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Temporada IV - Aplicações práticas das ferramentas de geoprocessamento para projetos e demandas ambientais

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Aplicações práticas das ferramentas de 
geoprocessamento para projetos e 
demandas ambientais
APRESENTAÇÃO
O aumento das áreas urbanas, a industrialização e a expansão da agropecuária estão atrelados ao 
desenvolvimento; porém, traz, como consequência, a redução da cobertura vegetal natural, já 
que o desmatamento é uma manifestação muito importante no uso da terra, sendo uma grande 
ameaça ao habitat de muitas espécies.
O Sistema de Informação Geográfica (SIG) está sendo vastamente utilizado em pesquisas 
interdisciplinares sobre demandas ambientais, com o objetivo de analisar diferentes cenários, 
como as condições locais que ocasionam o desmatamento e a utilização do solo, assim como 
suas consequências.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá saber qual a importância do SIG para projetos 
ambientais e sua utilização para resolver problemas apresentados nesses projetos. Você, ainda, 
irá saber como descrever um projeto ambiental.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar a importância do SIG para projetos ambientais.•
Descrever um projeto ambiental.•
Utilizar o SIG para resolver problemas apresentados em um projeto ambiental.•
DESAFIO
Por meio dos SIG, é possível analisar diversos elementos, tanto humanos, quanto físicos e 
biológicos. Dessa forma, é possível prever a provável dimensão do uso da terra, o que ajuda na 
resolução de problemas apresentados em um projeto ambiental.
Imagine a seguinte situação: você trabalha em uma Organização Não Governamental (ONG), 
voltada ao meio ambiente de seu Município, sendo responsável por um projeto que visa 
revitalizar uma área. Essa área sofreu uma degradação muito significativa, de mata nativa, que 
corresponde a uma área de Mata Atlântica. O local foi desmatado para produção agropecuária e 
isso prejudicou tanto a fauna como a flora dessa região tão importante para o Município em 
questão.
Frente a esse desafio, sendo você o profissional responsável pelo projeto, responda a seguinte 
questão.
Com base em seus conhecimentos em projetos ambientais e desenvolvimento de Sistemas de 
Informação Geográfica, disserte sobre como você irá começar esse projeto de revitalização.
Explique quais informações você precisa ter antes de poder, de fato, tomar decisões com vistas a 
revitalizar a área? E como irá obter essas informações?
INFOGRÁFICO
A crescente expansão das atividades humanas sobre o meio ambiente gera um aumento de 
demanda por tecnologias de manejo ambiental. Surge, então, a necessidade de monitoramento 
e mapeamento dos recursos naturais e da intervenção antrópica, que são realizados por 
intermédio dos Sistemas de Informações Geográficas. Dessa forma, uma das novas tecnologias, 
denominada Sistema de Posicionamento Global (GPS), tornou-se um grande aliado do SIG e do 
monitoramento ambiental.
Neste Infográfico, você vai conhecer algumas características e utilidades do GPS, vinculado às 
demandas ambientais. 
CONTEÚDO DO LIVRO
O SIG se utiliza de diversas ferramentas de geoprocessamento que possibilitam a representação 
e o estudo da superfície terrestre. Essas informações e representações são essenciais para as 
demandas ambientais, pois, por intermédio delas, é possível criar projetos e analisar diferentes 
cenários.
No capítulo Aplicações práticas das ferramentas de geoprocessamento para projetos e demandas 
ambientais, da obra Geoprocessamento, você vai estudar a importância dos SIGs em projetos 
ambientais, por meio de descrição e resolução de demandas.
Boa leitura.
GEOPROCESSAMENTO 
Cristina Marin Ribeiro Gonçalves
Aplicações práticas 
das ferramentas de 
geoprocessamento para 
projetos e demandas 
ambientais
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Identificar a importância do SIG para projetos ambientais.
  Descrever um projeto ambiental.
  Utilizar o SIG para resolver problemas apresentados em um projeto 
ambiental.
