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Unidade 2- Saúde Coletiva

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21/03/22, 20:57 Saúde coletiva
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SAÚDE	COLETIVA
UNIDADE	2	-	DETERMINANTES	SOCIAIS	DE
SAU� DE	E	O	PROCESSO	DE	VIGILA� NCIA	EM
SAU� DE	COLETIVA
Autoria:	Averlândio	Wallysson	Soares	da	Costa	–	Revisão	técnica:	Patrıćia	Passos
Simões
21/03/22, 20:57 Saúde coletiva
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Introdução
Olá,	como	estão?	Espero	que	muito	bem	e	empolgados	para	a	viagem	que	aqui	estamos	trilhando	em	prol	da
Saúde	 Coletiva,	 esse	 verdadeiro	 mundo	 de	 conhecimento	 e	 construção.	 Nesta	 unidade	 promoveremos
importantes	discussões	para	sua	formação	nessa	área	de	conhecimento.
Você	já	deve	ter	se	perguntando:	a�inal,	o	que	realmente	in�luencia	a	saúde	e	a	doença	das	pessoas?	Essa	é	uma
interrogação	muito	comum	e	que	buscaremos	responder,	uma	vez	que,	com	a	discussão	dos	determinantes	de
saúde,	podemos	compreender	os	fatores	que	in�luenciam	o	processo	saúde-doença	das	pessoas,	das	famı́lias	e
da	comunidade.
Outra	 interrogação	usual	 é	 sobre	como	a	 informação	em	saúde	 é	 construı́da?	Essa	 é	uma	das	 temáticas	que
iremos	desenvolver	aqui,	pois,	é	justamente	por	meio	da	informação	que	a	comunicação	é	operacionalizada	e
a	 construção	 de	 conhecimento	 é	 estabelecida,	 possibilitando	 a	 organização	 dos	 indicadores	 e	 boletins	 de
saúde	pelos	Sistemas	de	Informação	em	Saúde.
Agora	 você	 deve	 estar	 se	 perguntando	 como	 acontece	 a	 vigilância	 de	 determinadas	 situações	 que	 estejam
colocando	a	saúde	em	risco	ou	gerando	alguma	doença?	Nesse	sentido,	estudaremos	sobre	a	construção	de
uma	importante	ferramenta	de	saúde	coletiva,	a	Vigilância	em	Saúde.
Nesta	unidade	você	irá	perceber	as	conexões	que	existem	na	construção	social	dos	aspectos	que	in�luenciam	a
saúde,	assim	como	os	processos	de	comunicação	que	conectam	e	in�luenciam	o	adoecer.	Para	estabelecer	uma
condição	de	prevenção	e	atenuação	de	riscos	teremos	a	vigilância	como	importante	instrumento	operacional.
Então,	vamos	juntos	embarcar	nessa	importante	viagem	que	vai	fazer	você	compreender	importantes	termos,
recapitulando:	 Determinantes	 Sociais	 de	 Saúde,	 Sistemas	 de	 Informação	 em	 Saúde	 e	 Vigilância	 em	 Saúde.
Prepare-se	para	importantes	ressigni�icações	e	construções.
Bons	estudos!
2.1 Determinantes Sociais da Saúde
Neste	tópico,	 iremos	fortalecer	nossa	compreensão	a	respeito	dos	 fatores	que	 in�luenciam	e	determinam	os
processos	de	saúde	e	doença.	Será	tecido	uma	discussão	sobre	os	Determinantes	Sociais	da	Saúde	(DSS)	e	a
relação	que	estabelecem	na	construção	do	trabalho	em	saúde,	em	sua	aplicabilidade	e	campo	ideológico.
2.1.1 Determinantes sociais: influências em camadas
A	compreensão	dos	Determinantes	Sociais	da	Saúde	perpassa	pela	relação	existente	entre	as	condições	de	vida
e	trabalho,	de	forma	individual	e	coletiva,	e	a	situação	de	saúde.	Nesse	contexto,	constrói-se	o	entendimento
sobre	os	fatores	de	risco,	ou	seja,	ameaças	e/ou	situações	que	podem	in�luenciar	a	saúde	do	indivı́duo,	famı́lia
ou	 coletividade,	 o	 que	 envolve	 elementos	 sociais,	 econômicos,	 culturais,	 étnicos/raciais,	 psicológicos	 e
comportamentais	 (CARRAPATO	 et	 al.,	 2017).	 Assim,	 moradia,	 alimentação,	 escolaridade,	 renda	 e	 emprego
in�luenciam	a	ocorrência	de	problemas	de	saúde	da	população.
Tarlov	 (1996)	 propõe	 uma	 de�inição	 bastante	 sintética	 ao	 entender	 os	 DSS	 como	 caracterı́sticas	 sociais,
dentro	 das	 quais	 a	 vida	 transcorre.	 De	 acordo	 com	 a	Organização	Mundial	 da	 Saúde	 (OMS),	 os	DSS	 são	 as
condições	sociais	em	que	as	pessoas	vivem	e	trabalham.	Sendo	assim,	é	visı́vel	a	inter-relação	entre	a	saúde	e
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as	 construções	 sociais.	 Em	 momento	 oportuno	 você	 irá	 perceber	 que	 na	 verdade	 saúde	 é	 parte	 de	 um
processo	 social,	 mas	 é	 importante	 entender,	 desde	 já,	 a	 saúde	 na	 sua	 relação	 com	 os	 fatores	 sociais
imbricados.
Para	perceber	a	relação	entre	saúde	e	sociedade,	é	preciso	pensar	a	saúde	como	um	aspecto	histórico,	em	que
a	vida,	ao	longo	do	tempo,	permite	possibilidades	e	conformações,	que	vão	sendo	construı́das	pelo	processo
de	produção	e	reprodução	social.
