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Medidas cautelares - Natureza Pessoal

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Medidas cautelares de natureza pessoal:
1.Tutela Cautelar no Processo Penal:
- Medidas de natureza urgente;
- Visa assegurar a eficácia do processo;
- Não há, em sede processual penal, um processo cautelar autônomo;
- No processo penal essa tutela é prestada através de medidas cautelares concedidas incidentalmente no curso das investigações ou do processo penal;
1.1 Espécies de medidas cautelares:
- Classificação doutrinária.
 Medidas cautelares de natureza patrimonial (Reais): são aquelas relacionadas à reparação do dano e ao perdimento de bens como efeito da condenação.
Art. 125 CPP - Caberá o seqüestro dos bens imóveis, adquiridos pelo indiciado com os proventos da infração, ainda que já tenham sido transferidos a terceiro.
 Medidas cautelares de natureza probatória: são aquelas que visam evitar o perecimento de uma fonte de prova, assim como resguardar a produção dos meios de prova;
Ex. Art. 225 do CPP -  Se qualquer testemunha houver de ausentar-se, ou, por enfermidade ou por velhice, inspirar receio de que ao tempo da instrução criminal já não exista, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, tomar-lhe antecipadamente o depoimento.
 Medidas cautelares de natureza pessoal: são aquelas medidas restritivas ou privativas da liberdade de locomoção adotadas contra a pessoa do investigado (ou acusado);
Ex. Prisão preventiva, e cautelares diversas da prisão;
Lei 12.403/11 – Introduziu as cautelares diversas da prisão, e colocou fim a bipolaridade das medidas cautelares de natureza pessoal previstas no CPP.
Art. 319.  São medidas cautelares diversas da prisão:               
I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades;             
II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações;           
III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante;           
IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou necessária para a investigação ou instrução;            
V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos;           
VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais;            
VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de reiteração;               
VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem judicial;              
IX - monitoração eletrônica.  
Possibilidades de utilização das medidas cautelares diversas da prisão:
· Como instrumento de contracautela, substituindo anterior prisão em flagrante, preventiva ou temporária;
- Antes houve uma prisão cautelar;
· Como instrumento cautelar para o acusado que estava em liberdade plena;
1.2 Poder Geral de Cautela no Processo Penal;
- Consiste na adoção de cautelares não previstas em lei;
1ª corrente: Não é possível, pois viola o devido processo legal;
2ª corrente: É possível, com base no art.3º do CPP, por adoção analógica do CPC, desde que para fins de adoção de cautelares menos gravosas do que aquelas já previstas em lei – Princípio da proporcionalidade (necessidade);
1.3 Pressupostos para a aplicação das medidas cautelares de natureza pessoal:
- Nenhuma medida cautelar pode ser imposta como efeito automático decorrente da prática de infração penal;
Prisão preventiva (ALTERADO PELO PACOTE ANTICRIME):
- Não pode mais ser decretada de ofício pelo Juiz.
- Deve ser revisada a cada 90 dias – art.316 CPP.
- “Fumus comissi delicti” 
	- Fumaça do cometimento do delito;
	- Plausibilidade do direito de punir;
	- Prova da existência do crime;
	- Indícios de autoria/participação (juízo de probabilidade);
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado.   
(...) §1º. A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares (art. 282, § 4o). (Incluído pela Lei no 12.403, de 2011).
- “periculum libertatis” - perigo na liberdade;
	- Perigo que a permanência do acusado em liberdade representa para a investigação ou instrução processual, para a aplicação da lei penal e para a segurança da coletividade;
OBS. STF entende que esse perigo na liberdade deve ser atual.
- “ultima ratio”;
Art.282 CPP - § 6º A prisão preventiva somente será determinada quando não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar, observado o art. 319 deste Código, e o não cabimento da substituição por outra medida cautelar deverá ser justificado de forma fundamentada nos elementos presentes do caso concreto, de forma individualizada. 
