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TCC Final Obesidade e Emagrecimento

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2
Universidade Cidade de São Paulo
Faculdade de Nutrição
Gustavo Gonçalves dos Santos
Higor Gonzales Perez
Otavio Correa Quintas
Renan Mendes Botyrius
OBESIDADE E EMAGRECIMENTO
São Paulo
2021
Gustavo Gonçalves dos Santos
Higor Gonzales Perez
Otavio Correa Quintas
Renan Mendes Botyrius
OBESIDADE E EMAGRECIMENTO
Trabalho Conclusão de Curso submetido à Universidade Cidade de São Paulo como parte dos requisitos necessários para a obtenção do Grau de Bacharel em Nutrição.
Orientadora: Prof.ª Ligia Lopes Simões Baptista.
São Paulo
2021
SUMÁRIO
1 OBJETIVOS............................................................................................................4
1.1 OBJETIVO GERAL..............................................................................................4
1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................................................4
2 INTRODUÇÃO........................................................................................................5
3 METODOLOGIA.....................................................................................................6
4 A OBESIDADE E SUAS CAUSAS........................................................................7
4.1 Critério para classificação do estado nutricional..........................................7
4.2 Inatividade física...............................................................................................8
4.3 Má alimentação e produtos industrializados.................................................8
5 FATORES DE RISCO DA OBESIDADE..............................................................10
5.1 A doença renal crônica....................................................................................10
5.2 Diabete tipo 2....................................................................................................11
5.2.1 Insulina e IGF-1...............................................................................................12
5.2.2 Leptina e adiponectina....................................................................................12
5.3 Câncer...............................................................................................................14
5.4 Cardiopatia isquêmica.....................................................................................17
5.5 Acidente Vascular Cerebral (AVC)..................................................................18
5.6 Hipertensão arterial..........................................................................................18
5.7 Colecistite.........................................................................................................19
5.8 Colelitíase..........................................................................................................20
5.9 Osteoartrite.......................................................................................................20
5.10 Apneia do sono...............................................................................................20
5.11 Irregularidades menstruais...........................................................................21
5.12 Incontinência urinária....................................................................................21
5.13 Depressão.......................................................................................................21
6 ESTRATÉGIAS PARA O EMAGRECIMENTO SAUDÁVEL................................23
6.1 Intervenção de obesidade em nível intrapessoal..........................................23
6.2 Intervenção dietética........................................................................................23
6.3 Frutas e vegetais..............................................................................................24
6.4 Mudanças maiores baseadas em energia e macronutrientes.....................24
6.5 Low Calorie Diet (Lcd).....................................................................................25
6.6 Very Low Calorie Diet (Vlcd)...........................................................................25
6.7 Baixo Carboidrato............................................................................................26
6.8 Proteína Alta.....................................................................................................27
6.9 Dash...................................................................................................................27
6.10 Dieta Mediterrânea.........................................................................................27
6.11 Horário para comer........................................................................................28
6.12 Intervenção de atividade...............................................................................28
6.13 Entrevista Motivacional.................................................................................29
6.14 Suplementos...................................................................................................30
7 CONCLUSÃO.......................................................................................................32
REFERÊNCIAS........................................................................................................33
1 OBJETIVOS
1.1 OBJETIVO GERAL
	Investigar os fatores multicausais da obesidade.
1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Relacionar as principais causas da obesidade.
- Avaliar os fatores de risco provocado pela obesidade.
- Elencar as estratégias para o emagrecimento de forma saudável.
2 INTRODUÇÃO
A obesidade é um dos problemas de saúde mais graves na atualidade, segundo a OMS, estima-se que, em 2016, havia no mundo, mais de 1,9 bilhões de pessoas acima dos 18 anos com excesso de peso corporal, sendo 650 milhões com algum grau de obesidade (OMS, 2020).
Segundo dados nacionais, em 2019 o excesso de peso atingiu cerca de 96 milhões de brasileiros, sendo este valor equivalente a 60,3% da população. Desse total, 41,2 milhões estavam em grau de obesidade. A maior proporção é para o sexo feminino (62,6%) quando comparado ao masculino (57,5%) (IBGE, 2019).
A obesidade é uma doença crônica não transmissível, multifatorial, sendo desencadeada principalmente por fatores relacionados ao estilo de vida, como má alimentação, inatividade física e por problemas associados à predisposição genética, utilização de alguns medicamentos, infecções virais, problemas emocionais, socioeconômicos e culturais. A sua principal característica é o excesso de gordura corporal que pode trazer consequências à saúde, como diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, alguns tipos de câncer, apneia do sono e refluxo gastroesofágico, com isso, impactando na qualidade de vida da pessoa (FERRAZ; LANCHA; LANCHA, 2012). 
Os problemas socioeconômicos causados pela obesidade são de grande relevância, um estudo publicado pela Pan American Health Organization (PAHO), mostrou que no ano de 2018 o custo total para o SUS, só com hipertensão arterial, diabetes tipo 2 e obesidade chegou a 3,45 bilhões de reais, sendo, 59% referente ao tratamentos da hipertensão, 30% ao do diabetes e 11% ao da obesidade, e se considerar a obesidade como fator de risco para diabetes e hipertensão, o custo da doença aumenta e chega a 41% do total, ou seja, 1,42 bilhões (ANDRADE et al., 2018).
Com base no aumento da prevalência da obesidade no mundo e os efeitos deletérios à saúde, o estudo da obesidade e os mecanismos de proteção, ou seja, de emagrecimento se justificam, como forma de melhorar a saúde global e minimizar o impacto nos custos sociais e financeiros aos países.
3 METODOLOGIA
Estudo de conclusão de curso do tipo revisão bibliográfica com característica narrativa, com foco nas causas, efeitos, prevenção e reversão da obesidade. O levantamento bibliográfico foi realizado nas bases de dados: MEDLINE/PUBMED, BVS, CAPES, BDTD e SCIELO.Para os artigos e teses publicados o período de pesquisa foi entre os anos de 2010 e 2021 e para os livros o período entre os anos de 2006 e 2020. Os idiomas pesquisados foram Português e Inglês. 
Foram obtidos em média quarenta (40) artigos científicos, quatro (4) teses de doutorado e cinco (5) livros, divididos entre os temas de fisiologia humana, nutrição humana, nutrição em saúde pública e obesidade em saúde pública. Os descritores aplicados, segundo a Biblioteca Virtual em Saúde (DeCS) foram Causas da obesidade, obesidade, fatores para a obesidade, obesidade em crianças, obesidade e exercício físico, obesidade e sus e gastos com obesidade.
Os critérios de inclusão e exclusão dos textos pesquisados, são baseados em revisões sistêmicas, meta-análises e revisões bibliográficas, além de livros para aprofundamento do assunto e foram excluídos artigos com testes em animais. 
