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A responsabilidade civil resultante do erro médico é tema de grande importância em razão do fato de se tratar da vida humana, bem jurídico mais pre...

A responsabilidade civil resultante do erro médico é tema de grande importância em razão do fato de se tratar da vida humana, bem jurídico mais precioso tutelado pelo ordenamento jurídico. Dessa forma, o médico deve agir com zelo, despendendo todo o seu conhecimento técnico, com vistas a proteger a integridade física do paciente, evitando que uma conduta sua culposa ou dolosa ocasione um ilícito, passível de indenização. Nesse sentido, analise a situação exposta e aponte uma solução para o caso. Talita sofria de problemas na coluna e recebeu orientação médica para a realização de cirurgia. Porém, no dia da cirurgia, Carlos, o médico especialista que iria realizar o procedimento teve um problema, sendo designado outro médico, Pedro, integrante de sua equipe, porém, especialista em mãos, para a sua realização. Durante a cirurgia, o médico perfurou sua artéria ilíaca, ocasionando hemorragia interna, a qual foi contida, mediante abertura da cavidade abdominal até o umbigo, evoluindo a autora para estado de coma. No dia seguinte, após acordar do coma, Talita percebeu que sua perna esquerda estava muito inchada e doía muito, porém o Dr. Pedro referia que o inchaço era normal. Luis, esposo de Talita, localizou o Dr. Carlos e pediu que ele avaliasse a esposa. Quando o Dr. Carlos percebeu a gravidade da situação diagnosticou na hora que Talita estava com trombose, levando a paciente com urgência para a sala de cirurgia. Talita sofreu vários cortes na perna na tentativa de conter a trombose e não ser necessária a amputação da perna. Talita sofreu imensas dores, tanto do corte no abdômen quanto na perna, e somente após 15 dias de internação na UTI teve alta hospitalar. Talita acredita que pode mover uma ação de indenização por danos morais e estéticos contra o médico que realizou a sua cirurgia. Ela procura o seu escritório de advocacia. Você, como advogado de Talita, qual orientação daria?

Respostas

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Como advogado de Talita, minha orientação seria para que ela movesse uma ação de indenização por danos morais e estéticos contra o médico que realizou a cirurgia, Dr. Pedro, e também contra o hospital onde a cirurgia foi realizada. Isso porque, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor, o médico e o hospital são fornecedores de serviços e, portanto, são responsáveis pelos danos causados ao paciente em decorrência de falhas na prestação do serviço. No caso em questão, o médico Pedro, que não era especialista na cirurgia que realizou, perfurou a artéria ilíaca de Talita, o que causou uma hemorragia interna e a levou a um estado de coma. Além disso, ele não diagnosticou corretamente a trombose na perna de Talita, o que agravou ainda mais o seu estado de saúde. O hospital, por sua vez, também pode ser responsabilizado por não ter garantido que um médico especialista realizasse a cirurgia. Dessa forma, é possível buscar uma indenização por danos morais e estéticos, que podem incluir as dores físicas e emocionais sofridas por Talita, bem como as cicatrizes e sequelas decorrentes dos cortes na perna. É importante ressaltar que a indenização deve ser proporcional ao dano sofrido e que a prova do nexo causal entre a conduta do médico e o dano é essencial para o sucesso da ação.

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