- Quanto à infração penal: nova redação do art.313 do CPP;
Art. 313.  Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva:             
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos;             
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal;           
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência;     
§ 1º  Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).         (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)       (Vigência)
Medidas cautelares diversas da prisão:
- Fumus comissi delicti”;
- “Periculum libertatis”;
- “prima ratio”;
- Quando à infração penal: deve haver cominação de pena privativa de liberdade isolada, cumulativa ou alternativamente;
Art.283 do CPP - § 1o  As medidas cautelares previstas neste Título não se aplicam à infração a que não for isolada, cumulativa ou alternativamente cominada pena privativa de liberdade.    
OBS. Atenção para os requisitos adicionais exigidos para a internação provisória:
- Crime praticado com violência ou grave ameaça;
- Praticado por inimputável ou semi-inimputável;
- Risco de reiteração;
Art.319 - VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de reiteração;   
OBS. Atenção para certas medidas cautelares em espécie que aparentemente restringem o âmbito de sua aplicação apenas à determinada finalidade;
Art.319 - VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais;  
	- Outras finalidades do art.282, I, podem ser usadas;
2. Procedimento para aplicação das medidas cautelares;
2.1 Aplicação Isolada ou Cumulativa:
- De acordo com o caso concreto;
Art.282:
§ 1o  As medidas cautelares poderãoser aplicadas isolada ou cumulativamente.      
As medidas que só podem ser aplicadas de maneira isolada:
- Prisão cautelar;
- Internação provisória;
2.2 Jurisdicionalidade;
- Estão sujeitas a cláusula de reserva de jurisdição;
	- Medida que só pode ser decretada por autoridade judiciária competente;
§ 2º As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz a requerimento das partes ou, quando no curso da investigação criminal, por representação da autoridade policial ou mediante requerimento do Ministério Público. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
OBS. Possibilidade de concessão de fiança pela autoridade policial – Só pode ocorrer se houve anterior prisão em flagrante:
Art. 322 CPP-  A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos.           
Parágrafo único.  Nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz, que decidirá em 48 (quarenta e oito) horas.  
OBS. Possibilidade de a polícia determinar o imediato afastamento do agressor do lar, do domicílio ou do local de convivência com a vítima de violência doméstica e familiar contra a mulher;
	- Quando o Município não for sede de Comarca;
2.2.1 Princípio tácito da individualização da prisão cautelar e das cautelares diversa da prisão;
- Toda decisão da autoridade judiciária competente deve ser fundamentada;
2.2.2 Vedação à prisão cautelar “ex lege”;
Prisão “ex lege” = é aquela imposta por força de lei, independentemente da análise de sua necessidade pela autoridade judiciária competente;
- Viola a regra de tratamento que deriva do princípio da presunção de inocência;
Art.44 da Lei 11.343/06 – Não admite liberdade provisória com fiança ou sem fiança, aos presos por tráfico de drogas.
	- Os Tribunais têm admitido a liberdade provisória (sem fiança, entretanto obrigatoriamente cumulada com as cautelares diversas da prisão) nesses casos, não admitindo prisão apenas por previsão legal, sendo necessária fundamentação, com base nos requisitos do 312 do CPP;
2.2.3 Decretação de medidas cautelares de ofício pelo Juiz 
(ALTERADO PELO PACOTE ANTICRIME)
COM A ALTERAÇÃO, O JUIZ NÃO PODE DECRETAR PRISÃO PREVENTIVA E MEDIDAS CAUTELARES DE OFÍCIO;
2.3 Legitimidade para o requerimento de decretação de medidas cautelares:
Fase investigatória:
	- Representação da autoridade policial;
	- Requerimento do MP;
	- Requerimento do ofendido nos crimes de ação penal privada;
	- Requerimento do acusado/defensor;
		- Como contracautela, substituindo prisão em flagrante, por exemplo.