4 A OBESIDADE E SUAS CAUSAS
De acordo com o Ministério da Saúde, a obesidade é classificada como o acúmulo de gordura corporal, que é causado pelo consumo de energia maior que o organismo do indivíduo utiliza para a sua manutenção diária. 
É importante destacar que a obesidade, em sua principal causa, é a má alimentação, sedentarismo e consumo excessivo de alimentos processados e ultra processados, fabricados pela indústria com adição de gordura e açúcar, com a intenção de dar muito mais sabor e prolongar a validade (CAISAN, 2014).
A Epidemia da obesidade continua aumentando no mundo constantemente, sendo a estimativa para 2025 que 2,3 bilhões de adultos estejam acima do peso ideal e 700 milhões de pessoas com algum grau de obesidade, ou seja, com o Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 30 (ABESO,2021).
A obesidade é uma doença crônica não-transmissível multifatorial que envolve aspectos ambientais e genéticos, e consiste no aumento excessivo da gordura corporal, acarretando grandes prejuízos a saúde. 
4.1 Critério para classificação do estado nutricional
A obesidade é determinada pelo Índice de Massa Corporal (IMC), em que é feito o cálculo dividindo-se o peso em kgs pelo quadrado da altura em metros. O resultado mostra se o indivíduo está na faixa ideal de peso, abaixo ou acima do peso ideal. Cálculo do IMC (figura 1):
Figura 1 – Fórmula do cálculo do Índice de Massa Corporal
Fonte: Associação Brasileira para o estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (2021)
Como é classificado o IMC (figura 2): 
Figura 2 – Classificações do IMC
Fonte: Associação Brasileira para o estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (2021)
4.2 Inatividade Física
A diminuição dos níveis de atividade física e o aumento da ingestão calórica são fatores determinantes ambientais mais fortes que colaboram para o aumento da massa gorda de indivíduos sedentários e com alimentação hipercalórica.
Conforme Souza (2010), na atividade física existem processos mecânicos de contrações musculares que demandam de uma quantia de energia. Indivíduos treinados e com maiores quantidades de massa magra possuem um aumento no gasto calórico diário, desta forma a atividade física tem um grande impacto no gasto energético diário e no balanço energético. Dessa forma, a atividade física pode elevar o gasto energético total de maneira aguda, através do custo energético da realização do exercício e durante a fase de recuperação muscular, ou de forma crônica por meio de alterações no GER.
4.3 Má alimentação e produtos industrializados
Infelizmente os alimentos processados e ultraprocessados fazem parte da alimentação mundial. Possuem maior tempo de prateleira e tem um sabor realçado por ter grandes quantidades de gordura e sódio e baixo custo, se tornando alimentos convidativos a serem consumidos. (HALL et.al. 2019)
Um estudo mostrou que com o consumo de ultraprocessados, há um grande aumento na ingestão de carboidratos simples e gorduras totais diárias sendo o consumo calórico maior em dietas a base de ultra processados (figura 3). (HALL et al. 2019).
Figura 3 – Relação entre dieta e o consumo de ultraprocessados
 
Fonte: Hall et al. (2019)
1 Vinte pacientes receberam dietas ultraprocessadas e não processadas por 14 dias;
2 As dietas ultraprocessadas apresentaram consumo maior em 500kcal do que as não processadas;
3 As mudanças de peso corporal foram altamente correlativas com as diferenças na ingestão de energia.
5 FATORES DE RISCO DA OBESIDADE
A obesidade, além de piorar a qualidade de vida da pessoa, aumenta os riscos de uma série de doenças, como doença renal crônica, diabete tipo 2, resistência à insulina, alteração em leptina e adiponectina, algumas formas de câncer (destaque para o linfoma, mas também câncer de útero, mama, cólon e reto, rins e vesícula biliar), cardiopatia isquêmica, Acidente Vascular Cerebral (AVC), hipertensão arterial, colecistite, colelitíase, osteoartrite, apneia do sono e outros distúrbios ventilatórios. Além disso, associam-se com frequência as irregularidades menstruais, a incontinência urinária de esforço, a depressão e aumento do risco cirúrgico. (MANCINI, 2015).
5.1 A doença renal crônica
A obesidade e o sobrepeso estão associados a alterações renais histológicas, hemodinâmicas, estruturais, desordens metabólicas e bioquímicas, mesmo que a função renal esteja em condições normais nos exames. (GERALDO et al., 2016).
No ano de 2010, a sociedade brasileira de nefrologia confirmou a definição de DRC que foi proposta pela National kidney foudation Americana (NKF), que se baseia nos seguintes critérios:
- Lesão presente por um período igual ou superior a três meses, possuindo anormalidades funcionais e estruturais do rim, com ou sem diminuição da filtração glomerular (FG), evidenciada por anormalidades histopatológicas ou por marcadores de lesão renal (incluindo alterações no sangue, urina e exames de imagem).
A DCR é definida pela lesão do parênquima renal e/ou pela diminuição funcional renal presente por um período igual ou superior a três meses.
A obesidade ajuda no desenvolvimento da DRC, junto de outros fatores, por predispor a nefrosclerose arteriolar hipertensiva, nefropatia diabética e glomeruloesclerose segmentar e focal. E se considerar que o excesso de peso e a obesidade é uma tendencia em progresso, já que no ano de 2019, segundo dados nacionais 96 milhões de brasileiros estão com excesso de peso e um aumento no número de casos de DRC é esperado.
A obesidade além de lesionar em 10% dos rins e determinar uma insuficiência renal que leve o paciente a um tratamento de hemodiálise, acaba afetando outros órgãos, causando hipertensão e diabetes melitius 2. 10% da população brasileira possui alguma doença renal instaurada e muitas das vezes, o paciente não descobre por ser uma doença totalmente assintomática.
Pensando de uma maneira mecanicista, o paciente obeso, muitas vezes tem uma alteração na taxa de filtração glomerular (TFG) e nesse paciente geralmente encontra-se um aumento nas taxas de insulina, criando até resistência à insulina e grande quantidade de leptina, tanto a leptina quanto a insulina ativam o sistema nervoso simpático (SNS), que ativa o sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) que em excesso é ligado ao aumento da pressão arterial, a insulina também aumenta a captação de agua e sódio que acaba piorando os parâmetros de pressão arterial no paciente.
No paciente obeso, também são encontrados maiores níveis de TNF-alfa e interleucina-6 que acabam interferindo na adiponectina (que é uma molécula anti-inflamatória), que quando está em baixa quantidade, eleva no fígado as quantidade de fentuína A, que faz uma sinalização errada nos rins, baixando os níveis de AMPK (sinalizador energético), causando uma disfunção na célula renal aumentando o escape de proteína causando uma proteinúria, assim piorando a taxa de TFG e com alta quantidade de tecido adiposo, teremos grande produção de angiotensinogenio que a partir do SRAA, teremos elevação na produção de angiotensina e aldosterona, assim levando ao desenvolvimento de uma doença renal.
