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Paola Góes - Seminário IV

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Módulo Incidência e Crédito Tributário
ALUNA: PAOLA DE GÓES CARVALHO
SEMINÁRIO IV - EXTINÇÃO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA, TRANSAÇÃO, COMPENSAÇÃO E REPETIÇÃO DO INDÉBITO
Questões
1. Criticar a expressão “extinção do crédito tributário”. É correta a tradicional separação das causas de extinção prescritas no art. 156 do CTN em modalidades de fato e modalidades de direito? Justifique.
Resposta: A crítica doutrinária feita para a expressão “extinção do crédito tributário” prevista no art. 156 CTN, possui relação com os elementos que compõe a obrigação tributária. Nota-se que a expressão utiliza somente o crédito tributário como forma de extinção, não vinculando os demais elementos necessários para a sua extinção, sendo eles: sujeito ativo, sujeito passivo, objeto, crédito tributário e débito tributário. 
Dessa forma, a expressão mais coerente seria “extinção da obrigação tributária”, pois desse modo, se refere a todos os elementos que compõe a obrigação. 
Em relação a tradicional separação das causas de extinção prescristas no art. 156 do CTN, estas não devem prosperar, sendo que o mais correto é não fazer distinção sobre as modalidades de fato e de direito, devido todas versarem sobre possibilidades jurídicas de o contribuinte satisfazer a obrigação tributária. 
2. A hipótese de dação em pagamento de bens imóveis como causa extintiva do crédito tributário altera a cláusula do art. 3º do CTN quanto à prestação tributária qualificar-se como estritamente pecuniária? Justifique. As previsões de extinção do crédito tributário por dação em pagamento de bens imóveis em legislações municipais e estaduais antes da Lei Complementar n. 104/01 são válidas? Têm aplicação jurídica? (Vide anexos I e II).
Resposta: A hipótese de dação em pagamento de bens imóveis como causa extintiva do crédito tributário não altera a cláusula do art. 3º do CTN quanto à prestação pecuniária, uma vez que o art. 156, inciso XI, do mesmo diploma legal prevê a possibilidade de consendo do ente federativo em receber prestação diversa. 
Sob essa ótica, Paulo de Barros Carvalho[footnoteRef:1] leciona: [1: CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 558] 
Não há porque confundir a regra-matriz de incidência tributária, que, no espaço sintático de consequente, traz elementos de uma relação jurídica cuja prestação consubstancia a entrega de certa soma em dinheiro, e a norma jurídica extintiva, que prevê, no seu antecedente, a hipótese de realização da dação de imóveis e, no consequente, enunciados que serão utilizados para, no cálculo lógico das relações normativas, fazer desaparecer o crédito tributário. Vê-se que a regra-matriz de incidência continua veiculando o dever de pagar em pecúnia, jamais mediante entrega de bens. A norma individual e concreta decorrente da regra-matriz também estipulará um valor pecuniário no interior da relação jurídico-tributária. Outra norma preverá a possibilidade de o contribuinte satisfazer a obrigação mediante a entrega de bem imóvel.
Entretanto, a extinção do crédito tributário por dação em pagamento de bens imóveis em legislações municipais e estaduais só é possível após a modificação introduzida pela Lei Complementar n. 104/01, posto que antes não havia esta modalidade de extinção da obrigação tributária. 
3. Que é compensação tributária? Quando nasce o direito subjetivo à compensação tributária? Determinada lei editada em momento posterior ao do nascimento do “direito subjetivo” à compensação estabelece limites ao seu exercício, como por exemplo, limitando o crédito a compensar a determinado valor por mês, impedindo a incidência de juros de mora ao crédito. Essas novas regras que limitam a compensação se comparadas à legislação até então vigente impactam o exercício do direito de compensar consagrado anteriormente à vigência dessa lei? Há direito adquirido à compensação? (Vide anexo III). 
Resposta: O Código Tributário Nacional, em seu artigo 156, inciso II, prevê a compensação tributária como forma extintiva da exigibilidade do crédito tributário, viabilizada nas hipóteses em que os sujeitos envolvidos na relação sejam, respectivamente, credores e devedores. 
Dessa forma, o direito subjetivo à compensação tributária nasce no momento em que houve o pagamento indevido ou à maior pelo contribuinte, no qual deverá existir lei que determine a compensação, ou seja, após o surgimento do nascimento da obrigação tributária e havendo previsão legislativa, o sujeito passivo pode usufruir do direito à compensação do crédito, conforme artigo 170, do CTN. 
Outrossim, lei editada em momento posterior ao nascimento do direito subjetivo à compensação possui a capacidade de limitar o crédito a compensar, vez que o regime aplicável é aquele vigente na data em que a operação de compensação é efetivada, e não do nascimento do direito subjetivo. Dessa forma, não existe direito adquirido a regime jurídico de compensação, consoante entendimento do STF. 
4.	Considerando o que dispõe o artigo 170-A do CTN, que veda a compensação antes do trânsito em julgado. 
Considerando a existência de de julgamento de caso repetitivo em recurso extraordinário reconhecendo a inconstitucionalidade de determinado tributo federal. 
Pergunta-se: qual orientação você daria ao seu cliente a respeito da possibilidade de compensação de indébito nas hipóteses a seguir:
(a) Hipótese 1: você propôs, na defesa dos interesses de seu cliente, mandado de segurança para assegurar o direito dele compensar o tributo federal cuja inconstitucionalidade foi declarada nesse julgamento de caso repetitivo em recurso extraordinário, sendo que a ação do seu cliente não possui decisão transitada em julgado;
Resposta: Neste caso, em se tratando de compensação de objeto da controvérsia judicial, necessário aguardar o trânsito em julgado da decisão, aplicando-se a vedação à compensação prevista no art. 170-A do CTN, ainda que o tributo indevidamente recolhido tenha a inconstitucionalidade declarada. 
(b) Hipótese 2: o seu cliente não ajuizou ação qualquer medida judicial para discutir o tributo federal cuja inconstitucionalidade foi declarada nesse julgamento de caso repetitivo em recurso extraordinário.
Resposta: Nesse caso, entendo que poderá ser ajuizado ação de rito comum com pedido liminar, vez que a existência do indébito elemento da compensação já se encontra reconhecido. 
5.	Considerando os elementos da obrigação tributária (sujeito ativo e passivo, objeto, direito, crédito, dever e débito) e o conteúdo do artigo 156[footnoteRef:2] do CTN, identifique para cada uma das hipóteses de extinção nele elencadas e a seguir reproduzidas qual elemento da obrigação tributária é diretamente afetado: [2: . Art. 156. Extinguem o crédito tributário:
I - o pagamento;
II - a compensação;
III - a transação;
IV - remissão;
V - a prescrição e a decadência;
VI - a conversão de depósito em renda;
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
X - a decisão judicial passada em julgado.
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.] 
	Elementos da obrigação tributária:
	a) pagamento: débito tributário
	b) compensação: crédito e débito
	c) transação: dever jurídico
	d) remissão: débito
	e) prescrição: direito
	f) decadência: direito
	g) conversão do depósito em renda: direito subjetivo
	h) pagamento antecipado e homologação do “lançamento” nos termos do art. 150, §§ 1º a 4º do CTN: dever jurídico
	i) consignação em pagamento: dever jurídico
	j) decisão administrativa irreformável: objeto
	h) decisão judicial transitada em julgado: direito e dever
	i) dação em pagamento de bens imóveis: objeto
6.	Mediante uma leitura analítica do conteúdo do art. 156, III do código tributário nacional, somadoao que dispõe o caput do art. 3º[footnoteRef:3] da lei federal 13.988/2020 (que o termo de transação deverá dispor sobre os meios de extinção do crédito tributário nela contemplado) e o § 3º desse mesmo art. 3º, no sentido de que a extinção do crédito nela contemplado somente é extinto quando integralmente cumprido o termo de transação, pergunta-se: [3: Art. 3º A proposta de transação deverá expor os meios para a extinção dos créditos nela contemplados e estará condicionada, no mínimo, à assunção pelo devedor dos compromissos de:
§ 3º Os créditos abrangidos pela transação somente serão extintos quando integralmente cumpridas as condições previstas no respectivo termo.] 
(a) qual dos elementos da obrigação tributária a transação afeta?
Resposta: O elemento da obrigação tributária que afeta a transação é a quitação da dívida/dever jurídico com a concessão mútua do sujeito ativo e passivo. 
(c) a transação é efetivamente causa de extinção da obrigação tributária? Ou mero instrumento para se consagrar a extinção da obrigação tributária?
Resposta: Paulo de Barros Carvalho descreve o entendimento de que, a transação não possui o condão de extinguir a obrigação tributária, vez que possui uma função acessória/instrumental/secundária, sendo imprescindível que outra figura incida na extinção do crédito.

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