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Miriam Fábia_ Impacto brutal na formação dos jovens Meus Sertões

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31/12/2022 Miriam Fábia: “Impacto brutal na formação dos jovens” – Meus Sertões
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Miriam Fábia: “Impacto brutal na formação dos jovens”
 8 de junho de 2022  05:25  Sem comentários
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Paulo Oliveira
Doutora em educação, professora da Universidade Federal de Goiás e coordenadora do Grupo
de Estudos e pesquisas em Políticas Educacionais e Juventude (GEPEJ), especializado em
estudos sobre militarização de escolas, Miriam Fábia Alves acredita que este processo ainda
vai se expandir muito, mesmo que a extrema-direita perca as próximas eleições. Ela se baseia
em cenário que inclui o avanço do conservadorismo, os interesses eleitoreiros e o processo de
apropriação deste modelo por escolas particulares.
Miriam acrescenta que tem ouvido colegas professores aderirem ao sistema com a
justi�cativa que agora conseguem dar aula, portanto os alunos têm que aprender. Ela critica
este posicionamento, baseado na redução de esforço para pensar em diferentes estratégias e
metodologias que convençam e mobilizem os estudantes para o aprendizado. A coordenadora
do Gepej considera que este tipo de ensino causa um impacto brutal na formação das crianças
e adolescentes por não privilegiar uma cultura pautada na ciência, na dúvida, na indagação e
no questionamento.
Nesta entrevista a Meus Sertões, Miriam rebate os argumentos a favor dos convênios de
gestão compartilhada entre as forças militares e secretarias de educação, cita modelos mais
e�cientes de formação e de redução da violência nas escolas e de�ne como “grande desgraça”
a transformação de um programa de escolas cívico-militares em política pública de estado.
 
Qual a de�nição de militarização do ensino?
Os diversos processos de entrega das escolas à mão da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros
e das forças militares em voga no Brasil inteiro. São acordos feitos de diferentes maneiras:
entre secretarias estaduais e municipais de educação e as polícias; secretarias e uma ONG
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criada por policiais para fazer propostas pedagógicas e implantar a militarização no cotidiano
dos colégios. Não é um processo uni�cado, mas vem ganhando capilaridade.
 
Quais os argumentos utilizados para justi�car a militarização das escolas?
Nessa lógica de fazer uma avaliação standartizada, nacional, desconsiderando as diferentes
realidades, essas escolas têm conseguido produzir o que os defensores chamam de um
resultado positivo. Por quê? Porque acaba que os estudantes dessas escolas têm resultados
melhores nas avaliações nacionais. Esse é um argumento: qualidade dessas escolas. Óbvio que
esse é um discurso de senso comum, que desconsidera todas as variáveis que compõem o
resultado que se chega. Aqui em Goiás, isso é muito usado para dizer que as escolas têm
qualidade, são desejadas, são objeto de disputa e que o modelo precisa ser expandido. O
discurso da qualidade é utilizado recorrentemente.
 
Mas nossa apuração constatou que essas escolas são excludentes e vão se elitizando com o
passar do tempo.
Aí você traz um item que temos mapeado nas pesquisas nacionais. Mesmo quando se diz que
essa escola é para uma população vulnerável, que está acometida pelas condições de vida
mais difíceis, esse público não permanece nessas escolas.
 
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Escola de Campo Formosomudou para longe dos
bairros vulneráveis. Foto: Paulo Oliveira
 
Que outras características a senhora ressalta nesse processo?
O discurso da disciplina colou muito em um país que está na contramão dos direitos humanos,
um país que arma a população, uma país que defende a violência policial como controle da
população, um país que investe pouco em políticas públicas para todos.  A disciplina é um
chamariz, que serve de bandeira para divulgar esses colégios. Por isso, o que chamam de
formação cidadã está vinculada à formação militarizada: obediência, marcha, ordem unida,
todo o rito militarizado. Esse é um outro elemento.
O discurso de criminalização da juventude também tem ganho adesão. Esses jovens e
adolescentes são apresentados como perigosos, indisciplinados, incontroláveis. E, se o mundo
civil não dá conta, o mundo militar é chamado para fazer o controle desse público.
 
