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Biomedicina Citologia RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA Regiane Cristina Carpin RA 1929397 Polo de Matrícula – Cosmópolis Aula Prática – UNIP / Limeira 2019 2 Sumário Título da Aula: Introdução ao microscópio óptico (Aula 1 / Roteiro 1) .................................... 3 Título da Aula: Célula Procariótica: bactérias do iogurte (Aula 1 / Roteiro 2) .......................... 5 Título da Aula: Meio hipertônico, isotônico e hipotônico (Aula 2 / Roteiro 1) ......................... 8 Título da Aula: Preparação de esfregaço para sangue periférico segundo a técnica de Leishman (Aula 2 / Roteiro 2) .................................................................................................. 10 Título da Aula: Microscopia de pele humana (Aula 3 / Roteiro 1) .......................................... 12 Título da Aula: Músculo Estriado Esquelético (Aula 3 / Roteiro 2) ........................................ 15 Título da Aula: Citoesqueleto - Cílios e flagelos (Aula 3 / Roteiro 3) ..................................... 17 Título da Aula: Mitose e Núcleo (Aula 4 / Roteiro 1) .............................................................. 19 Bibliografia ............................................................................................................................... 22 3 Introdução ao Microscópio Óptico (Aula 1 / Roteiro 1) Introdução Os microscópios utilizados atualmente são ópticos ou fotônicos, que utilizam luz. Geralmente, fornecem ampliações de 100 a 1.000 vezes, e possuem dois conjuntos de lentes de vidro ou de cristal. A luz, projetada através do objeto em observação, atravessa as lentes da objetiva e chega aos olhos do observador. Para focalizar o objeto fracionado na lâmina, utiliza- se um macrométrico e um micrométrico e o charriot, para efetuar a visualização dos diferentes campos da lâmina. Há também os microscópios eletrônicos, que permitem o estudo mais detalhado da estrutura interna da célula, possibilitando aumentos de 5 mil e 100 mil vezes. Objetivos Abordar os princípios básicos da microscopia óptica, conhecer e entender o mecanismo de obtenção de imagens, reconhecer as partes e o funcionamento do microscópio óptico com intuito de focalizar uma lâmina corretamente. Materiais Luvas; microscópio óptico; lenço de papel; lâmina – veia de camundongo; lâmina – traqueia; lâmina – tecido conjuntivo ósseo; lâmina – duodeno; óleo de imersão Método Inserir a lâmina com a veia de camundongo sobre a platina do microscópio e fixá-la com o auxílio da pinça. Ligar o microscópio e adequar a distância interpupilar, deslizando as bordas laterais, até que obtenha um único campo visual. Utilizar o charriot para centralizar a lâmina sobre o orifício da platina para focalizar com a objetiva de menor aumento, a de 4X. Olhar através das oculares e com o auxílio do macrométrico, levantar a platina até a focalização da veia. Usar o micrométrico, e ajustar o foco final para conseguir uma visualização nítida. O feixe luminoso pode ser regulado pelos controles de variação da intensidade da luz, para auxiliar na nitidez da imagem. Visualizar toda extensão do material disposto na lâmina movimentando o charriot, para analisar as diferenças entre as células presentes na lâmina. Girar o revólver para a próxima objetiva, com aumento de 10X e ajustar o foco utilizando o macrométrico e o micrométrico. Trocar para a objetiva de 40X, girando o revólver novamente e ajustar o foco da imagem 4 utilizando somente o micrométrico. Para retirar a lâmina, retornar o revólver para a objetiva de 4X e abaixar a platina através do charriot. Utilizar a mesma técnica para a visualização das lâminas do Tecido Conjuntivo Ósseo e do Duodeno. A lâmina hematológica do Duodeno, pode ser ampliada em até 100X, sendo que, nesse caso, usamos uma gota do óleo de imersão. Ajustar delicadamente o foco da imagem utilizando o micrométrico. Ao finalizar com a utilização do microscópio, deixá-lo em posição de repouso, abaixar totalmente a platina, limpar a objetiva do óleo de imersão com o lenço de papel, girar o revólver até a objetiva de 4X e desligar a luz. Resultados e Discussão Durante as práticas, utilizamos o microscópio para conseguir a focalização nítida do material presente nas lâminas analisadas, que eram da veia de camundongo, do tecido conjuntivo ósseo, da traqueia e do duodeno. A forma mais fácil