5.2 Diabete tipo 2
O diabete tipo 2 é transtorno metabólico,caracterizado pelos níveis elevados de glicose no sangue, causado tanto pela deficiência na secreção de insulina, quanto pela diminuição da sensibilidade dos tecidos à insulina.
No caso da Diabetes melitos tipo 2, os tecidos-alvos tem a sua sensibilidade diminuída aos efeitos metabólicos da insulina, no que é frequentemente chamada de resistência insulínica. Uma resposta do corpo para compensar essa resistência, é o aumento da concentração plasmática de insulina (hiperinsulinêmica) para regular a utilização e o armazenamento dos carboidratos.
5.2.1 Insulina e IGF-1
Outra complicação causada pela obesidade é o estado de resistência celular a ação da insulina (RI), tendo como consequência no acúmulo de ácidos graxos não esterificados circulantes liberados pelos adipócitos, forçando músculos, fígado e outros tecidos a armazenar e oxidar gorduras para obtenção de energia. Mas, consequentemente, para esses tecidos, terão dificuldades em armazenar, metabolizar e absorver a glicose com eficiência por causa da alta quantidade de insulina (hiperinsulinemia) liberada para conter um cenário hiperglicemia. (ATTA; HOFF., 2015).
Segundo Atta e Hoff, vários estudos evidenciaram o risco maior para câncer de mama, câncer do endométrio, câncer de colorretal e um pior prognóstico a canceres epiteliais quando a altos níveis de insulina.
Uma explicação para essa relação é que a hiperinsulinemia também acaba aumentando os níveis de IGF-1 por produção hepática, que poderia ajudar no desenvolvimento de tumores, outra tese seria a indução sérica da proteólise de IGFBP-3 (proteína ligadora de IGF-1), e a diminuição na produção de IGFBP-1 pelo fígado, elevando assim os níveis de IGF-1. (ATTA; HOFF, 2015, p.925).
Vários estudos feitos em meios de cultura celular mostram o aumento do crescimento das células cancerígenas quando adicionado IGF-1, isso acontece pela ação oncogênica do IGF-1 que pode ocorrer por via de receptor IGF-1R, pois esse receptor tem a sua expressão aumentada em vários tipos de tumores, outra via seria por ação sobre outras moléculas de câncer (exemplo: supressor tumoral p53).
Os pacientes hiperinsulinêmicos, por causa das ações anabólicas e antiapoptoticas da insulina, o crescimento tumoral são mediadas pelos receptores de insulina (IR), IGF-1(IGF-1R) ou o receptor híbrido (1R-IGF-1R). (ATTA; HOFF, 2015).
5.2.2 Leptina e adiponectina 
	A leptina e adiponectina são dois hormônios produzidos pelo tecido adiposo, sendo que a adiponectina é exclusivamente produzida pelo tecido adiposo e são consideradas 2 adipocinas, a principal função da leptina é regulação do consumo de alimentos e produção de energia (controle da fome) e altos níveis de leptina são encontrados em pacientes obesos (pois, correlaciona-se positivamente com a quantidade de tecido adiposo), assim podendo causar ou uma redução do apetite em pessoas não obesas e uma resistência a sua ação em pessoas obesas por causa dos altos níveis. (ATTA; HOFF, 2015).
	Alguns estudos mostraram, que aparentemente a leptina pode ser um fator para o desenvolvimento de alguns canceres (como câncer de mama e miométrio), por via da ação da leptina em tecidos periféricos, estimulando a aromatese do citocromo P450 para produzir estrogênios a partir de androgênios e androgênios. (ATTA; HOFF, 2015).
	Já adiponectina está envolvida no metabolismo de carboidratos e lipídios e regulação da sensibilidade a insulina, ela também regula a expressão de citocinas pró-inflmatorias, estimulando a produção de IL-10 (citocina anti-inflamatoria) e inibindo o TNF-a, produzindo efeitos anti-inflamatorios, protegendo-o contra os efeitos de estresse na obesidade e doença metabólica (CRUZ; LOPES; SOBRINHO, 2020).
	Mas, alguns estudos clínicos estabelecem uma correlação de baixos níveis de Adiponectina e alguns cânceres e hormônios sexuais, enquanto, níveis maiores de APN indicam status inflamatório e estágio de malignidade (figura 4). (CRUZ; LOPES; SOBRINHO, 2020).
Figura 4 – Relação entre hormônios e cânceres
Fonte: Cruz, Lopes e Sobrinho (2020)
5.3 Câncer
	A obesidade foi identificada como um fator de risco para muitos tipos de câncer. Um estudo relatou que quase 40% de todos os canceres podem ser atribuídos ao sobrepeso e à obesidade. (KEUM et al., 2015). 
Em 2018 o American Institute Of Câncer Research/ World Cancer Research Fund international publicou uma revisão sistêmica mostrando fortes evidências associando obesidade com cânceres de esôfago, tireoide, fígado, pâncreas, vesícula biliar, ovário, mieloma múltiplo e canceres renais. (WCRF, 2018).
	Segundo Atta e Hoff a obesidade tem um grande impacto na mortalidade, indicando homens e mulheres com IMC entre 25 e 30 tem de 10% a 25% chances maiores na mortalidade e pessoas com IMC acima dos 35 o risco de morte por câncer aumenta para 40 a 80% de chance. (ATTA; HOFF, 2015).
O câncer é um termo utilizado genericamente para definir mais de cem enfermidades malignas que possuem uma característica em comum: se iniciam pela multiplicação contínua, desordenada e incontrolável das células, evento denominado carcinogênese ou oncogênese (figura 5) (CAMPOS; GOIS; PEREIRA, 2021).
Figura 5 – A carcinogênese ou oncogênese
Fonte: Campos, Gois e Pereira (2021)
A carcinogênese ou oncogênese ocorre em determinada estrutura corporal, que pode ser órgão ou um tecido. Quando o câncer atinge um tecido epitelial, como a pele, por exemplo, é denominado cientificamente como carcinoma. Quando atinge um tecido conjuntivo, como os músculos, o câncer é denominado cientificamente como sarcoma (CHABNER; LONGO, 2015). 
O comportamento anormal das células, na carcinogênese ou oncogênese, acontece porque elas sofrem mutação, alteração em seu DNA, de modo que começam a receber informações equivocadas acerca da execução de suas atividades biológicas. A mutação pode, por exemplo, ocorrer em proto-oncogenes, os quais são inativos em células saudáveis (FERREIRA; FIGUEIREDO; MONTEIRO, 2015).
