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CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL A LONGO PRAZO A pressão arterial é regulada a curto prazo por vários mecanismos (já vistos anteriormente). Em relação ao controle a longo prazo, os rins tem um papel principal, é responsável por controlá-la e por secretar algumas substancias responsáveis pela manutenção do sistema renina-angiotensina- aldosterona. Além disso, os rins secretam algumas substancias que participam do controle da pressão arterial e que também irão modular a função dos barorreceptores (vistos anteriormente). O principal sistema de controle da pressão arterial dado pelos rins, a longo prazo, se dá através do controle de do volume, o que se deve principalmente às na concentração de Na+ e de água. Assim alterações nessas concentrações irão, consequentemente, levar à alteração do volume do líquido extracelular e, consequentemente, haverá alteração do volume de sangue (volemia). Se o volume de sangue estiver aumentado no interior dos vasos isso causará aumento da pressão arterial. Os rins são responsáveis, justamente, por esses tipos de controle. Na imagem acima, há as representações de todos os mecanismos de controle da PA -> e o principal mecanismo, a longo prazo, é o controle exercido pelo rim, mais especificamente o sistema renina-angiotensina- aldosterona (mais precisamente -> sistema renina-angiotensina, visto que a aldosterona é uma consequência). DEVE-SE PENSAR EM SISTEMA DE CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL A LONGO PRAZO → O RIM É O PRINCIPAL ENVOLVIDO. Vale lembrar que pressão arterial é igual a débito cardíaco vezes resistência periférica . Sendo o débito cardíaco representado pela FC e pela resistência periférica. Logo alterações em qualquer um desses fatores influenciarão a pressão arterial. É importante ressaltar que a resistência periférica (RP) influencia muito a pressão arterial (tal RP é a RP total em nível de capilar). Quando foi visto controle a curto prazo, a ação da RP era imediata, se dava por vasoconstrição ou aumento de FC, mas em relação ao controle a longo prazo, primeiro ocorre alteração do débito cardíaco para só depois haver alteração da RP (tal diferença é importante). Assim, mesmo o sistema module a pressão a longo prazo, ele tb é dependente de vários fatores humorais: - há os Vasoconstritores, compostos principalmente de noradrenalina e adrenalina. Em relação a ambos, devemos lembrar que quando estudamos o bulbo rostral ele precisava de ativação de núcleos noradrenérgicos . Logo, núcleos noradrenérgicos ou catecolaminérgicos irão ativar a coluna intermediolateral e provocará estímulos para liberação de catecolaminas (NA e adrenalina), consequentemente, haverá ação em suprarrenal que também promoverá secreção de adrenalina e noradrenalina. Tal sistema bulbo rostral, que é ativador dessa via simpática, tb é modulado pela angiotensina (outro agente humoral importante produzido por uma secreção renal e pelos hepatócitos). Além disso, compondo os vasoconstritores, também há a vasopressina (ADH). - por fim, há os vasodilatadores que são inibidores do sistema renina-angiotensina. É composto pelo peptídeo natriurético atrial (ANP), ele participa do controle a longo prazo por agir na volemia. É ativado toda vez que há aumento de volume sanguíneo (que é responsável por expandir a musculatura das dos átrios principalmente). Pensando em controle de pressão a longo prazo, controle de volume sanguíneo, volume do líquido extracelular, vemos que o sistema renal precisa promover um trabalho conforme as alterações da pressão arterial. Assim, pode-se entender a curva clássica, chamada curva do débito urinário de acordo com alterações na pressão arterial. A curva do débito urinário é vista na imagem acima, ela mostra que alterações de diferentes níveis de pressão podem aumentar ou diminuir o débito urinário (aumento do débito urinário significa que a pessoa fará mais “xixi”, significa que há aumento da