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O uso da Cannabis no tratamento dos transtornos de ansiedade em humanos adultos - Uma revisão sistemática

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O uso da Cannabis no tratamento dos transtornos de ansiedade em humanos adultos: Uma revisão sistemática.
1Gabriela Pereira Moura; 2Geicylanne da Silva Marques Belfort; 3Layla Beatriz Melo de Oliveira; 4Maria de Lourdes de Souza Moraes.
1Discente da Universidade Estadual do Piauí, curso de Licenciatura Plena em Ciências Biológicas (campus Torquato Neto), Teresina/PI, Brasil. E-mail: gabrielamoura@aluno.uespi.br
2Discente da Universidade Estadual do Piauí, curso de Licenciatura Plena em Ciências Biológicas (campus Torquato Neto), Teresina/PI, Brasil. E-mail: geicylannebelfort@aluno.uespi.br
3Discente da Universidade Estadual do Piauí, curso de Licenciatura Plena em Ciências Biológicas (campus Torquato Neto), Teresina/PI, Brasil. E-mail: laylaoliveira@aluno.uespi.br 
4Discente da Universidade Estadual do Piauí, curso de Licenciatura Plena em Ciências Biológicas (campus Torquato Neto), Teresina/PI, Brasil. E-mail: mariamoraes@aluno.uespi.br
RESUMO
Em todo mundo os casos de transtornos de ansiedade estão aumentando cada vez mais desde o início da pandemia Covid-19. Historicamente, a Cannabis sativa tem sido utilizada por muitas culturas para fins médicos e vários estudos demonstraram várias propriedades terapêuticas baseados em seus componentes, sendo uma delas a propriedade ansiolítica. Este estudo tem como objetivo avaliar o uso da Cannabis no tratamento dos transtornos de ansiedade em humanos adultos. Trata-se de um artigo de revisão sistemática. A busca dos artigos foi feita nas bases de dados PubMed, MEDLINE, SciELO e LILACS. Após aplicados os critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 5 artigos. Observou-se que o fitocanabinóide Canabidiol (CBD) foi o mais relatado com propriedades ansiolíticas, podendo já demonstrar melhoras a partir da primeira dose, trazendo efeitos calmantes ao corpo, reduzindo os sintomas de ansiedade, insônia, síndromes e doenças psíquicas, além disso também apresentou boa resposta no tratamento de ansiedade causada por dor crônica. Dessa forma, o Canabidiol pode ser de interesse para a grande parcela da sociedade que vem sofrendo com transtornos de ansiedade. Todavia, ainda necessitam mais estudos clínicos aprofundados para se alcançar resultados mais eficazes e seguros com relação ao seu uso no tratamento desses transtornos.
PALAVRAS-CHAVE: Cannabis; Transtorno de ansiedade; Ansiolítico. 
1. INTRODUÇÃO
Em todo o mundo os casos de transtornos de ansiedade estão aumentando cada vez mais desde o início da pandemia de Covid-19. Grupos específicos correm maior risco de sofrimento psicológico por conta do quadro social em que vivemos. Um estudo recente no Brasil desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul revelou que 80% da população brasileira tornou-se mais ansiosa por conta da pandemia (OPAS, 2020; GOULART et al., 2020).
Os transtornos de ansiedade compartilham características de medo e ansiedade excessiva, além de perturbações comportamentais relacionadas, se diferenciando do medo e da ansiedade adaptativos por conta do tempo, do excesso e são frequentemente induzidos por algum tipo de estresse persistente (DSM-5, 2014).
Estes transtornos neuropsiquiátricos incluem transtorno de ansiedade generalizada (TAG), transtorno de ansiedade social (TAS, que também é conhecido como fobia social), fobia específica, transtorno do pânico e agorafobia. A ansiedade também pode ser ocasionada em resposta aos sintomas de outras doenças, como doenças pulmonares e dores crônicas (BLESSING et al., 2015; TSELEBIS et al., 2016; HEGAZY; PLATNICK, 2019).