OBS. (Des) necessidade de oitiva do MP diante de representação da autoridade policial:
1ª corrente: não há necessidade;
2ª corrente: MP deve ser ouvido e se manifestar favoravelmente; 
Fase processual:
	- Requerimento do MP;
	- Requerimento do querelante nos crimes de ação penal privada;
	- Requerimento do assistente da acusação;
		- Não tinha essa legitimidade antes da Lei 12.403/11.
		- Assistente da acusação: vítima ou sucessores que se habilitam no processo. 
Súmula 208 do STF: “o assistente do MP não pode recorrer, extraordinariamente, de decisão concessiva de habeas-corpus” anterior a Lei 12.403/11. Súmula ultrapassada;
	- Requerimento do acusado/defensor.
2.4 Contraditório Prévio:
Antes de 2011 = contraditório diferido (“inaudita altera pars”)
Depois da lei 12.403/11 = contraditório prévio (pelo menos em regra);
Art.282 CPP - § 3º Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o juiz, ao receber o pedido de medida cautelar, determinará a intimação da parte contrária, para se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias, acompanhada de cópia do requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos em juízo, e os casos de urgência ou de perigo deverão ser justificados e fundamentados em decisão que contenha elementos do caso concreto que justifiquem essa medida excepcional.     (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)       
Exceção: Casos de urgência e quando houver risco à eficácia da medida;
OBS - Se a regra não for observada no caso concreto, deve haver fundamentação nesse sentido;
 
2.5 Descumprimento injustificado das cautelares diversas da prisão:
Art.282 CPP- § 4º No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz, mediante requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva, nos termos do parágrafo único do art. 312 deste Código.  
- Juiz não é obrigado a seguir essa sequência;
Descumprimento injustificado das cautelares diversas da prisão e tipificação do crime de desobediência:
	- Não tipifica a desobediência;
	- Atenção para a Lei Maria da Penha: Art.24-A – Crime de descumprimento de decisão judicial que defere medidas protetivas de urgência previstas na lei Maria da Penha.
Decretação da prisão preventiva diante do descumprimento das medidas cautelares diversas da prisão e (des) necessidade de observância do art.313 do CPP:
1ª corrente (Minoritária): art.313 deve ser observado;
2ª corrente (Majoritária): Não precisa ser observado;
2.6 Revogabilidade e/ou substitutividade das medidas cautelares;
OBS. Decisão que determina medidas cautelares – cláusula rebus sic stantibus (imprevisão);
	- Situacional;
Alteração da situação Revogação/substituição;
Art.282, § 5º O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.
- Autoridade jurisdicional competente para a revogação das medidas cautelares:
	- No primeiro momento é o mesmo juízo que decretou a medida.
	OBS. Habeas Corpus apenas após o indeferimento do pedido de revogação.
2.7 Recursos adequados:
Decisão decretando cautelar =
Decisão indeferindo cautelar =
2.7.1 Em favor da acusação 
- Indeferindo cautelar, ou revogando...
- RESE = Recurso em sentido estrito;
	- Não possui efeito suspensivo
Súmula n.604 do STJ: O mandado de segurança não se presta para atribuir efeito suspensivo a recurso criminal interposto pelo Ministério Público.
2.7.2 Em favor do acusado:
- Habeas corpus/liminar;
OBS. Suspensão do exercício da função pública = habeas corpus/liminar;
2.8 Detração e medidas cautelares diversas da prisão:
- Detração = Desconto do tempo de prisão;
  Art. 42 - Computam-se, na pena privativa de liberdade e na medida de segurança, o tempo de prisão provisória, no Brasil ou no estrangeiro, o de prisão administrativa e o de internação em qualquer dos estabelecimentos referidos no artigo anterior.  