diurese (eliminação de água) e da natriurese (eliminação de Na+). Já quando se fala em débito urinário diminuído é o contrario, a pessoa eliminará menos quantidade de água pela urina e de Na+ (há diminuição de diurese e da natriurese). Assim, a pressão arterial será controlada por mecanismos renais, aumentando ou diminuindo a excreção de água e de Na+. Na imagem vemos níveis de pressão arterial variáveis ( de 0 a 200mmHg) e a curva do débito urinário, a qual varia com a pressão ( em 50mmHg não há nada de Débito urinário, já na pressão de 200mmHg há excreção de 8x maior de água e de Na+ comparada ao normal). Há, também, um ponto de equilíbrio, onde se considera uma pressão arterial ótima, onde a ingesta e excreção de água e Na+ é igual a 1 (ou seja, não há desbalanço entre a quantidade de água ingerida e excretada), a pressão arterial média considerada normal é igual a 100mmHg, ao traçar um traço a partir desse ponto, vê-se que a quantidade de ingesta e excreção são iguais, tanto de água quanto de Na+. Em contrapartida, se houver e alteração da PA para níveis superiores o débito urinário irá aumentar com a finalidade de que com o aumento da excreção de água de Na+, haja redução do volume sanguíneo e, consequente, diminuição da PA. O contrario tb é verdadeiro, se a PA média chegar a 50mmHg o débito urinário zera (passa a não existir), isso ocorre em hipotensão muito intensas, pois é preciso reter volume sanguíneo para que a PA aumente (para se aumentar/reter o volume sanguíneo é necessário absorver Na+ e reter água). Em relação a essas alterações que ocorrem, toda elevação da pressão arterial provoca aumenta a excreção de NA+ e água (aumento da diurese e natriurese), essa condição é chamada de diurese de pressão. Logo, toda elevação de pressão causa elevação da excreção de sal e água e é chamada tanto de diurese de pressão quanto de natriurese de pressão (esse conceito é importante saber). Na imagem acima, é mostrado um experimento clássico realizado por um médico em um cão. No experimento o médico retirou um rim do animal e manteve o outro funcionando. Ao realizar esse experimento, o médico aumentou a volemia (sangue circulante) do animal por meio de infusão. Assim temos 3 gráficos: de PA, de débito cardíaco e de débito urinário, logo é possível ver a diurese de pressão. Foi infundido aproximadamente 400ml de sangue em 1 hora no animal (houve aumento da volemia). Visto que uma das formas de aumentar a PA é reduzindo a natriurese e a diurese, que provoca aumento do volume no interior dos vasos e aumenta a PA. Assim, no experimento o aumento do volume sanguíneo aumenta a PA e, consequentemente, provoca aumento do débito cardíaco (fica mais fácil pensar -> com mais volume sanguíneo, mais sangue chega ao coração para ser bombeado, aumentando o DC). O aumento do DC irá promover alterações no sistema renal, aumentando o débito urinário (ou seja, tanto a natriurese e da diurese), assim, aumentando o débito urinário há uma queda da PA. Dessa forma, é possível ver que o aumento inicial da pressão levou à alterações no débito urinário, o que é chamado de DIURESE DE PRESSÃO E NATRIURESE DE PRESSÃO. Isso mostra que o sistema renal participa de uma forma muito importante para esse controle de pressão arterial em quesito de volume. Isso é Dependente de todos os fatores q falamos, por exemplo: Peptideo Natriuretico atrial, vasopressina, angiotensina 2, todos eles fazem parte deste controle Curva de função renal Obs: A curva da função renal é idêntica a curva do Débito urinário Primeiro Gráfico: Ingestão ou excreção de sal e água - Temos ponto de equilíbrio de excreção de sal e água. (24:01) - Na linha tracejada temos representado a ingestão de água e sal Segundo Gráfico e Terceiro Gráfico: Pressão arterial média - Existem 2 formas para alterar os níveis pressóricos dependentes: 1. Alteração da função renal : lesão da membranaglomerular filtrante 2. ingesta de H2O e sal. Portanto, são esses 2 fatores que podem alterar a função renal. Por