O	caráter	social	da	saúde	pode	ser	expresso	até	mesmo	pela	noção	de	saúde	pública,	que	denota	sua	natureza
polı́tica	e	coletiva.	Há	quem	diga	que	a	saúde,	mais	do	que	um	campo	das	ciências	biológicas,	é	também	um
campo	dos	estudos	sociais,	que	permeiam	as	relações	e	construções	dos	seres	em	uma	sociedade	dinâmica.
O	entendimento	de	saúde	e	doença	acompanhou	o	fortalecimento	dos	determinantes	de	saúde.	A� 	medida	que	a
concepção	de	saúde	como	um	direito	foi	ganhando	notoriedade,	a	determinação	social	da	saúde	e	doença	foi
sendo	 exaltada.	 O	 completo	 bem-estar	 fı́sico,	 social,	 psicológico	 e	 cultural	 favorece,	 cada	 vez	 mais,	 a
construção	 de	 elementos	 que	 coloquem	 as	 questões	 sociais	 como	 imprescindı́veis,	 isto	 é,	 determinação
social	do	processo	saúde-doença	(SOUZA	et	al.,	2013).
A	 concepção	 de	 saúde	 se	 dá	 de	 forma	 complexa,	 compreendendo	 a	 saúde	 como	 importante	mecanismo	 de
produção	e	reprodução	de	conhecimento,	portanto,	um	instrumento	social.	De	modo	geral,	os	determinantes
de	 saúde	 seriam	 os	 fatores	 que	 in�luenciam,	 afetam,	 interferem	 e	 determinam	 a	 saúde	 dos	 indivı́duos	 e
comunidade.
Assim,	 a	 saúde	 é	 entendida	 como	 uma	 multiplicidade	 de	 situações	 e	 tem	 origem	 em	 questões	 sociais,
culturais,	 ambientais	 e	 biológicas.	 Embora	 esses	 fatores	 externos	 estejam	 cada	 vez	 mais	 presentes	 na
discussão	 e	 manejo	 da	 saúde,	 nem	 sempre	 foi	 assim,	 pois	 temos	 heranças	 de	 uma	 concepção	 limitada	 e
reducionista	desse	processo.
VOCÊ O CONHECE?
Carlos	 Ribeiro	 Justiniano	 das	 Chagas,	 ou	 somente	 Carlos	 Chagas	 (1878	 –	 1934),	 foi
uma	 importante	 personalidade	 na	 história	 da	 saúde	 pública	 brasileira,	 foi	 médico
sanitarista,	 biólogo,	 infectologista,	 bacteriologista	 e	 cientista	brasileiro,	 ganhou	grande
notoriedade	 ao	 descobrir	 o	 protozoário	 Trypanosoma	 cruzi,	 causador	 da	 Doença	 de
Chagas,	fruto	de	intenso	trabalho	na	área	de	vigilância.	Conseguiu	catalogar	de	forma
completa	 uma	 doença:	 patógeno,	 vetor,	 hospedeiro,	 manifestações	 clıńicas	 e	 a
epidemiologia.
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Compreender	como	os	fatores	externos	in�luenciam	a	saúde	e	a	doença	é	imprescindı́vel	quando	se	pensa	em
abordagens	 direcionadas	 à	 vida	 e	 condição	 das	 pessoas.	 A	 seguir,	 são	 listados	 alguns	 determinantes	 que
in�luenciam	na	vida	e	saúde	das	pessoas:
Cultura.
Estilos de vida.
Gênero.
Etnia.
Grau de inclusão social.
Idade.
Comportamentos relacionados com a saúde.
Condições de vida.
Condições de trabalho.
Educação.
Os	 problemas	 de	 saúde	 sempre	 exigiram	 explicações	 e	 esclarecimentos,	 e	 assim	muitas	 teorias	 surgiram.
Nesse	 panorama,	 os	 determinantes	 de	 saúde	 são	 respostas	 a	 essa	 necessidade	 de	 explicar	 as	 relações	 e
interações	do	 fazer	 e	 ser	da	 saúde.	No	Brasil,	 os	debates	 e	ponderações	 sobre	os	Determinantes	 Sociais	da
Saúde	ganharam	maior	notoriedade	a	partir	da	década	de	1970,	quando	se	teve	um	incremento	das	discussões
com	a	Reforma	Sanitária	Brasileira.	Hoje,	a	Comissão	Nacional	sobre	Determinantes	Sociais	de	Saúde	(CNDSS)
de�ine	 as	 questões	 culturais,	 étnico/raciais,	 psicológicos	 e	 comportamentais	 como	 in�luenciadoras	 de
problemas	de	saúde	e	fatores	de	risco(CARRAPATO	et	al.,	2017).
Fatores	 como	 a	 economia,	 a	 polı́tica,	 de	 modo	 geral,	 e	 mais	 especi�icamente	 as	 polı́ticas	 sociais,
desempenham	importante	papel	na	capacidade	de	moldar	tais	determinantes.	Essa	condição	é	fortalecida	pela
relação	 entre	 saúde	 e	questões	 sociais,	 construindo	um	caráter	 investigativo	que	possa	 compreender	 como
uma	comunidade	(sociedade)	está	organizada	e	as	condições	de	saúde	estabelecidas.
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VOCÊ SABIA?
No	Brasil,	desde	2006,	há	a	Comissão	Nacional	de	Determinantes	Sociais	da	Saúde,
e	um	dos	seus	objetivos	 é,	 justamente,	gerar	 informações	e	conhecimentos	sobre
os	Determinantes	Sociais	da	Saúde	no	Brasil.
