Conforme o caso hipotético Rita tinha animus necandi ( vontade de matar do agente) ao deferir o golpe contra a seu marido Tierry, não assumindo o r...

Conforme o caso hipotético Rita tinha animus necandi ( vontade de matar do agente) ao deferir o golpe contra a seu marido Tierry, não assumindo o resultado apenas por circunstâncias do seu marido desviar, contra a sua vontade de atingi- lo com o golpe de faca, ela responderá por tentativa de homicídio, art. 121 e art. 14,II, do CP. Se enquadrando a ação penal pública incondicionada, cabendo ao Ministério Público oferecer a denúncia. Mas eu como advogada de defesa do casal, irei alegar que a acusada Rita tinha apenas animus laedendi (propósito de ferir, de atingir), sendo que nesta seara a lesão corporal provocada foi leve conforme art. 129, caput, do CP, com apenas arranhão no braço direito da vítima Tierry, cabendo a ação penal pública condicionada à representação da vítima, nos termos do artigo 88 da lei nº 9.099/95. Cabendo a vítima da continuidade ou não, havendo o desinteresse da postulatória da ação ocorrendo após a decadência nos termo do art.38 do CPP, neste caso a Tierry poderá fazer a retratação da queixa, haja vista que ainda está em fase inquisitorial e o promotor ainda não ofereceu a denúncia.