exemplo: a) Se tem disfunção da função renal c/ uma ingesta de água e sal normal , tem-se então um deslocamento desta curva, o ponto de equilíbrio é mais elevado e tem aumento da PA (150 mmhg), pq o rim não está excretando a quantidade de H2O e sal ideal e isso leva ao aumento da PA. Explicando novamente: Qndo tem-se um déficit na função renal, ou seja, na excreção de sal e H2O, olhando no gráfico, o ponto de equilíbrio da PA de um individuo c/ ingesta normal, ele se encontra em uma PA mais elevada. Isso ocorre pq a função renal foi prejudicada, ou seja, a excreção de água e sal foi prejudicada, entretanto a ingesta está normal, ou seja, ele não é capaz de excretar o volume necessário de sal e H20. b) Outra forma de aumentar a PA sem mexer na função renal é o Aumento da ingesta de sal e H20: Qndo vamos p/ um churrasco e comemos aquela costela salgada e em seguida temos sede de água. Isso ocorre pq existem regiões hipotalâmicas que modulam a nossa sede, por aumento de concentração extracelular aumenta a ingesta hídrica. Então, toda vez que se tem aumento da [Na] extracelular, se tem o aumento da ingesta hídrica para tentar balancear, ou seja, dissolver a concentração de sódio extracelular aumentada mostrado no Terceiro Gráfico: Aumento da Ingesta de sal e água e consequentemente a PA se elevou. Isso ocorre pq dispara potenciais de ação estimulando o centro da sede no hipotálamo aumentando a ingesta de água (pois a cél está c/ déficit de água/murcha). Esta H20 vai diluir o meio extracelular hipertônico e vai começar entrar no interior da cél. E esse disparo de Potencial de ação só para qndo a célula volta ao seu tamanho normal. *No individuo hipertenso ocorre esse mecanismo, e geralmente isso está ligado ao hábito alimentar. Ele consume muitos alimentos ricos em sal e como consequência aumenta ingesta de volume/H20 para ajudar a controlar o meio extracelular hipertônico e com isso aumenta Pressão arterial. Relação entre Volume e PA 1. Toda vez que tiver aumento de PA no LEC 2. Vai Promover o aumento da volemia 3. Consequentemente, aumenta a Pressão Média do enchimento circulatório (teremos uma quantia > de líquidos passando entre os vasos). 4. Primeira coisa q ocorre: aumento do retorno venoso (RV) e aumento da PA; Segunda coisa que ocorre: aumenta o DC devido ao aumento do RV, com isso aumenta a FC e VS ocorrendo o mecanismo de Frank Starling (q é a capacidade do coração de se adaptar a variações do volume sanguíneo modificando sua contratilidade). 5. Devido ao aumento do DC ocorre uma autorregulação p/ controle da PA. Pois, qndo pensamos em nível capilar, esses capilares estão sob forte influencia de autorregulação, isso quer dizer q REM um controle independente do SNA. Essa autorregulação é no primeiro momento uma vasodilatação depois tem vasoconstrição dependente do metabolismo celular. Se tiver um aumento do metabolismo local precisa-se de mais nutrientes que são levados pelos vasos/capilares teciduais, consequentemente, tem o aumento da demanda metabólica desse tecido ocorrendo a Vasodilatação. Fatores que influencia nisso: NO, Bradicinina e o pH ácido (alto CO2) devido ao aumento deste metabolismo. Se tiver uma diminuição do metabolismo no tecido, ocorre a Vasoconstrição. - Todos esses mecanismos são dados pelos próprios vasos. - A autorregulação é o principal mecanismo p/ a manutenção do aumento da PA. Resumindo → Essa autorregulação aparece devido ao aumento do DC,(uma vez q foi aumentado pelo aumento do RV),com isso, chega mais sangue nos tecidos da periferia e vasodilata primeiro, depois não precisa mais de todo este sangue q está chegando em excesso, então ocorre vasoconstrição – autorregulação – justamente p/ tentar fazer c/ q o DC volte ao normal, aumentando a RVP (resistência vascular periférica), consequentemente aumentando a PA. Isso tudo vai ser contrabalanceado c/ o aumento da excreção de Na e H20 pelo FNA (fator natriurético atrial) que aumenta a perfusão e filtração glomerular no rim. (Ver esquema