de conseguir focalizar, é iniciar pela primeira objetiva, de 4X e ajustar através do macrométrico e do micrométrico. Uma vez focalizado, ao passar para a próxima objetiva, a de 10X, focar primeiramente com o micrométrico, o que facilita conseguir foco novamente. Para a objetiva de 100X, utilizar o óleo de imersão para que o índice de refração seja igual entre a lâmina de vidro e o óleo. Conclusão Antes de iniciarmos com a prática, tivemos uma introdução teórica, sobre as células e sua classificação: eucariontes e procariontes. As células eucariontes possuem um núcleo celular organizado e formado por uma membrana denominada carioteca que delimita o material genético (DNA e RNA) no interior da mesma. Nas células procariontes, o material genético está disperso pelo citoplasma, pois essas células são desprovidas de um núcleo organizado. Discutimos também sobre as organelas celulares e suas funções. Basicamente são como “pequenos órgãos” que realizam as atividades celulares essenciais para as células. Compostas por estruturas de membranas internas, possuem formas e funções diferentes. O último item explorado antes do início da prática, foi o microscópio, suas características, as funções de cada componente e como manuseá-lo. As explicações teóricas foram essenciais para o embasamento das práticas que foram realizadas. Foi possível aprender como manusear o microscópio, focalizar as lâminas nitidamente e visualizar, por exemplo, as microvilosidades do duodeno. 5 Célula Procariótica: Bactérias do Iogurte (Aula 1 / Roteiro 2) Introdução Quando falamos em célula procariótica, estamos nos referindo ao grupo das bactérias, por se tratarem de células classificadas como procariontes. As bactérias são os seres mais antigos que vivem no planeta, pois existem desde muito antes dos protistas, fungos, plantas e animais. Tanto que, foi a partir de uma linhagem de bactérias que a vida se diversificou nessa variedade gigantesca que pode ser observada atualmente em todos os ecossistemas da Terra. É comum ao falarmos sobre bactérias, associarmos apenas aos aspectos ruins envolvidos, as doenças que algumas causam nos seres humanos, porém isso não se aplica à maioria, por exemplo, os lactobacilos, que auxiliam na preparação dos iogurtes. Mesmo com a grande variedade, as seguintes qualificações anatômicas foram estabelecidas segundo os formatos das bactérias: Cocos (em forma esfera), Bacilos (em forma de bastão), Vibrião (em forma de vírgula), Espirilos (em forma de espiral), Espiroquetas (alongadas e helicoidais). Objetivo Conhecer a morfologia das células procariontes e sua organização. Materiais Lâminas; lamínulas; solução de álcool; papel absorvente; pipeta; recipiente com água; iogurte natural; palito de dente e óleo de imersão; bateria de reagentes para coloração de gram e um microscópio óptico. Método Com a pipeta, colocar uma gota de iogurte natural sobre uma lâmina e pingar uma gota de água, homogeneizar com um palito de dente. Colocar a lamínula cuidadosamente, para evitar a formação de bolha, até que a mesma fique totalmente sobre a lâmina. Caso haja excesso de líquido, retirar com papel absorvente, para manter a lamínula fixa. Iniciar o processo de focalização, utilizando as objetivas de 4X, 10X e 40X. Resultados e Discussão As bactérias são responsáveis por transformar o açúcar do leite (lactose) em ácido lático, atravésde um processo de fermentação. Duas bactérias estão envolvidas nesse processo, a 6 Streptococcus thermophilus e a lactobacilos bulgaricus, sendo a primeira relacionada a cremosidade e ao cheiro, e a segunda a fermentação. Foi possível observar as bactérias se locomovendo na lâmina. Conclusão Pudemos observar que as bactérias presentes no iogurte se movimentam e se reproduzem em meio líquido e, apesar de parecerem simples, essas bactérias tem estrutura complexa e ausência de organelas. Ainda, como são resistentes, para chegarem inteiras no intestino, acidificam todo o caminho percorrido, dificultando a permanência dos microrganismos patogênicos, causadores de doenças no estômago e intestino. Esse ambiente ácido deixado por elas facilita a absorção das vitaminas e minerais, importantes ao organismo, além de ajudar a manter íntegra a parede do intestino, o que permite a absorção adequada de todos os nutrientes. Atividade Complementar Obrigatória 1. Esquematize uma célula eucarionte e uma célula procarionte. Cite a função de cada organela