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Um	ponto	importante	da	aplicação	do	conhecimento	construı́do	pela	investigação	dos	determinantes	de	saúde
é	a	pesquisa	sobre	as	iniquidades	em	saúde,	considerando	que	estamos	em	um	paı́s	de	grande	extensão	e	que
a	 heterogeneidade	 está	 nas	 questões	 ambientais,	 geográ�icas	 e,	 especialmente,	 nas	 diferentes	 construções
sociais	possibilitadas	e	erguidas	no	decorrer	da	história	(SOUZA	et	al.,	2013).
#PraCegoVer:	 na	 imagem	há	 um	pro�issional	 da	 saúde	 com	 jaleco	 e	 segurando	 um	 tablet,	 ao	 lado	 há	 uma
balança,	sı́mbolo	da	justiça/igualdade.
	
Segundo	Whitehead	(2000),	iniquidades	em	saúde	são	desigualdades	entre	grupos	populacionais	que,	além	de
sistemáticas	 e	 relevantes,	 são	 também	 evitáveis,	 injustas	 e	 desnecessárias.	 E� 	 válido	 frisar	 que	 as
desigualdades	 sociais	 determinam	 também	 as	 desigualdades	 de	 saúde,	 sendo	 expressões	 de	 injustiças	 e
condições	de	acesso	e	vivência	em	saúde,	fortalecendo	a	relação	entre	saúde	e	sociedade.
Assim,	 os	 determinantes	 sociais	 buscam	 reduzir	 e	 amenizar	 as	 iniquidades	 em	 saúde,	 de	 forma	 lógica	 e
sistêmica,	 melhorando	 a	 compreensão,	 os	 valores	 construı́dos	 e,	 consequentemente,	 favorecendo	 a
ressigni�icação.	 O	 objetivo	 é	 a	 melhoria	 da	 qualidade	 de	 vida,	 do	 bem-estar,	 além	 do	 desenvolvimento	 e
alcance	de	metas	de	saúde.
Percebe-se,	assim,	a	importância	de	o	setor	de	saúde	estar	unido	aos	demais	setores	da	sociedade	no	combate
às	iniquidades,	com	a	construção	de	polı́ticas	de	redução	das	desigualdades	sociais,	além	da	conscientização
do	próprio	indivı́duo	sobre	sua	participação	no	processo	de	produção	da	saúde	e	da	qualidade	de	vida.
A	 seguir,	 temos	a	 representação	grá�ica	dos	Determinantes	Sociais	da	Saúde,	busque	observar	os	detalhes	e
perceba	que	os	determinantes	de	saúde	estão	dispostos	nos	diferentes	nı́veis,	sendo	que	no	centro	do	modelo
estão	as	caracterı́sticas	individuais	do	ser:	idade,	género	e	fatores	genéticos	(CARRAPATO	et	al.,	2017).
Figura	1	-	Iniquidades	em	saúde
Fonte:	one	photo,	Mediapool,	2020.
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#PraCegoVer:	a	 imagem	é	um	espiral	com	os	principais	determinantes	de	saúde,	no	centro	tem	um	cı́rculo
escrito:	idade,	sexo	e	fatores	hereditários.	Envolvendo	o	cı́rculo	tem	a	descrição:	estilo	de	vida	dos	indivı́duos.
Na	camada	seguinte,	está	escrito:	redes	sociais	e	comunitárias,	que	se	preenchem	por:	produção	agrı́cola	e	de
alimentos,	educação,	ambiente	de	trabalho,	desemprego,	água	e	esgoto,	serviços	sociais	e	habitação.	Na	última
camada	está	escrito:	condições	socioeconômicas,	culturais	e	ambientais	gerais.
	
No	modelo	de	Dahlgren	e	Whitehead,	os	DSS	estão	dispostos	em	diferentes	camadas,	desde	uma	camada	mais
próxima	dos	 determinantes	 individuais	 até	 uma	 camada	distal,	 onde	 se	 situam	os	macrodeterminantes.	Os
indivı́duos	estão	na	base	do	modelo,	com	suas	caracterı́sticas	particulares	de	idade,	sexo	e	fatores	genéticos
que,	 evidentemente,	 exercem	 in�luência	 sobre	 seu	 potencial	 e	 suas	 condições	 de	 saúde	 (BUSS,	 PELLEGRINI
FILHO,	2007).
Figura	2	-	Determinantes	Sociais	da	Saúde:	modelo	de	Dahlgren	e	Whitehead
Fonte:	CARRAPATO	et	al.,	2017.
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Na	segunda	camada,	aparece	o	comportamento	e	os	estilos	de	vida	individuais.	Essa	camada	está	situada	no
limiar	 entre	 os	 fatores	 individuais	 e	 os	 DSS,	 já	 que	 os	 comportamentos	—	muitas	 vezes	 entendidos	 como
responsabilidades	individuais,	dependentes	exclusivamente	das	opções	feitas	pelo	livre	arbı́trio	das	pessoas
—	na	realidade	podem	ser	também	considerados	parte	dos	DSS,	uma	vez	que	essas	opções	estão	fortemente
condicionadas	por	determinantes	sociais,	como	informações,	propaganda,	pressão	dos	pares,	possibilidades
de	acesso	a	alimentos	saudáveis,	espaços	de	lazer,	entre	outros	aspectos	da	vida	humana	(BUSS,	PELLEGRINI
FILHO,	2007).
A	 camada	 seguinte	 destaca	 a	 in�luência	 das	 redes	 comunitárias	 e	 de	 apoio,	 que	 expressa	 o	 nı́vel	 de	 coesão
social	que,	como	vimos,	é	de	fundamental	importância	para	a	saúde	da	sociedade	como	um	todo.	No	próximo
nı́vel	 estão	 representados	 os	 fatores	 relacionados	 a	 condições	 de	 vida	 e	 de	 trabalho,	 disponibilidade	 de
alimentos	e	acesso	a	ambientes	e	serviços	essenciais,	como	saúde	e	educação,	indicando	que	as	pessoas	em
desvantagem	 social	 correm	 um	 risco	 diferenciado,	 criado	 por	 condições	 habitacionais	 mais	 humildes,
exposição	 a	 situações	 mais	 perigosas	 ou	 estressantes	 de	 trabalho	 e	 menos	 acesso	 aos	 serviços	 de	 saúde
(BUSS,	PELLEGRINI	FILHO,	2007).
