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Intermediária – Problema 2 Módulo - Perda de Sangue Hyana M. UNIME 2021.2 A nefrolitiáse (cálculos renais), ou doença calculosa renal ou litíase renal – é uma concentração de cristais que se formam no trato urinário e causam sintomas apenas quando o tamanho atinge o suficiente para serem vistos nos exames de imagem (em media 0,4 cm), no qual de chama de cálculo. Os cálculos renais acometem mais os homens do que as mulheres, sendo duas ou três vezes mais comuns nos homens. Além disso, tem o pico de incidência entre os 20-50 anos. paciente do caso, Sr ACPD. É do sexo masculino, 40 anos. Por que os cálculos se formam? A formação dos cálculos inicia com a supersaturação urinária contendo componentes insolúveis. Existem diferentes teorias sobre a formação de cálculos de cálcio e os diferentes tipos de cálculos podem ter eventos de iniciação diferentes. O excesso das substâncias como oxalato ou fosfato de cálcio pode promover supersaturação e inicia o processo de formação de cristais na urina. A alteração do pH da urina facilita a precipitação de algumas substâncias que precipita a formação de cálculos. A diminuição do débito urinário, secundário a menor ingestão de líquidos, promove maior tempo de permanência das partículas de cristais no sistema urinário e não dilui adequadamente os componentes da urina, que podem vir a apresentar supersaturação e cristalização. TIPOS DE CÁLCULOS: Existem vários tipos de cálculos. É clinicamente importante identificar o tipo de cálculo, porque acaba fornecendo um prognostico e possibilita a seleção do esquema preventivo ideal. Os cálculos mais comuns são: 1. Cálculos de oxalato de cálcio – são os mais comuns (cerca de 75%); - , e geralmente é associado a hipercalciúria (excesso de cálcio na urina) e hiperoxaluria (superprodução de oxalato de cálcio). 2. Cálculos de fosfato de cálcio (cerca de 15%); - acontecem em contexto de pH urinário mais alto que o normal, entre 7 e 8, geralmente associada à acidose tubular renal distal. 3. Acido úrico (cerca de 8%); - se forma quando a urina esta com excesso de acido úrico, apresentando pH urinário acido entre 5 e 5,4. Geralmente os pacientes apresentam síndrome metabólica e resistência a insulina. Esses cálculos se apresentam de forma radiotransparentes no raio X, mas eles aparecem na tomografia. Uma observação importante sobre esse tipo de calculo é que ele é o único em que pode ser usadas medidas de tratamento clinico para dissolver esse calculo. E como a gente faz isso? A gente faz isso alcalinizando a urina (com bicarbonato por exemplo). 4. Estrutiva (cerca de 1%); - se desenvolve no sistema coletor quando há infecção por microrganismos produtores de urease (Proteus, Klebsiella, Serratia, Pseudomonas, Ureaplasma e Citrobacter). Isso resulta na formação de íons amônio e pH urinário alcalino, facilitando a combinação de fosfato com amônia, magnésio e cálcio, que se precipitam e formam o cálculo. 5. Cistina (menor que 1%) – ocorre por causa de um defeito hereditário raro no transporte renal. E a característica clínica é que são cálculos muito duros, cálculos que são muito difíceis de quebrar. Um tipo de calculo que tem bastante recidiva também Raramente, os cálculos são compostos de medicamentos, como aciclovir, indinavir e triantereno. Os cálculos infecciosos, quando não tratados de forma adequada, podem ter consequências negativas, levando a doença renal em estágio terminal. – por isso é importante o medico prevenir a recidiva dos cálculos. CLASSIFICAÇÃO DOS CÁLCULOS: A classificação dos cálculos é importante porque vai ter impacto nas decisões sobre o tratamento e os resultados. Os cálculos renais podem ser classificados conforme: Intermediária – Problema 2 Módulo - Perda de Sangue Hyana M. UNIME 2021.2 1. Tamanho do cálculo, 2. Localização, 3. Características radiográficas, 4. Etiologia da formação do cálculo, 5. Composição (mineralogia) 6. Grupo de risco para formação recorrente de cálculos. Classificação conforme características radiográficas RADIOPACO POUCO RADIOPACO RADIOLUCENTE Oxalato de cálcio dihidratado Magnésio Amônia Fosfato Ácido úrico Oxalato de cálcio monohi- dratado Apatita Urato de amônio Fosfatos de cálcio Cistina Xantina Radiolucente: materiais que permitem facilmente a passagem da radiação. quadro clinico: Quando o cálculo está localizado dentro dos rins, por exemplo, no cálice renal e apresenta pequeno volume (cálculos pequenos), o paciente pode não apresentar sintoma nenhum (assintomático), causando somente hematúria macroscópica - e o diagnóstico ser feito por acaso através de um exame de imagem abdominal como ultrassom ou tomografia. o que pode ser o caso do Sr ACPD que apresenta cálculo de 0,4 cm em rim direito no grupamento calicinal inferior, e apresentava apenas hematúria. Por outro lado, quando o cálculo sai do rim e obstrui o canal urinário (ureter), ocorre a famosa cólica renal, um quadro de dor lombar intensa, de início súbito (vem de repente), com irradiação para a região lateral do abdome (chamada de flanco) e frequentemente para a região genital. OBS: A cólica renal deixa o paciente inquieto, se mexendo o tempo todo, procurando uma posição que lhe proporcione alívio, mas infelizmente isso é em vão. A dor pode ser tão forte que chega a causar náuseas e vômitos. Muitas vezes vem acompanhada de sangue na urina (hematúria) por lesão da via urinária provocada pelo cálculo, e também alteração de jato urinário. ATENÇÃO: É importante diferenciar a dor lombar causada por cálculos daquela dor causada por doenças na coluna e musculatura da região lombar. Enquanto que a cólica renal se manifesta de um lado só e não tem relação com os movimentos, a dor de coluna ou muscular acomete geralmente os dois lados, piora com os movimentos e melhora no repouso. A dor segue o trajeto da litíase (cálculo) ate a bexiga, começando no flanco (região lateral do tórax, entre o quadril e as costelas - dor na região lateral do nosso corpo, logo abaixo das costelas. Essa dor é popularmente chamada de “dor nos flancos”) e irradiando para virilha. Quando um cálculo se desloca pelo ureter, o desconforto costuma começar com o aparecimento súbito de dor unilateral no flanco (de um so lado). Quando o cálculo se aloja na parte superior do ureter ou na pelve renal, causa dor ou sensibilidade no flanco. Se o cálculo estiver na parte inferior do ureter, a dor pode irradiar para o testículo ipsilateral dos homens ou para o lábio ipsilateral nas mulheres. Quando o cálculo se aloja no ureter, na junção ureterovesical, o paciente pode apresentar urgência urinária e polaciúria. -- junção ureterovesical (JUV) é o local onde o ureter une-se a bexiga urinária. Hematúria – sangue na urina: Hematúria macroscópica ou microscópica ocorre na maioria dos pacientes que se apresentam com nefrolitíase sintomática. Às vezes, um paciente pode apresentar hematúria macroscópica sem dor. E outras vezes a hematúria pode estar ausente, principalmente quando há obstrução completa que não permite a passagem de sangue e coágulos. Para alguns pacientes, o primeiro sintoma é hematúria ou um cálculo na urina. Outros pacientes podem ter sintomas de infecções do trato urinário - como febre, disúria ou urina turva ou mal cheirosa. https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-geniturin%C3%A1rios/infec%C3%A7%C3%B5es-do-trato-urin%C3%A1rio/infec%C3%A7%C3%B5es-bacterianas-do-trato-urin%C3%A1rio-itus https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-geniturin%C3%A1rios/infec%C3%A7%C3%B5es-do-trato-urin%C3%A1rio/infec%C3%A7%C3%B5es-bacterianas-do-trato-urin%C3%A1rio-itus https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-geniturin%C3%A1rios/sintomas-de-doen%C3%A7as-genitourin%C3%A1rias/dis%C3%BAriaIntermediária – Problema 2 Módulo - Perda de Sangue Hyana M. UNIME 2021.2 Paciente do caso Sr ACPD, apresentou hematúria, mas sem presença de cólica renal e sem sintomas de infecção urinaria – negou febre, disúria (desconforto durante e após urinar), polaciúria (aumento da frequência de micções) e nictúria (emissão de urina mais a noite do que de dia). Tem antecedentes de um episódio de cólica renal há 25 anos. --- então ou ele conseguiu eliminar o calculo há 25 anos e esta tendo uma recidiva (novos cálculos) ou o cálculo esta ali há 25 anos e agora pode estar obstruindo. Quando o cálculo está presente na pelve renal e também em dois ou mais grupos caliciais é chamado de cálculo coraliforme.
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