abaixo) (45:44) *Para memorizar: Qndo tem aumento do metabolismo tecidual : vasodilatação capilar Qndo tem diminuição do metabolismo tecidual : vasoconstrição capilar Hipertensão por Sobrecarga de Volume (Gráficos do Guyton) Aqui nós tivemos uma sobrecarga de volume, que é dada pelo aumento da ingesta de sal e água, essa ingesta provoca aumento do volume do líquido extracelular, que é transmitido para o interior dos vasos aumentando o volume de sangue, isso gera aumento da pressão arterial (PA), a qual gera um aumento do retorno venoso e consequentemente aumento do débito cardíaco (DC) que é responsável por aumentar do volume de sangue para os tecidos, porém, nos tecidos nós temos um fenômeno chamado de autorregulação (capacidade que os vasos têm de se contrair ou relaxar frente a demanda metabólica do tecido). Então, se tenho um aumento no metabolismo tecidual ocorre vasodilatação para aumentar o aporte sanguíneo, do contrário (redução do metabolismo tecidual) ocorre vasoconstrição para reduzir o aporte sanguíneo. Portanto, são fatores liberados tanto pelo tecido quanto pelo vaso que vão modular a vasoconstrição ou vasodilatação. Então, em um primeiro momento esse DC aumentou e aumentou o aporte sanguíneo para os tecidos, mas encontramos tb uma primeira resposta que é de queda da RPT, dada principalmente pelos mecanismos de controle da PA, Quando eu tenho aumento da volemia começa a ter alteração na PA, o seu aumento é um pouco mais retardado em comparação com o volume do liquido extracelular e o DC, mas ele está acontecendo. Mas o que acontece com a resistência periférica total (RPT) inicial? Ela tem uma redução devido à resposta barorreflexa, que é um mecanismo de controle a curto prazo, demora de 1-4 dias Depois que esse mecanismo passa a considerar esse nível de pressão elevada normal, pois os barorreceptores são adaptáveis, a RPT passa a aumentar, em contrapartida, o DC passa a diminuir. Um explica o outro, pq? Pq em um primeiro momento eu tenho aumento da PA principalmente por elevação do DC (se aumentei o DC, aumenta o volume de sangue chegando nos vasos, aumenta a PA). Porém, depois de 3-4 dias esses mecanismos se adaptam a essa nova PA e começa a ter uma aumento na RPT pq esse tecido periférico está recebendo um aporte sanguíneo muito elevado, mas ele não está precisando metabolicamente, então promove a vasoconstrição, a qual aumenta a resistência periférica. Portanto, a autorregulação é responsável por mediar o fluxo sanguíneo nos tecidos e tem por objetivo mantê-lo ideal no tecido. Então se eu aumentei DC e o tecido não precisa desse aporte, vai ocorrer vasoconstrição (é mostrada nesse aumento da RPT) e o DC cai pq quando eu aumento a RPT, ou seja, diminuo o aporte sanguíneo para o tecido, eu diminuo o retorno venoso. PORÉM, a PA é mantida, pq aumentou a RPT para controle do volume de sangue chegando nos tecidos pelo mecanismo de AUTORREGULAÇÃO Dessa forma, é comum encontrar individuo hipertenso que tem DC normal, e a principal causa é o aumento da RPT. Existem tb outros fatores, como o sistema renina-angiotensina- aldosterona (SRAA) A renina na verdade é produzida pelas células do aparelho justaglomerular, as quais estão presentes na arteríola aferente Essa arteríola aferente chega na unidade funcional do rim que é o néfron, existem vários néfrons. Essa arteríola aferente é por onde o sangue chega no néfron, ela começa a se ramificar muito formando o capilar glomerular (glomérulo). Desse capilar glomerular sai a arteríola eferente Tem uma estrutura que envolve esse capilar glomerular que é a cápsula de Bowman O sangue é filtrado no capilarglomerular e a partir dele cai na capsula de Bowman. Aqui nós temos o início da formação do ultrafiltrado, o qual vai dar origem a urina Então a capsula de Bowman vai formar o túbulo proximal, que forma a alça de Henle (descendente e ascendente), que forma o túbulo distal, que forma o túbulo coletor. A renina é produzida nas células justaglomerulares que estão na