O resultado da oncogênese, a longo prazo, é a formação de tumor em órgão ou tecido e a velocidade da oncogênese determina os tipos de cânceres. Além disso, outra característica que diferencia os cânceres de outras enfermidades é a capacidade que as células, multiplicadas, têm para invadirem outros órgãos e/ou tecidos adjacentes ou distantes e, assim, adoecê-los, processo denominado como metástase e diretamente relacionado à terminalidade da vida quando não descoberto e tratado a tempo, pois pode causar, inclusive, complicações como a septicemia devido à imunodepressão do paciente com câncer (HOFF, 2013).
Um tipo de câncer é o linfoma, o qual atinge o sistema linfático. O sistema linfático (figura 6) é um dos principais aliados do sistema de defesa, pois age em colaboração com os glóbulos brancos para proteger o organismo contra invasores nocivos (SANTOS, 2018).
Figura 6 – A composição do sistema linfático
Fonte: Santos (2018)
Isso porque, paralelo ao sistema circulatório, com um sistema de vasos semelhante ao do referido sistema e formado por pela linfa, linfonodos, baço, timo e tonsilas palatinas, o sistema linfático drena o excesso de líquidos que penetram nas células e filtra as toxinas provenientes de atividades metabólicas em conjunto com o sangue ou que não conseguem ser captadas pelo sangue, a fim de que tecidos e órgãos não fiquem inundados (DERRICKSON; TORTORA, 2017).
A filtragem das toxinas ocorre por ação da circulação linfática (figura 7). Primeiramente, o plasma sanguíneo extravasa os capilares e favorece a criação de líquido entre as células, proveniente dos tecidos. Esse fluido é denominado líquido intercelular ou líquido intersticial (SILVERTHORN, 2017).
Figura 7 – Esquema da circulação linfática
Fonte: adaptada de Silverthorn (2017)
Parte do líquido intercelular ou intersticial retorna aos capilares com gás carbônico e resíduos decorrentes da atividade metabólica, enquanto outra parte compõe a linfa (cujas células são os linfócitos), recolhida pelos capilares linfáticos, que a transportam em sentido unidirecional e realizam a sua filtragem nos linfonodospara que seja lançada ao sangue e elimine as impurezas dele. Sendo os linfonodos, também denominados como gânglios linfáticos, os órgãos comprometidos pelo linfoma, sua função no sistema linfático fica comprometida e, junto a ela, também a imunidade (SANTOS, 2018).
	De acordo com Atta e Hoff, os mecanismos relacionados ao excesso de peso e o câncer é muito complexo, pois há muitos hormônios e marcadores biológicos que estão envolvidos, como hormônios sexuais, fator de crescimento semelhante a insulina 1 (IGF-1), adiponectina, leptina, insulina e marcadores inflamatórios.
	Como o excesso de gordura é a principal característica da obesidade e o tecido adiposo é considerado um tecido endócrino, e possui células que secretam várias citocinas e moléculas semelhantes a hormônios, a biodisponibilidade e síntese de hormônios sexuais endógenos é muito influenciado pelo tecido adiposo, e a conversão de hormônios andrógenos em estradiol e estrona é devido ao processo de aromatase do citocromo P450, que são encontrados nos fibroblastos e adipócitos, sendo que esta atividade é aumentada em obesos (ATTA; HOFF, 2015).
Segundo Atta e Hoff, vários estudos experimentais e epidemiológicos tem associação positiva dos estrogênios e androgênios ao câncer de mama e endométrio, pois alguns estudos mostraram que estrogênios podem causar danos ao DNA quando mediados por radicais livres, mutações celulares e instabilidade genética. No caso dos androgênios em mulheres estão ligados ao câncer de mama e a quantidade desses hormônios está relacionada diretamente com a quantidade de tecido adiposo estocado (ATTA; HOFF, 2015).
	Ainda conforme Atta e Hoff (2015), os níveis altos de estradiol têm relação com o aumento de proliferação de células endometriais, inibindo a apoptose e estimulando a sentisse local de IGF-1 no tecido endometrial. 
5.4 Cardiopatia isquêmica
Doença do coração associada à diminuição da irrigação sanguínea, a cardiopatia isquêmica é uma enfermidade causada pela obstrução das artérias coronárias (que distribuem sangue ao coração), resultante do acúmulo de placas de colesterol nas referidas artérias (MANCINI, 2020). 
Dessa forma, de acordo com Antunes, Lira e Rossi (2021), há estreitamento das artérias coronárias e deficiência na distribuição de sangue e, consequentemente, de nutrientes ao coração. 
5.5 Acidente Vascular Cerebral (AVC)
O Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente denominado derrame, consiste em uma alteração decorrente da ausência de nutrientes, oxigênio e sangue em determinadas regiões do cérebro, substâncias essenciais para o seu funcionamento adequado. Cabe mencionar que a ocorrência de AVC está relacionada principalmente a fatores como idade avançada e a presença de doenças coronarianas (FRANÇA et al., 2017). 
De acordo com o mecanismo desencadeador, existem dois tipos de AVC: o AVC isquêmico (considerado mais comum e menos perigoso) e o AVC hemorrágico (considerado raro e fatal em 40% dos casos). O AVC isquêmico decorre diretamente de obstrução em artéria cerebral, enquanto o AVC hemorrágico decorre de sangramento cerebral por rompimento em vaso sanguíneo (NUNES; QUEIRÓS, 2017). 
De acordo com França et al. (2017), são sintomas gerais do Acidente Vascular Cerebral (AVC), os quais podem se tornar também sequelas dependendo das zonas cerebrais atingidas: adormecimento, enfraquecimento, inclinação involuntária ou paralisação da face, membros superiores e/ou inferiores de um lado do corpo; desequilíbrio nos movimentos; dificuldade para falar e/ou entender o que os outros falam; dores de cabeça intensas e persistentes; dificuldade para engolir; tontura sem motivo aparente; visão dupla, turva ou perda de visão, principalmente de um olho.
5.6 Hipertensão arterial 
A hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença crônica silenciosa caracterizada pela constante elevação dos níveis de pressão arterial, o que ocorre quando a força do sangue contra a parede das artérias é considerável (MANCINI, 2020).
Considera-se hipertensão quando a pressão arterial está acima de 14/9 e como hipertensão grave quando a pressão arterial está acima de 18/12 (ANTUNES; LIRA; ROSSI, 2021).
Dentre as principais complicações da hipertensão arterial, está a agressão às artérias, que se tornam rígidas e favoráveis ao acúmulo de gordura e formação de coágulos que entopem artérias, o que explica ser a hipertensão arterial responsável por 40% dos casos de infarto do miocárdio (MANCINI, 2020).
A agressão pode também atingir as artérias cerebrais, entupi-las e provocar Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico ou mesmo rompimento dos vasos da região cerebral, o que origina o Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico (KRIEGER; LOPES, 2013). 