- Quando houver semelhança entre a medida cautelar aplicada durante o curso da persecução penal e a pena definitiva:
Ex. Prisão preventiva prisão penal = detração
Ex.2: Recolhimento domiciliar noturno limitação fim de semana = detração;
- Quando não houver homogeneidade entre a medida cautelar aplicada durante a persecução penal e a pena definitiva:
1ª corrente (majoritária) = Não há falar em detração, pois não há previsão legal;
2ª corrente = é possível a detração com critério semelhante à remissão (estimulo pra estudo e trabalho); 
3. Prisão:
Conceito: Trata-se da privação da liberdade de locomoção com recolhimento da pessoa ao cárcere, seja em virtude de flagrante delito, ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, seja em face de transgressão militar ou crime propriamente militar;
CF, art.5º, LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;
Espécies de prisão:
3.2 Prisão Civil:
- Devedor de alimentos;
Súmula vinculante 25: é ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito;
3.3 Prisão do falido
Lei 7.661/45 Revogada;
Súmula n.280 do STJ
Lei 11.101/05 – Prisão preventiva, observado seus pressupostos.
3.4 Prisão Administrativa:
Conceito: Decretada por autoridade administrativa,com o objetivo de compelir alguém ao cumprimento de dever de direito público
- Não foi recepcionada pela CF/88, em regra, no estado de normalidade.
OBS. Em estados de crise a prisão administrativa ainda é válida.
 Prisão do estrangeiro:
Nova lei de migração não trata da prisão pra expulsão nem deportação, tratando apenas da prisão para extradição, como medida cautelar, devendo ser observado os requisitos. Decretada pelo STF.
- Extradição:
Antigamente: era considerada obrigatória a prisão;
STF passou a entender que a sua prisão durante a persecução penal só poderá ser prisão preventiva (condicionada aos pressupostos, art.312/313) - PPE
- Expulsão:
- Deportação: 
OBS. Lei 6.815/80 – as prisões podiam ser decretadas pelo Ministro da Justiça (Não recepcionado pela CF/88)
3.5 Prisão Militar:
- Militar pode ser preso = Transgressão militar ou crime propriamente militar;
- Independe de flagrante delito ou de ordem do juiz competente;
	- Visa manter a hierarquia e a disciplina;
OBS. Art.142 CF, §2º - Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares.
Doutrina = interpreta tal dispositivo o aplicando quando ao mérito da decisão, todavia entende que eventuais vícios atenientes à legalidade da punição podem ser questionados por HC.
3.6 Prisão Penal (carcer ad poenam):
- Decretada após o trânsito em julgado de sentença condenatória;
3.7 Prisão Cautelar (carcer ad custodiam)
	- Prisão processual;
	- Prisão provisória;
Conceito: decretada antes do trânsito em julgado de sentença condenatória com o objetivo de assegurar a eficácia do processo;
Compatibilidade da prisão cautelar com o princípio da presunção de inocência:
- Não há incompatibilidade, desde que a prisão cautelar seja tratada de maneira excepcional, e que for decretada apenas quando realmente necessária e por ordem fundamentada pelo juiz competente;
3.7.1 Espécies de Prisão Cautelar:
- Prisão em flagrante:
- Prisão Preventiva;
- Prisão temporária;
Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de prisão cautelar ou em virtude de condenação criminal transitada em julgado.  (2019)
4. Prisão em Flagrante (Teve alteração com o pacote anticrime):
4.1 Conceito: é uma medida de autodefesa da sociedade, caracterizada pela privação da liberdade de locomoção daquele que é surpreendido em situação de flagrância, a ser executada independentemente de prévia autorização judicial. 
- Independe de autorização prévia;
- O controle jurisdicional é exercido a posteriori; 
4.2 Espécies de prisão em flagrante
 Flagrante obrigatório/coercitivo: 
- Flagrante da autoridade policial/seus agentes;
- Tem o dever de agir;
Art. 301.  Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.