Introdução
O nosso planeta está em constante modificação e passando por alterações 
que são denominadas antrópicas, quando realizadas pelo ser humano, 
e naturais, se ocorrem sem interferência humana direta. As demandas 
desenfreadas são ocasionadas por crescimento da população, produção, 
uso do solo e recursos minerais, assim como pelo desenvolvimento 
industrial desordenado, gerando grandes impactos ambientais. Por esse 
motivo, a preocupação ambiental foi impulsionada nas últimas décadas 
do século XX e ampliada no século XXI. Sendo assim, ter informação 
sobre toda atividade humana e natural em nosso planeta é essencial 
para o gerenciamento e planejamento de nossos recursos e atividades, o 
que pode ser feito a partir dos sistemas de informação geográfica (SIGs).
Neste capítulo, você vai identificar a importância do SIG para projetos 
ambientais, analisando um caso e refletindo sobre as formas de resolução 
de problemas relativos ao projeto ambiental proposto.
A importância do SIG para projetos ambientais
Breve histórico sobre a questão ambiental
Conforme Machado e Saccol (2016), no ano de 1947, foi fundada, na Suíça, a 
União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), cujo objetivo era 
infl uenciar ideias de conservacionismo ambiental. Somente a partir da década de 
1960, a preocupação ambiental foi iniciada de forma mais contundente, fi cando 
conhecida pelo confl ito entre os desenvolvimentistas e os preservacionistas.
Esse debate iniciou em 1962, a partir da publicação do livro de Rachel 
Carson, Primavera Silenciosa, que alertava sobre os malefícios da utilização de 
pesticidas nos produtos agrícolas. Essa publicação gerou uma preocupação que 
até então não existia, contemplando ao impacto das atividades antrópicas sobre 
o meio ambiente. Frente a isso, nos Estados Unidos, foi proibida a utilização 
do diclorodifeniltricloroetano (DDT) e outros pesticidas e a criada da Agência 
Americana de Proteção Ambiental (EPA — Environmental Protection Agency).
O diclorodifeniltricloroetano (DDT) é considerado uma das substâncias sintéticas 
mais utilizadas e estudadas no século XX. As propriedades inseticidas do DDT foram 
descobertas em 1939 pelo entomologista suíço Paul Müller, o que lhe valeu poste-
riormente o Prêmio Nobel de medicina devido ao uso do DDT no combate à malária. 
Depois, passou a ser usado na agropecuária, no Brasil e no mundo todo. A Suécia foi 
o primeiro país a banir o DDT e, pouco depois, foi seguida por outros, excetuando-se 
o uso em programas de controle de doenças. Em 1985, proibiu-se em todo o territó-
rio nacional a comercialização destinada à agropecuária. No entanto, os inseticidas 
organoclorados continuaram sendo permitidos em campanhas de saúde pública 
no combate a vetores de agentes etiológicos de moléstias (malária e leishmaniose), 
bem como em uso emergencial na agricultura, a critério do Ministério da Agricultura 
(D’AMATO; TORRES; MALM, 2002). 
O Clube de Roma surgiu em 1968, formado por profissionais de diversas 
áreas, como empresários, cientistas, educadores, economistas e funcionários 
governamentais de 10 países, e tinha o objetivo de discutir o uso desordenado 
dos recursos naturais em termos mundiais.
Aplicações práticas das ferramentas de geoprocessamento para projetos e demandas ambientais2
A enorme preocupação ambiental na década de 1970 era uma realidade, 
principalmente na Europa e, para tanto, foi criada a I Conferência Mundial 
sobre o Meio Ambiente, organizada pela Organização das Nações Unidas 
(ONU), no ano de 1972, em Estocolmo, na Suécia. Essa Conferência tratou de 
temas como o impacto da exploração dos recursos naturais e a degradação do 
meio ambiente, culminando com o despertar da consciência ecológica mundial. 
Nessa mesma década, houve uma grande vitória no que tange à poluição, pois, 
nesse período, também iniciaram as regulamentações ambientais, a partir do 
que, em diversos países, a poluição começou a ser considerada crime.
Já no inícioda década de 1980, foram retomadas as discussões sobre as 
questões ambientais, protagonizadas pela ONU, levando à criação da Comis-
são Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, que buscava uma 
reavaliação das questões mais críticas sobre o meio ambiente e a reformulação 
de propostas de mudanças para garantir um desenvolvimento sustentável. 
Para tanto, foi criado o Relatório Brundtland, publicado com o título “Nosso 
Futuro Comum”, que buscava a percepção do desenvolvimento com limites 
da utilização de recursos naturais para o bem-estar da sociedade. 