nestas células. Procarionte Ribossomo (organela dispersa no citoplasma) Parede celular Cápsula Material genético disperso no citoplasma Citoplasma Membrana plasmática Organela da célula procarionte: Ribossomos – são organelas não-membranosas que atuam no processo de síntese proteica, decodificando os comandos enviados pelo DNA. 7 Eucarionte Citoplasma Núcleo organizado Membrana celular Organelas citoplasmáticas Organelas da célula eucarionte: Mitocôndria – responsável pelo processo de respiração celular e por fornecer energia para célula; Retículo Endoplasmático Liso – responsável pela síntese de lipídeos e metabolização celular; Lisossomo – responsável pelo processo de digestão celular; Retículo Endoplasmático Rugoso – responsável pela produção proteica; Complexo de Golgi – armazena, modifica e libera substâncias. Exporta proteínas sintetizadas no retículo endoplasmático rugoso e, além disso, origina os lisossomos; Desmossomos – é uma importante junção das células epiteliais. Ao manter as células unidas entre si, oferece força mecânica e estabilidade ao tecido; Centríolos – auxilia no processo de divisão celular; Peroxissomos – responsável pelo armazenamento de enzimas; Vacúolos – responsáveis pela reserva energética e pelo armazenamento de substâncias. 2. Explique quais as funções da parede celular nas células procariontes. Controla a entrada e saída das substâncias (permeabilidade seletiva). Proteção das estruturas celulares. Delimitação do conteúdo intracelular e extracelular, garantindo a forma e a integridade da célula. Transporte de substâncias essenciais ao metabolismo. 3. Discuta sobre o processo de compartimentalização nas células eucariontes. As células eucariontes, possuem o citoplasma, o núcleo e as várias organelas. Por possuírem um núcleo organizado e formado por uma membrana denominada carioteca, delimitam o material genético (DNA e RNA) no interior desta membrana. A compartimentalização permite que células eucarióticas realizem reações químicas incompatíveis simultaneamente. Também aumenta a área de superfície das membranas celulares, que é necessária para a obtenção de nutrientes e excretar resíduos. 8 Meio Hipertônico, Isotônico e Hipotônico (Aula 2 / Roteiro 1) Introdução A membrana celular é formada por uma dupla camada lipídica, composta por fosfolipídios, que apresentam uma porção polar e outra apolar, e pelas proteínas, representadas por enzimas, glicoproteínas, proteínas transportadoras e antígenos. Também é responsável por controlar a entrada e saída das substâncias essenciais ao metabolismo (permeabilidade seletiva), através dos seus constituintes químicos o que facilita os transportes (passagens). Considerada como solvente universal, a água dissolve os solutos, parte sólida. Dessa forma, a solução é constituída de um solvente mais um soluto. Substâncias que são dissolvidas em água são denominadas hidrossolúveis, e as que são dissolvidas em lipídios são lipossolúveis. Existem concentrações conhecidas por hipertônicas e hipotônicas, respectivamente, com maior e menor concentração de soluto e soluções isotônicas, que apresentam a mesma concentração de solvente e soluto. Objetivo Praticar a utilização de um microscópio óptico para observar as mudanças que ocorrem na morfologia de eritrócitos quando submetidos as soluções hipotônica, isotônica e hipertônica. Correlacionar os resultados com as propriedades funcionais das membranas celulares. Materiais Sangue; pipeta; capilar; lâmina, lamínula; lápis; becker; papel absorvente; solução salina 0,4%; solução salina 0,9%; solução salina 1,5%; microscópio óptico. Método Anotar nas lâminas quais são hipotônica, isotônica e hipertônica, de acordo com as concentrações de solução salina que serão utilizadas em cada uma. Com o auxílio do capilar, pingar uma gota de sangue em cada uma das lâminas e, em seguida, com auxílio de outra pipeta pingar uma gota da solução salina correspondente a anotação sobre a gota de sangue. Cobrir cuidadosamente para evitar bolhas, com a lamínula e limpar os excessos das laterais com papel absorvente e visualizar no microscópio óptico. 