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FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS ALUNA: CAMILA RASSVETOV BARBOSA RA: 1796487 APS- PROCESSO DO TRABALHO São Paulo- SP 30 de Abril de 2021 1. Agiu corretamente o Magistrado na distribuição do ônus da prova no caso acaso acima apresentado? Fundamente sua opção de forma completa, inclusive abordando brevemente a questão da inversão do ônus da prova no processo do trabalho. R: O magistrado não distribuiu corretamente o ônus da prova, pois o reclamado é o hipossuficiente da relação, assim, a comprovação do alegado deveria ser feita pelo reclamado, desta forma, teria mais recursos para realizar prova sobre a demissão por justa causa e horas extras. Tendo em vista a hipossuficiência do reclamante e a dificuldade que teria parar cumprir o encargo probatório, o juiz deveria seguir os critérios do art. 818, I CLT, invertendo o ônus da prova para o reclamante, pois é a parte que pode cumprir o encargo da melhor forma. 2. Qual a finalidade do protesto apresentado pelo advogado do autor? R: O propósito do protesto do advogado do autor, é evitar que haja preclusão do seu direito de recorrer, já que o direito do trabalho tem como objetivo a irrecorribilidade das decisões. Ademais, o protesto se faz necessário para que conste em ata de audiência a indignação do advogado do autor, para que seja possível a interposição de recurso, se necessário. 3. O juiz poderia dispensar o interrogatório das partes? R: Sim, o juiz poderia dispensar o interrogatório das partes, desde que fundamente a decisão, como exige o artigo 93, IX, da CF. Em prosseguimento do feito, caso o juiz esteja convencido dos fatos da produção de provas, ele também poderá dispensar o interrogatório. Além disso, deve pleitear a exposição em ata de audiência da fundamentação judicial para exoneração do interrogatório. 4. Explique à luz da doutrina, legislação e jurisprudência e os fundamentos que deveriam ser utilizados pelo advogado de Genivaldo ao formular a contradita da testemunha. R: A contradita dever ser utilizada antes do depoimento da testemunha, para que não ocorra sua oitiva. Através dela podem ser alegadas a parcialidade, suspeição ou a inidoneidade de uma testemunha. Assim, se as ouvidas não forem contraditadas, é comum o entendimento jurisprudencial no sentido de que os depoimentos são dotados de credibilidade. No caso em tela, a testemunha indicada é sócia do capital da empresa, possuindo interesse de litígio. O art.443, § 3°, II, dispõe que podem depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as incapazes, impedidas ou suspeitas. Desta forma, considerando a suspeição da testemunha, ela não poderia depor, por evidente interesse. 5. Explique o que são razões finais remissivas? Se hipoteticamente os advogados optassem por razões finais orais, quais as cautelas que deveriam ser observadas? R: As razões finais são aquelas em que o advogado se remete aos termos da inicial ou defesa, reiterando os fundamentos de fatos de direito levantados em petição inicial ou contestação. É importante ter muita cautela ao apresentar os pontos corretamente. O advogado deverá apresentar as motivações da ação, resumo dos procedimentos anteriores, detalhe das alegações já realizadas, detalhe da audiência de instrução e exposição dos fatos e fundamentos. 6. Agiu corretamente ao juiz ao arbitrar os honorários sucumbência no porcentual de 20% a ser calculado considerando valor da causa? R: Não, o juiz não agiu de forma correta, pois deveria ter aplicado o artigo 791- A, que informa que os honorários sucumbenciais devem ser fixados entre 5% e 15% sobre o valor da condenação, do proveito econômico ou sobre o valor da causa na impossibilidade de mensurá-la. 7. Qual a medida processual utilizada pelo autor para o exame dos pontos omissos da sentença? Qual prazo? Se tivesse sido acolhida a medida qual quais os seus efeitos? R: De acordo com o art.879- A da CTL, a medida processual utilizada pelo autor para o exame de pontos omissos da sentença, foi Embargos de Declaração. O prazo para a oposição é de 5 dias, interrompendo o prazo para interposição de outros recursos. Caso os embargos tivessem sido acolhidos, seu efeito modificaria a decisão. o 8. Qual a medida processual apresentada pelo autor após o indeferimento da medida processual em relação à omissão? Qual o prazo o marco inicial desse prazo? Quais os seus pressupostos genéricos? R: A medida processual apresentada é o Recurso Ordinário, previsto no art. 895, I, da CLT. O prazo para apresentação é de 8 dias úteis, contados da intimação da sentença. Os pressupostos genéricos do recurso ordinário são: legitimidade, interesse recursal e cabimento, sendo possível destacar também o preparo, tempestividade e regularidade formal. 9. Qual a medida judicial cabível da denegação da medida judicial referida no item 8? Quais as obrigações da parte que a via essa medida? Qual o juízo de interposição? Qual o juízo de conhecimento? Qual o objetivo dessa medida? R: A medida judicial cabível da denegação do recurso ordinário é o Agravo de Instrumento que terá o prazo de 8 dias, nos termos do art. 897, b, da CLT. Desta forma, a parte deverá promover a formatação do instrumento, conforme visto no § 5° do referido artigo, com obrigatoriamente cópias da decisão agravada, da certidão agravada, da certidão da respectiva intimação, das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado, da petição inicial, da contestação, da decisão ordinária, do depósito recursal referente ao recurso que se pretende destrancar é comprovantes das custas e do deposito recursal (art. 899, § 7 da CLT). Já o Juízo de interposição, no caso em tela, é o “a quo” prolator da sentença de primeiro grau e o juízo de conhecimento é o respectivo TRT. O objetivo do Agravo de Instrumento é destrancar o recurso denegado. 10. Considerando-se que o Tribunal deu provimento a medida judicial que combateu a decisão denegatória da medida principal, bem como provimento parcial a própria medida principal reconhecendo o direito de horas extras e o direito de Genivaldo receber valores relacionados aos empréstimos sem apresentar tese explicita o que resta do ponto de vista processual para que Genivaldo possa defender seus interesses com relação a justa causa e a litigância de má fé? Apresente a (s) medida (s), prazo(s), finalidade (s) e pressuposto (s) específico (s) ao caso concreto. R: Diante o exposto, caberia ainda Recurso de Revista, conforme visto no art. 896, da CLT, no prazo de 8 úteis. O recurso tem por finalidade modificar a decisão do TRT, desconstituindo a justa causa e a condenação da litigância de má-fé, após tem o objetivo de unificar a jurisprudência. No caso concreto incide o pressuposto específico da transcendência, haja vista o reflexo de natureza social pela afronta ao direito social constitucional consagrado como a proteção ao emprego, justa causa aplicada ao reclamante. Bem como o prequestionamento da matéria do recurso. 11. Como o Tribunal reformou a sentença com relação ao empréstimo, qual ou quais medidas que a empresa pode adotar? Qual ou quais os seus prazos, pressupostos, efeitos, juízo de admissibilidade, julgamento e fundamento jurídico? R: A empresa deverá adotar como medida o recurso ordinário, conforme visto no art. 895, II, no prazo de 8 dias úteis. Os pressupostos desse recurso são o cabimento, interesse recursal, legitimidade, preparo, regularidade formal e tempestividade. O recurso terá efeito devolutivo, o juízo de admissibilidade será aquele que proferiu a sentença, o juízo “a quo”. O julgamento será feito pelo juízo “ad quem”, por alguma turma do TRT.