OBS. Durante às 24 horas do dia;
Autoridade policial = garante;
	- Poder + Dever agir;
	- Estrito cumprimento do dever legal;
 Flagrante Facultativo:
- Qualquer pessoa do povo;
- Exercício regular do direito;
Art. 301 do CPP- Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.
 Flagrante próprio/perfeito/real/verdadeiro:
Art. 302 do CPP-  Considera-se em flagrante delito quem:
I - está cometendo a infração penal;
II - acaba de cometê-la;
 Flagrante impróprio/irreal/imperfeito/quase flagrante:
- Logo após + Perseguição;
- Perseguição – deve ser ininterrupta;
OBS. Há precedentes do STF relativizando (estendendo) o logo após, quando se trata de vítimas vulneráveis.
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;
 Flagrante ficto/assimilado (presumido):
- Não há perseguição;
- Tal encontro pode ser casual; 
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.
 Flagrante preparado/provocado;
- Crime de ensaio/ delito putativo por obra do agente provocador;
- Indução à prática do delito + Adoção de precauções para que o delito não se consume;
	- Agente provocador;
		- Particular ou policial;
- Crime impossível = ineficácia absoluta do meio, em razão das precauções adotadas para que o delito não se consume;
- Espécie de Prisão Ilegal;
Consequência = relaxamento da prisão.
Súmula n. 145 do STF = Não há crime quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação.
 Flagrante esperado:
- A autoridade toma conhecimento do delito através de investigação prévia, efetuando, então a prisão em flagrante;
- Não há agente provocador;
OBS. Venda simulada de drogas
Ex. Agente da polícia civil apaisano solicita drogas e no quando apresentada a droga, dá voz de prisão.
	Flagrante preparado = vender;
	Fragrante esperado = guardar, trazer consigo...
 Flagrante retardado/diferido/ação controlada:
- Consiste no retardamento da intervenção policial (administrativa) para que ocorra no momento mais oportuno sob o ponto de vista probatório.
OBS. A intervenção só pode ocorrer se houver situação de flagrante.
- Prevista da Lei de Lavagem de capitais, lei de drogas e lei de organizações criminosas (não depende de autorização judicial, apenas comunicação).
 Entrega vigiada:
- Espécie de ação controlada;
É a técnica que permite que remessas ilícitas ou suspeitas de drogas, ou de outros produtos ilícitos, sejam do território de um país com o conhecimento e sob o controle das autoridades competentes, com a finalidade de investigar infrações e identificar os demais coautores e participes (Convenção de Palermo);
 
 Flagrante forjado/fabricado/urdido:
- Quando alguém policiais ou particulares criam provas de um crime inexistente a fim de legitimar uma prisão em flagrante.
4.2 Flagrante nas várias espécies de crimes:
 Crimes permanentes:
- É possível, pelo menos enquanto não cessar a permanência;
Ex. extorsão mediante sequestre; 
- É possível a violação do domicílio sem prévia autorização judicial;
	- Causa provável;
Art. 303.  Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito enquanto não cessar a permanência.
 Crimes habituais: prática reiterada de determinada conduta;
1ª corrente = Não é possível;
2ª corrente = É possível, desde que no momento da prisão em flagrante, fique demonstrado que a conduta pela qual o indivíduo esteja sendo preso em flagrante já vinha sendo praticada de maneira reiterada.
Ex. clínica de falso médico;
 Crimes de ação penal privada/ ação penal pública condicionada a representação:
- É possível, mas deve haver prévia manifestação da vítima demonstrando seu interesse na persecução penal;
 Crimes formais: crime de consumação antecipada:
- É possível por ocasião da prática do verbo núcleo do tipo, e não no momento do exaurimento;
Ex. Concussão – “exigir”
 Crime continuado:
- É possível, em relação a cada um dos crimes praticados;
- “Flagrante fracionado”
4.4 Fases da Prisão em Flagrante:
 Captura Condução coercitiva lavratura do APF (possibilidade de concessão de fiança) Recolhimento à prisão Audiência de custódia (convalidação judicial do flagrante);
 Captura:
- Emprego de força:
	- Uso moderadamente dos meios necessários;
Art. 292 do CPP-  Se houver, ainda que por parte de terceiros, resistência à prisão em flagrante ou à determinada por autoridade competente, o executor e as pessoas que o auxiliarem poderão usar dos meios necessários para defender-se ou para vencer a resistência, do que tudo se lavrará auto subscrito também por duas testemunhas.