arteríola aferente, ela é sintetizada na forma pré-renina e armazenada na forma pró- renina. Toda vez que ocorrer algumas alterações, como perfusão a nível de arteríola aferente e alterações na demanda de sódio para o túbulo distal, vamos ter a secreção de renina na sua forma ativa que é chamada de renina. Nas células justaglomerulares tem regulação do sistema simpático. Essa ativação simpática Excitatórios ↑ Simpática (beta -1) (AMPc – PKA) BARO Hipotensão ↓ Demanda NaCl (diminui vol. Cel) Inibitórios Angiotensina II ANP Sintetizada e Armazenada age nas células justaglomerulares através de receptores beta-1. Quando ocorrer esse estímulo simpático nessa região, ocorre liberação de renina. Outra forma de liberação de renina por essas células é quando ocorre diminuição da perfusão da arteríola aferente. Ou seja, diminui o volume de sangue que chega a arteríola aferente. Consequentemente, essas células justaglomerulares, que também são conhecidas como barorreceptores detectam o menor volume sanguíneo. Isso faz com que essas células secretem renina. O terceiro estímulo é por algumas células presentes no túbulo distal, na mácula densa. Parece existir uma comunicação entre as células da mácula densa e as células justaglomerulares. Essas células da mácula densa são responsáveis por detectar a concentração de sódio na luz do lúmen. Toda vez que diminui a concentração de sódio no interior do túbulo distal, elas estimulam as células justaglomerulares a liberarem renina. Em uma situação emergencial, como uma hemorragia, eu tenho atividade simpática aumentada. Existe também uma hipotensão geral e uma hipoperfusão da arteríola aferente. O que faz a filtração acontecer é a pressão hidrostática. O capilar glomerular é fenestrado. Algumas células da cápsula de Bowman também participam da filtração, mas quem faz isso é principalmente as células do capilar glomerular. Sempre que tem um aumento da pressão hidrostática, aumenta a filtração do capilar glomerular. Água, sódio, íons passam por essas fenestrações e caem na cápsula de Bowman. Se eu tenho uma diminuição da perfusão, a pressão hidrostática diminui. Isso leva a diminuição da filtração de sódio e cloreto. Como consequência, a mácula densa percebe essa diminuição e estimula as células justaglomerulares. Se eu pensar em uma pressão arterial normal e fizer uma vasoconstrição de arteríola aferente, diminui a pressão hidrostática. Se eu fizer uma vasoconstrição de arteríola eferente e manter o calibre da arteríola aferente, aumenta a pressão hidrostática e consequentemente aumenta a filtração glomerular. A renina é uma enzima. Ela não é uma substância ativa que vai agir para o controle da pressão arterial. Quando a renina secretada pelas células justaglomerulares age no angiotensinogênio, ela transforma ele em um decapeptídeo, a angiotensina 1. A renina tem uma ação de aproximadamente 30 minutos a 1 hora, fazendo a produção da angiotensina 1. Se eu pensar em uma situação hemorrágica, que é clássica, esse sistema vai estar a todo vapor. O sistema renina angiotensina está funcionando a todo momento, fisiologicamente. Mas se eu pensar em uma situação hemorrágica, ela é muito clara para esses efeitos que fazem as células justaglomerulares liberarem a renina e então ter ação no angiotensinogênio. A angiotensia I possui pequena ação vasoconstritora. Essa angiotensia I continua na circulação. Ela vai sofrer uma ação de outra enzima, conhecida como enzima conversora de angiotensina (ECA). Vários livros dizem que a ECA está principalmente no endotélio vascular dos pulmões. Na verdade ela está presente em todo o endotélio vascular. O que acontece de chamar atenção para os pulmões, é que neles a gente tem uma grande vascularização. Então, a angiotensina I sofre a ação da ECA e se transforma em um octapeptídeo, a angiotensina II. A angiotensina II que vai ter todas as funções de estímulos de secreção humoral e de estímulo na vasculatura. Ela possui ação aproximada de 1 a 2 minutos, depois ela fica