Nessa mesma década, surgiu uma preocupação que ainda não existia de 
maneira global, a redução da camada de ozônio. Então, no ano de 1989, o 
Protocolo de Montreal entrou em vigor, tratando sobre a preocupação com 
os impactos gerados pela redução de uma camada tão importante para nosso 
planeta, a camada de ozônio.
Na década de 1990, o Brasil se demonstrou mais preocupado com questões 
ambientais e, para tanto, sediou, na cidade do Rio de Janeiro, em 1992, onde 
estavam presentes líderes mundiais de 108 países, a conferência Cúpula da 
Terra ou Rio-92, que se fundamentou em cinco documentos: Declaração 
do Rio, Agenda 21, Convenção da Diversidade Biológica, Princípios sobre 
Florestas e a Convenção sobre as Mudanças Climáticas.
Fique por dentro dos detalhes sobre o Rio-92, segundo o Instituto de Pesquisa Eco-
nômica Aplicada, acessando o link a seguir.
https://qrgo.page.link/TE4Ha
3Aplicações práticas das ferramentas de geoprocessamento para projetos e demandas ambientais
Também na década de 1990 aconteceu a Conferência das Nações Unidas 
sobre Mudanças Climáticas, em que foi anunciado o Protocolo de Quioto, 
em 1997, que tratava de metas para a redução das emissões de gases de efeito 
estufa em nosso planeta.
Outro marco importante na década de 1990 foram as normas britânicas que 
entraram em vigor e que serviram de base para a consolidação de sistemas de 
normas ambientais mundiais, as séries ISSO 14000 e ISSO 9000, de gestão de 
qualidade, que simbolizaram um enorme avanço em relação ao meio ambiente.
Em 2002, foi realizada pela ONU, na África do Sul, na cidade de Johanes-
burgo, a Cúpula sobre o Desenvolvimento Sustentável, também denominada 
Rio+10, em que foram tratados, além de aspectos ambientais, aspectos sociais, 
sobre disponibilidade de água, saneamento básico, energia, saúde, pobreza, 
agricultura, dentre outros. Nessa conferência, ficou acordado que os países 
participantes se comprometiam a reduzir em 50% o número de pessoas que 
não tinham acesso ao saneamento básico e à água potável. 
A Rio+20, Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sus-
tentável, ocorreu em 2012, na cidade do Rio de Janeiro, trazendo como te-
mas primordiais a erradicação da pobreza e a economia verde no contexto 
do desenvolvimento sustentável. Durante quase 20 anos, o setor empresarial 
praticamente não havia se manifestado — desde a Rio-92 —, mas conduziu a 
realização de compromissos voluntários, em que foi reconhecido e valorizado 
o capital natural, com o comprometimento de uma utilização mais controlada 
dos recursos naturais.
No Peru, em 2014, aconteceu a 20ª Conferência das Partes da Convenção 
– Quadro da ONU sobre Mudanças do Clima (COP 20), que tinha o objetivo 
de propor inúmeras ações para diminuir o aumento da temperatura em nosso 
planeta, abrandando os impactos da mudança do clima global.
Já em 2015, o COP 21, em Paris, na França, buscou ações relativas a 
redução dos efeitos climáticos, objetivando, também, o controle do aumento 
da temperatura do planeta. Essa conferência teve como consequência um 
documento, denominado Acordo de Paris, em que os países participantes 
renovaram o pacto que busca manter o aquecimento global abaixo de 2°C, 
mas tendo como objetivo principal limitar o aumento em 1,5°C.
O SIG e os projetos ambientais
De acordo com Longley et al. (2013), os sistemas de informação geográfi ca 
(SIG) são uma classe especial de sistemas de informação que controlam não 
apenas eventos, atividades e coisas. Esse sistema nos possibilita o controle 
Aplicações práticas das ferramentas de geoprocessamento para projetos e demandas ambientais4
da superfície terrestre, através de imagens, sendo essencial, também, para o 
controle de projetos ambientais. Observe a Figura 1, que ilustra o monitora-
mento para a manutenção de trilhas em um parque nacional.
Leitores do material impresso, para visualizar as figuras 
deste capítulo em cores, acessem o link ou o código QR 
a seguir.
https://qrgo.page.link/8ujyK
Figura 1. Manutenção de trilhas em parques nacionais.
Fonte: Longley et al. (2013, p. 4). 
