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Inadmissibilidade das provas obtidas por meios ilícitos A Constituição Federal em seu artigo 5, LVI, informa que são inadmissíveis, no processo, as...

Inadmissibilidade das provas obtidas por meios ilícitos A Constituição Federal em seu artigo 5, LVI, informa que são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos. Conceitualmente as provas ilícitas (gênero) se dividem em duas espécies: a) provas ilegítimas, ou seja, aqueles obtidas com violação de regramento processual e b) provas ilícitas propriamente ditas, cuja obtenção viola regras de direito material. Cumpre notar que o CPP, com a reforma realizada no artigo 157, não adota mais esta distinção doutrinária. De qualquer forma, nenhuma das duas é aceita no direito pátrio. Excepcionalmente, este princípio pode ser relativizado, como são os casos já reconhecidos pelos tribunais, de provas obtidas de forma indevida para absolver o réu ou no interesse exclusivo de um menor. Note-se que nenhum direito é absoluto e quando for confrontado com outro direito fundamental deve ceder espaço para se conciliar ao outro, como é o caso dos exemplos acima mencionados. Importante consignar que as provas derivadas das ilícitas também são consideradas inadmissíveis, também devendo ser desentranhadas, aplicando-se a teoria norte-americana dos "frutos da árvore envenenada", "salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras".

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34 pág.

Direito Penal I Universidade Estácio de SáUniversidade Estácio de Sá

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A Constituição Federal, em seu artigo 5º, inciso LVI, informa que são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos. Conceitualmente, as provas ilícitas se dividem em duas espécies: provas ilegítimas, obtidas com violação de regramento processual, e provas ilícitas propriamente ditas, cuja obtenção viola regras de direito material. O Código de Processo Penal, com a reforma no artigo 157, não adota mais essa distinção doutrinária. Nenhuma das duas é aceita no direito brasileiro, mas exceções podem ocorrer, como nos casos reconhecidos pelos tribunais, de provas obtidas de forma indevida para absolver o réu ou no interesse exclusivo de um menor. É importante ressaltar que as provas derivadas das ilícitas também são consideradas inadmissíveis, devendo ser desentranhadas, aplicando-se a teoria dos "frutos da árvore envenenada".

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