Cabe mencionar, também, que a hipertensão arterial é a responsável por cerca de 30% das doenças renais crônicas, visto que causa lesões nas artérias renais. Devido às lesões, o quadro pode evoluir para insuficiência renal (enfermidade na qual os rins não filtram o sangue adequadamente) e necessidade de transplante (CARMONA; MARTINS; POLÓNIA, 2011).
Além disso, a hipertensão pode causar alterações visuais pelo inchaço dos nervos ópticos e levar ao entupimento dos vasos das retinas, o que provoca cegueira (KRIEGER; LOPES, 2013).
O descontrole da pressão arterial afeta também a função sexual em homens, pois causa impotência ao dificultar o fluxo sanguíneo e, assim, impedir a formação da ereção (CARMONA; MARTINS; POLÓNIA, 2011).
Portanto, faz-se preciso efetuar periodicamente medições da pressão arterial, principalmente quem tem histórico de crises hipertensivas ou casos na família, para realização de tratamento adequado que permita evitar as complicações da enfermidade. 
5.7 Colecistite
A colecistite é a inflamação da vesícula biliar, um reservatório que armazena a bile, líquido necessário à digestão de lipídeos (ANTUNES; LIRA; ROSSI, 2021).
Cabe mencionar que, segundo Mancini (2020), a colecistite causa náuseas, inchaço e dor intensa no abdômen e uma das principais causas da enfermidade é a colelitíase. 
5.8 Colelitíase
Também denominada, popularmente, como pedra na vesícula, a colelitíase se caracteriza como a presença de um ou mais cálculos biliares (ANTUNES; LIRA; ROSSI, 2021).
Conforme Mancini (2020), a colelitíase ocorre devido ao acúmulo de bilirrubina ou colesterol na vesícula biliar e, além de dor no estômago e no abdômen, provoca vômitos, enjoos, suor e sensação de mal-estar geral.
5.9 Osteoartrite
A osteoartrite, também conhecida como artrose, consiste em alterações ósseas e de cartilagens articulares (MANCINI, 2020).
Cabe mencionar, conforme Antunes, Lira e Rossi (2021), que a osteoartrite causa dores nas articulações, principalmente de regiões como mãos, pescoço, lombar, joelhos e quadris, e pode decorrer de causa primária – desconhecida – ou secundária – conhecida -, sendo essa relacionada a inúmeros fatores, como a alteração do metabolismo causada pela obesidade. 
5.10 Apneia do sono
Também denominada apneia obstrutiva, a apnéia do sono pode ocorrer diversas vezes durante a noite, se caracteriza pela obstrução da garganta durante o sono, a qual gera parada de segundos até dois minutos na respiração e faz o portador emitir roncos significativamente altos para acordar (BARBISAN; MOTTA; SANTOS, 2019).
Em longo prazo, de acordo com Ganhito (2014), o portador de apneia obstrutiva, por forçar sua musculatura respiratória, pode sobrecarregar o coração e se tornar hipertenso, bem desenvolver síndrome metabólica por distúrbio de gordura e açúcar no organismo e, assim, ter infarto do miocárdio ou derrame cerebral.
5.11 Irregularidades menstruais
	As irregularidades menstruais se referem às anormalidades ocorridas no período menstrual, referentes ao próprio fenômeno da menstruação. Segundo Aprobatto et al. (2016, ONLINE):
A obesidade é frequentemente associada a alterações do ciclo menstrual. Ela levaria ao aumento da duração da fase folicular e ao alongamento o ciclo menstrual e cerca de 30 a 47% das mulheres com sobrepeso e obesas teriam ciclos menstruaisirregulares.
Dessa forma, cabe mencionar que mulheres obesas podem sofrer com irregularidades menstruais como anovulação, amenorreia e menorragia.
A anovulação é a ausência de liberação de óvulo na menstruação, que pode torná-la leve, irregular, provocar a secreção de líquido similar ao leite nos mamilos e aumentar os pelos no corpo (MANCINI, 2020).
A menorragia ou hipermenorreia é o sangramento menstrual de mais de 80 ml por ciclo e prolongado – por mais de sete dias (ANTUNES; LIRA; ROSSI, 2021).
Ainda para Antunes, Lira e Rossi (2021), a amenorreia, por sua vez, é a ausência de menstruação em idade fértil. 
5.12 Incontinência urinária 
A incontinência urinária consiste na perda involuntária de urina, a qual pode ser do tipo parcial ou total (MANCINI, 2020).
O tipo parcial de incontinência urinária está relacionado às atividades de esforço, como espirrar ou tossir (ANTUNES; LIRA; ROSSI, 2021).
Quanto ao tipo total, por sua vez, ainda para Antunes, Lira e Rossi (2021), se refere à total incapacidade de controlar o fluxo urinário.
5.13 Depressão 
Fenômeno dimensional e multifacetado, a depressão é considerada, pelos principais órgãos de saúde brasileiros, como uma enfermidade muito comum, visto que acomete anualmente mais de dois milhões de pessoas. Cabe mencionar, ainda, a depressão como um problema médico que ocupa um dos primeiros lugares do ranking de enfermidade mais incapacitante e o quarto lugar como a comorbidade responsável por 4,4% de ônus de doenças contraídas ao longo da vida (KINOSHITA et al., 2015).
O diagnóstico e tratamento da depressão são feitos principalmente por médico psiquiatra e por psicólogo clínico a partir da escuta do relato de vida do paciente, juntamente a queixas ou percepção de sintomas como apetite reduzido ou aumentado somente para carboidratos e doces, ausência de concentração e de iniciativa, autodesvalorização, cansaço excessivo, dores difusas, insônia ou sonolência excessiva, lapsos recorrentes de memória, lentidão cognitiva, pensamentos suicidas, redução do apetite sexual, retardo motor, sentimento de culpa, tristeza persistente, bem como sintomas difusos, a exemplo de mal estar, dores de estômago, dores no peito, sudorese e taquicardia (DUQUE et al., 2018). 
Ainda de acordo com Duque et al. (2018), cabe mencionar que os sintomas descritos variam em cada caso, visto que há diversos tipos de depressão, bem como as causas da enfermidade são variadas: podem ser desde questões genéticas (gene que representa 40% de suscetibilidade para o desenvolvimento de depressão), eventos relacionados à bioquímica cerebral, como a deficiência na produção de neurotransmissores Serotonina, até eventos vitais caracterizados, pela experiência do paciente, como estressantes.
