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1 1. Compreender a estrutura anatômica dos vasos sanguíneos nos membros inferiores 2. Entender o fluxo através dos vasos sanguíneos dos membros inferiores – retorno venoso 3. Estudar a saúde do trabalhador Irrigação Arterial A irrigação arterial dos membros inferiores é derivada principalmente das artérias ilíacas. Assim, a região glútea é suprida pelas artérias glútea superior, glútea inferior e artéria pudenda interna, que são derivadas das artérias ilíacas internas. A artéria glútea inferior também participa da nutrição arterial do compartimento posterior da coxa, porém esse compartimento é suprido principalmente pela artéria perfurante. O compartimento anterior e medial da coxa recebe o sangue principalmente da artéria femoral, que é a continuação da artéria ilíaca externa. A artéria femoral origina a artéria femoral profunda, que é a principal artéria da coxa e dela são emitidas artérias perfurantes, que suprem os músculos adutor magno, vasto lateral e os isquiotibiais. A artéria femoral profunda também dá origem às artérias circunflexas femorais medial e lateral, que suprem a cabeça e o colo do fêmur (artérias posteriores do retináculo) e músculos da face lateral da coxa, respectivamente. A coxa conta ainda com a artéria obturatória, que ajuda a femoral profunda a suprir os músculos adutores. A artéria femoral continua com a artéria políptea, que se bifurca nas artérias tibiais anterior e posterior. o A artéria tibial anterior supre os músculos anteriores da perna, e na articulação talocrural este vaso se torna a artéria dorsal do pé, que supre a parte anterior do pé. o A artéria tibial posterior supre os músculos posteriores da perna. O compartimento lateral da perna é suprido por ramos perfurantes da artéria tibial anterior e da artéria fibular. A artéria tibial posterior também dá origem às artérias plantar medial e plantar lateral, que irrigam a planta dos pés, seguindo os nervos de mesmo nome. 2 DRENAGEM VENOSA O membro inferior tem veias superficiais e profundas que ficam localizadas no tecido subcutâneo e na fáscia muscular respectivamente. As duas principais veias superficiais são a veia safena magna e a safena parva. A safena magna, que ascende anteriormente ao meléolo medial, desemboca na veia femoral, e a safena parva, que ascende posteriormente ao meléolo, drena a veia poplítea. A maioria das tributárias dessas veias não tem nome. A safena magna recebe algumas tributárias que se comunicam com a safena parva em vários locais, as tributárias da face medial e posterior se unem formando a veia safena acessória, que quando presente é a principal comunicação entre as safenas magna e parva. Assim, a veia safena parva se origina da veia marginal lateral e a safena magna é a continuação da veia marginal medial, que são as veias que drenam o sangue do pé. Ao contrário da perna e da coxa, a drenagem venosa no pé é feita principalmente por artérias superficiais. Há ainda veias perfurantes, que penetram a fáscia muscular próximo ao local onde se originam as veias superficiais e possui válvulas que permitem o fluxo sanguíneo apenas das veias superficiais para as veias profundas, o que é importante para o bom retorno venoso nos membros inferiores. As veias profundas acompanham as grandes artérias, e essas veias acompanhantes normalmente são pares. As veias perfurantes drenam para a veia tibial anterior do compartimento anterior da perna. As veias plantares medial e lateral formam as veias tibiais posteriores e as fibulares e todas essas três (tibiais anterior e posterior e fibular) drenam para a veia poplítea, que se torna a veia femoral. A veia femoral também recebe sangue da veia femoral profunda, formada por quatro veias perfurantes, e se torna a veia ilíaca externa. As veias glúteas drenam o sangue da região glútea e são tributárias das veias ilíacas internas. As veias glúteas superiores e inferiores acompanham as artérias correspondentes e se comunicam com tributárias da veia femoral, possibilitando o retorno venoso se a veia femoral estiver obstruída. As veias pudendas internas acompanham as artérias pudendas internas e se unem formando uma veia que entra na ilíaca interna. Há ainda as veias perfurantes que drenam o sangue do compartimento posterior da coxa para a veia femoral profunda. As veias ilíacas drenam para as veias ilíacas comuns e daí para a veia cava inferior. 