- Instrumentos de menor potencial ofensivo (ADI n.5.243);
	- Objetos menos letais;
- Uso de algemas:
Súmula vinculante 11: só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que serefere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.
Art.292 CPP- Parágrafo único.  É vedado o uso de algemas em mulheres grávidas durante os atos médico-hospitalares preparatórios para a realização do parto e durante o trabalho de parto, bem como em mulheres durante o período de puerpério imediato. 
 Condução coercitiva:
- “Não se imporá prisão em flagrante (...)”;
	- Não será lavrado o auto de prisão em flagrante;
	- Haverá registro – B.O
Ex. art.28 da Lei de Drogas = porte de drogas para consumo
Ex. Crime de trânsito quando há socorro à vítima;
 Lavratura do auto de prisão em flagrante;
- Concessão de fiança pelo Delegado de Polícia;
- Nota de culpa – Dá ciência ao acusado dos motivos pelos quais foi preso, bem como dos responsáveis por sua prisão;
 Recolhimento à Prisão;
4.5 Convalidação Judicial da prisão em flagrante:
Art.310 do CPP - Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia com a presença do acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, fundamentadamente:       (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)     
I - relaxar a prisão ilegal; ou           
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou              
III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.     
§ 1º Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato em qualquer das condições constantes dos incisos I, II ou III do caput do art. 23 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória, mediante termo de comparecimento obrigatório a todos os atos processuais, sob pena de revogação. 
 OBS. Na verdade é liberdade plena em razão da impossibilidade de revogação;
Art. 314 CPP - A prisão preventiva em nenhum caso será decretada se o juiz verificar pelas provas constantes dos autos ter o agente praticado o fato nas condições previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal.  
4.5.1 Posturas da autoridade judiciária frente ao flagrante:
 Relaxamento da prisão em flagrante ilegal:
Prisão em flagrante ilegal:
	- Ausência de situação de flagrância;
	- Inobservância das formalidades constitucionais ou legais;
- Eventual relaxamento do flagrante não impede a decretação da prisão cautelar, nem das cautelares diversas da prisão;
 Conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva: 
Doutrina defende que essa conversão pode ser em temporária;
- Conversão deve se dá de maneira fundamentada;
 Concessão da liberdade provisória com ou sem fiança;
- Pode ser cumulada ou não com as cautelares diversas da prisão;
 Natureza da prisão em flagrante;
Doutrina majoritária = espécie de prisão cautelar;
Doutrina minoritária = medida pré -cautelar;
5. Audiência de custódia;
- “audiência de apresentação”;
Conceito = Consiste na realização de uma audiência sem demora (24 horas) após a prisão, permitindo o contato imediato do preso com o juiz, com um Defensor (público, dativo ou constituído) e com o MP.
 Finalidades:
- Verificar eventuais maus tratos/tortura...
- Convalidação judicial da prisão em flagrante;
 Fundamento normativo:
Com o pacote anticrime, há previsão legal no CPP;
Art.310 do CPP- Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia com a presença do acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, fundamentadamente:       
Consequências decorrentes da não realização da audiência de custódia em até 24 horas após a prisão em flagrante = relaxamento da prisão.
