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@medsurtoo Nivya Moraes P4/UC10 UNIT – AL 1 tutoria CANCER DE PULMAO Problema 03: Gratidão à Deus! Sem ter nem pra quê, passei a noite com febre alta. No amanhecer do dia, fui ao encontro de minha irmã, funcionária de um laboratório de análise e relatei o fato. Para nos tranquilizar, colheu material e fez um hemograma. Infecção comprovada, de comum acordo, procuramos o infectologista do hospital do SUS onde ela trabalhava. A suspeita: pneumonia. Fizemos um raio X de pulmão. Estranho: a imagem mostrou alteração na parte superior, quando deveria ser na base em caso de confirmação da pneumonia. Encaminhou para um pneumologista. “É bronca safada. Para lhe tranquilizar, vamos fazer uma tomografia”. E os exames se seguiram... ressonância magnética computadorizada, broncofibroscopia com biopsia, histopatológico... paralelo à luta burocrática para conseguir as devidas liberações... Enfim, diagnóstico: CA de pulmão! Em frações de segundos, a retrospectiva e a certeza absoluta que era resultante de uma vida inteira, eu Sophia hoje com 63 anos de idade – dos 12 aos 39 anos, dependente da nicotina, consumindo uma média de 40 cigarros/dia. Ah, se pudesse voltar no tempo... Mas não podia! Nem podia colocar esse fardo nas costas de meu pai, também fumante e vítima fatal do mesmo diagnóstico. Pareceu um atestado de óbito antecipado. Passado o choque, um desejo imenso de viver tomou conta de mim. Fiz um acordo com Jesus: no que dependesse de mim, faria toda minha parte para continuar viva; se, porém, fosse chegado a minha hora, queria partir em paz e deixar minha família também em paz. Depois deste acordo firmado, encontrei o equilíbrio para lutar contra a doença que me abatera. Da oncologista, recebi uma notícia animadora: é caso cirúrgico! Assim, perdi apenas a parte superior do pulmão direito sem necessidade de nenhum outro tratamento complementar. Retomei a vida com normalidade, alegria e profunda gratidão. NEOPLASIAS PULMONARES Em torno de 95% dos tumores primários de pulmão são carcinomas; os 5% restantes englobam um grupo heterogêneo que inclui carcinoides, neoplasias malignas mesenquimais (p. ex., fibrossarcomas, leiomiomas), linfomas e algumas poucas lesões benignas. BENIGNAS Tumores benignos de pulmão são neoplasias raras, correspondendo a apenas 1% dos tumores pulmonares ressecados. A classificação dos tumores benignos fica mais didática quando é utilizada a origem da célula tumoral. Esta pode estar localizada mais comumente no parênquima ou no brônquio. HAMARTOMA É o tumor benigno mais comum. Resulta do crescimento desordenado e anormal de um tecido encontrado no parênquima pulmonar. Em corte histológico, são encontradas cartilagem, glândulas e gordura. @medsurtoo Nivya Moraes P4/UC10 UNIT – AL 2 Usualmente, é diagnosticado em um rx ocasional, principalmente em homens, dos 30 aos 60 anos, e a maioria está localizado na cortical pulmonar. São nódulos únicos, bem definidos, com 1 a 2cm de diâmetro, podendo ter calcificações em 50% dos casos, melhor evidenciada à tomografia computadorizada. A presença de gordura bem delimitada sugere benignidade, principalmente se houver calcificação. A localização endobrônquica, com sinais de obstrução, é extremamente rara. O hamartoma pode crescer até 3,2mm ao ano, o que acontece em 50% dos casos. Por esta razão, frequentemente um hamartoma é confundido com nódulo maligno e é tratado com ressecção. Mas, excetuando hamartomas intrabrônquicos, não há indicação de ressecar um hamartoma intrapulmonar assintomático, a menos que seja para excluir malignidade. O tumor benigno mais comum é um discreto “hamartoma”, esférico e pequeno (1 a 4 cm), que