Finalmente,	 no	 último	nı́vel	 estão	 situados	 os	macrodeterminantes	 relacionados	 às	 condições	 econômicas,
culturais	 e	 ambientais	 da	 sociedade	 e	 que	 possuem	 grande	 in�luência	 sobre	 as	 demais	 camadas	 (BUSS,
PELLEGRINI	FILHO,	2007).
Com	o	 que	 vimos	 até	 aqui,	 podemos	 compreender	 os	 determinantes	 de	 saúde	 em	 sua	 forma	mais	 ampla	 e
aplicada,	 percebendo	 a	 relação	 entre	 o	 conjunto	 de	 elementos	 sociais	 e	 a	 saúde	 dos	 indivı́duos,	 famı́lia	 e
comunidade,	 o	 que	 envolve	 questões	 de	 trabalho,	 meio	 ambiente,	 cultura	 e	 as	 próprias	 interações
estabelecidas.
VOCÊ QUER VER?
No	 vıd́eo	 sobre	 os	 Determinantes	 Sociais	 de	 Saúde,	 Alberto	 Pellegrini	 Filho	 -
coordenador	 da	 Secretaria	 Técnica	 da	 Comissão	 Nacional	 sobre	 os	 Determinantes
Sociais	 da	 Saúde	 (CNDSS),	 apresenta	 uma	 boa	 discussão	 sobre	 o	 tema.	 Assista
em:	 https://www.youtube.com/watch?reload=9&v=bVmc-gngyVI&feature=youtu.be
(https://www.youtube.com/watch?reload=9&v=bVmc-gngyVI&feature=youtu.be).
2.2 Sistemas de Informação em Saúde
No	 tópico	que	 iremos	delinear	 agora,	 será	debatido	 sobre	os	 Sistemas	de	 Informação	 em	Saúde.	E� 	 de	 suma
importância	 tal	 discussão	para	 fortalecer	 a	 formação	 em	Saúde	Coletiva,	 já	 que	possibilita	 os	processos	de
comunicação	e	informação,	práticas	intrı́nsecas	aos	constructos	sociais	de	saúde.
https://www.youtube.com/watch?reload=9&v=bVmc-gngyVI&feature=youtu.be
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2.2.1 Informação em saúde: fundamentos e ferramentas
Os	Sistemas	de	 Informação	em	Saúde	 são	 instrumentos	padronizados	de	monitoramento	e	 coleta	de	dados,
objetivam	 o	 fornecimento	 de	 informações	 para	 análise	 e	melhor	 compreensão	 dos	 problemas	 de	 saúde	 da
população,	subsidiando	a	tomada	de	decisões	nos	nı́veis	municipal,	estadual	e	federal.
A	informação	faz	parte	da	nossa	rotina,	está	em	todas	as	práticas	sociais,	orientando	nossas	decisões,	desde
olhar	a	previsão	do	tempo	para	ver	que	tipo	de	roupa	vestir	antes	de	sair	de	casa,	até	os	indicadores	derisco
para	um	determinado	agravo	a	�im	de	se	prevenir.
Ponto	muito	 importante	ao	 lidar	 com	a	 informação,	 é	 sobre	 como	 identi�icar	as	 informações	necessárias,	 e
isso	 se	 dá	 por	meio	 do	 ato	 de	 perguntar.	 Tais	 perguntas	 são	 possibilitadas	 pelos	 objetivos	 construı́dos,	 ou
seja,	 o	 que	 se	 quer	 alcançar,	 onde	 se	 pretende	 chegar.	As	 perguntas	 indicam	quais	 informações	 precisamos
obter,	e	por	meio	delas	buscamos	respostas	que	nos	auxiliem	a	atingir	as	metas	e	objetivos	traçados.
#PraCegoVer:	a	 imagem	demonstra	um	pro�issional	da	saúde	com	roupa	hospitalar	de	cor	azul,	usando	um
tablet.
	
A	gestão	do	setor	de	saúde	 é	um	processo	de	 tomada	de	decisão	de	 intensa	responsabilidade	e	 importância
social,	 considerando	 que	 a	 informação	 pode	 funcionar	 como	 uma	 forma	 de	 diminuir	 as	 incertezas	 sobre
determinada	 patologia,	 permitindo	 a	 tomada	 de	 decisão	 por	 pro�issionais	 e	 gestores.	 O	 que	 estrutura	 as
decisões	 são	os	valores,	 fundamentos,	modo	de	 ser,	 visão	de	mundo	e	particularmente	o	guiar	o	 campo	de
atuação	 da	 gestão	 do	 setor	 saúde.	Desse	modo,	 a	 informação	 irá	 funcionar	 como	um	processo	 de	 re�lexão,
avaliação	e	tomada	de	decisões	para	a	superação	de	determinada	situação	de	saúde	(LEITE	et	al,	2014).
A	 aplicabilidade	das	 informações	 em	 saúde	 acontece	por	meio	das	 informações	 epidemiológicas	 na	 gestão
dos	 serviços	 de	 saúde,	 que	 tem	 sua	 consolidação	 com	 os	 Sistemas	 de	 Informação	 em	 Saúde,	 os	 quais
conglomeram	taxas	e	 indicadores,	ou	seja,	dados	que	ao	serem	processados	e	analisados	se	mostram	como
informações	 úteis	para	guiar	 condutas,	planejar,	 avaliar	 e	 intervir	 em	situações	de	 saúde.	Nesse	 sentido,	 as
funções	dos	Sistemas	de	Informação	em	Saúde	são	as	seguintes.