 Oitiva do preso durante a audiência de custódia:
- Não pode haver questionamento sobre o mérito da imputação;
 Conversão da audiência de custódia em audiência uma de instrução e julgamento:
- Impossibilidade;
6. Distinção entre prisão temporária e prisão preventiva:
Ambas são prisões cautelares;
Prisão Temporária:
Previsão legal = Lei 7.960/89
Momento = fase investigatória. Não se admite durante a fase processual. Por fase investigatória podemos entender tanto o inquérito policial como outros procedimentos investigatórios;
- Não pode ser decretada de ofício pelo juiz;
 Hipóteses de admissibilidade:
Art.1º, III da Lei 7.960/89 (rol taxativo) conjugado com o art. 2º, §4º da Lei 8.072/90 (crimes hediondos equiparados);
Art. 1° Caberá prisão temporária:
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes:
a) homicídio doloso 
b) seqüestro ou cárcere privado
c) roubo 
d) extorsão 
e) extorsão mediante seqüestro 
f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único);           
g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único);            
h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo único);           
i) epidemia com resultado de morte 
j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte (art. 270, caput, combinado com art. 285);
l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal;
m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro de 1956), em qualquer de sua formas típicas;
n) tráfico de drogas;
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986).
p) crimes previstos na Lei de Terrorismo;
 Pressupostos: “fumus comissi delicti” (art.1º, III da Lei 7.960/89) e “periculum libertatis” (art.1º, I ou II da Lei 7.960/89)
OBS. inciso III do art.1º, sempre deverá estar presente;
 Prazo: 5 dias, prorrogáveis por igual período;
OBS. crimes hediondos: 30 dias, prorrogáveis por mais 30.
Art. 2 º - § 8º Inclui-se o dia do cumprimento do mandado de prisão no cômputo do prazo de prisão temporária. (Redação dada pela Lei no 13.869. de 2019)
Art. 2º - § 4º-A O mandado de prisão conterá necessariamente o período de duração da prisão temporária estabelecido no caput deste artigo, bem como o dia em que o preso deverá ser libertado. (Incluído pela Lei no 13.869. de 2019)
Prisão Preventiva: 
Previsão legal = Arts.311 a 316 do CPP;
Momento = tanto na fase investigatória) será cabível apenas em relação aos crimes que não admitem prisão temporária) ou processual;
- Juiz não pode decretar de ofício (pacote anticrime);
 Hipóteses de admissibilidade:
- Devem ser observados os pressupostos alternativos dos incisos e parágrafo único do art.313 do CPP;
Art. 313.  Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva:             
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; 
- Não pode ser contravenção;            
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal;           
- Reincidente específico em crime doloso;
- Não pode ser contravenção;
- Pouco importa o quantum de pena;
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência;  
- Não pode ser contravenção;
- Crime deve ser doloso;
- Pouco importa o quantum de pena;
OBS. Os Tribunais superiores possuem o entendimento de que o descumprimento, por si só de uma medida protetiva de urgência, não autoriza a decretação da prisão preventiva, uma vez que deve ser demonstrado a presença de uma das hipóteses de periculumlibertate do art.312 do CPP.
§ 1º  Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida.         (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)       (Vigência)
- Condução coercitiva para fins de identificação;
- Alguns doutrinadores defendem que pode ser feito em relação a crimes dolosos e culposos, bem como contravenção penal;
§ 2º Não será admitida a decretação da prisão preventiva com a finalidade de antecipação de cumprimento de pena ou como decorrência imediata de investigação criminal ou da apresentação ou recebimento de denúncia.        (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 Pressupostos: “fumus comissi delict” (prova da existência do crime + indícios de autoria) e “periculum libertatis” (garantia da ordem pública ou econômica, garantia da aplicação da lei penal ou conveniência da instrução criminal);
 - Garantia da ordem pública:
1ª corrente: não possui natureza cautelar;
2ª corrente (majoritária): risco de reiteração delituosa;
3ª corrente: risco de reiteração delituosa + credibilidade do judiciário (crimes que provocam o clamor da sociedade);
- Garantia da ordem econômico: risco de reiteração delituosa, porém em relação à crimes contra a ordem econômico-financeira;
- Garantia de aplicação da lei penal: dados concretos que a pessoa pretende fugir;
OBS. a fuga não pode ser presumida;
Atenção para as hipóteses de ausência momentânea (após cometer o delito): Não se justifica a prisão;
Atenção para a prisão de estrangeiros nas hipóteses em que houver acordo de assistência judiciária;
 Conveniência da instrução criminal:
- Necessidade para preservação da instrução penal.