9 Resultados e Discussão Nas lâminas com solução isotônica, as hemácias permaneceram da mesma forma, sem alterações. Quando colocadas no meio hipotônico, as hemácias incharam, o fluxo de água foi de fora para dentro, e elas se romperam (hemólise). Em contato com o meio hipertônico, observamos que as hemácias perderam água para o ambiente por osmose, fazendo com que elas murchem. Conclusão Considerando que os meios intracelular e extracelular são compostos, essencialmente, por água, o trânsito de grande parte das substâncias importantes para a manutenção da vida é impedido por essa característica anfipática da membrana. Essa situação é resolvida pelo outro componente principal das membranas: as proteínas. Assim, a água e as substâncias dissolvidas nela, que não conseguem passagem por meio dos lipídeos, são colocadas para dentro e para fora das células através das proteínas. Atividade Complementar Obrigatória 1. Desenhe uma porção de membrana plasmática e aponte as principais estruturas. 2. O que é o modelo Mosaico Fluido? Modelo para explicar a estrutura da membrana plasmática. Ele possui essa denominação porque a membrana assemelha-se a um mosaico, formada por proteínas inseridas em um fluído de lipídeos. 3. Por que as membranas são bicamadas de fosfolipídios? 10 Porque os fosfolipídios são anfipáticos, tem região hidrofílica (polar) e hidrofóbica (apolar) e, por esta razão, confere as células sua função de permeabilidade seletiva. 4. Quais são os principais sistemas de transportes na membrana? Osmose – é o transporte passivo em que o gradiente de concentração não interfere, pois, a membrana é permeável ao solvente e impermeável ao soluto. A passagem de solvente acontece do meio menos concentrado (hipotônico) para o meio mais concentrado (hipertônico), até que as concentrações fiquem iguais (isotônico); Transporte Passivo ou Difusão Simples – o transporte de soluto através da membrana plasmática obedece a um gradiente de concentração, quando se tem um lado da membrana mais concentrado (hipertônico) do que o outro (hipotônico). O lado mais concentrado perde soluto para o menos concentrado, até que ocorra a igualdade entre eles (isotônicos); Transporte Ativo ou Difusão Ativa – requer consumo de energia originado da quebra da molécula de ATP (trifosfato de adenosina), formando ADP (adenosina difosfato + fósforo). Acontece contra o gradiente de concentração, e o soluto é transportado do meio menos concentrado para o meio mais concentrado;Difusão Facilitada – acontece da mesma forma que a difusão simples, porém com a participação de uma proteína de membrana que atua como transportadora ou carreadora, denominada de permease. Preparação de Esfregaço para Sangue Periférico Segundo a Técnica de Leishman (Aula 2 / Roteiro 2) Introdução O esfregaço de sangue é um teste realizado em hematologia para a contagem e a identificação de anormalidades nas células do sangue. O teste consiste na extensão de uma fina camada de sangue sobre uma lâmina de microscopia que, após corada, é analisada em microscópio. O principal objetivo do esfregaço é analisar a morfologia das células, estimar o número de leucócitos e plaquetas, investigar problemas hematológicos, distúrbios encontrados no sangue e eventualmente parasitas, como por exemplo o Plasmodium, causador da malária. Objetivo Conhecimento da técnica de esfregaço e reconhecimento das células do sangue. Técnica de esfregaço (extensão) para sangue periférico, segundo Leishman (é a mistura de 11 “ROMANOWSKY = eosina + azul de azul de metileno + azul de metileno, que é o azul de metileno oxidado). NOTA: na técnica de PANÓTICO para esfregaço de sangue, são três os corantes utilizados: corante I – solução de triarilmetano 0,1% (tempo de 10 segundos); corante II – solução de xantenos 0,1% (tempo de 8 segundos); e corante III, solução de tiazinas 0,1% (tempo de 5 segundos). Após essas passagens pelos corantes, é só deixar secar e observar as células sanguíneas. Materiais De 4 a 5 lâminas bem limpas e secas, lanceta ou tubo para coleta de sangue a vácuo, agulha múltipla para coleta, adaptador, lâmina para esfregaço devidamente esmerilhada nas bordas laterais, algodão hidrófilo, álcool ou éter. Corante de Leishman, papel de filtro, água destilada com conta-gotas e/ou pipeta, caixa para descarte e cuba para lavagem das lâminas utilizadas, microscópio óptico e óleo de imersão. Método Coletar sangue venoso em tubo de coleta de sangue a vácuo para realização dos esfregaços. Na extremidade da lâmina, colocar uma gota de sangue. Com uma segunda lâmina, fizer o procedimento do esfregaço. Ao levar a segunda lâmina até a gota de sangue venoso, o sangue escorre na borda desta lâmina (entre a borda apical da lâmina de esfregaço e a primeira lâmina, na