5Aplicações práticas das ferramentas de geoprocessamento para projetos e demandas ambientais
O meio ambiente é um dos principais elementos que motivaram o de-
senvolvimento e aplicações dos SIG em meados dos anos 1960. No Canadá, 
nesse mesmo período, o desenvolvimento desse sistema foi alavancado pela 
necessidade de políticas sobre o uso da terra.
Na atualidade, existem modos muito eficientes de monitoramento das 
alterações do uso da terra, como o sensoriamento remoto orbital, sendo possível 
a atualização frequente, por exemplo, da perda de floresta em áreas críticas, 
como a Bacia Amazônica. 
A Figura 2, de satélite, mostra um exemplo desse problema ambiental, 
desmatamento com cores reais no estado de Rondônia/Brasil, junto à BR-364, 
considerada a principal via de acesso da região.
Figura 2. Imagem de satélite de Rondônia, 2000, junto à rodovia BR-364.
Fonte: Christopherson e Birkeland (2017, p. 605).
Para mais informações sobre o monitoramento da Amazônia pelo Instituto Nacional 
de Pesquisas Espaciais (INPE), acesse o link a seguir.
https://qrgo.page.link/6EPeB
Aplicações práticas das ferramentas de geoprocessamento para projetos e demandas ambientais6
De maneira geral, problemas que envolvem um aspecto de localização, seja na 
informação usada para resolvê-lo ou na solução propriamente dita, são denomina-
dos problemas geográficos, que, com o auxílio dos SIGs, podem ser planejados e 
executados. Veja, a seguir, alguns exemplos de problemas geográficos:
  decisão de localização de hospitais e postos de saúde por gestores 
de saúde;
  rota de entrega de produtos por empresas de entregas;
  manutenção de trilhas em parques nacionais para utilização de seus 
visitantes;
  área desmatada para utilização do solo para agricultura;
  projeto de recuperação ambiental.
Os SIGs proporcionam uma forma para integrar conhecimento sobre os 
processos sociais e naturais com o objetivo de um planejamento ambiental 
integrado, permitindo, também, comparar as condições ambientais predomi-
nantes em diversas partes do planeta.
Descrição de um projeto ambiental
Para o desenvolvimento de um projeto ambiental, é necessário um planeja-
mento, que pode ser dividido nas etapas que você vê a seguir.
  Problematização: identificar e caracterizar o meio ambiente em seus 
aspectos físicos, bióticos e reconhecer cada porção do território em 
análise para uma tomada de decisão apropriada.
  Objetivos: armazenar os dados sobre os aspectos físicos, sociais e 
ambientais; disponibilizar os dados para consulta; gerar uma análise 
como auxílio à tomada de possíveis decisões.
  Metodologia: buscar ferramentas que auxiliem essas análises, imagens 
obtidas através do SIG, vistoria de campo, cruzamento de informações 
em bancos de dados geográficos.
Veremos, então, um exemplo de projeto ambiental que descrito por Longley 
et al. (2013) e realizado por Verburg e Veldkamp, trabalhando pela Universi-
dade e Wageningen, na Holanda, sobre o caso da Ilha Sibuyan, nas Filipinas 
(Figura 3). Nesta ilha, o desmatamento é a principal ameaça à biodiversidade. 
7Aplicações práticas das ferramentas de geoprocessamento para projetos e demandas ambientais
Figura 3. Localização da Ilha Sibuyan nas Filipinas, mostrando a localização 
do Parque Nacional e a zona de amortecimento.
Fonte: Longley et al. (2013, p. 67). Características da ilha: trata-se de uma ilha pequena, de apro-
ximadamente 456 km2, com encostas montanhosas cobertas por 
f lorestas e área costeira com terras de relevo ondulado, sendo usada 
predominantemente para assentamentos humanos, mineração e 
agricultura. Com relação à biodiversidade, a ilha apresenta uma 
estimativa de 700 espécies de plantas, e aproximadamente 54 são 
exclusivas da região.
  Objetivo do estudo: identificar uma variante de diferentes cenários 
de desenvolvimento que permite prever o uso da terra e mudanças de 
hábitat e, assim, antecipar mudanças na biodiversidade.