Figura	3	-	Sistemas	de	Informação	em	Saúde	e	o	uso	por	pro�issionais
Fonte:	everything	possible,	Mediapool,	2020.
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Dar	embasamento	à	gestão	diária	e	às	operações
do	dia,	semana,	mês	ou	ano.
Conhecer	 e	 monitorar	 a	 situação	 de	 saúde	 da
população	e	o	panorama	socioambiental.
Facilitar	 o	 planejamento,	 a	 supervisão	 e	 o
controle	 e	 avaliação	 das	 situações	 e	 serviços	 de
saúde.
Possibilitar	 os	 processos	 decisórios	 em	 seus
diversos	nıv́eis	de	decisão	e	ação.
Contribuir	com	a	produção	e	uso	dos	serviços	de
saúde.
Disponibilizar	 informações	 para	 as	 ações	 de
diagnóstico	e	tratamento.
Realizar	 monitorização	 e	 avaliação	 das
intervenções,	resultados	e	impactos.
Possibilitar	a	educação	e	a	promoção	da	saúde.
Viabilizar	 as	 atividades	 de	 pesquisa	 e	 produção
cienti�ica.
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Os	dados	de	 saúde,	 que	podem	 ser,	 por	 exemplo,	 sobre	 o	número	de	pessoas	 acometidas	por	uma	doença,
quantidade	 de	 óbitos,	 nascidos	 vivos	 ou	 reposta	 a	 um	 determinado	 tratamento,	 são	 condensados	 e
consolidados	 em	 sistemas	 de	 informação.	 Ao	 serem	 analisados	 e	 processados,	 esses	 dados	 possibilitam	 a
ação,	 formando	a	trı́ade:	informação,	decisão	e	ação.	Agora,	 veja	os	principais	Sistemas	de	 Informação	em
Saúde	a	nı́vel	nacional.
#PraCegoVer:	 na	 �igura,	 há	 um	 quadro	 com	 os	 principais	 Sistemas	 de	 Informação	 em	 Saúde	 a	 nı́vel
nacional	destacando:	a	sigla	do	sistema;	nome	do	sistema;	como	são	coletadas	as	informações;	uso.
Quadro	1	-	Sistemas	de	Informação
Fonte:	Elaborado	pelo	autor,	baseado	em	GIOVANELLA	et	al.,	2011.
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#PraCegoVer:	 na	 �igura,	 há	 um	 quadro	 com	 os	 principais	 Sistemas	 de	 Informação	 em	 Saúde	 a	 nı́vel
nacional	destacando:	a	sigla	do	sistema;	nome	do	sistema;	como	são	coletadas	as	informações;	uso.	
	
O	Sistema	Nacional	de	Informações	em	Saúde	do	SUS	tem	como	um	de	seus	fundamentos	a	natureza	pública,
garantindo	o	acesso	sem	restrições	às	diversas	informações,	desde	que	respeitados	os	cuidados	relativos	ao
sigilo	referente	aos	dados	individuais.
Quadro	2	-	Sistemas	de	Informação
Fonte:	Elaborado	pelo	autor,	baseado	em	GIOVANELLA	et	al.,	2011.
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Aqui	 �inalizamos	 a	 discussão	 sobre	 os	 Sistemas	 de	 Informação	 e	 abrimos	 espaço	 para	 trabalharmos	 em
seguida	 a	 Vigilância	 em	 Saúde,	 que	 faz	 parte	 do	 processo	 de	 construção	 de	 informação	 para	 a	 tomada	 de
decisão,	gestão	e	continuidade	do	cuidado.
VOCÊ QUER VER?
De	 forma	 criativa	 e	 interativa,	 o	 vıd́eo	 Sistemas	 de	 Informação	 em
(https://www.youtube.com/watch?v=q6Ocg9QRF_s)S
(https://www.youtube.com/watch?v=q6Ocg9QRF_s)aúde
(https://www.youtube.com/watch?v=q6Ocg9QRF_s)	 faz	 um	 resumo	 dos	 Sistemas	 de
Informação	 em	 Saúde,	 trazendo	 os	 principais	 usos	 e	 aplicações	 no	 contexto	 dos
serviços	de	saúde.	Vale	a	pena	ver!
2.3 Trabalho da Vigilância em Saúde
Já	conseguimos	elucidar	sobre	os	Determinantes	Socais	de	Saúde,	assim	como	os	processos	de	informação	e
construção	 dos	 Sistemas	 de	 Informação	 em	 Saúde,	 chega	 a	 hora	 de	 trabalhar	 a	 aplicabilidade	 desse
conhecimento	por	meio	do	processo	de	vigı́lia,	isto	é:	Vigilância	em	Saúde.
2.3.1 Vigilância em Saúde
O	 termo	Vigilância	 em	Saúde,	 refere-se	 a	palavra	 vigiar,	 isto	 é,	 observar,	 atentar	para	 algo	ou	 alguma	 coisa,
procurar,	cuidar,	precaver-se	de	determinada	situação.	Vamos	perceber	que	tal	contexto	também	se	aplica	ao
setor	de	saúde	(ROCHA,	2012).
