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Economia: a formação econômica do Brasil ocorreu sobre bases típicas da exploração colonial nas Américas. Grandes porções de terra destinadas a um único tipo de cultivo (plantations) e de propriedade de um único dono. Nessas fazendas, o trabalho era realizado pelos escravos africanos. Dessa forma, montou-se um grande negócio em torno da escravidão, pois ela era a base da produção econômica da colônia. Após a independência, quando o Brasil já explorava outros tipos de cultivo, como o do café, por exemplo, o trabalho escravo ainda era importante, mantendo, assim, o tráfico de escravos da África para o Brasil.
Política: a política, em uma sociedade escravista, acaba se voltando para a manutenção desse sistema, pois ele é a base da estrutura social vigente. Para isso, diversos grupos políticos, envolvidos no debate público, discutem as melhores formas de sustentar o comércio de escravos, sobretudo no século XIX, devido às pressões da Inglaterra pelo fim do tráfico. Embora grupos divergentes, como liberais e regressistas, lutem pelo predomínio na cena política, membros dos dois grupos se apresentam favoráveis à escravidão.
Cultura: os portugueses, ao entrarem no território africano em busca de escravos, promoveram um grande encontro de culturas. Em um primeiro momento, tendo em vista que a cultura europeia era a invasora, a língua portuguesa, a religião católica, as vestimentas e diversos outros elementos culturais foram impostos aos africanos escravizados. Contudo, com o passar do tempo, a cultura africana também se afirmou e fincou raízes, contribuindo para o léxico português, para a culinária e também no sincretismo religioso entre catolicismo e as chamadas religiões de matriz africana.
Como visto, os três elementos citados são fundamentais para a compreensão das relações entre portugueses e africanos, pois ainda nos dias atuais é possível perceber permanências daqueles primeiros contatos – que se alongaram por séculos – na vida cotidiana do Brasil, seja na existência de latifúndios, de grupos liberais e conservadores e na presença cultural africana.
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