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MODELOS ATÔMICOS RESUMO Atomística = estudo do átomo A ideia de átomo que temos hoje é uma evolução de uma série de modelos anteriores. Cada um acrescentou um pouco aos conceitos. A ideia da constituição da matéria iniciou antes de Cristo. A humanidade sempre buscou entender a matéria. Escola Atomista surge na antiguidade, com Leucipo e Demócrito. O último afirma: “Não existe nada além de átomo e espaço vazio”. Átomo = indivisível, pedaço indivisível de qualquer material se cortado múltiplas vezes até tal pedaço. História do átomo por seus principais pensadores: Filósofos, Dalton, Thomson, Goldstein, Rutherford, Chadwick, Bohr, Sommerfeld. Como cada ideia veio a suprir demandas das ideias anteriores? → Ideia inicial, na antiguidade, não teve base científica e não foi considerada um modelo atômico Dalton (primeiro modelo) Postulados a partir de experimentos → Todo material é formado por pequenas partículas chamadas átomos, considerados indivisíveis (propõe com base em dados experimentais). → Esfera maciça, indivisível, indestrutível, eletricamente neutra, totalmente robusta. → Quantidade pequena de átomos de elementos diferentes. Átomos do mesmo elemento possuem massa, tamanho e propriedades iguais. Elementos diferentes, propriedades, massa e tamanho diferentes (surge ideia dos elementos). → Átomo composto (conceito de molécula que conhecemos). Constituem as matérias em proporções de números inteiros e pequenos (1:1; 2:2; 1:3). → Para transformar uma matéria em outra há rearranjo (reorganização) de átomos → Problemas - Ideia de átomo composto (pela lei ponderal de Gay-Lussac). - Não sabia-se explicar os efeitos elétricos da matéria em um modelo de átomo neutro, indivisível e maciço (incompleto) Modelo de Dalton ficou conhecido como ‘bola de bilhar’. Thomson (segundo modelo) Vem para explicar a natureza elétrica da matéria Experiência com tubo de Crookes (ou ampola de Crookes) Ampola de vidro com dois eletrodos ligados a uma bateria com pólos negativo (cátodo) e positivo (ânodo); fez-se vácuo, inseriu H2 na ampola e observou o surgimento de raios catódicos; tentou entender os raios adicionando um anteparo e notou sombra exatamente paralela ao objeto; conclusão: raios caminhavam retilineamente; segundo experimento: inseriu algo semelhante a um cata-vento; cata-vento girava: algo, nos raios, apresentava massa; aplicou, por duas barras (uma + e outra -), ddp e observou desvio da trajetória dos raios com inclinação para o lado positivo. Conclusões sobre os raios: 1) trajetória retilínea 2) possuem massa 3) carga negativa 4) propõe razão massa-carga Thomson é o pai do elétron: Descobriu o elétron (raios catódicos) → Modelo: Fluido positivo (com carga +) com elétrons incrustados. Semelhante a um pudim de passas, onde a massa tinha cargas positivas e as passas eram os elétrons. Goldstein Usou mesmo experimento de Thomson e descobriu que eletrodo tinha buracos e que alguma partícula voltava no sentido contrário dos elétrons e fazia “feridas” no eletrodo. Chamou de prótons. Estimulou Rutherford a provar que Thomson estava certo. Surge experimento de Rutherford. Rutherford (terceiro modelo atômico) Inseriu o elemento Po (Polonio), sabidamente radioativo na época, em uma caixinha de Pb (Chumbo). Partículas alfa, provenientes do polônio, bombardeavam uma lâmina fina de ouro que era cercada por uma tela reveladora. Caso Thomson estivesse certo, nada passaria pela lâmina de ouro, já que o átomo era contínuo e não tinha espaço vazio. Nada, em teoria, deveria ser revelado na lâmina de sulfeto de zinco. Resultados: Houve impressão na lâmina em posições que mostravam percursos diferentes das partículas (caminhos sem e com desvios de trajetória das partículas alfa). Matéria não era descontínua, havia grandes espaços vazios (partículas passavam sem desvios) e algo, positivamente carregado, que mudava a trajetória das partículas. Conclusão de Rutherford: Átomo é grande vazio com algumas regiões de carga positiva (núcleo) e a eletrosfera (com elétrons). Descobriu razão entre núcleo e eletrosfera: 10 mil a 100000 vezes maior que o núcleo. Proporção próxima a de uma bola de tênis e o estádio do Maracanã. Seu modelo ficou conhecido como ‘Sistema Planetário’. O Núcleo seria o sol e os elétrons, os planetas. Chadwick Questionamento do modelo de Rutherford: Como poderia haver estabilidade do átomo se cargas positivas ficavam juntas no núcleo? Incompatível com conceitos de eletricidade da época. Deve ter algo entre os prótons que estabilizam o núcleo, separando as cargas positivas, que teria carga neutra. Surge a ideia do nêutron. Tabela das partículas Massa Carga Prótons 1 + Nêutrons 1 ø Elétrons 1/1836 - Bohr ou Rutherford-Bohr (quarto modelo) Insatisfações com o modelo anterior: Elétrons iriam colidir com o núcleo, teriam que ter certa quantidade de energia própria (quantum de energia) em suas órbitas para que isso não aconteça. As órbitas apresentariam quantidade de energia definidas e elétrons com aquela energia ocuparia tal espaço. Camadas com letras identificariam a camada e sua distância ao núcleo: K, L, M, N, O, P, Q. Quanto mais externo for o nível, maior será sua energia. Se elétron ganha energia, ele absorve-a e salta para uma camada mais externa que comporta seu novo nível de energia. O estado novo é instável e a tendência é que o elétron volte ao nível anterior. Retorno acontece com emissão de energia na forma de fóton (luz). Essa transição dos elétrons explica fenômenos como os dos fogos de artifício e a cor gerada por alguns elementos ao serem expostos a uma chama. Sommerfeld Último modelo do ensino médio → Trajetórias elípticas dos elétrons. → Cada camada é dividida em subníveis ou subcamadas. Um núcleo com elétrons girando em trajetória elíptica O átomo hoje Duas regiões importantes: → Núcleo: espaço onde temos prótons e nêutrons. Densa e contendo toda a massa do átomo → Eletrosfera: espaço com elétrons. Gera o tamanho do átomo. Como identificar um átomo: por um número chamado número atômico (que identifica o número de prótons de um átomo), o “RG” do átomo. Carga no núcleo, associada ao Z, determina boa parte docomportamento do átomo. → Partículas onda Partículas de dimensões atômicas têm propriedades duais, ora se comportam como partícula (ao colidirem com anteparos, por exemplo), ora como onda (ao se propagarem, exemplo). O elétron tem esse comportamento.