Até que ponto a questão religiosa se mistura com a militarização?
A gente precisa considerar que o cenário brasileiro é de avanço neoconservador. A gente pode
dialogar com Michal Apple [1] e a realidade americana, mas a gente pode dialogar com os
traços de como essa realidade americana vai se implementando na realidade brasileira. Um
estado cada vez mais marcado pela apropriação religiosa cristã. O movimento que Apple
chama de “evangelismo” está muito presente.
A pauta dos costumes discutida na campanha de 2018, que culminou na eleição do atual
governo, é recorrentemente chamada para dizer que educação você quer e, ao mesmo tempo,
atacar o que está sendo feito. Os temas vinculados aos costumes, ao homeschooling (educação
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escolar em casa), ao empreendedorismo e à questão religiosa se juntam em um modelo
militarizado de educação, que vai ganhando cada vez mais visibilidade como modelo
desejado.
Essas coisas estão muito imbricadas e é por isso que assumem características cada vez mais
diversas, mas uni�cadas em um ponto: “a população civil não é capaz de fazer escola, é
preciso que nós chamemos forças militares”.
 
E qual a participação do governo federal nesse processo?
Ao criar o Programa das Escolas Cívico-Militares (Pecim), ele ampliou o leque da
militarização, deu visibilidade nacional, tornando esse processo em política pública do estado
brasileiro. Essa é a grande desgraça. Se fosse apenas um programa do governo federal, a
tendência era ser deixado de lado. A gente sabe como funciona a lógica da política quando há
mudança de poder. No entanto, a gente vê a ação dos municípios, dos estados militarizando
escolas. Então esse processo não é tão simples. Se a Bahia, onde há um governo progressista
em tese, faz isso, imagine o que acontece no caso de Goiás.
 
Algumas pessoas dizem que o universo de escolas e alunos ainda é pequeno. Mas até que
ponto isso pode alcançar?
São poucas unidades se consideramos o universo escolar. Mas o Paraná militarizou 206
escolas,  entre o �nal de 2020 e 2021 Isso equivalente a 10% do total da rede estadual.
 
A senhora pode resumir o que aconteceu no Paraná?
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O governo, na onda do Pecim, criou uma lei militarizando as escolas. Ele usou a mesma
argumentação de sempre: disciplina, qualidade do ensino, controle da violência e da
juventude. E utilizou o termo “cívico-militar”. Isso não é de graça. Normalmente não gostam
de usar “militarização” como conceito, preferem “gestão compartilhada”. Entre 2020 e 2021, o
Paraná militarizou de uma tacada um lote de escolas [2], equivalente a 10% da rede pública.
Hoje, o estado tem o maior número de escolas militarizadas no país. A Bahia está em segundo
lugar e Goiás, em terceiro. Em um ano, o número de escolas militarizadas dobrou em todo o
Brasil. O boom nesse período é impressionante.
 
Propaganda do colégio Batalha do Riachuelo,
em Fortaleza, no Ceará. Reprodução
 
Porque também lhe preocupa a proliferação desse tipo de escolas na rede particular?
A quantidade de escolas tem me preocupado desde que comecei a debater este tema aqui em
Goiás, em 2013. E era um número bem menor naquele período, além das experiências serem
silenciosas.  Tinha uma no Mato Grosso, uma ou outra no Norte do país. Mais recentemente,
estamos observando escolas privadas se anunciando como militarizadas. Goiás está fazendo
algumas experiências. Você contrata uma empresa para fazer assessoria e ela vende um
projeto pedagógico e de treinamento para professores para militarizar o cotidiano dos alunos.
É o mercado se apropriando desse modelo com a promessa de educação de qualidade.
 