aparece frequentemente como “lesão em moeda” em radiografias torácicas. Consiste, principalmente, em cartilagem madura misturada com gordura, tecido fibroso e vasos sanguíneos, em proporções variadas. LIPOMA É um tumor de origem na célula adiposa que se localiza freqüentemente no interior do brônquio, produzindo pneumonias de repetição no mesmo lobo. Neste caso, o tumor se origina da gordura submucosa, presente entre as cartilagens. Na fibrobroncoscopia, evidencia-se uma elevação da mucosa, obstruindo parcial ou totalmente a luz brônquica. Por ser extra-mucoso, a ressecção endoscópica fica prejudicada. A recomendação é que seja ressecada apenas a lesão, com algum tipo de broncoplastia, preservando o parênquima pulmonar sempre que possível. LEIOMIOMA É o tumor de tecidos moles mais comum no pulmão. Composto quase que exclusivamente por músculo liso. Mulheres entre 30 e 40 anos são os pacientes mais comuns (66%). A hipótese de ser o leiomioma metástase de um mioma uterino nunca foi cientificamente provada. O mais comum é, sendo o músculo liso encontrado em artérias, mucosa brônquica e outros tecidos normalmente encontrados no pulmão, que este tumor seja originado do próprio tecido intrapulmonar. CARCINOMA EPIDERMOIDE ADENOCARCINOMA ADENOCARCINOME IN SITU CARCINOMA DE GRANDES CÉLULAS CARCINOMA SARCOMATOIDE CARCINOMA DE PEQUENAS CÉLULAS TUMOR NEUROENDÓCRINO DE GRANDES CÉLULAS ROBBINS CAP. 12 PÁG. 504-510 CÂNCER DE PULMÃO EPIDEMIOLOGIA Mais importante causa de morte em países industrializados O câncer de pulmão é o segundo mais comum em homens e mulheres no Brasil (sem contar o câncer de pele não melanoma). É o primeiro em todo o mundo desde 1985, tanto em incidência quanto em mortalidade. Cerca de 13% de todos os casos novos de câncer são de pulmão. No Brasil, a doença foi responsável por 26.498 mortes em 2015. No fim do século XX, o câncer de pulmão se tornou uma das principais causas de morte evitáveis. A taxa de mortalidade de 2011 para 2015 diminuiu 3,8% ao ano em homens e, 2,3% ao ano em mulheres, devido à redução na prevalência do tabagismo. A taxa de sobrevida relativa em cinco anos para câncer de pulmão é de 18% (15% para homens e 21% para mulheres). Apenas 16% dos cânceres são diagnosticados em estágio inicial (câncer localizado), para o qual a taxa de sobrevida de cinco anos é de 56%. A última estimativa mundial (2012) apontou incidência de 1,8 milhão de casos novos, sendo 1,24 milhão em homens e 583 mil em mulheres. O pico de incidência ocorre em pessoas entre 50-60 anos @medsurtoo Nivya Moraes P4/UC10 UNIT – AL 3 No momento do diagnóstico, mais de 50% dos pacientes já apresentam metástases a distância e cerca de 25% têm células tumorais em linfonodos regionais. Carcinomas de células escamosas e o de pequenas células demonstram maior associação ao tabagismo. Adenocarcinomas são o tumor primário mais comum em mulheres, em não fumantes e em pessoas abaixo de 45 anos. Cerca de 90% das neoplasias de pulmão ocorrem em fumantes ativos ou em pacientes que deixaram de fumar recentemente. ETIOLOGIA E PATOGENIA Os carcinomas de pulmão relacionados com o tabagismo surgem a partir de acúmulos graduais de mutações condutoras que resultam em transformação maligna de células progenitoras benignas no pulmão em células neoplásicas, que possuem as características típicas do câncer. A sequência de alterações moleculares tende a seguir uma sequência caminhando paralelamente à progressão histológica em direção ao câncer. Desta forma, a inativação pontual dos genes supressores de tumor localizados no braço curto do cromossomo 3 (3p) é um evento inicial muito comum, ao passo quemutações no gene supressor de tumor TP53 e no oncogene