Esses distúrbios requerem uma terapêutica que equilibrem os benefícios e os efeitos colaterais dos medicamentos. Atualmente, os principais tratamentos farmacológicos para os transtornos de ansiedade incluem inibidores seletivos da recaptação da serotonina, inibidores da recaptação da serotonina-norepinefrina, inibidores da monoamina oxidase, tricíclicos, agonistas parciais do receptor 5-hidroxitriptamina 1A (5-HT1A) e benzodiazepínicos (EBRAHIMI-GHIRI; NASEHI; ZARRINDAST, 2019; BLESSING et al., 2015).
No entanto, estes tratamentos farmacológicos não atingem eficácia necessária. De acordo com Wright, Di Ciano e Brands (2020), apenas 40 a 60% dos pacientes conseguem se adaptar a esse tipo de tratamento e, de acordo com Bergamaschi et al. (2011), apenas 30% conseguem se recuperar totalmente, sem apresentar nenhuma sintomatologia residual. Há também as abordagens psicológicas, mas estas tendem a ser caras e se limitarem a alguns contextos terapêuticos. Por esses motivos, há grande necessidade de pesquisar novos agentes terapêuticos (BERGAMASCHI et al., 2011; WRIGHT; DI CIANO; BRANDS, 2020). 
Nos últimos anos, grandes esforços foram feitos para melhorar a biodisponibilidade oral dos canabinóides. Sabe-se que, historicamente, a Cannabis sativa tem sido utilizada por muitas culturas para fins médicos e vários estudos tem demonstrado uma gama de propriedades terapêuticas baseados em seus componentes (KNAUB et al., 2019; LINARES et al., 2019).
Dentre suas substâncias está o Canabidiol (CBD), que é o principal fitocanabinóide não psicotrópico presente na planta e pode representar até 40% do seu extrato. Outro composto abundante na planta é o Δ9-tetrahidrocanabinol (Δ9-THC ou apenas THC), que apresenta propriedades opostas aos do Canabidiol. Os efeitos ansiolíticos do CBD tem se mostrado promissores especialmente em transtorno do pânico, transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno de ansiedade social e transtorno de estresse pós-traumático (CAMPOS et al., 2012; SCHIER et al., 2012).
As propriedades ansiolíticas do CBD foram confirmadas em camundongos, através de estudos que demonstraram a diminuição dos comportamentos defensivos provocados pela exposição a predadores, um modelo proposto de ataques de pânico e transtorno de estresse pós-traumático – TEPT. Enquanto que a primeira evidência documentada do efeito ansiolítico do CBD em humanos é de 1982, em que um estudo do tipo duplo-cego observou que a ansiedade aumentada após o uso do THC foi atenuada quando administrada simultaneamente com CBD (CAMPOS et al., 2012; SCHIER et al., 2012).
Há muitos anos foi descoberto um sistema presente em todo o corpo humano que permite a comunicação entre as células e sua coordenação e que foi denominado de Sistema Endocanabinoide (ECS), em homenagem à Cannabis sp. Uma das principais funções do referido sistema é a manutenção da homeostase, relacionando-se também com uma série de processos cognitivos e fisiológicos como apetite, dor, inflamação, resposta ao estresse, humor e memória (FONSECA et al., 2013). 
Esse sistema compreende os receptores canabinóides (CB1 e CB2 – ambos acoplados à proteína G), as enzimas envolvidas no seu metabolismo e pelo respectivo transportador membranar (Endocannabinoid membranetransporter). Com essa descoberta, a comunidade científica avançou cada vez mais nos estudos sobre o efeito do CBD no sistema endógeno, e em como isso se relacionava com a homeostase (SAITO; WOTJAK; MOREIRA, 2010; FONSECA et al., 2013).