qual foi colocado a gota). O esfregaço é feito da direita para a esquerda e com movimento normal (nem rápido, nem lento demais). Não se deve voltar com a lâmina. Deixar o sangue distendido secar. A coloração foi feita conforme os seguintes passos: 1. A lâmina foi coberta com o corante Leishman por cinco minutos (o álcool do corante é o fixador e o eosinato cora estruturas básicas, como o citoplasma e o azul de metileno cora estruturas ácidas como o núcleo); 2. Gotejada água destilada sem tirar o corante, com uso de conta-gotas por sete minutos; 3. Escorrer e lavar com água destilada; 4. Deixar o esfregaço secar ao ar ambiente; 5. Após secagem da lâmina, observar no aumento de 100X utilizando óleo de imersão (não use lamínula); 6. Observar glóbulos vermelhos em maior número e glóbulos brancos, em roxo, em menor número. 12 Resultados e Discussão A região final da distensão sanguínea, conhecida como cauda da lâmina entre os profissionais da área, é comum o encontro de alguns esferócitos e, também, o aumento de leucócitos, como monócitos, neutrófilos e, principalmente linfócitos. Quando essa camada é muito fina, o que pode ser resultado de uma gota pequena, movimento lento ou ângulo inferior a 45°, as distensões podem fazer com que os eritrócitos pareçam esferócitos, podendo resultar em uma contagem errônea. A cabeça da lâmina, chamada dessa forma por se tratar da região imediatamente após o local em que a gota sanguínea foi colocada, frequentemente há, também, o aumento do número de leucócitos, sendo os linfócitos os mais afetados. O corpo da lâmina, referente a região intermediária entre a cabeça e a cauda, são onde os leucócitos, as hemácias e as plaquetas estão distribuídas de maneira mais homogênea, sendo a área ideal para a análise qualitativa e quantitativa da distensão sanguínea. Conclusão Mesmo com todos os avanços em hematologia, desde as automações e o uso de metodologias moleculares, o esfregaço ainda é um teste aparentemente simples, porém muitas vezes indispensável. Para se obter resultados confiáveis, o primeiro passo é a confecção de um bom esfregaço de sangue e, para tanto, é necessário empregar as técnicas corretas. Uma série de deficiências, indicando anormalidades e alterações nas células sanguíneas podem ser reveladas pelo teste de esfregaço. Vários tipos de anemia, malária, leucemia, trombositose, linfomas ou insuficiência da medula óssea são algumas das muitas doenças que podem ser identificadas. Microscopia de Pele Humana (Aula 3 / Roteiro 1) Introdução Os tecidos do corpo humano são formados por tipos celulares semelhantes que possuem funções específicas, sendo os principais tipos o epitelial e o conjuntivo. O tecido epitelial é formado por células justapostas organizadas, que estão intimamente unidas umas às outras através de junções intercelulares ou proteínas integrais da membrana. Esse tecido tem como principal função revestir e proteger o corpo. Forma a epiderme, a camada mais externa da pele, e internamente, reveste órgãos como a boca e o estômago. Também forma 13 as glândulas, estruturas compostas de uma ou mais células que fabricam certos tipos de substâncias como hormônios, sucos digestivos, lágrima e suor. Objetivo Visualizar a morfologia da epiderme e da derme humana. Correlacionar as estruturas observadas com as características dos tecidos epitelial e conjuntivo. Materiais Lâmina fixada com corte histológico de pele humana, microscópio óptico. Método Visualizar no microscópio óptico a lâmina fixada com corte histológico de pele humana. Resultados e Discussão A derme apresenta espessura variável de acordo com a região observada. Sua superfície é irregular, observando-se saliências denominadas de papilas dérmicas, que acompanham as reentrâncias correspondes da epiderme. As papilas aumentam a área de contato da derme com a epiderme, reforçando a união entre essas duas camadas, são mais frequentes nas zonas sujeitas a pressões e atritos. O tecido da hipoderme é a camada mais profunda da pele, formada por tecido conjuntivo frouxo, que une de maneira pouco firme à derme. Os adipócitos são as principais células na hipoderme, são arredondadas com citoplasma contendo grande quantidade de lipídeo, principalmente triglicerídeos. É a camada responsável pelo deslizamento da pele sobre as estruturas de suporte. Conclusão Encontramos na derme profunda o tecido conjuntivo denso não modelado. Ao contrário do tecido conjuntivo frouxo, o qual é constituído de muitas células com pouca matriz extracelular, o tecido conjuntivo denso possui muita matriz extracelular. Esta matriz é composta principalmente de fibras colágenas de diferentes espessuras. As células residentes são as mesmas encontradas no tecido conjuntivo frouxo, com grande predomínio de fibroblastos e fibrócitos. 