6 ESTRATÉGIAS PARA O EMAGRECIMENTO SAUDÁVEL
A Academia de Nutrição e Dietética vem alertando que o tratamento bem-sucedido do sobrepeso e da obesidade em adultos requer mudanças e manutenção de comportamentos de estilo de vida que contribuam tanto para a ingestão alimentar quanto para a atividade física. Diversos fatores influenciam esse comportamento portanto, as intervenções que incorporam mais de um nível do modelo socioecológico e abordam vários fatores-chave em cada nível podem ser mais bem-sucedidas do que as intervenções que visam qualquer fator isoladamente. Nutricionistas são parte da equipe multidisciplinar, precisam estar atualizados e qualificados para auxiliar e liderar esforços que possam reduzir a epidemia de obesidade (CHAMPAGNE; RAYNOR, 2016).
Ainda para Champagne e Raynor (2016), o modelo socioecológico fornece uma estrutura que propõe que vários níveis de influência podem impactar comportamentos de equilíbrio de energia e resultados de peso. Os níveis de influência incluem fatores intrapessoais, fatores comunitários e organizacionais e políticas públicas e governamentais.
 6.1 Intervenção de obesidade em nível intrapessoal
Para Champagne e Raynor (2016), as pesquisas que formam uma abordagem baseada em evidências para o tratamento da obesidade têm se concentrado na intervenção em nível individual, em que o tratamento visa fatores de nível intrapessoal que auxiliam na mudança de comportamentos de equilíbrio energético. O processo de cuidado nutricional, que inclui avaliação nutricional, diagnóstico, intervenção, monitoramento e avaliação, representa um nível de enfoque intrapessoal.
6.2 Intervenção dietética
Conforme Champagne e Raynor (2016), o tratamento da obesidade exige a obtenção de um estado de balanço energético negativo, todas as intervenções dietéticas eficazes para o tratamento da obesidade devem visar o consumo de calorias reduzido. Existem muitas abordagens dietéticas que podem reduzir a ingestão de calorias, com algumas abordagens reduzindo mais a ingestão do que outras. No entanto, o grau de perda de peso geralmente reflete o tamanho da diminuição alcançada na ingestão de calorias. Assim, a redução na ingestão de calorias é o principal fator a ser abordado em uma intervenção dietética para o tratamento da obesidade. A preferência do cliente e o estado de saúde e nutrientes devem ser levados em consideração quando uma intervenção dietética para o tratamento da obesidade é prescrita.
6.3 Frutas e vegetais
Segundo Champagne e Raynor (2016), em um contexto de dietas saudáveis, o aumento do consumo de frutas e vegetais vem ganhando reconhecimento, em grande parte devido aos achados dos ECRs DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension) e DASH-Sodium.
 Ainda conforme Champagne e Raynor (2016), o aumento de frutas e vegetais reduz a densidade energética da dieta, aumenta a saciedade e ajuda a diminuir a ingestão geral de energia, especialmente se frutas e vegetais forem consumidos em vez de outros alimentos com densidade energética mais alta.
6.4 Mudanças maiores baseadas em energia e macronutrientes 
Abordagens dietéticas que visam mais nutrientes (por exemplo, dieta mediterrânea) são consideradas eficazes e produzem a quantidade recomendada de perda de peso (CHAMPAGNE; RAYNOR, 2016).
Ensaios clínicos que investigam essas dietas mostraram uma redução na ingestão de energia o suficiente (500 kcal / dia a 750 kcal / dia), de modo que o grau de balanço energético negativo produziu uma redução de 3% no percentual de peso corporal (CHAMPAGNE; RAYNOR, 2016).
Essas intervenções dietéticas têm uma meta de energia por dia ou fornecem uma abordagem ad libitum sem uma meta de energia formal que ainda produz uma redução na ingestão de energia, geralmente por restrição ou eliminação de alimentos específicos e / ou grupos de alimentos, ou fornecimento de alimentos prescritos (por exemplo, substituição de refeição).
Para Champagne e Raynor (2016), os resultados mostraram que todas as abordagens baseadas em padrões de energia, macronutrientes maiores produzem uma perda de peso de cerca de -4 a 12 kg nos 6 meses de acompanhamento. Mesmo nenhuma abordagem de dieta que vise maiores nutrientes ou padrões dietéticos seja considerada mais eficaz do que outra abordagem de dieta, algumas das dietas têm efeitos diferenciais nos resultados cardiometabólicos.
6.5 Low Calorie Diet (Lcd) 
Um LCD é geralmente> 800 kcal / dia e normalmente varia de 1.200 a 1.600 kcal / dia.
A estrutura pode ser aumentada no LCD com o uso de um plano de refeições, no qual todas as opções de alimentos e tamanhos de porções para essas escolhas para todas as refeições e lanches são fornecidos. O uso de substitutos de refeição, geralmente shakes líquidos e barras, contendo uma quantidade conhecida de energia e teor de macronutrientes, também aumenta a estrutura da dieta de LCD. Acredita-se que esses métodos de aumentar a estrutura da dieta sejam úteis para a adesão a um LCD, pois reduzem as escolhas alimentares problemáticas e diminuem os desafios na tomada de decisões sobre o que consumir. Além disso, os substitutos de refeição podem aumentar a aderência à dieta por meio do controle das porções, limitando a variedade dietética e a conveniência.
 Os planos de refeição e o plano de substituição parcial derefeição, que prescreve duas substituições de refeições porções controladas e fortificadas com vitaminas / minerais por dia, com uma refeição de energia reduzida e lanche composto de alimentos convencionais, podem produzir maior perda de peso a curto prazo em comparação com um LCD composto por alimentos tradicionais.
Para Champagne e Raynor (2016), uma meta-análise de seis estudos comparando um LCD composto de alimentos convencionais ou substitutos de refeição encontrou uma perda de peso de 2,54 kg e 2,43 kg maior no grupo de substituição de refeição para os acompanhamentos de 3 meses e 1 ano, respectivamente.
6.6 Very Low Calorie Diet (Vlcd)
Um VLCD fornece ≤800 kcal / dia e fornece um alto grau de estrutura alimentar (VLCDs são comumente consumidos como shakes líquidos).
O VLCD é projetado para preservar a massa corporal magra; geralmente 70 a 100 g / dia de proteína ou 0,8 a 1,5 g proteína / kg de peso corporal ideal são prescritos.
 Os VLCDs são considerados apropriados apenas para aqueles com IMC ≥30 e são cada vez mais usados ​​com indivíduos antes da cirurgia bariátrica para reduzir os riscos cirúrgicos gerais em pessoas com obesidade grave (CHAMPAGNE; RAYNOR, 2016).
Para Champagne e Raynor (2016), uma meta-análise de seis RCTs comparando os resultados de perda de peso de VLCDs com LCDs descobriu que, embora os VLCDs produzam perda de peso significativamente maior em curto prazo (4 meses), −16,1% ± 1,6% vs −9,7% ± 2,4% do inicial peso, não houve diferença na perda de peso entre as dietas no acompanhamento de longo prazo (> 1 ano), VLCD = −6,3% ± 3,2%; LCD = −5,0% ± 4,0%).