Apesar de diversos estudos relacionados ao tema, a pauta sobre a legalização da maconha ainda é um assunto polêmico para o Brasil. O Conselho Federal de Medicina (CFM) acredita que mais estudos clínicos e pesquisas de longo prazo são necessários para garantir a eficácia e a segurança do uso da cannabis no tratamento de doenças e orienta que médicos não receitem THC, por exemplo. No caso do CBD, a entidade recomendou apenas o uso "compassivo", ou seja, ele só deve ser receitado depois que todas as alternativas tradicionais já tenham sido testadas pelo paciente. Em sua maioria, pacientes com prescrição de cannabis utilizam um óleo que contém quantidades variadas de THC e de CBD que normalmente é administrado em gotas sob a língua — a quantidade varia para cada pessoa e os preços podem variar de R$ 100 a até mais de R$ 1 mil (MACHADO; SOUZA, 2020).
Embora a Cannabis sp. já seja conhecida há anos por suas propriedades que fornecem alívio da dor, inflamação, ansiedade e convulsões, ainda há necessidade deestudos de revisão científica para provar e proporcionar mais uma alternativa de seu uso clínico. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi avaliar o uso da Cannabis no tratamento dos transtornos de ansiedade em humanos adultos através de uma revisão sistemática da literatura.
2. METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa de revisão sistemática. De acordo com Sampaio e Mancini (2006), a revisão sistemática é uma forma de pesquisa que tem como fonte os dados da literatura de um determinado tema. As informações integram estudos realizados que podem apresentar resultados concordantes ou conflitantes. Os autores também ressaltam que a revisão sistemática é um tipo de pesquisa secundária, pois depende de outras pesquisas (geralmente experimentais) anteriormente realizadas para ser feita.
A pesquisa foi realizada nas bases de dados PubMed, SciELO, MEDLINE e LILACS – estas duas últimas através do portal da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Foram utilizados os descritores: “(Cannabis) AND (Anxiety)” e “(Cannabis) AND (Anxiety) AND (Anxiolytic)”. 
Para a filtragem dos resultados foram incluídos apenas artigos que tinham texto disponível completo e publicados nos últimos 10 anos. Foram excluídos artigos de revisão, artigos que não tratavam tinham correlação com o objetivo desta revisão e artigos repetidos. 
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Após a seleção, foram encontrados 5 resultados na base de dados MEDLINE, 1 na PubMed e 1 resultado nas bases SciELO e LILACS, totalizando 5 artigos (Quadro 1).
	Nº
	Autores
	Título
	Base de dados
	Revista e ano de publicação
	Resultados
	1
	LINARES, Ila M. et al.
	Cannabidiol presents an inverted U-shaped dose-response curve in a simulated public speaking test.
	LILACS/
SciELO/
MEDLINE
	Revista Brasileira de Psiquiatria; 2019.
	O estudo confirmou as propriedades ansiolíticas do CBD e que as doses terapêuticas ideais devem ser determinadas com rigor, para que os resultados de futuras pesquisas possam ser adequadamente traduzidos na prática clínica.
	2
	BERGAMASCHI, Mateus M. et al.
	Cannabidiol Reduces the Anxiety Induced by Simulated Public
Speaking in Treatment-Naïve Social Phobia Patients
	PubMed/
MEDLINE
	Neuropsicofarmacologia: publicação oficial do American College of Neuropsychopharmacology; 2011.
	Os efeitos de uma única dose de CBD, observados neste estudo diante de um dos principais estímulos fóbicos do TAG, é uma indicação promissora de início rápido do efeito terapêutico em pacientes com TAG. 
	3
	SPINELLA, Toni C. et al.
	Evaluating cannabidiol (CBD) expectancy effects on acute stress and anxiety in healthy adults: a randomized crossover study.
	MEDLINE
	Psychopharmacology; 2021.
	A crença de que o CBD por si só reduziria a ansiedade impactou várias respostas subjetivas e fisiológicas, enfatizando a necessidade de medir e controlar as expectativas relacionadas ao CBD em pesquisas clínicas que envolvem a administração do mesmo.