14 As fibras de colágeno estavam dispostas sem organização, aparentemente desordenadas em uma trama tridimensional, o tecido é denominado tecido conjuntivo denso não-modelado. Este tecido possui grande resistência às trações exercidas em qualquer direção. Atividade Complementar Obrigatória 1. Observe a imagem abaixo e julgue as afirmações. Justifique as afirmativas falsas, corrigindo-as. I- O tecido epitelial apresenta alto número de células em mitose por isso apresenta muitos vasos sanguíneos; II- Desmossomos são especializações das células dos tecidos epiteliais com função de manter a união destas células, além de outras; III- Pode-se afirmar que, no geral, o tecido epitelialtem função de revestimento, absorção, secreção; Respostas: I- Falsa. O tecido epitelial não apresenta vasos sanguíneos. II- Falsa. Desmossomos também estão presentes nos tecidos cardíacos. Não possuem outras funções. III- Verdadeira. 2. Esquematize os epitélios de revestimento e classifique-os. 1. Simples Pavimentoso: apresenta apenas uma camada de células, com células achatadas. 1 2 3 15 2. Simples Cubico: apenas uma camada de células, com células em formato cúbico. 3. Simples Cilíndricos: apenas uma camada de células, com células alongadas. 4. Estratificado Pavimentoso: apresenta múltiplas camadas celulares, com células achatadas. 5. Estratificado Cúbico: apresenta múltiplas camadas celulares, com células em formato cúbico. 6. Pseudoestratificado: apresenta apenas uma camada de células, entretanto, possui um aspecto que dá a falsa impressão de possuir várias camadas celulares. Isso ocorre porque as células possuem tamanhos variados, e a localização do núcleo é diferente em cada célula. 7 e 7.1. Epitélio de transição: tecido com formato de células que varia de acordo com a distensão do órgão no qual é encontrado. No tecido da bexiga urinária, por exemplo, as células tornam-se mais achadas quando esse órgão está cheio (7.1). Já quando a bexiga está vazia, as células ficam com formato mais globoso (7). Músculo Estriado Esquelético (Aula 3 / Roteiro 2) Introdução O tecido muscular estriado esquelético constitui a maior parte da musculatura do corpo dos vertebrados. De acordo com as características das células musculares, é possível classificar esse tecido em: muscular estriado esquelético, muscular estriado cardíaco e muscular não 4 5 7 7.1 16 estriado ou liso. O tecido muscular estriado esquelético está preso aos ossos e apresenta células longas e com muitos núcleos (multinucleadas). Analisando a presença e localização do núcleo, é possível distinguir esse músculo do estriado cardíaco, um tipo de músculo que também apresenta estriações. Objetivo Visualização das lâminas de língua para observar as estriações transversais no músculo estriado esquelético. Materiais Lâmina: Língua – músculo estriado esquelético, microscópio óptico. Método Observar as lâminas ao microscópio de luz no aumento de 100X. No corte longitudinal, observe a presença de estriações transversais. Resultados e Discussão Observou-se as fibras musculares da língua em corte longitudinal, também os seus núcleos periféricos na superfície de cada fibra muscular. Conclusão Apresenta uma formação por feixes de musculatura epitelial estratificada, que se intercruzam em várias direções, e é revestida por mucosa (tecido epitelial estratificado escamoso queratinizado). Por toda extensão da língua encontramos papilas gustativas e mecânicas. Atividade Complementar Obrigatória 1. Explique a contração muscular. Na contração muscular, a actina desliza sobre os filamentos da miosina, que conservam seus comprimentos originais, onde a actina e a miosina se sobrepõe. Essa contração depende da disponibilidade de íons, cálcio e, o relaxamento muscular, está na dependência da ausência destes íons. 17 2. Os atletas, que frequentam academias de ginástica, conversavam sobre alguns aspectos da musculatura do corpo. Nesta discussão, as seguintes colocações foram feitas: I – O tecido muscular estriado esquelético constitui a maior parte da musculatura do corpo humano. II – O tecido