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ESTHER ANDRADE | TURMA 85 | Biologia molecular na clínica médica (OPTATIVA) INTRODUÇÃO A replicação é uma biossíntese de novo DNA a partir de um molde de DNA. Praticamente todas as nossas células nucleadas possuem o mesmo DNA. Ocorre na fase S do ciclo celular (intérfase). Esse é o período em que o DNA está se preparando para dividir. Ocorre no sentido 5’-> 3’ MODELOS DE REPLICAÇÃO Dispersivo – fragmentos do DNA antigo com fragmentos do DNA novo. Conservativo – conserva a molécula por inteira e forma outra. Semi conservativo – conserva uma fita molde e a utiliza para formar a nova. (Mais aceita) Experimento para comprovação (Mesensol-Stahl): ENZIMAS ENVOLVIDAS Unidade de replicação: Replicon Helicase: desenrolam a dupla fita e quebram as ligações de H. Primase: inicia a replicação com a síntese de primers. DNA Polimerases (α, β, γ: mitocôndria, ε): continua a síntese do DNA após a primase. Topoisomerase (girase): desfaz a tensão feita pela helicase depois ou antes da parte do DNA aberta por ela. Ligase: ligam os fragmentos de Okazaki. Proteínas ligadoras de fita simples (SSB): Manutenção da abertura das fitas. Exonucleases: remove todos os primers de RNA. Primers: insere uma pequena sequência de RNA, complementar à fita molde de DNA. OBS.: DNA polimerase: Procariotos DNA Pol I DNA Pol II: Reparo do DNA DNA Pol III: Replicação do DNA Eucariotos DNA Pol Alfa: Primase DNA Pol Beta: Reparo do DNA DNA Pol Sigma: Replicação do DNA DNA Pol Epsilon: Replicação do DNA DNA Pol Gama: Replicação mitocondrial REPLISSOMO O conjunto de todos os componentes para a replicação. ESTHER ANDRADE | TURMA 85 | Biologia molecular na clínica médica (OPTATIVA) ORIGEM DA REPLICAÇÃO O início da replicação ocorre em regiões que são ricas em ligação A=T (possivelmente por conta de uma facilidade maior em quebrar uma dupla ligação do que uma tripla, e assim, desnaturar o DNA). O DNA nunca é sintetizado na ponta, pois existe uma região especifica onde se inicia a replicação. A abertura da dupla fita forma a forquilha de replicação, e essa replicação pode ser unidirecional ou bidirecional. ETAPAS DA REPLICAÇÃO DO DNA As helicases rompem as ligações de H da dupla fita de DNA que iniciam este processo em diferentes regiões do DNA gerando as chamadas bolhas ou forquilhas de replicação, abrindo assim toda a dupla fita de DNA. O processo de duplicação continua com a ação da primase, que é uma molécula sinalizadora para outra enzima, a DNA polimerase, enzima responsável pelo reconhecimento, pareamento e verificação dos nucleotídeos que serão inseridos na nova cadeia de DNA que está sendo biossintetizada. O processo de replicação do DNA acontece utilizando as duas fitas parentais como molde. Entretanto, a DNA polimerase só polimeriza fragmentos de DNA no sentido 5’- 3’ (posição dos carbonos terminais na molécula do DNA). A dupla fita de DNA apresenta uma molécula no sentido 3’-5’ (chamada de molde da fita líder) e outra no sentido 5’- 3’ (chamada de molde da fita retardada). O sentido da dupla fita sempre será antiparalelo, ou seja, uma está num sentido e outro no outro, obrigatoriamente. Durante o processo de duplicação, cada uma das novas fitas obedece ao princípio do antiparalelismo, portando no molde da fita líder, a biossíntese da fita complementar será contínua; já a fita retardada será em fragmentos, denominados fragmentos de Okasaki, que são gerados através do reconhecimento da DNA polimerase à vários primers sintetizados na fita molde, e a enzima promove a síntese no sentido inverso, gerando fragmentos que serão unidos enzimaticamente. OBS.: Fragmentos de Okazaki: É um relativamente pequeno fragmento de DNA criado na cadeia retardada durante a replicação do DNA. RESUMINDO Iniciação (controle da replicação) 1. Reconhecimento das origens de replicação por um complexo proteico. 2. Abertura localizada da dupla cadeia de DNA helicase. 3. Síntese do primer. Elongação 1. Síntese contínua na cadeia líder 5’3’ 2. Síntese descontínua na cadeia retardada 3’5’ Terminação 1. Reconhecimento de sequências sobre as quais se fixam proteínas, bloqueando o movimento de progressão da forquilha de replicação ERROS NA REPLICAÇÃO DO DNA Consequências: Fonte de variabilidade genética: matéria prima da evolução. - Intolerância alimentar. - Susceptibilidade à infecção. ESTHER ANDRADE | TURMA 85 | Biologia molecular na clínica médica (OPTATIVA) - Reação a medicamentos. - Traços de personalidade (aptidão atlética, talento artístico). Efeitos prejudiciais: causas de muitas doenças genéticas e distúrbios. MUTAÇÕES Podem ocorrer por: Substituição – não perde o total sentido Deleção Inserção Elas podem ser: Gênicas: afeta um único gene. Podem ocorrer por: - Substituição: não perde o total sentido - Deleção - Inserção Cromossômicas: afeta o número ou a estrutura do cromossomo. REPARO DO DNA Quando o DNA sofre a ação de algum agente mutagênico e é lesado, existem 3 consequências: - Haverá uma reparação completa e então o DNA será restaurado. - Não haverá reparação e o DNA perderá sua atividade. - A reparação será incorreta e o DNA sofrerá a mutação. DEFEITOS EM REPARO DE DNA XERODERMA PIGMENTOSUM Vários grupos de complementação. Sensibilidade a luz UV (254 nm). Defeito em incisão junto a dímeros de pirimidina (XPA, TFII H). XPV = defeito de replicação trans-lesão (reparo pós-replicação). ATAXIA TELANGIECTASIA Sensibilidade a raio X (quebras diretas no DNA). Reparo eficiente de quebras em DNA. Defeito em bloqueio de ciclo celular. Replicação de DNA lesado = instabilidade genômica. Sistema nervoso e imunológico afetados. SÍNDROME DE COCKAINE Sensibilidade a UV e EAO (8-oxoG) Manifestação fetal (UV?) Defeito em reparo acoplado a transcrição Normalmente induzido pela RNA Pol II entalada. SÍNDROME DE LYNCH Defeito em mismatch repair e propensão à câncer coloretal não poliposo. Alteram todo o quadro de leitura. Mutação Frameshift Alteram todo o quadro de leitura. Mutação Frameshift
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