KRAS ocorrem de forma relativamente tardia. Um subgrupo de adenocarcinomas (cerca de 10% em brancos e 30% em asiáticos), especialmente os que surgem em mulheres não tabagistas, apresenta mutações que ativam o receptor do fator de crescimento epidérmico (epidermal growth factor receptor – EGFR), que é um receptor tirosina cinase que estimula as vias pró- crescimento envolvendo RAS, PI3K e outras moléculas de sinalização. As mutações de EGFR e KRAS (em 30% dos adenocarcinomas) são mutuamente exclusivas, o que é esperado, visto que a KRAS está presente no final da via do EGFR. Outras mutações que podem ser alvos em potencial foram descritas em uma pequena proporção dos adenocarcinomas (4%-6%, ao todo), e incluem mutações que ativam outras tirosina cinases, como ALK, ROS1, HER2 ou c-MET. Cada uma destas cinases é alvo de diferentes medicamentos, o que acelerou uma nova era de tratamento “personalizado” do câncer de pulmão, onde as características genéticas do tumor guiam a terapia. Acredita-se que alguns adenocarcinomas pulmonares invasivos surgem por meio de uma sequência de hiperplasia adenomatosa atípica → adenocarcinoma in situ → adenocarcinoma invasivo. Postula-se que as BASCs sofrem um evento desencadeador (p. ex., uma mutação somática do KRAS) que permite que estas células escapem dos mecanismos de pontos de verificação, resultando em adenocarcinomas pulmonares. CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS: existe uma correlação linear entre a intensidade de exposição à fumaça do cigarro e o aparecimento de alterações epiteliais cada vez mais graves, que se iniciam com hiperplasias basais relativamente inócuas e metaplasia escamosa, progredindo para displasia escamosa e carcinoma in situ, até, finalmente, chegarem ao câncer invasivo. MORFOLOGIA Os carcinomas de pulmão iniciam-se como pequenas lesões tipicamente firmes e de cor cinza-esbranquiçada. Podem surgir como massas intraluminais, que invadem a mucosa brônquica, ou formar grandes massas avançando em direção ao parênquima pulmonar adjacente. ADENOCARCINOMAS: o Localizados perifericamente (mas também podem ocorrer próximos ao hilo), o Crescem lentamente (formando massas menores do que os outros subtipos), o Tendem a metastatizar amplamente, mesmo nos estágios iniciais. o Variedade de padrão de crescimento: tipos acinar (formador de glândulas); papilar; mucinoso (frequentemente multifocal e pode se manifestar como consolidação semelhante à pneumonia); e sólido. o A variante sólida geralmente requer a evidenciação de mucina intracelular por colorações especiais para identificar sua diferenciação adenocarcinomatosa FATORES DE RISCO Tabagismo (o risco é 60 vezes maior nos fumantes inveterados habituais (dois maços por dia durante 20 anos) do que nos não fumantes.) Por motivos ainda desconhecidos, as mulheres são mais suscetíveis aos carcinógenos da fumaça do tabaco do que os homens Fumo passivo Fumo de cachimbo e charuto Trabalho em minas de urânio Trabalho com asbesto @medsurtoo Nivya Moraes P4/UC10 UNIT – AL 4 Inalação de poeiras contendo arsênio, cromo, níquel ou cloreto de vinil. Idade avançada: a maior parte dos casos afeta pessoas entre 50 e 70 anos. Infecções pulmonares de repetição, DPOC Fatores genéticos História familiar de câncer de pulmão. Irradiação torácica prévia MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Os sintomas geralmente não ocorrem até que o câncer esteja avançado, mas algumas pessoas com câncer de pulmão em estágio inicial apresentam sintomas. Os mais comuns são: Tosse persistente Escarro com sangue (sugere comprometimento de via aérea) Dor no peito Rouquidão Piora da falta de ar Perda de peso e de apetite Pneumonia