Temos	uma	de�inição	 importante	sobre	Vigilância	em	Saúde	na	portaria	do	Ministério	da	Saúde	1378/2013,
que	descreve	a	Vigilância	em	Saúde	como	um	processo	contı́nuo	e	sistemático	de	coleta,	consolidação,	análise
e	disseminação	de	dados	sobre	eventos	relacionados	à	saúde,	visando	o	planejamento	e	a	implementação	de
medidas	de	saúde	pública	para	a	proteção	da	saúde	da	população,	a	prevenção	e	controle	de	riscos,	agravos	e
doenças,	bem	como	para	a	promoção	da	saúde	(BRASIL,	2013).
https://www.youtube.com/watch?v=q6Ocg9QRF_s
https://www.youtube.com/watch?v=q6Ocg9QRF_s
https://www.youtube.com/watch?v=q6Ocg9QRF_s
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#PraCegover:	 na	 imagem	 temos	 um	 pro�issional	 da	 saúde,	 vestida	 com	 roupa	 hospitalar	 e	 estetoscópio
posicionado	 no	 pescoço,	 ela	 está	 com	um	braço	 apoiado	 sobre	 o	 outro	 e	 com	um	dedo	 na	 região	 do	 olho,
expressando	que	está	vigiando.
	
Historicamente,	a	Vigilância	em	Saúde	está	paralelamente	relacionada	ao	processo	saúde-doença	presente	na
época	e	contexto	que	se	passa.	Estando	inter-relacionada	ao	per�il	de	adoecimento	e	doenças	que	assolavam	e
preocupavam	 a	 sociedade	 naquele	 momento,	 no	 que	 diz	 respeito	 ao	 próprio	 adoecer	 e	 os	 aspectos
correlacionados	ao	que	se	fazia	para	conter	a	doença.
Em	 paralelo	 a	 isso	 tem-se	 o	 acréscimo	 das	 investigações	 no	 campo	 das	 doenças	 infecciosas	 que
progressivamente	passa	a	incrementar	as	medidas	de	controle,	um	exemplo	forte	foi	a	própria	vacinação.	Tal
prática	e	os	acréscimos	de	medida	de	controle	de	doenças,	possibilitou	repercussões	na	forma	de	organização
das	práticas	e	serviços	de	saúde,	isto	é,	as	ações	de	saúde	coletiva	(LEITE	et	al.,	2014).
E� 	em	meio	a	esse	panorama	supracitado	que	surge	dentro	das	atividades	da	saúde	pública	o	termo	“vigilância”,
sendo	 de�inidade	 forma	 especı́�ica	 com	 a	 função	 de	 observar	 a	 relação	 dos	 pacientes	 contaminados	 e	 não
contaminados	com	as	ditas,	na	época,	doenças	pestilenciais.
O	 conceito	 de	 vigilância	 vai	 ganhando	 gradativamente	 novos	 sentidos	 e	 aplicações.	 Já	 no	 século	 XX,	 mais
precisamente	 a	 partir	 de	 1950,	 o	 sentido	 tradicional	 de	 observação	 sistemática	 de	 contatos	 de	 doentes	 vai
sendo	 aproximado	 ao	 de	 acompanhamento	 sistemático	 de	 eventos	 adversos	 à	 saúde	 na	 comunidade,	 com
intuito	de	enriquecer	as	medidas	de	controle.
Já	na	década	de	1960,	conceitos	mais	atuais	são	estabelecidos,	ao	compreender	Vigilância	em	Saúde	como	a
observação	 da	 distribuição,	 tendências	 e	 distribuição	 de	 doenças	 por	 meio	 de	 coleta	 sistematizada,
consolidada	 dos	 dados,	 permitindo	 a	 divulgação	 de	 informes	 de	morbidade	 e	mortalidade,	 como	 também
dados	 relevantes	 sobre	 situações	 de	 disseminação	 de	 doenças	 e	 situações	 de	 risco.	 Noção	 ainda	 presente
atualmente,	fortalecendo	os	ideais	de	produção,	análise	e	disseminação	de	informações	em	saúde	(TEIXEIRA
et	al.,	2018).
Um	aprofundamento	da	de�inição	de	vigilância	se	dá	com	a	criação	da	Unidade	de	Vigilância	Epidemiológica
da	 Divisão	 de	 Doenças	 Transmissı́veis	 da	 Organização	 Mundial	 da	 Saúde	 (OMS)	 em	 1964,	 que	 traz	 uma
abordagem	mais	 qualitativa,	 em	 que	 não	 são	 motivos	 de	 interesse	 as	 doenças	 infectocontagiosas,	 mas	 os
Figura	4	-	Vigiar	em	saúde
Fonte:	Kues,	Shutterstock,	2020.
STIHOME
Realce
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demais	 agravos	 que	 interferem	 no	 processo	 saúde-doença	 precisa	 ser	 levados	 em	 conta,	 sendo	motivo	 de
atuação	da	agora	nascida:	Vigilância	Epidemiológica.
CASO
João	Neto	 é	pro�issional	da	saúde	e	coordenador	municipal	da	Atenção	Básica.	Entre
suas	 atribuições	 está	 a	monitoria	 dos	 dados	 levantados	 pelas	 diversas	 unidades	 de
saúde.	Essas	informações	de	saúde	são	acompanhadas	por	ele	diariamente,	à	medida
que	as	equipes	de	saúde	alimentam	os	seus	sistemas	locais.
Um	dado	que	vem	chamando	a	sua	atenção	é	o	aumento	do	quantitativo	de	gestantes
adolescentes	 cadastradas	 no	 e-SUS	 Atenção	 Básica,	 proporcional	 ao	 aumento	 dos
casos	 de	 noti�icação	 de	 Infecções	 Sexualmente	Transmissıv́eis	 (IST’s)	 no	 Sistema	de
informações	de	agravos	de	noti�icação	(SINAN),	também	desse	público.
A	alteração	ascendente	desses	dois	indicadores	deixou	o	gestor	preocupado	e	fez	com
ele	 considerasse	 alguns	 pontos:	 há	 alguma	 relação	 entre	 a	 gestação	 e	 IST’s	 nesse
público	adolescente?	Que	fatores	podem	estar	gerando	essa	situação?	Algo	que	pode
ser	feito	no	intuito	de	intervir?
