Respostas
Ambas são sanções civis aplicáveis àqueles que não procederam de maneira correta com o autor da herança. Ambas são incompatíveis com a herança.
A Indignidade é a exclusão do sucessor devido ao fato do mesmo ter praticado um ato reprovável contra o autor da herança sendo então punido com a perda do direito hereditário. A indignidade é uma sanção civil que acarreta na perda do direito sucessório.
Para que ocorra a indignidade, é mister que o herdeiro excluído tenha praticado atos contra a vida, contra a honra e contra a liberdade de testar do autor da herança, conforme descreve o artigo 1814.
A deserdação é a exclusão do sucessor feita pelo próprio autor da herança. Neste caso, a manifestação de vontade é necessária. Apenas podem ser deserdados os herdeiros necessários, e na manifestação expressa, feita normalmente em cédulas testamentárias, deve constar o motivo da deserdação.
O motivo da deserdação deve estar dentro do rol taxativo dos artigos 1.962 e 1.963 do código civil, ou também podem ser causas de deserdação aquelas utilizadas para a indignidade. Diante disto, podemos chegar a seguinte conclusão: todas as causas que geram a indignidade geram também a deserdação, porém nem todas as causas que geram a deserdação geram a indignidade.
A indignidade é reconhecida mediante ação de indignidade, prevista no artigo 1.185, enquanto a deserdação, conforme dito, é ato de vontade do autor da herança por meio de testamento.
Por fim, a indignidade pode ser reconhecida por ato praticado antes ou depois da abertura da sucessão, enquanto a deserdação só pode ser reconhecida por ato praticado antes da abertura da sucessão.
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