recorrente ou bronquite Sentir-se cansado ou fraco Nos fumantes, o ritmo habitual da tosse é alterado e aparecem crises em horários incomuns RASTREAMENTO O rastreamento do câncer de pulmão é a realização de exames para diagnosticar uma doença em pessoas assintomáticas. As recomendações para o rastreamento do câncer de pulmão são para pessoas com idade entre 55 e 74 anos, com bom estado geral de saúde e que também atendam os seguintes critérios: Ser fumante ou não ter fumado nos últimos 15 anos. Ter pelo menos histórico de tabagismo de 30 maços/ano (1 maço por dia por 30 anos). Ter recebido aconselhamento para deixar de fumar se for fumante. Ter recebido informações sobre os possíveis benefícios e malefícios, bem como suas limitações. Ter um local onde poder fazer o rastreamento e o tratamento do câncer de pulmão. DIAGNÓSTICO Exames iniciais para investigar uma suspeita de câncer de pulmão: RX do tórax e TC Fatores que devem sugerir a presença de carcinoma de pulmão em pacientes fumantes acima de 45 anos incluem: convexidade focal do lobo atelectasiado na região hilar (sinal S de Golden), pneumonia lobar associada à linfonodomegalia hilar ou mediastinal evidente na radiografia de tórax, pneumonia envolvendo somente um lobo ou segmento -principalmente se associada à perda de volume o u ausência de broncograma aéreo - , e pneumonia recorrente no mesmo lobo A broncoscopia (endoscopia respiratória) deve ser feita para avaliar a árvore traquebrônquica e, eventualmente, permitir a biópsia (retirada de pedacinhos do tumor com uma agulha para exame). É fundamental obter um diagnóstico de certeza pela patologia. RESUMO: primeiro pede RX, dependendo do resultado pede biópsia transtorácica ou broncoscopia. @medsurtoo Nivya Moraes P4/UC10 UNIT – AL 5 Carcinoma apical (tumor de Pancoast) representa cerca de 5% dos casos. Também chamado de tumor do sulco superior, que é um sulco criado pela passagem da artéria subclávia até a pleura dos ápices dos lobos superiores. Geralmente 5 mm com o ápice contralateral; convexidade inferior do espessamento pleural; ou quando observa-se aumento do espessamento pleural apical nas radiografias de seguimento. Destruição da costela ou da vértebra adjacente pode ser identificada na radiografia em aproxima ESTADIAMENTO O estadiamento reflete a ressecabilidade, ou seja, a possibilidade de remover cirurgicamente toda a neoplasia. O estadiamento é feito por meio de vários exames, como biópsia pulmonar guiada por tomografia, biópsia por broncoscopia, tomografia de tórax, ressonância nuclear, PET- CT, cintilografia óssea, mediastinoscopia, ecobroncoscopia, entre outros. Há estadiamento anatômico e fisiológico para avaliar fatores mais apurados do paciente O estadiamento final é clínico. @medsurtoo Nivya Moraes P4/UC10 UNIT – AL 6 @medsurtoo Nivya Moraes P4/UC10 UNIT – AL 7 TRATAMENTO O tratamento do câncer de pulmão requer a participação de um grupo multidisciplinar, formado por oncologista, cirurgião torácico, pneumologista, radioterapeuta, radiologista intervencionista, médico nuclear, enfermeiro, fisioterapeuta, nutricionista e assistente social. Para o adequado planejamento do tratamento, é necessário fazer o diagnóstico histológico e o estadiamento para definir se a doença está localizada no pulmão ou se existem focos em outros órgãos. PACIENTES COM DOENÇA LOCALIZADA, e, particularmente, sem linfonodo (gânglio) aumentado (íngua) no mediastino(região entre os dois pulmões), o tratamento é cirúrgico, seguido ou não de quimioterapia e/ou radioterapia. PACIENTES COM DOENÇA LOCALIZADA NO PULMÃO E NOS LINFONODOS, o tratamento é feito com radioterapia e quimioterapia ao mesmo tempo. PACIENTES QUE APRESENTAM METÁSTASES