  Método: o ponto inicial foi uma investigação qualitativa que abarcava 
entrevistas com habitantes diversos no local para identificar uma gama 
de fatores que possivelmente afetam os padrões de utilização do solo. O 
Quadro 1, a seguir, traz os indicadores relacionados diretos e indiretos 
de pressão sobre as alterações na utilização do solo.
Aplicações práticas das ferramentas de geoprocessamento para projetos e demandas ambientais8
Fonte: Adaptado de Longley et al. (2013).
Uso da terra
Manguezais
Cultivo comercial de coco
Cultivo de arroz irrigado
Campo
Floresta secundária
Agricultura de subsistência
Floresta primária (pluvial e paludosa)
Fatores locacionais
Acessibilidade de rodovias, rios e povoados
Altitude
Declividade
Orientação de encostas
Geologia
Geomorfologia
Densidade populacional
Pressão populacional
Posse da terra
Políticas espaciais
Quadro 1. Fontes de dados usados na análise ecológica
A partir da obtenção das características da Ilha Sibuyan, da formulação 
do objetivo e do método, é possível, com os SIGs, desenvolver uma proposta 
de resolução dos problemas ambientais a partir de projetos ambientais, o que 
você confere a seguir.
9Aplicações práticas das ferramentas de geoprocessamento para projetos e demandas ambientais
SIG como ferramenta de resolução 
de problemas em um projeto ambiental
Para a resolução do problema apresentado na Ilha Sibuyan, foram utilizadas 
as informações das pesquisas qualitativas em uma análise quantitativa, 
aliadas com base em SIG, para calcular as probabilidades de transição de 
usos da terra em três cenários diferentes. Esse cenário fi nal acontece ao 
fi m de um período de 20 anos, terminando em 2019, conforme mostra a 
Figura 4, em que:
  cenário 1: não existe nenhuma proteção efetiva das florestas da ilha;
  cenário 2: há apenas a proteção da área designada para um parque 
natural;
  cenário 3: há proteção não apenas do parque natural, mas também de 
uma faixa de amortecimento definida em um SIG.
Figura 4. Área com floresta em 1999 e ao final das simulações no uso da terra 
em 2019, para três cenários diferentes.
Fonte: Longley et al. (2013, p. 68). 
Aplicações práticas das ferramentas de geoprocessamento para projetos e demandas ambientais10
Ambos os cenários resultaram em diferentes extensões de área com floresta 
em 2019, mas com padrões espaciais diferentes de floresta remanescente, 
como, por exemplo, o cenário 1, que apresenta lacunas na área florestal que 
foram ocasionadas pela agricultura itinerante e pelo desmatamento ilegal.
O que levou os pesquisadores a esses resultados foram os conhecimentos 
já existentes de um conjunto de processos ecológicos, resultando na visão de 
como a biodiversidade seria comprometida.
Sendo assim, os pesquisadores utilizaram como referência de análise o padrão 
atual do uso da terra e sua compreensão dos processos biológicos, físicos e hu-
manos para prever mudanças no uso da terra. Para tanto, as diferentes previsões 
permitiram afirmar que existem possibilidades diferentes para diferentes cenários, 
nos quais a ecologia da ilha poderia mudar no futuro de forma bastante positiva.
Para Longley et al. (2013), a arte e a ciência da modelagem ecológica exigem 
que tomemos uma solução adequada não somente para identificar a gama 
de fatores determinantes relevantes, mas também sobre sua importância no 
estudo de caso específico, com a devida consideração à amplitude da escala 
em que cada um é relevante.
Os SIGs possibilitam abarcar diversos elementos, tanto humanos quanto 
físicos e biológicos, para prever a provável dimensão do uso da terra. Como no 
caso do exemplo da Ilha Sibuyan, seu objetivo é predizer os possíveis efeitos do 
padrão geral sobre a biodiversidade, e não o uso da terra em locais específicos.
Para o resultado final deste projeto, podemos elencar como fundamental 
assumir que o resultado das consequências ecológicas do desmatamento 
previsto possam sofrer interferências de forma confiável a partir de um mapa 
previsto de usos da terra, pois a alteração do uso da terra é uma resposta 
mensurável sobre diversos fatores espacialmente mutáveis. 
1. As conferências e os encontros 
internacionais sobre o meio 
ambiente são essenciais para 
a discussão da atual situação 
ambiental de nosso planeta, bem 
como para a preocupação com 
o futuro. Observe as seguintes 
afirmativas referentes a conferências 
e encontros internacionais sobre 
o meio ambiente e assinale 
V (verdadeiro) ou F (falso).