De	 posse	 dessas	 interrogações,	 João	 Neto	 não	 descansou	 e	 se	 propôs	 a	 fazer	 uma
reunião	 com	 toda	 a	 equipe	 das	 unidades.	 Além	 de	 uma	 visita	 técnica	 e	 in	 loco	 a
algumas	 dessas	 adolescentes.	 Com	 essas	 atividades	 ele	 identi�icou	 as	 seguintes
situações:	 a	 maioria	 das	 gestações	 eram	 resultado	 de	 situações	 não
planejadas/indesejadas;	 grande	 parte	 dos	 parceiros	 e	 as	 próprias	 gestantes	 faziam
parte	do	público	com	IST’s	noti�icadas.
Com	essas	informações,	o	gestor	chegou	a	algumas	conclusões:	há	uma	relação	entre
o	aumento	progressivo	desses	dois	indicadores	(gestação	e	IST’s),	e	tal	situação	deve
ter	seu	plano	de	intervenção	interconectado,	já	que	as	problemáticas	e	necessidades
fazem	parte	do	mesmo	contexto.
Junto	 com	 as	 equipes	 de	 saúde,	 João	 Neto	 organizou	 uma	 sequência	 de	 atividades
educativas	individuais	e	coletivas	que	possibilitarão	uma	intervenção	emancipadora	e
autônoma,	com	intuito	de	gerar	mudanças	de	hábitos.	Fazendo	com	que	se	abandone
práticas	antigas	e	inseguras,	para	adoção	de	atitudes	mais	responsáveis	e	saudáveis.
Foi	 organizado	um	 cronograma	de	 atividades	 educativas	 e,	 semanalmente,	 a	 equipe
deve	trabalhar	um	tema	distinto.	Para	compor	essas	atividades	ainda	foi	solicitado	da
equipe	de	apoio	a	participação	de	assistente	social,	psicólogo	e	educador	fıśico.
E	 aı	́ vocês	 acham	 que	 tais	 atividades	 surtirão	 efeitos	 nessa	 comunidade?	 Vamos
torcer!
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Grande	notoriedade	foi	dada	para	a	Vigilância	em	Saúde,	como	ferramenta	útil	para	o	setor	de	saúde	em	todo	o
mundo,	com	a	Campanha	de	Erradicação	da	Varı́ola	nas	décadas	de	1960	e	1970.	No	Brasil,	tem-se	a	criação	da
organização	 do	 Sistema	 Nacional	 de	 Vigilância	 Epidemiológica,	 que	 instaura	 o	 sistema	 de	 Noti�icação
Compulsória	de	Doenças.	 Já	em	1976	foi	criada	a	Secretaria	Nacional	de	Vigilância	Sanitária,	que	permitiu	a
reestruturação	das	diversas	vigilâncias,	que	iremos	discutir	logo	mais	(GIOVANELLA	et	al.,	2011).
De	forma	geral	podemos	de�inir	a	Vigilância	de	Saúde	como:	um	modelo	assistencial	que	consegue	superar	e
conglomerar	 os	 modelos	 vigentes,	 in�luenciando	 na	 rede�inição	 do	 objeto,	 meios	 de	 trabalho,	 atividades,
relações	técnicas	e	sociais,	bem	como	nas	organizações	de	saúde	e	cultura	sanitária.	Assim,	aponta	para	um
novo	saber	e	fazer,	que	se	distancia	da	dicotomia	coletivo	e	individual,	mas	traz	a	concepção	de	coexistência,
isto	é,	não	se	pode	pensar	o	individual	sem	perpassar	o	coletivo	e	vice-versa	(FIGUEIREDO;	TONINI,	2011).
#PraCegoVer:	na	imagem	há	uma	pro�issional	da	saúde	com	uma	prancheta	na	mão	realizando	registros	em
um	questionário,	um	homem	está	em	frente	a	ela	sentado	em	um	sofá.
	
O	 objetivo	 da	 Vigilância	 em	 Saúde	 é	 observar	 e	 analisar	 de	 forma	 permanente	 a	 situação	 de	 saúde	 da
coletividade,	 articulando	 diversas	 ações	 destinadas	 a	mensurar	 determinados	 riscos	 e	 agravos	 à	 saúde	 em
comunidade	 geogra�icamente	 delimitada.	 E� 	 uma	 forma	 de	 operacionalizar	 a	 integralidade	 do	 SUS,	 já	 que	 a
perspectiva	é	ver	a	situação	como	um	todo,	em	todos	os	riscos	e	situações	de	saúde.
Agora,	 torna-se	 importante	 identi�icar	 os	 tipos	 de	 Vigilância	 em	 Saúde	 que	 operacionalizam	 a	 gama	 de
necessidades	de	saúde	da	coletividade.		Na	sequência	são	apresentados	os	tipo	de	vigilância,	de	acordo	com
Teixeira	et	al.,	2018.
Figura	5	-	Captação	de	informações	em	saúde
Fonte:	BlurryMe,	Mediapool,	2020.
Vigilância	Epidemiológica	
Vigilância	relacionada	ao	controle	de	doenças	transmissı́veis	e	não
transmissı́veis,	assim	como	os	agravos	e	atenuantes	de	situações	de
saúde.	Con�iguram-se	como	um	conjunto	de	ações	que	possibilitam
o	 conhecimento,	 detecção	 ou	 prevenção	 de	 qualquer	mudança	 nos
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Promoção	da	Saúde	
Vigilância	da	Situação	de	Saúde	
Vigilância	 em
Saúde
Ambiental	
Vigilância	da	Saúde	do	Trabalhador	
fatores	determinantes	de	 saúde	de	 indivı́duos	 e	 coletividades,	 com
vistas	 a	 alcançar	medidas	 de	 prevenção	 e	 controle	 de	 patologias	 e
agravos.	