inativada pelas angiotensinases. A angiotensina II vai agir em dois receptores: AT1 e AT2, metabotrópicos. Ela vai ter uma ação direta promovendo vasoconstrição, aumentando a pressão arterial por promover essa vasoconstrição. Isso ocorre principalmente por ação em receptores do tipo AT1, ativando proteína quinase C e aumentando a concentração de cálcio intracelular. Ou seja, temos uma vasoconstrição por ação de angiotensina II diretamente nos vasos. Essa vasoconstrição por meio dos receptores AT1 ocorre principalmente na arteríola eferente. Isso aumenta a filtração. A arteríola eferente dá origem aos vasos periglomerulares, que vão passar ao longo de todo o glomérulo. A vasoconstrição da arteríola eferente aumenta a pressão hidrostática no interior dos vasos. Consequentemente, isso aumenta a filtração. A pressão hidrostática na arteríola eferente vai estar baixa, e a pressão oncótica vai estar alta. A pressão oncótica dos vasos peritubulares aumenta, consequentemente, vai absorver água, principalmente na região perto do túbulo proximal. (O professor desenhou uma célula do túbulo proximal e o trocador da bomba de sódio e potássio). A bomba de sódio e potássio coloca três sódios para fora e dois potássios para dentro. A bomba é responsável pela geração de todo o gradiente ao longo de todo túbulo renal. É extremamente importante para o funcionamento renal. Eu tenho alguns transportadores de sódio e glicose para o interior da célula. Mas esse transporte precisa de gradiente para acontecer, e esse gradiente é gerado pela bomba de sódio e potássio. A bomba cria um gradiente eletrogênico, ela tira mais carga positiva do que coloca e consequentemente, o interior da célula fica mais negativo. Então, o sódio sai do interior da célula pela bomba, mas o transportador de sódio e glicose coloca o sódio de volta no interior da célula. Esse transportador de sócio e glicose é só um exemplo, pode ter também de sódio e aminoácidos e outros. A angiotensina II aumenta a atividade da bomba de sódio e potássio. Logo, a célula reabsorve mais sódio a todo momento no túbulo proximal. Isso faz com que mais sódio entre no interior da célula, mais sódio seja reabsorvido para o sangue. Junto com o sangue vai a água. Consequentemente aumenta o volume de sangue. Lembra que eu falei desse sistema renina-angiotensina em uma hemorragia? O que eu estou precisando? Aumentar volume. E é o que está acontecendo, reabsorção de sódio e água. Além disso, existe uma ação direta da angiotensina II na musculatura cardíaca. Principalmente quando pensamos em receptores AT2, parece que estão ligados ao remodelamento cardíaco. Então, a alteração da musculatura cardíaca. Parece que esses receptores também podem estar ligados a processos inflamatórios. Outra coisa que a angiotensina II faz, ela aumenta o inotropismo e o cronotropismo cardíaco por ação direta em receptores AT1. Além disso ela intensifica a atividade do sistema nervoso simpático. Além disso, a angiotensina II vai agir diretamente na neuro-hipófise e promover a liberação do hormônio antidiurético (ADH). Então eu preciso reter volume? Vai agir o ADH que vai inibir a diurese, consequentemente aumenta o volume. Além disso ela vai diretamente no córtex-adrenal aumentando a secreção de Aldosterona, esta reabsorve principalmente sódio para a retenção de volume. Todo este sistema aqui, se pensarmos, fisiologicamente, vai estar acontecendoa todo momento. Se pensarmos em uma situação dramática, todo este sistema vai estar ativado, na sua carga máxima de trabalho, para a manutenção de volume. Veja bem, nós falamos da via principal, angiotensinogênio sofrendo a ação da renina formando angiotensina I esta vai sofre ação da enzima conversora de angiotensina, da ECA que vai estar no endotélio vascular, que vai ser transformado em angiotensina II. Esta é a via principal que a gente precisa de conhecimento hoje, existem outras vias também, por exemplo, temo a via da ECA 2 e vamos ter a transformação da angiotensina 1 em