( ) O Clube de Roma surgiu em 1968, 
formado por profissionais de 
diversas áreas, como empresários, 
cientistas, educadores, 
economistas e funcionários 
11Aplicações práticas das ferramentas de geoprocessamento para projetos e demandas ambientais
governamentais de 10 países, 
e tinha o objetivo de discutir o 
uso desordenado dos recursos 
naturais em termos mundiais.
( ) Em 2002, foi realizada pela ONU, 
na África do Sul, na cidade de 
Johanesburgo, a Cúpula sobre 
o Desenvolvimento Sustentável, 
também denominada Rio+10, 
em que foram tratados, além de 
aspectos ambientais, aspectos 
sociais, sobre disponibilidade 
de água, saneamento básico, 
energia, saúde, pobreza, 
agricultura, dentre outros.
( ) No Peru, em 2014, aconteceu 
a 20ª Conferência das Partes 
da Convenção — Quadro da 
ONU sobre Mudanças do Clima 
(COP 20), que tinha o objetivo 
de propor inúmeras ações 
para diminuir o aumento da 
temperatura em nosso planeta, 
abrandando os impactos da 
mudança do clima global.
a) F, V e F.
b) F, F e V.
c) V, V e F.
d) V, V e V.
e) F, F e F.
2. De acordo com Longley et al. 
(2013), os sistemas de informação 
geográfica (SIGs) são uma classe 
especial de sistemas de informação 
que controlam não apenas eventos, 
atividades e coisas que acontecem 
ou existem, possibilitando:
a) a inclusão de cidades em 
seu banco de dados apenas 
para fins militares e de 
proteção de fronteiras.
b) o monitoramento de cidades 
e populações restritas aos 
núcleos urbanos menos 
povoados e urbanizados.
c) o diagnóstico superficial de 
situações de risco de desastres 
ambientais, sem parâmetros 
realmente eficientes.
d) a suposição de situações 
referentes a projetos 
exclusivamente urbanos, 
principalmente em metrópoles.
e) o controle, a partir de imagens 
da superfície terrestre, essencial, 
também, para controle de 
projetos ambientais.
3. Os SIGs proporcionam uma forma 
de integrar conhecimento sobre 
os processos sociais e naturais com 
o objetivo de um planejamento 
ambiental integrado, permitindo, 
também, comparar as condições 
ambientais predominantes 
em diversas partes do planeta. 
Problemas que envolvem um 
aspecto de localização, seja na 
informação usada para resolvê-lo 
ou na solução propriamente dita, 
são denominados problemas 
geográficos. Observe as seguintes 
afirmativas e, em cada uma, 
assinale V (verdadeiro) ou F (falso) 
em relação a serem referentes aos 
diversos problemas geográficos.
( ) Área de uma floresta que 
foi desmatada para a 
promoção da agricultura.
( ) Manutenção de trilhas em 
parques nacionais de preservação 
com o intuito de impedir 
a educação ambiental.
( ) Projeto de recuperação 
ambiental de uma área que 
sofreu queimada para pecuária.
a) V, F e F.
b) V, F e V.
Aplicações práticas das ferramentas de geoprocessamento para projetos e demandas ambientais12
c) V, V e V.
d) F, F e F.
e) F, F e V.
4. Para a realização de umprojeto 
ambiental, é necessário um 
planejamento com algumas etapas. 
Observe as alternativas a seguir e 
relacione as colunas correspondentes.
(A) Problematização
(B) Metodologia
(C) Objetivos
( ) Ferramentas que auxiliem na 
obtenção e análise de dados, 
como, por exemplo, SIGs.
( ) Área com constantes focos 
de incêndio, onde predomina 
floresta equatorial e contínuo 
uso do solo para agricultura.
( ) Disponibilizar dados para 
pesquisa e criação de projetos 
ambientais, com geração 
de dados para análise.
a) B, A e C.
b) B, C e A.
c) C, A e B.
d) C, B e A.
e) A, B e C.