3 COMO OCORRE A DRENAGEM VENOSA DOS MEMBROS INFERIORES? Existem duas veias superficiais nos membros inferiores. Por ser a maior veia do corpo, a Veia Safena Magna possui muitas válvulas (10 a 20) e é mais suscetível às varizes. Seu trajeto inicia-se na extremidade medial do arco venoso do pé, ascende pelo maléolo medial da tíbia e segue posteriormente ao côndilo medial do fêmur, até atravessar o hiato safeno na fáscia lata e desembocar na veia femoral. Já a veia safena parva começa na face lateral do arco venoso dorsal do pé, passando posteriormente ao maléolo lateral da fíbula e ascendendo profundamente a pele do compartimento posterior da perna, até esvaziar-se na veia poplítea. Seguindo a distribuição venosa profunda, encontramos inicialmente, na planta do pé, as veias digitais plantares que se unem para formar as veias metatartais plantares, as quais se juntam para formar os arcos venosos plantares profundos. Este origina as veias plantares medial e lateral que se comunicam para então formarem a veia tibial posterior. O arco venoso dorsal do pé é uma rede de veias do dorso do pé formadas pelas veias metatarsais dorsais, oriundas da união das veias digitais dorsais. Além disso, a veia tibial anterior e as veias safenas magna e parva têm origem deste arco. A face lateral do arco venoso é drenada pela veia fibular, situada posteriormente ao meléolo lateral, ascendendo para drenar o compartimento lateral da perna até desembocar na veia tibial posterior. A veia tibial posterior é continuação do arco venoso plantar profundo (união das vv. Plantar média lateral na face plantar do pé), começando posteriormente ao maléolo medial. Ascende pela perna e une-se à veia tibial anterior próximo do topo da membrana interóssea para que formem a veia poplítea. Já a veia tibial anterior emerge no arco venoso dorsal, ascende profundamente ao músculo tibial anterior na face anterior da membrana interóssea tibiofibular, atravessando uma 4 abertura na extremidade superior desta para juntar-se à veia tibial posterior e formar a veia poplítea. Com isso, nota-se que a poplítea corresponde à união das vv. Tibiais anterior e posterior na extremidade próxima da perna, recebendo a veia safena parva e realizando um trajeto ascendente na região da fossa poplítea até atravessar o hiato dos adutores e continuar-se como veia femoral. Continuação da veia poplítea, a veia femoral recebe contribuições da veia safena magna e da veia femoral profunda ao seguir em seu trajeto. Ela passa através de uma abertura músculo adutor magno (hiato de adutores), ascendendo profundamente ao músculo sartório até emergir, medialmente, no trígono femoral presente na extremidade proximal da coxa. Ao passar pelo ligamento inguinal, torna-se veia ilíaca externa – une-se a veia ilíaca interna para formar a veia ilíaca comum, que chega ao átrio direito pela veia cava inferior. Tal veia ilíaca interna é encarregada por drenar o sangue dos músculos da parede pélvica e da região glútea, vísceras pélvicas e da região glútea, vísceras pélvicas eórgãos genitais externos. Qual o mecanismo responsável por impedir o refluxo de sangue? Tanto as veias superficiais como as profundas, embora mais numerosas nestas, apresentam as chamadas válvulas venosas – projeção do endotélio com seios valvulares que, quando cheios, ocluem a luz do vaso. Com isso, evitam o refluxo do sangue e tornam seu fluxo unidirecional, estando contra a ação da gravidade. Tal mecanismo valvular também divide a coluna do sangue circulando na veia em segmentos menores, reduzindo a progressão retrógada. Os dois efeitos facilitam o trabalho da bomba músculo- venosa para superar a força da gravidade e reconduzir o sangue ao coração. O que são varizes e porque são prejudiciais? Quando as veias perdem a sua elasticidade e dilatam por uma sobrecarga pelo aumento de pressão, elas são denominadas de veias varicosas, fazendo com que as válvulas, que auxiliam a subida do sangue até o coração não funcionem de forma eficiente. O que significa a frase ‘’panturrilhas são nosso segundo coração’’? Como sabemos, o coração é uma bomba contrátil-propulsora de sangue e, na maioria das vezes, o retorno venoso ocorre contra a ação da gravidade. Por este motivo, a contração dos músculos da perna (tríceps sural), conhecida como panturrilha, permite um bom impulso de sangue venoso para as regiões proximais. Esse mecanismo é denominado como a ‘’bomba musculovenosa’’, a qual é aumentada pela fáscia muscular que reveste os músculos como uma meia elástica, funcionando de maneira semelhante ao coração. 