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Do ponto de vista pedagógico, os alunos têm algum ganho ou é apenas doutrinação?
Essas escolas são altamente conteudistas. O impacto do ponto de vista pedagógico ocorre por
conta de um sistema de organização muitíssimo competitivo, com premiações e distinção a
partir dos resultados. Temos ouvido muitos colegas professores que dizem que o modelo é
bom. Eles justi�cam: ‘Eu consigo dar minha aula e o aluno tem que aprender’. Isso quer dizer
que não precisam ter esforço para convencer e  mobilizar o aluno para ele aprender. Não é
necessário pensar diferentes estratégias e metodologias.
A minha hipótese é de que a forma como é pensado o ensino dessas escolas é extremamente
prejudicial para o desenvolvimento intelectual de autonomia formativa e intelectual da
juventude. Porque, ao invés de fazer uma cultura acadêmica pautada na ciência, na dúvida, na
indagação, no questionamento, você faz o contrário. Faz uma cultura de uma obediência e de
um conteudismo [3] inquestionável. Se a gente disciplina, por outro lado mata a possibilidade
de desenvolvimento de uma autonomia intelectual, que não está pautada na obediência. É
uma coisa que a gente tem que acompanhar com cuidado.
Para mim, há um impacto muito brutal na formação dos jovens, quando matam o direito deles
assumirem suas identidades, de ser jovem e exercitar a juventude. Fiscaliza-se a roupa, o
cabelo, o jeito de andar, de vestir, o local que eles frequentam. Hoje devemos ter 480 escolas
militarizadas no  Brasil, que impactam signi�cativamente na formação dos adolescentes e
jovens.
 
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Escola Parque São Cristóvão [4] foi tema
de dissertação. Reprodução do
Facebook
 
Existem modelos que podem reduzir a violência nas escolas, sem este método autoritário?
As experiências das escolas abertas [5] nas comunidades periféricas desse país são
fantásticas. Elas atuam com as comunidades e incentivam a inserção da escola no cotidiano,
na vida, investindo em cultura, arte, lazer e outros direitos básicos, que são cotidianamente
negados a essas populações. Essas iniciativas mostram que a gente precisa muito mais disso
do que militarizar escolas. Os resultados são ótimos.
Os institutos federais, que oferecem educação integral, arte, música, teatro e experiências
distintas de ampliar a formação, resultam em estudantes felizes e com bons êxitos na
avaliação nacional. O ideal não é reduzir a formação, é ampliar. Os bons resultados passam
pela ampliação do escopo formativo.
Se você olhar o currículo das escolas mais caras desse país, elas anunciam o quê? A
criatividade, a convivência, diferentes jogos. Esse modelo militarizado reduz todos esses
aspectos e foca na obediência, no conteudismo, na doutrinação. É pouco frente a tudo o que
nós temos que aprender.
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Por que o modelo militarizado atrai políticos de diferentes espectros?
Tem dois elementos em relação a isso. A escola como retrato da população conservadora e do
neoconservadorismo brasileiro. É o retrato de um liberalismo que quer dizer que as escolas
existentes fracassaram. Os colégios militarizados representam esse grupo. Outro fato é que os
políticos gostam do cunho eleitoreiro da proposta. Quando a gente olha os dados, vê que em
Goiás a militarização acontece no ano anterior às eleições (Nota da redação: Na Bahia ela
ocorreu em 2018, ano eleitoral. O governador Rui Costa, que autorizou o modelo, se candidatou
e foi reeleito em primeiro turno).
 
Qual a tendência desse processo nos próximos anos?
Pode ser que eu esteja contaminada pelos dados atuais, mas acho que a gente ainda vai ter
expansão da militarização por causa da adesão dos governos estaduais e municipais. Seja qual
for o resultado das eleições deste ano, a tendência ainda é de crescimento, também nas
escolas privadas. O cenário é ruim.
 