muscular liso é responsável direto pelo desenvolvimento dos glúteos e coxas. III – O tecido muscular estriado cardíaco, por ser de contração involuntária, não se altera com o uso de esteroides anabolizantes. Analisando as afirmativas, pode-se afirmar que: A) I, II e III estão corretas. B) Apenas II está correta. C) Apenas I e II estão corretas D) Apenas I está correta. E) Apenas II e III estão corretas. Citoesqueleto – Cílios e Flagelos (Aula 3 / Roteiro 3) Introdução A traqueia é um importante órgão do sistema respiratório que se localiza no pescoço, estendendo-se entre a laringe e os brônquios. Ela é formada por numerosos anéis cartilaginosos, abertos por sua região dorsal, que é adjacente ao esôfago. Estes anéis são distribuídos uns sobre os outros e estão ligados por tecido muscular fibroso. A traqueia e os brônquios são forrados internamente por um tecido epitelial ciliado, responsável pela produção de muco. Os testículos são as gônadas sexuais masculinas, que possui dupla função: produzir as células sexuais (espermatozoides) e sintetizar hormônios. Cada testículo, apresenta-se envolto por uma grossa cápsula de tecido conjuntivo denso, denominada túnica albugínea. Esta última é espessada na superfície dorsal dos testículos para dar origem ao mediastino do testículo, do qual partem septos fibrosos. Objetivo Visualização da lâmina de traqueia para observar os cílios e, no testículo os flagelos dos espermatozoides na luz dos túbulos seminíferos. 18 Materiais Lâmina: Traqueia e testículo, microscópio óptico. Método Observar as lâminas ao microscópio de luz no aumento de 100X. Observe a presença dos cílios nas células da traqueia e os flagelos nos espermatozoides. Resultados e Discussão A mucosa da traqueia é revestida por epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes. Os cílios são curtos e podem ser relacionados à locomoção e a remoção de impurezas. Nas células que revestem a traqueia humana, os batimentos ciliares empurram impurezas provenientes do ar inspirado, trabalho facilitado pela mistura com o muco que, produzido pelas células da traqueia, lubrifica e protege a mesma. Os flagelos são longos e também se relacionam a locomoção de certas células, como a do espermatozoide. Observou-se que os testículos são revestidos por uma camada de tecido conjuntivo propriamente dito denso, e entre os túbulos seminíferos há uma grande quantidade de tecido conjuntivo frouxo denominado Interstício. No interstício encontram-se as células intersticiais de Leydig, que ficam perto dos vasos sanguíneos e têm formato poligonal. Essas células são responsáveis pela produção de testosterona. Conclusão Estruturalmente, cílios e flagelos são idênticos: cilíndricos, exteriores as células e cobertos por membrana plasmática. Internamente, cada cílio ou flagelo é constituído por um conjunto de nove pares de microtúbulos periféricos de tubulina, circundando um par de microtúbulos centrais. Tanto os cílios como os flagelos são originados por uma região organizadora no interior da célula, conhecida como corpúsculo basal. Em cada corpúsculo basal há um conjunto de nove trios de microtúbulos (ao invés de duplas, como nos cílios e flagelos), dispostos em círculo. Nesse sentido, a estrutura do corpúsculo basal é semelhante à de um centríolo. 19 Mitose e Núcleo (Aula 4 / Roteiro 1) Introdução A mitose é o processo de divisão celular que forma a partir de uma célula inicial duas células idênticas, com o mesmo número de cromossomos. A mitose é um processo contínuo, essencial para o crescimento de organismos multicelulares e nos processos de regeneração de tecidos do corpo humano. Objetivos Visualizar os cromossomos e as fases da mitose. Materiais Lâminas prontas de mitose em veias sanguíneas, microscópio óptico. Método Visualizar uma lâmina pronta e identificar células que estejam em divisão celular (mitose). Colocar em objetiva de 40x. Resultados e Discussão A lâmina da veia sanguínea estava com células em algumas fases de mitose, sendo possível identificar células na fase de prófase, utilizando a objetiva de 100x com óleo de imersão, apesar dos cromossomos ainda estarem enrolados. A importância da mitose é que ela proporciona o crescimento e desenvolvimento de nosso organismo,e também atua repondo as células perdidas. As células sanguíneas (hemácias ou eritrócitos) são respostas a cada 90-120 dias. Conclusão Podemos concluir, de uma forma geral, que a mitose é um processo de divisão celular, no qual uma célula dá origem a duas células-filhas, geneticamente idênticas, que recebem o mesmo número e tipo de cromossomos devido ao processo de replicação do DNA que acontece na interfase e nas demais fases da mitose. Atividade Complementar Obrigatória 1. Descreva as principais estruturas encontradas no núcleo. 