5 ARTÉRIAS DOS MEMBROS INFERIORES Artérias da região pélvica – artéria ilíaca comum (esquerda e direita) Artéria ilíaca interna e externa Artéria sacralmediana Artérias dos membros inferiores – Ramo ascendente da artéria circunflexa femoral lateral, ramo descendente da artéria circunflexa femoral altera, artéria femoral, artéria profunda da coxa, artéria perfurante, artéria polpítea, artéria tibial posterior, artéria tibial anterior, artéria plantar (embaixo do pé), artéria dorsal (em cima do pé) As veias das pernas ficam entre os músculos da panturrilha, as veias dos membros inferiores ficam no meio dos músculos, dentro das veias há válvulas, isso permite que o sangue tenha uma única direção, favorecendo o retorno venoso, essas válvulas fecham e impedem o refluxo – sangue flui no sentido do coração. Músculo da panturrilha Sangue saindo das artérias, recolhendo coisas ruins e sujar, ai vai para as veias e volta. Caso de usar salto ou ficar muito tempo sentado, muito tempo em pé – a musculatura da panturrilha fica tensionada, ela aperta as veias para favorecer o retorno venoso *corações periféricos de Barrow* Quando corremos favorecemos o retorno venoso e quando a panturrilha se contrai a válvula distal se fecha – EFEITO ORDENHA O sangue não desce novamente Qual o músculo relaxa há uma abertura da válvula distal e o sangue que está nos pés sobre pra cima, nisso a válvula proximal está fechada. E isso vai empurrando e empurrando o sangue pra cima. 6 Safena parva e safena magna (magna retorno superficial) – retorno venoso superficial – toda vez que andamos ou ficamos na ponta do pé ela é pressionada e promove o retorno venoso. A safena parva desemboca na veia polplítea – responsável por 80% do retorno venoso O maior dos vasos aferentes é a aorta, que sai do ventrículo esquerdo, descreve um arco aórtico de trajeto descendente, atravessa o tórax (aorta torácica) e o abdome (aorta abdominal). Esta última próxima à pelve divide em dois ramos terminais, denominadas artérias ilíacas comuns (direita e esquerda). Em continuação as ilíacas, se dividem em ilíaca externa e interna. A artéria ilíaca externa passa por baixo do ligamento inguinal e alcança o membro inferior denominada de artéria femoral. Esta é a principal fonte de irrigação do membro inferior. A artéria femoral é a continuação da ilíaca externa. Ela se encontra (medial) no trígono femoral, sendo, lateral ao nervo femoral e medial a veia femoral. Apresenta uma disposição medial e oblíqua. Passar pelo hiato tendíneo através do canal do adutor no músculo adutor magno e cai na fossa poplítea, onde, se torna artéria poplítea. Irriga os glúteos e a coxa. A artéria poplítea é a continuação da femoral. Ela passa pela fossa poplítea na face posterior do fêmur e joelho, sendo, lateral a veia poplítea e nervo tibial. Irriga todo o joelho. A poplítea dá ramos terminais denominados de artéria tibial anterior e artéria tibial posterior. Estas irrigam a parte distal do membro inferior (perna e pé). É importante deixar claro aqui que, a artéria tibial anterior vem da artéria poplítea na região da fossa poplítea, onde, passa desta e percorre a perna anteriormente, alcançando o dorso do pé. Irriga a perna anterior e dorso do pé. A artéria tibial posterior vem também da poplítea e percorre a perna posterior. É recoberta pelo músculo sóleo, acompanha o nervo tibial e é superficial no tornozelo, onde pode ser palpável (entre o maléolo medial e calcâneo). Irriga a porção posterior da perna, tornozelo e planta do pé. Para finalizar esse assunto sobre artérias, é importante sabermos que, na divisão da artéria poplítea (entre a artéria tibial anterior e a posterior) existe outra porção/ramo continuada da artéria posterior denominada de tronco tíbio fibular. Deste sai um ramo, denominada de artéria fibular. A artéria fibular é um ramo da tibial posterior e apresenta um trajeto posterior ao maléolo lateral. Irriga a porção lateral da