angiotensina 1-9. (provavelmente vocês verão estas vias com a professora Dani). A partir da transformação dessas angiotensinas, 7, 3 e 4, pode estar relacionado não a vasoconstrição e sim a vasodilatação. Hoje vocês precisam saber a via principal, angiotensina II. Além dessas ações diretas, a angiotensina II vai aumentar a atividade simpática. Então olha só este esquema (figura ao lado) é aquele esquema falando dos barorreceptores, lembra da ativação dos Barorreceptores? Por que eles são ativos? Estiramento e aumentou a PA. Olha só o que a angiotensina II ela faz através dos receptores AT1 (não da para ouvir muito bem), ela diminui a sensibilização dos barorreceptores e diminui também a ativação do núcleo no trato solitário dessa via aqui dos barorreceptores (detectam um aumento da PA) a angiotensina II vai aumentar a PA. Além disso a angiotensina II tem ação direta no vasculaturas através dos receptores AT1 e também na neurotransmissão noradrenégica agindo diretamente nos vasos. A angiotensina II inibiu uma via que inibiria os núcleos simpáticos de ativação da coluna intermédio lateral, consequentemente estes núcleos possuem atividade, autoativação que foi liberado de um pulso inibitório e consequentemente ficam ativados, liberando atividade do sistema autônomo simpático. A angiotensina II tem ação direta na vasculatura e tem ação na neurotransmissão de noradrenalina no vaso. A angiotensina II aumenta a liberação de noradrenalina pelos terminais nervosos. Quando a noradrenalina e liberada nos terminais nervosos que vai promover a vasoconstrição a angiotensina II faz com que aumente a liberação dessa noradrenalina, aumentando a concentração de cálcio no interior dos terminais pré-sinápticos, consequentemente mais vesículas vão levar noradrenalina que vão ser liberados, além disso, diminui também a receptação de noradrenalina, fazendo com que esta fique por mais tempo disponível na fenda sináptica para promover ainda mais a vasoconstrição. A angiotensina II, quando age em receptores AT2, ela possui outra função, ela ativa a via de NO e promove relaxamento. Aqui vai entrar aqueles outros tipos de angiotensina também. A ativação desses receptores aqui no endotélio, faz com que sejam liberados um fator chamado Fator hiperpolarizante, este fator é ligado a hiperpolarização através da abertura dos canais de potássio. Vamos ter uma vasodilatação. (adendo do Marcelo) dependendo o tipo de angiotensina que agir (3,4, 7) no endotélio pode promover a liberação de bradicinina e causar mais vasodilatação. Falas do Marcelo - tem que ficar claro a via da angiotensina II promovendo a vasoconstrição!! A angiotensina II também vai agir na supra renal, liberando Aldosterona que vai reter sódio. A Aldosterona vai agir no túbulo renal (no túbulo e no ducto coletor). A aldosterona age diretamente na bomba de sódio e potássio promovendo aumento da sua atividade, promove o aumento de reabsorção de sódio, consequentemente mais potássio no interior da célula, também promove algumas alterações na atividade de algumas proteínas (trocador de sódio e hidrogênio e outro trocador sódio e potássio) aumentando sua atividade. Então bomba de sódio e potássio foi ativada, trabalhando intensamente, a concentração de sódio no interior, mais sódio precisa entrar. O sódio então troca com hidrogênio e troca com potássio. Por isso quando a gente pensa na ação da angiotensina por liberar aldosterona a gente pensa que ela promove excreção de potássio, ou seja potássio vai ser perder na urina. Aldosterona vai agir intracelular no seu receptor especifico, ativa bomba de sódio e potássio mais sódio vai ser reabsorvido e além disso ela atua nos trocadores de sódio hidrogênio e sódio potássio. Ela aumenta a permeabilidade na membrana luminal ao potássio, fazendo com que mais potássio saia da célula, tanto por ativar o trocador de sódio e potássio, tanto pela inserção canais de potássio na membrana luminal (mais potássio seja secretado na luz do túbulo) assim vamos perder