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REGÊNCIA NOMINAL Regência Nominal é o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome. Essa relação é sempre intermediada por uma preposição. É importante sempre consultar um dicionário de regência nominal para saber qual preposição é admitida pelo termo nominal. Não é um jogo de adivinhação, certo? É pesquisa! Com o tempo, você internaliza as regências mais recorrentes. No entanto, para isso, você precisa responder muitas questões. Treinar é o segredo! ;) REGÊNCIA VERBAL Para iniciarmos nosso estudo sobre regência, é necessário que dominemos Predicação verbal/Transitividade verbal. · Predicação verbal/Transitividade verbal É a relação entre o verbo e outros termos da oração, principalmente dentro do predicado. Quanto à predicação, diz-se que os verbos podem ser de ligação, intransitivo, transitivo direto, transitivo indireto e transitivo direto e indireto. Existem dois grupos de verbos: os nocionais (intransitivos e transitivos) e os relacionais (de ligação). SINTAXE DE REGÊNCIA - PREDICAÇÃO VERBAL (TRANSITIVIDADE) Classificação dos verbos: I – Intransitivos II – Transitivos: a) diretos b) indiretos c) diretos e indiretos (britransitivos) III – De ligação (relacionais ou copulativos) Predicação Verbal (transitividade) Classificação dos verbos: I – Intransitivos: São todos os verbos que, sozinhos, são capazes de transmitir a noção predicativa. Ex.: No último encontro, ocorreram fatos dignos de notícia. Intransitivos Não raro, os verbos intransitivos aparecem com sujeitos pospostos. · Ocorreram problemas na empresa. · Jamais aconteceriam aqueles contratempos se ela estivesse aqui. · Surgiu uma nova ideia na reunião. II – Transitivos: São aqueles que precisam de um termo que os complemente para que o sentido se perfaça, para que a compreensão da estrutura seja possível. Dividem-se em: a) Transitivos Diretos: São os verbos que exigem termo complementar sem a obrigatoriedade de uma preposição necessária, ou seja, pedem um complemento desprovido de preposição. O complemento desses verbos denomina-se “objeto direto”. Ex.: Nunca mais ele angariou fundos para aquela ONG. Muitas lojas do centro da cidade vão baratear os preços neste final de semana. Nunca mais eles viram os quadros a óleo que compraram na Europa. b) Transitivos Indiretos: São os verbos que exigem termo complementar regido (introduzido) por uma preposição necessária, obrigatória. O complemento desses verbos é denominado de “objeto indireto”. Ex.: Eles dependem agora da sorte para que o produto de que precisam chegue a tempo. Durante muito tempo aquele povo guerreou contra os costumes do Ocidente. Não convém aos iniciantes na carreira diplomática portar-se de maneira inadequada. c) Transitivos Diretos e Indiretos: São verbos que exigem dois tipos de complemento: um sem a preposição e outro com o auxílio de uma preposição. São denominados também de “biobjetivos” ou “bitransitivos”. Ex.: Ensinaram-lhe todos os preceitos de nossos antepassados? O diretor atribuiu o insucesso do grupo à inércia de alguns integrantes. III – Verbos de ligação: Denominados também de “verbos copulativos” ou “verbos de relação”, são aqueles que, desprovidos de significação, servem como “ponte” entre o sujeito e uma determinada qualidade, denominada de “predicativo”. Geralmente funcionam como “de ligação” os verbos “ser, estar, ficar, parecer, continuar, permanecer”. CUIDADO! · Há quanto tempo não lhe vejo! (O verbo "ver" é transitivo direto. O correto é "... não o vejo"). · Ela lhe ama muito. (O verbo "amar" é transitivo direto. O correto é "Ele a ama muito"). · Ontem eu lhe procurei o dia todo. (O verbo "procurar" é transitivo direto. O correto é "Eu o procurei..."). Lembre-se de que o fato de um verbo ser transitivo direto não impede que os nomes cognatos (de mesma raiz) exijam preposição. Portanto, fique atento e não confunda: · É preciso combater a corrupção no Brasil. · É preciso que se aumente o combate à corrupção no Brasil. · Todos devem amar o próximo. · O amor ao próximo é bíblico. PRESTE ATENÇÃO! Muitos verbos possuem formas pronominais (conjugadas com o auxílio de um pronome oblíquo) e não pronominais. Podendo ter sua regência alterada: VERBO NÃO PRONOMINAL VERBO PRONOMINAL aconselhar aconselhar-se com alegrar alegrar-se com aproveitar aproveitar-se de comunicar comunicar-se com defender defender-se de, contra esquecer esquecer-se de lembrar lembrar-se de recordar recordar-se de TABELA DE REGÊNCIA VERBO REGÊNCIA PREPOSIÇÃO ASSISTIR VTD/VTI A (ASSISTIR)/EM (MORAR) CHEGAR VTI A/DE IR VI A/PARA ESQUECER/ LEMBRAR VTD (NÃO PRONOMINAIS) VTI (PRONOMINAIS) DE/A INFORMAR VTD/VTDI A/DE/SOBRE OBEDECER/ DESOBEDECER VTI A PAGAR/PERDO AR VTI (PESSOA) VTD (COISA) A VISAR VTD (MIRAR) VTD(CONFERIR) VTI (ALMEJAR) A Obs.1: Como objeto indireto, não se admite o pronome oblíquo átono “lhe/lhes”. Obs.2: Alguns gramáticos e bancas de concursos estão aceitando o verbo “visar” no sentido de desejar/almejar como VTD e como VTI.