	4
	GULBRANSEN, Graham; XU, William; ARROLL, Bruce.
	Cannabidiol prescription in clinical practice: an audit on the first 400 patients in New Zealand.
	MEDLINE
	BJGP Open; 2020.
	O estudo demonstrou o benefício potencial do CBD no tratamento da ansiedade e da dor, mostrando que o mesmo melhora a qualidade de vida de uma ampla gama de pacientes. O CBD na amostra do estudo se mostrou ser seguro e bem tolerado. No entanto, apesar dos potenciais vieses dos pacientes influenciados pelo alto custo do tratamento, o CBD puro não é eficaz para todos. O benefício foi mais pronunciado em pacientes que apresentavam condições com progressão da doença menos grave (como saúde mental ou condições de dor crônica não oncológica).
	5
	KAMAL, Brishna S; KAMAL, Fatima; LANTELA, Daniel E.
	Cannabis and the Anxiety of Fragmentation-A Systems Approach for Finding an Anxiolytic Cannabis Chemotype.
	MEDLINE
	Frontiers in neuroscience; 2018.
	Os resultados desta pesquisa indicam que muitos pacientes encontram alívio dos sintomas de ansiedade usando Cannabis medicinal. Os pacientes têm uma preferência específica por certas cepas de Cannabis para o tratamento da ansiedade, e as cepas que consideram mais eficazes têm quimiotipos distintamente diferentes daqueles que consideram menos eficazes. Em contraste, alguns outros pacientes sentem ansiedade como efeito colateral do uso de Cannabis.
Quadro 1. Artigos selecionados das bases de dados. Fonte: autoria própria (2021).
3.1. Efeitos ansiolíticos clínicos da Cannabis 
	O uso da Cannabis sativa para a produção de medicamentos data de milênios a.C., no entanto, com a proibição da maconha para uso recreativo em vários países, as pesquisas relacionadas a planta foram consideravelmente reduzidas até que a descoberta desse novo sistema despertasse o interesse de cientistas para a investigação de novas moléculas que tenham como alvo os diferentes membros deste sistema e portanto que modulem o sinal endocanabinóide (FONSECA et al., 2013).
Linares et al. (2019), realizaram estudos acerca das propriedades ansiolíticas do CBD. Conforme o estudo, em pequenas doses, não há reação de danos físicos ou mentais, e é muito usual e indicado para tratamento de depressões e síndromes como a síndrome do pânico. A pesquisa mostrou também que investigações em neuroimagens humanas mostraram que a ação do CBD ocorre em áreas cerebrais límbicas e paralímbicas, que são conhecidas por estarem associadas à ansiedade.
No estudo de Bergamaschi et al. (2011), o procedimento com doses de CBD foi necessário para observar que efeitos trariam para o tratamento de enfermidades distintas em pacientes distintos. Notou-se que, com apenas uma dose, houve redução de várias reações fóbicas de TAG o que caracteriza que o tratamento dos transtornos de ansiedade pode ser mais rápido e com um menor uso de remédios se for inserida a cannabis. Os resultados viriam mais rápido e haveria um considerável encurtamento do processo de tratamento de um enfermo, especialmente no que se tratar da doenças psico-terapêuticas.
Kamal, Kamal e Lantela (2018), também trazem a ideia de uma solução holística para a ansiedade e outros distúrbios mentais. Nos últimos 70 anos, os cientistas tentaram estudar e tratar a ansiedade usando um modelo médico reducionista que tem como foco o tratamento de alterações físicas na estrutura cerebral e na neuroquímica. No entanto, a fragmentação da ciência separou o tratamento médico e o processo de descoberta de medicamentos de muitos dos fatores de risco, pois, além dos determinantes genéticos da ansiedade, também existem fatores de risco sociais, ambientais e experienciais significativos, como eventos traumáticos (KAMAL; KAMAL; LANTELA, 2018).