5. Para Longley et al. (2013), a arte 
e a ciência da modelagem 
ecológica exigem que tomemos 
uma solução adequada não 
somente para identificar a 
gama de fatores determinantes 
relevantes, mas também sobre :
a) sua importância no estudo 
de caso específico, com 
a devida consideração à 
amplitude da escala em 
que cada um é relevante.
b) a irrelevância em resultados e 
pesquisas, por não obter dados 
suficientes para uma prospecção.
c) as alternativas sem bases 
quantitativas, pois as pesquisas 
são apenas qualitativas para 
a obtenção do resultado.
d) a falta de novas tecnologias 
para aplicação das 
metodologias necessárias para 
a obtenção de imagens.
e) as poucas alternativas 
de SIGs que possuimos 
atualmente no que tange 
às demandas ambientais.
CHRISTOPHERSON, R. W.; BIRKELAND, G. H. Geossistemas: uma introdução à geogra�a 
física. 9. ed. Porto Alegre: Bookman, 2017.
D’AMATO, C.; TORRES, J. P. M.; MALM, O. DDT (dicloro difenil tricloroetano): toxicidade 
e contaminação ambiental ¾ uma revisão. Química Nova, v. 25, n. 6, 2002. Disponível 
em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-40422002000600017&script=sci_
arttext&tlng=en. Acesso em: 24 set. 2019.
LONGLEY, P. A. et al. Sistemas e ciência da informação geográfica. 3. ed. Porto Alegre: 
Bookman, 2013.
MACHADO, V. S.; SACCOL, J. Introdução à gestão ambiental. Porto Alegre: Sagah, 2016.
13Aplicações práticas das ferramentas de geoprocessamento para projetos e demandas ambientais
Leituras recomendadas
BRASIL. Ministério da Saúde. Inpe monitora Amazônia. Brasília, DF, 2019. Disponível 
em: https://www.mma.gov.br/florestas/controle-e-preven%C3%A7%C3%A3o-do-
-desmatamento/inpe-monitora-amaz%C3%B4nia.html. Acesso em: 24 set. 2019.
CARSON, R. Primavera silenciosa. São Paulo: Gaia, 2010.
IPEA. Rio-92: mundo desperta para o meio ambiente. História - Rio-92, v. 7, n. 56, 2009. 
Disponível em: http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&v
iew=article&id=2303:catid%3D28&Itemid=23. Acesso em: 24 set. 2019.
Aplicações práticas das ferramentas de geoprocessamento para projetos e demandas ambientais14
DICA DO PROFESSOR
O drone é um aliado do SIG, pois permite o acesso a informações de regiões mais inóspitas aos 
seres humanos, sendo, então, possível o monitoramento, o mapeamento e/ou a realização de 
estudos de vários tipos. Os drones são aeromodelos ou aeronaves não tripuladas remotamente 
pilotadas (RPA); inicialmente, foram utilizados para fins militares e de guerra. Atualmente, eles 
são aliados das questões ambientais de preservação e manutenção do meio ambiente.
Nesta Dica do Professor, você vai conferir como os drones auxiliam em demandas ambientais.
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EXERCÍCIOS
1) As Conferências e Encontros internacionais sobre o meio ambiente são essenciais 
para discussão da atual situação ambiental de nosso planeta, bem como da 
preocupação com o futuro. Sobre isso, observe as seguintes afirmativas. 
Em cada uma, assinale V (verdadeiro) ou F (falso).
I - ( ) O Clube de Roma surgiu em 1968, formado por profissionais de diversas áreas, 
como empresários, cientistas, educadores, economistas e funcionários governamentais 
de dez países, que tinham o objetivo de discutir o uso desordenado dos recursos 
naturais em termos mundiais.
II - ( ) Em 2002, foi realizada pela ONU, na África do Sul, na cidade de 
Johanesburgo, a Cúpula sobre o desenvolvimento sustentável, também denominada 
Rio+10; onde foram tratados, além de aspectos ambientais, aspectos sociais, sobre 
disponibilidade de água, saneamento básico, energia, saúde, pobreza, agricultura, 
entre outros.
III - ( ) No Peru, em 2014, aconteceu a 20.a Conferência das Partes da Convenção – 
Quadro da ONU sobre Mudanças do Clima (COP 20), que tinha o objetivo de propor 
inúmeras ações para diminuir o aumento da temperatura em nosso planeta, 
abrandando os impactos da mudança do clima global.
A) F, V e F.
B) F, F e V.