potássio. Temos fármacos que diminui e perca de potássio. Vasopressina (ADH – Hormonio anti-diurético) Produzida no ducto paraventricular no hipotálamo, ela tem a função tanto de promover uma vasoconstrição, ou seja, uma ação direta nos vasos, e também de aumentar o volume através da reabsorção de água. Nos vasos ela age através de receptores B1 aumentando a via de sinalização de proteína Gq, cominando com aumento da concentração de cálcio, (vasoconstrição). Ela também inibe canais de potássio (promove aumento da carga positiva para despolarizar a célula). Nos túbulos renais, também possui ação direta nos tubos distais, o ADH vai agir nos receptores B2, ativando uma proteína Gs, a qual vai promover a ativação da proteína quinase A, essa proteína vai fazer com que algumas vesículas transportadoras de agua (aquaporinas do tipo 2), vão ser inseridas na membrana luminal, que vão captar a água. (Reabsorve a agua) Além disso ela promove também um aumento da reabsorção Existe uma célula que vão reabsorve tirar da luz do tubo e trazer para luz do tubo sódio potássio e 2 cloretos e joga para o interstício, tirando do tubo vai diluir, e no interstício vai concentrar uma região que tem aquaporinas para reabsorção de agua (tirado lúmen e joga para o interstício) Vasopressina vai estimular o transportador (aumenta sua atividade) presente da alça de henz, chamado de ramo diluidor porque ela tira solutos dessa região para o interstício (sódio potássio e cloreto) que depois passa para o sangue, tirando só solutos eu vou estar concentrando essa região do interstício, essa região do interstício é a região responsável pela reabsorção de agua por meios das aquaporinas, então quanto mais concentrada essa região mais agua vai ser reabsorvida, justamente o que acontece. Então a vasopressina aumenta a atividade desse transportador, fazendo com que o interstício fique cada vez mais concentrada, os vasos peritubalres cada vez mais concentrado, e consequentemente a reabsorção de agua vai acontecer de uma forma mais intensificada para diluir esse meio, assim as aquaporinas vão ser inseridas para ocorrer essa reabsorção de uma forma mais rápida. Importância do sistema renina angiotensina aldosterona: No gráfico mostra um animal com sistema renina funcionando e outro sem esse funcionamento. Quando o animal que possui sistema renina, entra em hemorragia a pressão arterial média cai a níveis extremamente baixos, ele consegue elevar a pressão para aproximadamente 75mmHg, devido a todos esses mecanismos que já falamos, mantendo a pressão arterial, tanto por reabsorver sódio e volume, tanto por vasoconstrição. Já o animal que não possui sistema renina, a sua pressão eleva um pouco porem de forma mínima podendo assim vir a óbito muito mais rápido. Quando a gente pensa nesse sistema na ingesta de sódio, ocorre justamente o feedback negativo do controle de sistema. Quando eu aumento a ingestão de sódio que aumenta volume celular que aumenta PA, o sistema renina é inibido. Pois seu estimulo é PA baixa, baixo volume. Então é uma das formas de controle do volume hídrico, por exemplo quando tomamos muita agua vamos mais ao banheiro, ou seja, uma inibição do sistema renina, além deaumenta a circulação também que aumenta a diurese. Fator natriurético atrial Produzido nos átrios, no encéfalo também onde possui outro nome Prof esqueceu o nome kkkkk. Todas as vezes que temos aumento do volume, aumento do retorno venoso, vamos ter uma distensão das paredes do átrio, essa distensão atrial vai fazer com que os átrios secretem peptidio natiuretico atrial, o qual tem uma ação direta através dos receptores AR nos vasos sanguíneos ativando as vias de adenilatociclase (oxido nítrico) levando a uma vasodilatação Segunda resposta diminui debito cardíaco porque diminui retorno venoso. Vasodilatação renal promovendo aumento da filtração gromerular, natriurese e diurese. Aumenta a filtração. O sistema renina vai ser inibido devido, aumenta do aporte sanguíneo (vasodilatação).