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O texto apresenta informações sobre as nulidades em contratos administrativos. De acordo com o texto, as nulidades são vícios ou irregularidades constatadas ao longo do procedimento licitatório ou da execução contratual. Quando identificada uma nulidade, a administração deve proceder à anulação do ato, exceto quando for possível a sua convalidação, também conhecida como saneamento. Nos contratos administrativos, a situação é muito semelhante. Entretanto, o legislador deu prioridade para o saneamento dos vícios. Logo, a declaração de nulidade somente ocorrerá quando não for possível sanear o vício do ato administrativo. Além disso, a nulidade ou a suspensão do contrato somente poderão ser declaradas se tais medidas atenderem ao interesse público. A decisão sobre a suspensão da execução ou sobre a declaração de nulidade do contrato somente será adotada na hipótese em que se revelar medida de interesse público. O administrador deverá avaliar, entre outros, os seguintes aspectos: impactos econômicos e financeiros decorrentes do atraso na fruição dos benefícios do objeto do contrato; riscos sociais, ambientais e à segurança da população local decorrentes do atraso na fruição dos benefícios do objeto do contrato; motivação social e ambiental do contrato; custo da deterioração ou da perda das parcelas executadas; despesa necessária à preservação das instalações e dos serviços já executados; despesa inerente à desmobilização e ao posterior retorno às atividades; medidas efetivamente adotadas pelo titular do órgão ou entidade para o saneamento dos indícios de irregularidades apontados; custo total e estágio de execução física e financeira dos contratos, dos convênios, das obras ou das parcelas envolvidas; fechamento de postos de trabalho diretos e indiretos em razão da paralisação; custo para realização de nova licitação ou celebração de novo contrato; custo de oportunidade do capital durante o período de paralisação. A nulidade somente poderá ser adotada se o vício for insanável e a medida atender ao interesse público, observados os aspectos listados acima. A declaração de nulidade do contrato administrativo requererá análise prévia do interesse público envolvido e operará retroativamente, impedindo os efeitos jurídicos que o contrato deveria produzir ordinariamente e desconstituindo os já produzidos. A nulidade poderá ter "efeito para o futuro", por exemplo, um contrato de prestação de serviços contínuos poderia continuar a ser executado, enquanto a administração realiza nova licitação. O prazo máximo será de até seis meses, prorrogável uma vez.
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