C) V, V e F.
D) V, V e V.
E) F, F e F.
2) De acordo com LONGLEY et al. (2013), os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) 
são uma classe especial de sistemas que controlam, não apenas eventos, mas também 
atividades e coisas que acontecem ou existem, possibilitando o(a)
A) inclusão de cidades em seu banco de dados, apenas para fins militares e de proteção de 
fronteiras.
B) monitoramento de cidades e populações restritas aos núcleos urbanos menos povoados e 
urbanizados.
C) diagnóstico superficial de situações de risco de desastres ambientais, sem parâmetros 
realmente eficientes.
D) suposição de situações referentes a projetos exclusivamente urbanos, principalmente, em 
metrópoles.
E) controle, por meio de imagens da superfície terrestre, essencial, também, para controle de 
projetos ambientais.
Os SIGs proporcionam uma forma de integrar conhecimento sobre os processos 3) 
sociais e naturais com o objetivo de um planejamento ambiental integrado, 
permitindo, também, comparar as condições ambientais predominantes em diversas 
partes do planeta. Problemas que envolvem um aspecto de localização, seja na 
informação usada para resolvê-lo ou na solução propriamente dita, são denominados 
problemas geográficos. 
Observe as seguintes afirmativas e, em cada uma, assinale V (verdadeiro) ou F (falso) 
se estão relacionadas aos diversos problemas geográficos.
I - ( ) Área de uma floresta que foi desmatada para promoção da agricultura.
II - ( ) Manutenção de trilhas em parques nacionais de preservação, com intuito de 
impedir a educação ambiental.
III - ( ) Projeto de recuperação ambiental de uma área que sofreu queimada para uso 
da pecuária.
A) V, F e F.
B) V, F e V.
C) V, V e V.
D) F, F e F.
E) F, F e V.
Para a realização de um projeto ambiental, é necessário um planejamento, com 
algumas etapas. Observe as alternativas abaixo e relacione as colunas 
correspondentes.
( A ) Problematização
( B ) Metodologia
( C ) Objetivos
4) 
( ) Ferramentas que auxiliem na obtenção e análise de dados, como, por exemplo, os 
SIGs.
( ) Área com constantes focos de incêndio, onde predomina floresta equatorial e é 
contínuo o uso do solo para agricultura.
( ) Disponibilizar dados para pesquisa e criação de projetos ambientais, com geração 
de dados para análise.
A) B, A e C.
B) B, C e A.
C) C, A e B.
D) C, B e A.
E) A, B e C.
5) Para LONGLEY et al. (2013), a arte e a ciência da modelagem ecológica exigem que 
seja tomada uma solução adequada, não somente para identificar a gama de fatores 
determinantes relevantes, mas é, também, sobre
A) sua importância no estudo de caso específico, com a devida consideração à amplitude da 
escala, em que cada um é relevante.
B) a irrelevância em resultados e pesquisas, por não obter dados suficientes para uma 
prospecção.
C) as alternativas sem bases quantitativas, pois as pesquisas são apenas qualitativas para 
obtenção do resultado.
D) a falta de novas tecnologias para aplicação das metodologias necessárias à obtenção de 
imagens.
E) as poucas alternativas de SIGs, que temos atualmente, no que tange às demandas 
ambientais.
NA PRÁTICA
Os incêndios são uma das principais causas de degradação de fragmentos florestais e os 
Sistemas de Informações Geográficas são ferramentas essenciais para mapeamento de risco 
desse tipo de fenômeno.
Acompanhe, Na Prática, como um pesquisador ambiental desenvolveu um projeto,com o 
objetivo de utilizar os SIGs na identificação de áreas de risco de incêndios em florestas.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Mapeamento do risco de incêndios florestais utilizando técnicas de geoprocessamento
Neste link, você pode conferir um artigo sobre a influência de fatores preditores nas ocorrências 
de incêndios florestais.
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Degradação ambiental no município de Parari - PB: uma análise por meio de 
sensoriamento remoto
Neste artigo, você pode conferir um estudo sobre a degradação da cobertura vegetal no 
município de Parari-PB.
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Ponta Grossa - Drones vão ajudar a monitorar parques
Neste vídeo, disponível no canal do YouTube Rede Mercosul - Record News Paraná, veja como 
os drones podem auxiliar no monitoramento dos parques.
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