Ex. acusado está destruindo provas, ameaçando testemunhas...
 Prazo: pelo menos em regra, não há prazo determinado. Não obstante, devem ser observados os prazos previstos em lei para a prática dos atos processuais, sob pena de excesso de prazo na formação de culpa e consequente relaxamento da prisão preventiva.
OBS. atenção para o art.22, parágrafo único, da Lei n.12.850/13
- Prazo de 90 dias para o juiz reanalisar os requisitos da preventiva, prolatando decisão fundamentada.
Súmula n.21 do STJ = Pronunciado o réu, fica superada a alegação do constrangimento ilegal por excesso de prazo na instrução;
Súmula n.52 do STJ = Encerrada a instrução criminal, fica superada a alegação de constrangimento por excesso de prazo;
Súmula n.64 do STJ = Não constitui constrangimento ilegal o excesso de prazo na instrução provocado pela defesa.
7. Prisão domiciliar:
LEP = prisão penal;
CPP = prisão cautelar, substitui a prisão preventiva;
Art. 317.  A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua residência, só podendo dela ausentar-se com autorização judicial.  
Art. 318.  Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for:          
I - maior de 80 (oitenta) anos;           
II - extremamente debilitado por motivo de doença grave;            
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência;              
IV - gestante;            
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;            
VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos.            
Parágrafo único.  Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos estabelecidos neste artigo
- Habeas corpus coletivo impetrado em favor de todas as mulheres presas preventivamente que ostentam a condição de gestantes, de puérperas ou de mães de crianças sob sua responsabilidade;
Art. 318-A.  A prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência será substituída por prisão domiciliar, desde que:                 (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018).
I - não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa;                  
II - não tenha cometido o crime contra seu filho ou dependente.                  
Art. 318-B.  A substituição de que tratam os arts. 318 e 318-A poderá ser efetuada sem prejuízo da aplicação concomitante das medidas alternativas previstas no art. 319 deste Código.     
Fiança:
- A liberdade provisória pode ser concedida SEM FIANÇA (a regra), ou COM FIANÇA.
- Alguns crimes são inafiançáveis, como por exemplo o racismo e crimes hediondos;
	- Art.323 CPP;
- O MP não será ouvido previamente ao arbitramento da fiança, mas terá vista dos autos após esse momento;
- Destinação da fiança:
- Será devolvido a quem pagou - Se absolvido o réu, se extinta a ação ou se for declarada sem efeito a fiança. Art.337 CPP;
- Será perdido em favor do Estado - Caso o réu seja condenado e não se apresente para o início do cumprimento da pena definitivamente imposta. Servirá, neste caso, para pagar as custas do processo, indenizar o ofendido, etc. 
	- Será utilizado para pagar as despesas a que o réu está obrigado e o restante será devolvido a quem pagou a fiança – Caso condenado o réu, mas se apresente para cumprimento da pena. Neste caso, será utilizado o valor para pagar as custas do processo, indenizar o ofendido, etc. Após a utilização do valor da fiança para estes fins, o saldo será devolvido a quem pagou a fiança.
- Cassação da fiança: ilegalidade na concessão da fiança;
- Quebramento: descumprimento da confiança depositada no réu; prática de nova infração (crime ou contravenção) dolosa;
- Reforço: fiança tomada de forma insuficiente; depreciação dos bens dados em fiança; inovação da classificação do delito;

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