perna e o tornozelo. Veias do membro inferior A direção dos vasos/veias é centrípeta, ou seja, em direção ao coração. O sangue que chega (drena) ao coração é levado pela veia cava inferior. As veias são numerosas em relação às artérias. Elas acompanham as artérias com o mesmo nome e trajeto, sendo classificadas em profundas. Nos membros existem duas veias (satélites) para cada artéria. Mas existem também as veias que não acompanham artérias, sendo classificadas em superficiais. Estas são ditas solitárias. Então existem dois grupos de veias, as profundas e superficiais. As superficiais não acompanham as artérias. Tudo começa no pé, onde no dorso existe o arco venoso dorsal do pé, que drena o dorso do pé e a planta do pé através de comunicação com o arco venoso plantar. 7 Os arcos medial e lateral, formam dois troncos venosos superficiais mais importantes do membro inferior, as veias safenas, magna e parva. A veia safena magna origina na extremidade medial do arco venoso dorsal, anteriormente ao maléolo medial. Continua ao longo da face medial da coxa e desemboca (cai) na veia femoral próximo ao osso púbis. Então, drena o sangue da região medial da perna e coxa. A veia safena parva origina na porção lateral do arco venoso dorsal, posteriormente ao maléolo lateral. Segue na face posterior da perna e próximo a fossa poplítea atravessa a fáscia muscular e desemboca na veia poplítea. Drena a região posterior e lateral da perna. Para finalizarmos é importante mencionar que as veias profundas acompanham as artérias profundas com o mesmo nome e trajeto. 3. Estudar a saúde do trabalhador A saúde do trabalhador é um direito humano, um valor fundamental do sistema jurídico, alicerçado no princípio ontológico da dignidade da pessoa humana. A saúde ocupacional é uma importante estratégia não somente para garantir a saúde dos trabalhadores, mas também paracontribuir positivamente para a produtividade, qualidade dos produtos, motivação e satisfação do trabalho e, portanto, para a melhoria geral na qualidade de vida dos indivíduos e da sociedade. Lembrar da questão de horas demais trabalhadas, questão do estresse, posição de trabalho, tudo isso deve ser avaliado e a empresa deve oferecer recursos que promovam o bem estar do trabalhador. Oferecer atendimento psicológico e fisioterapeuta, por exemplo, já que o corpo precisa manter seu equilíbrio e integridade, ainda mais que a saúde do trabalhador é tida como um direito humano. Em vigor desde 2004, a Política Nacional de Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde visa à redução dos acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, mediante a execução de ações de promoção, reabilitação e vigilância na área de saúde. Suas diretrizes, descritas na Portaria nº 1.125 de 6 de julho de 2005, compreendem a atenção integral à saúde, a articulação intra e intersetorial, a estruturação da rede de informações em Saúde do Trabalhador, o apoio a estudos e pesquisas, a capacitação de recursos humanos e a participação da comunidade na gestão dessas ações. Além disso, em esfera interinstitucional, o Ministério da Saúde desenvolve uma política de ação integrada com os ministérios do Trabalho e Emprego e da Previdência Social, a Política Nacional sobre Saúde e Segurança do Trabalho (PNSST), cujas diretrizes compreendem: I - Ampliação das ações, visando a inclusão de todos os trabalhadores brasileiros no sistema de promoção e proteção da saúde; II - Harmonização das normas e articulação das ações de promoção, proteção e reparação da saúde do trabalhador; III - Precedência das ações de prevenção sobre as de reparação; IV - Estruturação de rede integrada de informações em Saúde do Trabalhador; V - Reestruturação da formação em Saúde do Trabalhador e em segurança no trabalho e incentivo à capacitação e à educação continuada dos trabalhadores responsáveis pela operacionalização da política; VI - Promoção de agenda integrada de estudos e pesquisas em segurança e Saúde do Trabalhador. http://portal/arquivos/pdf/proposta_pnst_st_2009.pdf http://portal/arquivos/pdf/proposta_pnst_st_2009.pdf http://portal/arquivos/pdf/proposta_pnst_st_2009.pdf http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/Port2005/GM/GM-1125.htm http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/Port2005/GM/GM-1125.htm