Refere-se	ao	conjunto	de	intervenções,	com	foco	individual,	coletivo
ou	 ambiental,	 responsável	 pela	 atuação	 sobre	 os	 Determinantes
Sociais	de	Saúde.
envolve	 a	 situação	 de	 saúde	 com	 foco	 no	 monitoramento	 de	 um
paı́s,	 estado,	 região,	municı́pio	ou	 áreas	de	abrangência	de	equipes
de	 atenção	 à	 saúde.	 Estudos	 e	 análises	 permitem	 identi�icar	 e
explicam	 problemas	 de	 saúde,	 e	 o	 comportamento	 dos	 principais
indicadores	 de	 saúde,	 facilitando	 um	 planejamento	 de	 saúde	mais
amplo.
Refere-se	 a	 ações	 que	 propiciam	 o	 conhecimento	 e	 captação
diagnóstica	 das	 mudanças	 dos	 fatores	 determinantes	 econdicionantes	do	meio	ambiente	que	in�luenciam	a	saúde	humana.
O	 intuito	 é	 identi�icar	 as	 medidas	 de	 prevenção	 e	 controle	 dos
fatores	 de	 risco	 ambiental	 que	 tem	 relação	 com	 as	 doenças	 ou
agravos	à	saúde.	
Busca-se	 a	 promoção	 da	 saúde	 e	 diminuição	 da	morbimortalidade
do	trabalhador,	por	meio	da	integração	de	ações	que	in�luenciem	nos
agravos	 e	 seus	 determinantes	 relacionados	 aos	 atuais	 modelos
produtivos	e	de	geração	de	trabalho.
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Um	ponto	muito	importante	de	discussão	é	sobre	as	ações	de	saúde	a	serem	desempenhadas	pela	Vigilância
em	Saúde.	Veja	a	seguir	as	ações	da	Vigilância	em	Saúde,	segundo	Teixeira	et	al.,	2018.	
Vigilância da situação de saúde da população, com a periódica
produção das análises que fomentam o planejamento, a seleção
prioridades e as estratégias de enfrentamento, monitoramento e
avaliação das questões de saúde pública;
Detecção e adoção de medidas adequadas para a resposta nas
situações de emergência pública;
Vigilância, prevenção e controle de doenças infectocontagiosas;
Vigilância das doenças crônicas não transmissíveis, além das
situações de acidente e violência;
Vigilância de indivíduos expostos a situações de risco ambiental,
que interfiram em sua saúde;
Vigilância da saúde do trabalhador;
Vigilância sanitária dos riscos oriundos da produção e uso dos
produtos, serviços e tecnologias;
Demais ações de vigilância que, de forma rotineira e
sistematizada, podem ser precursoras de serviços de saúde nos
vários cenários, como laboratórios, instituições de ensino e
pesquisa e outros instrumentos sociais.
Vigilância	Sanitária	 Refere-se	ao	conjunto	de	atividades	que	possibilitam	a	eliminação,
atenuação	 ou	 prevenção	 dos	 riscos	 à	 saúde	 relacionados	 a
problemas	sanitários	decorrentes	do	meio	ambiente,	da	produção	e
circulação	de	bens	de	consumo.
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#PraCegoVer:	a	imagem	mostra	apenas	as	mãos	de	várias	pessoas,	essas	mãos	estão	unidas,	uma	em	cima	da
outra.
	
Com	esse	tópico	você	teve	a	oportunidade	de	fortalecer	seu	entendimento	sobre	o	processo	de	Vigilância	em
Saúde,	 e	 perceber	 que	 o	 vigiar	 está	 intrı́nseco	 ao	 fazer/construir	 saúde,	 já	 que,	 com	 tal	 prática,	 é	 possı́vel
operacionalizar	formas	de	prevenir	e	oferecer	um	cuidado	integral.	Vigilância	em	Saúde	está,	assim,	de	forma
transversal,	inserida	nos	mais	diversos	cenários	de	atuação,	seja	no	hospital,	clı́nica,	unidade	básica	de	saúde
ou	estabelecimentos	de	outras	áreas.	Se	tem	saúde,	consequentemente	terá	vigilância.
Figura	6	-	Trabalho	em	equipe
Fonte:	Konstantin	Chagin,	Mediapool,	2020.
Conclusão
Chegamos	 ao	 �im	 de	 mais	 uma	 unidade,	 que	 muito	 contribuiu	 para	 o	 fortalecimento	 de	 conhecimentos
intensamente	salutares	para	a	sua	formação	em	Saúde	Coletiva,	especialmente,	no	que	se	refere	à	informação	e
seu	uso	no	processo	de	construção	e	interação	em	saúde.
Nesta	unidade,	você	teve	a	oportunidade	de:
compreender os Determinantes Sociais de Saúde, de modo a
visualizar as relações sociais do processo saúde-doença;
entender o estabelecimento dos Sistemas de Informação em
Saúde como importante ferramenta para expor e compartilhar
situações e quadros clínicos e epidemiológicos sobre doenças e
agravos à saúde;
perceber a Vigilância em Saúde como uma ferramenta para
operacionalizar a integralidade da saúde, de modo a identificar
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necessidades e situações que podem ser prevenidas;
Compreender a relação existente entre os processos sociais que
possibilitam a construção dos Determinantes Sociais de Saúde.
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Bibliografia
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BRASIL.	Ministério	da	Saúde.	Portaria	nº	1.378,	de	9	de	julho	de	2013.	Brası́lia,	Ministério	da	Saúde,	2013.
Disponı́vel	 em:	 https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt13
(https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt1378_09_07_2013.html)7
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(https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt1378_09_07_2013.html).	Acesso	em:	07	jun.	2020.
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21/03/22, 20:57 Saúde coletiva
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