6.7 Baixo Carboidrato
Uma dieta pobre em carboidratos é comumente definida como consumir não mais do que 20 g de carboidratos por dia.
Energia e outros macronutrientes não são restritos em dietas de baixo carboidrato. Uma vez alcançado o peso desejado, a ingestão de carboidratos pode aumentar para 50 g por dia.
Embora a quantidade de perda de peso alcançada não seja considerada diferente entre um baixo carboidrato e baixo teor de gordura, LCD especialmente ao longo de 12 meses ou mais, a pesquisa sugere que essas dietas podem produzir diferenças nos resultados cardiometabólicos durante a perda de peso.
 Por exemplo, para Champagne e Raynor (2016), um LCD com baixo teor de gordura produz uma redução maior no colesterol de lipoproteína de baixa densidade do que uma dieta com baixo teor de carboidratos, enquanto uma dieta com baixo teor de carboidratos produz uma maior redução nos triglicerídeos e um aumento maior no colesterol da lipoproteína de alta densidade do que um baixo teor de gordura, LCD.
6.8 Proteína Alta 
Uma dieta rica em proteínas é comumente definida como consumir pelo menos 20% da energia da proteína, sem uma quantidade padrão definida para gordura ou carboidrato.
Para Champagne e Raynor (2016), à perda de peso, as dietas ricas em proteínas também incluem uma restrição energética. Uma dieta rica em proteínas é frequentemente alcançada através do consumo de alimentos convencionais, mas produtos de substituição de refeição rica em proteínas, com controle de porções e sólidos também podem ser usados ​​em uma dieta rica em proteínas. 
6.9 Dash
DASH é um padrão alimentar desenvolvido para reduzir a hipertensão em indivíduos com pressão arterial moderada a alta. O DASH estimula o consumo de frutas, vegetais, grãos inteiros, nozes, legumes, sementes, laticínios com baixo teor de gordura e carnes magras e limita o consumo de sódio, além de bebidas com cafeína e alcoólicas.
 Um limite diário de energia não é um componente da dieta DASH original, mas quando a dieta DASH é fornecida, ocorre perda de peso.
 A dieta DASH, conforme Champagne e Raynor (2016), combinada com a perda de peso aumenta significativamente as reduções na pressão arterial acima daquela alcançada apenas pela perda de peso. 
6.10 Dieta Mediterrânea
Não existe uma definição padrão para a dieta mediterrânea, mas geralmente a dieta mediterrânea reflete os padrões dietéticos de Creta, Grécia e sul da Itália no início dos anos 1960.
 A dieta mediterrânea tradicional foi focada em alimentos à base de plantas (por exemplo, frutas, vegetais, grãos, nozes, sementes), alimentos minimamente processados, azeite de oliva como fonte primária de gordura, laticínios, peixes e aves consumidos em baixa a moderada quantidades e quantidade mínima de carne vermelha. Assim como a dieta DASH, a dieta mediterrânea pode ser prescrita com ou sem restrição de energia, mas se a perda de peso for desejada, parece que um componente de restrição de energia é necessário. Além disso, a dieta mediterrânea pode melhorar os fatores de risco cardiovasculares, como pressão arterial, glicose no sangue e lipídios, mais do que uma dieta com baixo teor de gordura, mas são necessárias mais pesquisas nesta área. (CHAMPAGNE; RAYNOR, 2016)
Em resumo, segundo Champagne e Raynor (2016), existem várias abordagens dietéticas que visam maiores nutrientes (por exemplo, energia e / ou macronutrientes) e / ou mudanças baseadas no padrão alimentar (por exemplo, dieta mediterrânea) que podem produzir a quantidade recomendada de perda de peso. No momento, desde que a dieta ajude a reduzir a ingestão de energia em 500 a 750 kcal / dia, não há dieta que se enquadre nesta categoria que tenha se mostrado mais eficaz do que outra na produção de perda de peso clinicamente significativa. 
6.11 Horário para comer 
Quando e quanta energia você ingere durante o dia também pode ser importante para o controle de peso. Consumir potencialmente mais energia no início do dia, em vez de no final do dia, pode ajudar no controle de peso.
 O mecanismo de ação pelo qual o horário da alimentação pode ajudar no controle do peso é influenciando o ritmo circadiano.
 Potencialmente, comer uma quantidade maior no início do dia pode auxiliar na sincronização dos osciladores periféricos com o núcleo supraquiasmático, auxiliando na manutenção de um ritmo circadiano adequado.
Conforme Champagne e Raynor (2016), existe apenas um RCT que foi conduzido para examinar o tempo de ingestão de energia e perda de peso. Nesta intervenção de 12 semanas, as mulheres com sobrepeso e obesas com síndrome metabólica que foram randomizadas para o grupo que consumiu a maior parte de sua energia no início do dia perderam mais peso (−8,7 ± 1,4 kg vs −3,6 ± 1,5 kg). 
6.12 Intervenção de atividade 
As intervenções de atividades são projetadas para aumentar o gasto de energia, o que auxilia na obtenção do balanço energético negativo necessário para a perda de peso. No entanto, é importante reconhecer que as intervenções de atividade podem ajudar no controle de peso por meio de outros mecanismos que não são bem compreendidos (por exemplo, poupar massa livre de gordura com perda de peso, capacidade aprimorada de regulação de energia e capacidade de amortecer os efeitos negativos de estresse no peso).
Tradicionalmente, segundo Champagne e Raynor (2016), as intervenções nas atividades têm se concentrado no aumento da AFMV, pois esse tipo de atividade apresenta maior gasto energético do que outras atividades (por exemplo, atividade física leve) e também melhora a saúde cardiovascular. 
6.13 Entrevista Motivacional
A entrevista motivacional enfoca o estilo de interação entre o profissional e o cliente. A entrevista motivacional enfatiza a colaboração, evocação e autonomia.
A colaboração orienta os profissionais a serem “parceiros de apoio” em vez de “especialistas persuasivos”, o que contrasta com o estilo prescritivo e orientado por especialistas comumente usado em intervenções dietéticas. A evocação encoraja o praticante a extrair os motivos e valores pessoais do cliente em relação à mudança de comportamento. Por fim, a autonomia enfatiza a escolha pessoal do cliente, na qual a responsabilidade e as decisões sobre as mudanças de comportamento ficam sob o controle do cliente, e não do profissional. A entrevista motivacional enfatiza que a intervenção para obesidade seria conduzida pelo cliente, e não pelo médico. Usando essa abordagem, acredita-seque a entrevista motivacional aumenta a motivação e a autoeficácia, que são consideradas essenciais para mudar e sustentar a mudança de comportamento (CHAMPAGNE; RAYNOR, 2016).
