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O modelo integrado de ciências criminais, embora amplie as perspectivas criminológicas, englobando direito penal, processo penal, sociologia, polít...

O modelo integrado de ciências criminais, embora amplie as perspectivas criminológicas, englobando direito penal, processo penal, sociologia, política criminal, bem como, se quisermos ampliar ainda mais, a psicologia e a psiquiatria, não perde de vista as questões clássicas de legitimação do direito penal enquanto poder de punir do Estado. Daí porque a íntima relação e o interesse da criminologia sobre as teorias da pena, que não são mais do que discursos de legitimação do poder punitivo estatal. É o que justifica, também, o estudo dos fins da pena na disciplina de teorias criminológicas, na medida em que cada uma poderá defender uma finalidade para aplicação da sanção penal. Além disso, também indica como determinada sociedade considera o crime e o criminoso. Nesse sentido, afirma Zaffaroni, Batista, Alagia e Slokar: “ existem dois grandes grupos de modelos legitimantes do poder punitivo, constituídos a partir de funções manifestas da pena: a) o que pretende que o valor positivo da criminalização atue sobre os que não delinquiram, das chamadas teorias da prevenção geral, as quais se subdividem em negativas (dissuasórias) e positivas (reforçadoras); e b) o que afirma que o referido valor atua sobre os que delinquiram, das chamadas teoria da prevenção especial, as quais se subdividem em negativas (neutralizantes) e positivas (ideologias re: reproduzem um valor positivo na pessoa). Cada uma das teorias abarcadas nesses grupos discursivos deve submeter-se à crítica, segundo duas perspectivas: a) a partir do que indicam os dados sociais a respeito da função concedida (ciências sociais); b) a partir das consequências de sua legitimação para o estado de direito (política). Em cada um desses conjuntos teóricos é necessário deter-se: a) na função manifesta atribuída à pena, dela deduzindo suas consequências quanto b) à forma em que concebem a defesa social por eles postulada (os valores que querem realizar socialmente), e c) à essência do delito, como contradição com tais valores e d) à medida da pena para cada caso.

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