A DISTÂNCIA, o tratamento é com quimioterapia ou, em casos selecionados, com medicação baseada em terapia-alvo. MODALIDADES DE TRATAMENTO CIRURGIA A cirurgia, quando possível, consiste na retirada do tumor com uma margem de segurança, além da remoção dos linfonodos próximos ao pulmão e localizados no mediastino. É o tratamento de escolha por proporcionar melhores resultados e controle da doença. Cerca de 20% dos casos são passiveis de tratamento cirúrgico. Porém, na grande maioria (80-90% dos casos) a cirurgia não é possível na ocasião do diagnóstico, devido à extensão da doença (estágio avançado) ou à condição clínica debilitada do paciente. Segmentectomia e ressecção em cunha: quando se retira somente o segmento ou parte do segmento que envolve o tumor, reservada para pacientes com tumores pequenos e que não suportam cirurgias maiores por apresentarem idade ou condições clínicas e/ou respiratórias limitadas. Lobectomia: cirurgia de escolha para o tratamento do câncer de pulmão. Retira-se todo o lobo pulmonar (grupo de segmentos), onde o tumor está situado. É o mais adequado por remover toda a doença de forma anatômica. Pneumectomia: retirada de um pulmão inteiro (suas indicações são limitadas e restritas). Procedimento com morbidade maior e não tolerado por alguns pacientes. QUIMIOTERAPIA Visa destruir as células cancerígenas, assim como reduzir o crescimento do tumor ou amenizar os sintomas da doença. Pode apresentar efeitos colaterais indesejáveis, não sendo tolerada por todos os pacientes. RADIOTERAPIA Utiliza radiação para destruir as células cancerígenas. Pode ser utilizada antes ou após a cirurgia. Também pode ocasionar uma série de efeitos colaterais (como pneumonite e esofagite). TERAPIA-ALVO Frequentemente usada em pacientes cujo tumor tenha determinadas características moleculares (genéticas). Essas medicações têm sido reservadas para o tratamento de doenças avançadas. Novos estudos estão em andamento para selecionar o grupo de pacientes que melhor se beneficiará deste tratamento. MECANISMOS PSICOEMOCIONAIS O câncer desencadeia reações devastadoras tanto no âmbito orgânico como no emocional, provocando sentimentos, desequilíbrios e conflitos internos, além de causar um sofrimento tão intenso capaz de resultar em desorganização psíquica, consequências estas que, de acordo com vão depender da localização, do estágio da doença e do tratamento. Após o choque inicial do diagnóstico, os pacientes costumam apresentar respostas emocionais como ansiedade, raiva e depressão. Desencadeia uma série de sentimentos como impotência, desesperança, temor e apreensão, levando o diagnóstico a ser, frequentemente, acompanhado de depressão, consequência ocorrida pelo fato do paciente não conseguir aceitar sua doença O diagnóstico de câncer é vivido como um momento de angústia e ansiedade, pelo motivo da doença ser rotulada como dolorosa e mortal, consequentemente, desencadeando preocupações em relação à morte. Pacientes encontram estratégias para o enfrentamento do diagnóstico através da espiritualidade. O bem estar espiritual é um fator de proteção contra o desespero da morte. Os pacientes entrevistados criam meios para enfrentar o medo, como forma de amenizar o sofrimento e lidar com a situação. As distorções cognitivas normalmente podem se apresentar, numa mesma situação, concomitantemente, de diversas maneiras: @medsurtoo Nivya Moraes P4/UC10 UNIT – AL 8 CATASTROFIZAÇÃO (pensar sempre que o pior vai acontecer), ABSTRAÇÃO SELETIVA (focar a atenção em um aspecto negativo da situação), ADVINHAÇÃO (antecipar problemas, ter expectativas negativas em relação a fatos, que talvez nem venham a existir), PERSONALIZAÇÃO (assumir a