Já Spinella et al. (2021), versa em seu trabalho sobre a crença da grande ajuda do CBD no tratamento da ansiedade fundamentada em sua capacidade ansiolítica que de fato traz efeitos calmantes ao corpo reduzindo os sintomas de ansiedade, insônia, síndromes e doenças psíquicas, quando administrados em doses moderadas e adequada à prescrição médica, segundo pesquisas clínicas sobre a administração do mesmo.
3.2. Uso da Cannabis para ansiedade relacionada à dor crônica
Gulbransen, Xu e Arroll (2020), realizaram uma auditoria com 400 pacientes em uso de CBD na Nova Zelândia para alívio da dor crônica não oncológica. O artigo avaliou que de modo geral o uso do CBD foi bem tolerado pelos pacientes, com efeitos adversos leves. Dos pacientes pesquisados, 70% referiu algum tipo de benefício, enquanto que 30% não observaram diferença no tratamento.
A dor crônica desempenha grande impacto na saúde mental e na qualidade de vida das pessoas. O desenvolvimento de dor, depressão e ansiedade compartilham a participação de neurotransmissores, como serotonina, noradrenalina, gamma-amino-ácido butírico, glutamato, adenosina, canabinoides e muitos outros neuropeptídios, isso faz com que indivíduos com dor crônica e ansiedade tenham áreas comuns de ativação no cérebro (CASTRO et al., 2011).
Quando os receptores endocanabinóides são ativados, interferem com várias vias de sinalização para exercerem os seus efeitos nos diferentestecidos e órgãos, o que faz com que a Cannabis sp. seja muito útil para o tratamento de fisiopatologias, e relevante para tratamentos terapêuticos (FONSECA et al., 2013).
Os canabinoides têm sido utilizados no tratamento da dor por muitos séculos. E, apesar de estudos pré-clínicos revelarem o bloqueio da resposta de dor, sua utilização não é propagada por motivos legais e farmacológicos, como o efeito psicotrópico da planta (BONFA; VINAGRE; FIGUEIREDO, 2008).
4. CONCLUSÃO 
Neste estudo, chegamos à conclusão de que o uso da Cannabis, especificamente seu fitocanabinóide Canabidiol (CBD), na dose correta para cada indivíduo, possui propriedades ansiolíticas que podem causar alívio da dor, inflamação, ansiedade e convulsões. Com base em estudos clínicos, há evidências de que o uso do CBD traz alívio ao corpo reduzindo sintomas de ansiedade e outras doenças psíquicas, além de também reduzirem sintomas de ansiedade relacionadas a dor crônica. Todavia, ainda necessita de estudos mais aprofundados para se alcançar resultados mais eficazes e seguros com relação ao seu uso no tratamento de doenças.
Dessa forma, pesquisas envolvendo o uso do CBD para o tratamento de doenças psico-terapêuticas podem ser de interesse para a grande parcela da sociedade que vem sofrendo com transtornos de ansiedade. Ademais, este artigo pode servir como um incentivo para um maior aprofundamento em relação ao uso da cannabis de forma clínica, a fim de alcançar resultados mais específicos e sólidos que possam comprovar seus benefícios. 
REFERÊNCIAS
BERGAMASCHI, M. M. et al. Cannabidiol reduces the anxiety induced by simulated public speaking in treatment-naive social phobia patients. Neuropsychopharmacology, v. 36, n. 6, p. 1219-1226, 2011.
BLESSING, E. M. et al. Cannabidiol as a potential treatment for anxiety disorders. Neurotherapeutics, v. 12, n. 4, p. 825-836, 2015.
BONFA, L.; VINAGRE, R. C. O.; FIGUEIREDO, N. V. Uso de canabinóides na dor crônica e em cuidados paliativos. Rev. Brasileira Anestesiologia. Campinas, v. 58, n. 3, p. 267-279, 2008. 
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