20 Carioteca, membrana nuclear, ácidos nucleicos (DNA e RNA), ribossomos e nucléolo. 2. Como os filamentos de DNA estão organizados no núcleo? Em dupla fita helicoidal. 3. O que é nucléolo e do que são formados? É uma região presente no núcleo, formado por DNA, RNA e proteínas, necessários para o processo de tradução. 4. Defina Eucromatina e Heterocromatina. Eucromatina: quando os filamentos de cromatina estão menos condensados significa que possui DNA ativo, ou seja, a célula é capaz de "ler" o conteúdo deste material genético. Heterocromatina: os filamentos estão condensados, enrolados entre si num emaranhado. Neste caso, o DNA está inativo, pois as células naquele momento não são capazes de codificar o material genético condensado. 5. De acordo com as figuras abaixo, indique em que fase do ciclo celular a célula se encontra: Célula Nervosa Metáfase Prófase Anáfase Telófase 21 Estudo da Cromatina Sexual (Aula 4 / Roteiro 2) Introdução Cromatina sexual é o nome dado ao cromossomo X inativo e condensado das células que constituem as fêmeas de mamíferos. Nos seres humanos, cada célula feminina possui dois cromossomos X (um de origem materna e outro paterna), acontecendo condensação ao acaso de um destes cromossomos. No gênero masculino, exceto a ocorrência de síndrome de Klinefelter, os organismos não apresentam cromatina sexual. Objetivos Visualizar a cromatina sexual em indivíduos dos gêneros feminino e masculino. Identificar os corpúsculos de Barr em indivíduos do gênero feminino. Correlacionar o seu achado com o seu significado biológico. Materiais Corante fucsina básica; Álcool etílico 70%; Fenol 5%; Ácido acético glacial; Formol 37%; Becker; Pipeta; Álcool etílico 70%; Água destilada; Solução fucsina; Álcool 95%; Álcool absoluto; Lâminas; Espátulas de madeira; Lamínulas; Óleo de imersão; Papel toalha; Luvas; Microscópio óptico. Método Com o uso de uma espátula de madeira, raspar a face interna da bochecha. Desprezar este primeiro raspado e em seguida raspar novamente exatamente no mesmo local da bochecha que foi raspado anteriormente. Fazer um esfregaço com o material sobre as lâminas limpas. Deixar secar. Pingar álcool 70% sobre o esfregaço e manter por 5 minutos, em seguida, repetir com água destilada e manter por 8 minutos. Pingar o corante e manter por 15 minutos na solução de fucsina previamente preparada*. Pingar álcool 95% e rapidamente drenar o excesso, em seguida, repetir o processo com álcool absoluto. Cobrir com lamínula e com papel toalha para eventual drenagem. Observar ao microscópio óptico com objetiva de 40X e, em seguida, com objetiva de 100X (com óleo de imersão). *Preparação prévia de solução de fucsina fenicada de Ziehl modificada Dissolver 3 g de corante fucsina básica em 100 mL de álcool etílico 70% (solução estoque). Em outro frasco, separar 10 mL desta solução estoque e acrescentar 90 mL de fenol 22 5%, 10 mL de ácido acético glacial e 10 mL de formol 37%. Deixar em repouso por no mínimo 24 horas antes de utilizar esta solução na coloração das lâminas. Resultados e Discussão A presença ou não de cromatina sexual permite análise com diagnóstico citológico do sexo genético, a partir do cromossomo condensado na forma de um pequeno grânulo visível em preparações de células tratadas com corantes para observação microscópica no núcleo. Portanto, esse método pode ser empregado na determinação do sexo de um indivíduo, quando os caracteres fenotípicos são duvidosos. Conclusão Como a sala é composta apenas por mulheres, não foi possível a comparação da cromatina sexual em ambos os sexos. Apenas identificamos os corpúsculos de Barr encontrados em nossas próprias lâminas e comprarmos as diferenças entre elas. Bibliografia LAY-ANG, G. "Microscopia"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/microscopia.htm. Acesso em 03 de setembro de 2019. Organelas Celulares. Toda Matéria: conteúdos escolares. 27/06/17. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/organelas-celulares/. Acesso em 07 de setembro de 2019. ANIELLI, V. 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