A entrevista motivacional tem um benefício adicional, pois pode ser realizada em baixa intensidade (ou seja, em doses mais curtas e menos frequentes).  Por exemplo, uma revisão de 10 RCTs examinando entrevistas motivacionais e tratamento da obesidade descobriu que os participantes que receberam uma quantidade média de 60 minutos de entrevistas motivacionais em um encontro, com número de encontros variando de um a cinco ou mais, reduziram o IMC em 0,72 mais do que participantes recebendo apenas os cuidados habituais (CHAMPAGNE; RAYNOR, 2016).
6.14 Suplementos 
Hasani-Ranjbar e colegas relataram alterações de peso e resultados de composição corporal em 17 ensaios clínicos randomizados. Compostos contendo éfedra, Cissus quandrangularis , ginseng, melão amargo e zingiber foram considerados úteis na redução significativa do peso corporal (dados resumidos não foram incluídos na revisão); no entanto, os suplementos contendo éfedra e bofutsushosan (um medicamento fitoterápico oriental) apresentaram alguns efeitos adversos. Suplementos à base de alimentos, como cafeína, carnitina, cálcio, colina, cromo, lecitina, fucoxantina, garcinia cambogia, capsaicina (pimenta caiena), extratos de chá verde, alga marinha, taurina, ácido linoléico conjugado, psyllium, piruvato, leucina, forscolina, O β-sitosterol e o chá foram rotulados de “queimadores de gordura” e foram propostos para aumentar a perda de peso, aumentando o metabolismo da gordura.
No entanto, de acordo com Jeukendrup e Randall, apenas a cafeína e o chá verde mostraram aumento da oxidação de gordura, mas o efeito do aumento da oxidação de gordura no controle de peso não está claro. Todos os outros suplementos à base de alimentos propostos carecem de evidências suficientes de aumento do metabolismo da gordura neste momento.
 Em 2013, Hasani-Ranjbar e colegas relataram outros 33 RCTs usando suplementos à base de ervas e alimentos e sugeriram que a eficácia e segurança desses suplementos ainda são desconhecidas e RCTs de longo prazo são necessários para melhorar nossa compreensão do papel dos suplementos e do tratamento da obesidade.
Constata-se, portanto, que para auxiliar diretamente na perda de peso no dia a dia, atitudes podem ser tomadas pelo próprio obeso, sendo elas de caráter nutricional e habitual.
	Quanto às atitudes de caráter nutricional, são as relacionadas ao consumo dos alimentos adequados à perda de peso na dieta cotidiana. Para tanto, o obeso deve, primeiramente, procurar o nutricionista, a fim de que seja descoberto seu peso, altura, Índice de Massa Corporal (IMC), índice de gordura, bem como de massa magra, hábitos e preferências alimentares para que seja, com base nos referidos dados, estipulado um objetivo e montado um cardápio semanal à nova alimentação (ANTUNES; LIRA; ROSSI, 2021).
	O cardápio semanal deve incluir alimentos considerados nutricionais, com altas quantidades de minerais, proteínas e vitaminas, excluir alimentos com altos índices de açúcares, sódio e gorduras, bem como incluir líquidos considerados saudáveis e excluir os que contenham altos índices de açúcares e de sódio (CARDOSO; SCAGLIUSI, 2019).
	Dessa forma, são atitudes de caráter nutricional a serem adotadas pelo obeso (CARRA et al., 2015):
	- adoção do hábito de não comer em horários diversos aos horários das refeições;
	- adoção do hábito de não comer diante de aparelhos como smartphone e televisão
	- consumo diário de grãos, frutas, legumes e verduras;
	- consumo diário de, ao menos, dois litros de água;
	- consumo apenas das porções recomendadas às refeições e em menor quantidade à noite, por ser o período de maior lentidão do metabolismo;
	- consumo de líquidos com pelo menos meia hora antes ou depois das refeições;
	- estipulação e cumprimento de horários para a realização das refeições;
	- substituição de alimentos no momento de cozinhar e de ingerir, como a substituição do óleo pelo azeite, por exemplo, do creme de leite pelo iogurte e dos produtos industrializados pelos produtos in natura, quando possível;
	- tranquilidade para a realização de refeições (mastigação por várias vezes a cada garfada).
Quanto às atitudes de caráter habitual, são as relacionadas ao comportamento diário e às atividades rotineiras, para o auxílio na queima de calorias e de gordura. Assim, são exemplos de tais atitudes (ASSIS; DUMMAR; VIEIRA, 2019):
- adoção de rotina para dormir e acordar (fixar horários);
- desvio de situações que causem altos níveis de ansiedade e de estresse;
- locomoção a pé quando possível, para auxiliar na queima de calorias;
- prática de exercícios físicos, principalmente de exercícios aeróbicos;
- substituição de elevadores por escadas.
Assim, a união de atitudes de caráter habitual e nutricional é a estratégia adequada para o emagrecimento de forma saudável.
7 CONCLUSÃO
Concluímos com o desenvolvimento desse trabalho, como o estilo de vida do ser humano pode impactar no seu perfil lipídico, que quanto mais sedentária for a rotina desse paciente, e aliado a uma alimentação rica em produtos processados e ultra processados, isso pode alterar e influenciar os índices de massa corporal, impactando negativamente a qualidade de vida do indivíduo com o passar do tempo. Entendemos que fatores genéticos só interferem em até 20% apenas nas causas da obesidade, ou seja, 80% são subdivididos sendo, principalmente pelo estilo de vida das pessoas, tornando esse fator de extrema relevância para a conscientização e combate a essa doença.
A obesidade aumenta o risco de patologias no indivíduo como hipertensão arterial, diabetes mellitus tipo 2, cardiopatia isquêmica, doença cerebrovascular, colelitíase, colecistite, osteoartrite, apnéia do sono e outros distúrbios ventilatórios, câncer, síndrome metabólica e doença renal crônica.
Para manutenção do peso ou emagrecimento, o indivíduo necessita de mudanças no comportamento alimentar, adquirindo hábitos alimentares saudáveis, aumento do nível de atividade física, mesmo que básico como descer escadas, limpar a casa, caminhar até o mercado por exemplo, já impacta diretamente na manutenção ou emagrecimento da pessoa.
Iniciativas de prevenção como educação alimentar e nutricional nas escolas como disciplina básica; proposição de aumento de impostos dos alimentos ultra processados; diminuição de impostos e incentivos para produtores de alimentos in natura; melhoria das condições do transporte público para incentivar o uso e criação e manutenção de mais equipamentos públicos para a pratica de exercício físicas são estratégias que contribuem para minimizar os problemas de saúde pública, valorizar a política de atenção básica à saúde e preservar o poder econômico do país.
REFERÊNCIAS
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