culpa por acontecimentos negativos), entre outras. Os pensamentos que, às vezes, vêm distorcidos ou não, ocorrem em três níveis: Pensamento automático: mais comuns em um paciente diagnosticado com uma doença crônica podem ser divididos em três eixos: (1) sofrimento físico: Eu serei capaz de suportar este sofrimento? (2) qualidade de vida: eu serei capaz de comer o que eu gosto novamente? Como isto afetará a minha vida sexual? E (3) mortalidade: eu vou morrer? Crenças intermediárias ou subjacente Crença central, que dá origem a crença intermediária, desencadeadora de pensamentos automáticos, quando o indivíduo se coloca diante de algumas situações RAZÕES PARA UTILIZAR A TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENTAL COM PACIENTES CRÔNICOS: Facilitar a aderência ao tratamento; Oferecer suporte emocional frente ao diagnostico, Prevenir comportamentos de risco a saúde CUIDADOS PALIATIVOS: Os objetivos são: Promover alívio da dor e de outros sintomas que causam sofrimento, buscando a melhora da qualidade de vida do paciente, o que pode influenciar positivamente o curso da doença. Integrar os aspectos físico, psicológico e espiritual no cuidado ao paciente, por meio de equipes interdisciplinares, com profissionais preparados para esse tipo de abordagem. Promover os cuidados e as investigações necessárias para melhorar a compreensão e o manejo das complicações clínicas que causam sofrimento ao paciente, evitando procedimentos invasivos que não levem à melhoria da qualidade de vida. Oferecer suporte para auxiliar os pacientes a terem uma sobrevida o mais útil possível, de preferência usufruindo do ambiente familiar. Oferecer suporte para a família no período da doença e depois do óbito, em seu próprio processo de luto. Respeitar a morte como um processo natural do ciclo da vida, não buscando a sua antecipação ou o seu adiamento. Por recomendação da OMS, todos os pacientes portadores de doenças graves, progressivas e incuráveis devem receber cuidados paliativos desde o diagnóstico da doença. Atualmente, existem critérios estabelecidos de recomendação para cuidados paliativos: no momento do diagnóstico; quando a doença é detectada em estágio em que a possibilidade de cura é questionável; ou quando já se esgotaram todas as possibilidades de tratamento curativo ou de manutenção da vida e a doença progride. O cuidado paliativo não se baseia em protocolos, mas em princípios: Não se fala mais em terminalidade, mas em doença que ameaça a vida. Indica-se o cuidado desde o diagnóstico, expandindo-se o campo de atuação. Não se fala em impossibilidade de cura, mas na possibilidade, ou não, de tratamento modificador da doença, afastando dessa forma a ideia de “não ter mais nada a fazer”. Pela primeira vez, uma abordagem inclui espiritualidade entre as dimensões do ser humano. A família é lembrada, portanto, assistida, também após a morte do paciente, no período do luto Fontes: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-pulmao Patologia básica – Robbins https://www.sbct.org.br/wp- content/uploads/data/2015/04/tumores_benignos_pulmao.pdf https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/3398/neoplasias_pul monares.htm http://www.oncoguia.org.br/conteudo/diagnostico-precoce-do-cancer-de- pulmao/10179/197/ https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-pulmao https://www.sbct.org.br/wp-content/uploads/data/2015/04/tumores_benignos_pulmao.pdf https://www.sbct.org.br/wp-content/uploads/data/2015/04/tumores_benignos_pulmao.pdf https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/3398/neoplasias_pulmonares.htm https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/3398/neoplasias_pulmonares.htm