potenciais efeitos adversos puderam ser observados em
vacinas que ainda se encontram em estudo/desenvolvimento, tais como: 
 
plasmídeos contendo os genes que codificam as proteínas GRA1, GRA7 e
ROP2 de Toxoplasma gondii induziu imunidade protetora parcial contra
desafios letais. Na linhagem de camundongos C3H a razão Ig2a/IgG1 foi
maior quando comparada às linhagens BALB/c e C57BL/6 de camundongos.
Coincidentemente, a porcentagem de proteção contra desafios letais com
cistos de T. gondii foi maior em camundongos da linhagem C3H.
(VERCAMMEN et al.,2000).
Vacina para Taenia solium- A vacina para Taenia solium a imunização
com DNA plasmidial contendo o gene do antígeno B de Cisticercus
cellulosae conferiu 92,6% de proteção quando os suínos foram
desafiados com ovos de Taenia solium. Quatro de cinco animais
imunizados com 1000 mg de plasmídeo recombinante e desafiados não
apresentaram cistos viáveis de cisticercose. Entretanto, a imunização
com 200 mg de plasmídio recombinante não foi capaz de impedir a
formação de cistos viáveis. (GUO et al., 2007). 
Vacina de Anaplasmose - A vacina de DNA contra a anaplasmose bovina
tem sido investigada com diferentes proteínas de superfície (MSPs). O
gene (msp1a) que codifica MSP1a do Anaplasma marginale foi inserido no
plasmídeo pVCL, vetor de células de mamíferos. A soroconversão, após a
inoculação de camundongos e de bovinos com o DNA plasmidial
contendo o gene msp1a, foi demonstrada após 21 dias e seis a oito
semanas, respectivamente. Em bovinos a produção de imunoglobulina
foi restrita ao isotipo IgG1, embora a estimulação de linfócito T auxiliar
também foi verificada com a produção de IFN-g. (ARULKANTHAN et al.,
1999). A imunização de bovinos utilizando apenas o gene que codifica a
MSP1b em plasmídeo de expressão para células de mamíferos, não
estimulou satisfatoriamente a produção de anticorpos no período de
vacinação, mostrando a necessidade de mais estudos para o
desenvolvimento de uma vacina.
 
 
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9C5J4G/1/monografia_completa_em_pdf.pdf
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
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BibliografiaBibliografia