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AO JUÍZO DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DA ILHA DO GOVERNADOR
	GILSON CORREIA DE SOUZA, (profissão), brasileiro, casado, portador da carteira de identidade nº 095296265 expedida pelo IFPRJ, inscrito no CPF sob o nº 014.138.947-80, residente e domiciliado na Tv Patativa, nº 8 CA 1 FRENTE, CEP 21941-674, Galeão/Vila Juaniza, Rio de Janeiro/RJ, Tel: (21)2465-4901 ou (21)98575-6639, sem endereço eletrônico; vem, por seu advogado infra assinado (procuração em anexo), Dr.ª Lilian Trindade Pitta, OAB/RJ nº 82.358, Dr. José Miranda Ribeiro Júnior, OAB/RJ nº 1463840, com escritório sito à Estrada do Galeão, nº 1.900 – Bl. B, Jardim Carioca – Ilha do Governador, com endereço eletrônico npjs.ig@gmail.com, onde receberá intimações e demais notificações processuais, perante V. Exa. Propor:
AÇÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR C/C AÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL
	Em face das empresas: RICARDO ELETRO, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 13.481.309/00041-80, estabelecida à Praça da Liberdade, nº 84 Centro – Nova Iguaçu/ RJ, CEP: 26210-050; KD SERVICE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E COMÉRCIO LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 08.226.327/0001-98, estabelecida à Rua da Lapa, 180, Loja B, Centro – Rio de Janeiro/RJ, CEP: 20.021-180; GE (FABRICANTE), pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº..., estabelecida à ..., pelos fatos e fundamentos que passa a expor:
I- DOS FATOS
Trata-se de AÇÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR movida pelo autor em face dos Réus onde o mesmo efetuou a compra de uma máquina de lavar em 21/06/2013, da primeira ré, com garantia estendida até 22/06/2016.
Ocorre que em Agosto, 2 (dois) meses após a compra da máquina de lavar, o autor notou que se iniciou um vazamento de água incomum, desse modo, entrou em contato com a segunda ré abrindo uma solicitação para que fosse agendada uma visita técnica em sua residência, visita esta que só ocorreu em Setembro, sendo constatado pelo próprio profissional que o defeito da máquina de lavar estava na “cuba” e assim informou ao autor que aguardasse a chegada de uma nova peça na assistência técnica para que pudesse ser realizada a troca, cabe mencionar que o autor não possui a nota fiscal comprobatória referente à primeira visita técnica. 
A nova peça chegou somente em Março de 2014 na casa do autor e o mesmo ligou diversas vezes para a segunda ré na mesma época, solicitando o retorno do técnico em sua residência, o que até a presente data, não ocorreu. 
Cabe mencionar que no período de Agosto à Fevereiro o autor entrou em contato com a segunda ré para abrir chamados, para que a mesma atendesse seu pedido, conforme consta no número de protocolo 04017491 onde é possível verificar todo o histórico de reclamações feitas e nenhum deles foi respondido.
Inconformado, o autor pleiteia diante deste Juízo para que sejam tomadas as providências cabíveis, pois o mesmo entende que não pode continuar sendo lesado desta forma. 
II- DOS FUNDAMENTOS
Existe relação de consumo entre o autor e os réus, sendo considerado consumidor de fato, de acordo com os Arts. 1º e 2º do CDC, por ter aderido ao produto. 
Mesmo que o autor não possua a primeira nota referente à visita técnica, entende-se cabível o direito do autor à inversão do ônus da prova, nos termos do Art. 6º, VIII do CDC. 
II.I – DA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA E POR VÍCIO DO PRODUTO
A responsabilidade de indenizar é totalmente dos réus, pois constata-se que houve vício no produto, tornando impróprio o seu uso. Entende-se que há responsabilidade solidária passiva, pois todos são responsáveis pela obrigação de indenizar o autor, conforme leciona o Art. 264 do CC.
O §1º do Art. 18 do CDC, menciona que se o vício não for sanado em um prazo de 30 (trinta) dias o consumidor poderá exigir o que for de sua escolha, e como já informado nos fatos, o autor já tentou contato e não obteve êxito durante 7 (sete) meses de incansáveis tentativas, excedendo assim, o prazo que consta no referido artigo. Ainda de acordo com o mesmo artigo, seus incisos dão ao autor o direito de escolha no que tange ao produto defeituoso, podendo este escolher a substituição do produto, a restituição atualizada da quantia paga ou o abatimento do preço, o que neste caso, requer o autor a substituição do produto nos termos do inciso I, haja vista que o autor afirma ter contratado a garantia estendida.
II.II – DO DEVER DE INDENIZAR
Trata-se de hipótese de dano na relação contratual, provocado pelos réus, estando estes obrigados a indenizar pela proporção do dano que fora causado ao autor. 
Houve ato ilícito por parte da segunda ré por não fornecer a peça adequada no tempo solicitado para o concerto do produto, deixando o autor de mãos atadas, pois o produto foi comprado para suprir uma necessidade doméstica e no momento em que o produto apresentou defeitos, o autor precisou lavar suas roupas com as próprias mãos, demandando seu tempo e esforços físicos, correndo o risco de contrair dores na coluna e possível tendinite pelo esforço que teve que fazer, portanto, pela conduta negligente da segunda ré, por causar danos ao autor, deverá esta indenizá-lo, conforme Arts. 186 e 927 do CC. 
Fala-se em dever de indenizar por parte do fabricante (terceira ré), pois conforme constatou o profissional-técnico da segunda ré, o defeito estava na “cuba” da máquina de lavar e conforme Art. 12 do CDC o fabricante responderá independente de culpa, pela reparação dos danos, decorrentes da fabricação de seus produtos, pois se esta fabricasse produtos com melhores qualidades e maior atenção nos procedimentos de fabricação não seria necessário todo o desconforto para que o autor viesse a ter sua demanda resolvida. 
Não restam dúvidas quanto à obrigação de indenizar dos réus, pois há embasamento tanto na legislação, quanto na jurisprudência, conforme se verá a diante:
0005380-40.2016.8.19.0001 – APELAÇÃO – 
1ª Ementa Des(a). MÔNICA DE FARIA SARDAS - Julgamento: 08/08/2018 - VIGÉSIMA CÂMARA CÍVEL APELAÇÃO CÍVEL. 
AÇÃO INDENIZATÓRIA. CONSUMIDOR. AQUISIÇÃO DE APARELHO DE AR CONDICIONADO. DEFEITO DO PRODUTO COM QUATRO MESES DE USO. ARTIGO 18 DO CDC. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. RESTITUIÇÃO DA QUANTIA PAGA. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. DANO MORAL CONFIGURADO. REDUÇÃO DO QUANTUM INDENIZATÓRIO DE R$10.000,00 (DEZ MIL REAIS) PARA R$ 5.000,00 (CINCO MIL REAIS). REFORMA PARCIAL DA SENTENÇA. 1. Responsabilidade dos fornecedores. Tratando-se de relação jurídica de consumo, a responsabilidade dos fornecedores por vício do produto é objetiva e solidária, nos termos do artigo 18 da Lei 8.078/90, Código de Defesa do Consumidor. 2. A relação estabelecida entre as partes e o vício do produto é fato incontroverso nos autos. Ré/apelante que não obteve sucesso em demonstrar fato extintivo, modificativo ou impeditivo do direito do autor, nos termos do art. 373, II, CPC/15. 3. Inegáveis os transtornos e prejuízos de ordem emocional, além da frustração na utilização de um produto defeituoso, a justificar a indenização pleiteada, considerando, ainda, que o direito consumerista previsto no art. 18, §1º, II, do CDC somente restou garantido com a sentença. 4. Redução do valor da indenização por danos morais para R$ 5.000,00 (cinco mil reais) em respeito aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade. PARCIAL PROVIMENTO DO RECURSO. 
Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 08/08/2018
Quanto ao dever de indenizar por parte da primeira ré, vemos que esta hipótese encontra fundamentos no Art. 13 do CDC.
0001849-88.2017.8.19.0007 - APELAÇÃO - 1ª Ementa Des(a). TEREZA CRISTINA SOBRAL BITTENCOURT SAMPAIO - Julgamento: 21/03/2018 - VIGÉSIMA SÉTIMA CÂMARA CÍVEL CONSUMIDOR APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM INDENIZATÓRIA POR DANOS MORAIS. DIREITO DO CONSUMIDOR. VÍCIO DO PRODUTO. RESPONSABILIDADE INDENIZATÓRIA DO COMERCIANTE. - Responsabilidade solidária de indenizar entre o comerciante e o fornecedor nas hipóteses previstas no artigo 13 do CDC. - Vício do produto constatado em aparelho celular adquirido pelo autor. - Artigo 88do CDC, vedação a denunciação da lide entre fornecedor e comerciante. - Falha na prestação do serviço, de modo a ensejar a condenação do Réu pelos danos morais a que deu causa. NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO DO RÉU.
 Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 21/03/2018
O CDC prevê o dever de reparação, posto que ao enunciar os direitos do consumidor, em seu Art. 6º, traz, dentre outros, o direito de "a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos" (inc. VI) e "o acesso aos órgãos judiciários e administrativos, com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção jurídica, administrativa e técnica aos necessitados" (inc. VII).
Nota-se, portanto, que a própria lei já prevê a possibilidade de reparação de danos morais decorrentes do sofrimento, do constrangimento, do desconforto em que se encontra o autor e por este motivo postula a parte autora para que seja reparado o seu dano e que os réus sejam obrigados a indenizar o autor em R$5.000,00 (cinco mil reais) referentes a danos morais, pois entende que este valor não fere os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, conforme se verá em jurisprudência a diante:
EMENTA: SUMÁRIO. APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DO CONSUMIDOR. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C RESPONSABILIDADE CIVIL E PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. SENDAS DISTRIBUIDORA S/A E PANASONIC DO BRASIL LTDA. COMPRA DE GELADEIRA. VÍCIO NO PRODUTO. SENTENÇA QUE CONDENOU AS APELADAS AO PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E A SUBSTITUIÇÃO DO PRODUTO QUE APRESENTOU VÍCIO. INCONFORMISMO DA AUTORA, NO SENTIDO DE MAJORAR O QUANTUM ARBITRADO PELOS DANOS MORAIS SUPORTADOS E O PERCENTUAL DOS HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. DANOS MORAIS CONFIGURADOS, ARBITRADOS EM VALOR AQUÉM DA EXTENSÃO DO DANO SOFRIDO PELA APELANTE. QUANTUM INDENIZATÓRIO MAJORADO PARA R$ 5.000,00 (CINCO MIL REAIS). QUANTIA QUE MELHOR REFLETE O CARÁTER PEDAGÓGICO-PUNITIVO DA MEDIDA E OS PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE. HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA ACERTADAMENTE FIXADOS EM 10% (DEZ POR CENTO), SOBRE O TOTAL DA CONDENAÇÃO, DE ACORDO COM O GRAU DE COMPLEXIDADE DA CAUSA. Recurso parcialmente provido.
(TJ-RJ - APL: 00135442620148190207 RJ 0013544-26.2014.8.19.0207, Relator: DES. ANDREA FORTUNA TEIXEIRA, Data de Julgamento: 05/10/2015, VIGÉSIMA QUARTA CAMARA CIVEL/ CONSUMIDOR, Data de Publicação: 07/10/2015 00:01)
III – DOS PEDIDOS
Ante ao exposto requer a V. Exa:
a) A citação das empresas rés para integrar a relação processual, conforme Art. 238 do CPC, e sua intimação para comparecerem à audiência de conciliação, que poderá ser imediatamente convolada em AIJ, caso não cheguem às partes a acordo, sob pena de revelia;
b) Seja deferida a inversão do ônus da prova, com fulcro no Art. 6º, VII do CDC;
c) Que haja a substituição do produto danificado nos termos do Art. 18, §1º, I do CDC;
d) Que sejam os réus obrigados a indenizar a autor em danos morais no valor de R$5.000,00 (cinco mil reais), conforme Arts. 186 e 927 do CC;
e) Que sejam os réus obrigados ao pagamento de honorários sucumbenciais em 10%.
IV – DAS PROVAS
Requer a produção de provas na amplitude do Art. 32 da Lei nº 9.099/95.
	V – DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$5.000,00 (cinco mil reais).
Termos em que, 
Pede e espera deferimento. 
Rio de Janeiro, data. 
Advogado.
OAB/RJ.

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