O fator �nanceiro, incluindo os custos dos municípios com obras, salários e uniformes, e a
falta de policiais da reserva em muitos municípios baianos não podem limitar o avanço da
militarização escolar?
Os modelos existentes podem ser reinventados. Em Goiás não há problemas �nanceiros
nessas escolas porque elas cobram uma taxa [6] para a manutenção e gastos diversos, através
da associação de pais e mestres, com apoio da PM. Não é um valor baixo. O Ministério Público
diz que não pode cobrar, mas continua do mesmo jeito. Aqui também os responsáveis pela
disciplina podem ser policiais da ativa.
 
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Na Bahia, o comandante da PM que implementou a militarização vai ser candidato a
deputado federal. Uma das bandeiras dele é ampliar o método CPM para outros níveis de
ensino.
O que você está falando é um dado muito mais complicado. Provavelmente esse é um
candidato eleito, por conta do que a gente conhece das tendências eleitorais. E aí é alguém que
vai advogar isso com mais outro grupo, na Câmara dos Deputados. É preocupante em um país
que vem valorizando a cultura militarizadora; a cultura de controle e extermínio de
determinadas populações; a cultura de morte; de armamento; uma cultura altamente
evangélica. E, ao contrário do processo de democratização que visava publicizar ainda mais os
espaços privados e garantir direitos, estamos na contramão disso. Estamos privatizando o que
devia ser público.
 
———————————————————————————————————————————–
[1] Michael Whitman Apple é um teórico americano especializado em educação e poder,
política cultural, teoria e pesquisa curricular, ensino crítico e desenvolvimento de escolas
democráticas. Apple desenvolveu um trabalho signi�cativo mostrando que o currículo nada
mais é que uma série de temas determinados por agrupamentos sociais, que decidem o que
deve ser transmitidos no ambiente escolar. Ou seja, é um instrumento de poder na preservação
da sociedade em sua atual con�guração. Ele a�rma que as políticas em educação não podem
�car restritas ao conteúdo imposto, elas devem ser pensadas como políticas culturais,
incluindo fatores como raça, gênero, relações de classe, diferentes identidades, objetivos
econômicos e o papel do Estado, algo bem diferente do que estabelece o modelo de ensino
militarizado.
[2] Em 25 de maio de 2021 o estado tinha 206 colégios públicos – 15 na capital e 191 no interior
– militarizado. Segundo a Rede Lume (https://redelume.com.br/2021/05/23/parana-ganha-
observatorio-de-escolas-militarizadas/), iniciativa de jornalismo independente, isto motivou a
criação do Observatório de Escolas Militarizadas para promover ações de monitoramento,
https://redelume.com.br/2021/05/23/parana-ganha-observatorio-de-escolas-militarizadas/
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levantamento de dados e medidas políticas e judiciais contra violações de direitos da
comunidade escolar, gerada a partir da decisão do governador Ratinho Jr, aliado do presidente
Jair Bolsonaro.
[3] Conteudismo é um conceito utilizado para contextualizar a fragmentação do conhecimento
acadêmico, a transferência hierárquica do conhecimento do professor para o aluno, no qual o
educando é um mero receptor de conhecimentos, sem se preocupar com a conquista deles de
forma natural e sem respeitar o processo de aprendizagem. Trata-se da excessiva exigência de
memorização de algoritmos e terminologias, descontextualização e ausência de articulação
com as demais disciplinas do currículo, num cumprimento restrito do currículo escolar.
[4] A dissertação “A relação família-escola: a experiência de uma escola pública da periferia de
Salvador” (http://ri.ucsal.br:8080/jspui/bitstream/123456730/159/1/Janete%20S.R%20-
UCSAL.pdf), de autoria da professora Janete dos Santos Reis (Universidade Católica de
Salvador – 2013) revela que os alunos da unidade, além das aulas regulares, têm atividades de
inglês, informática, teatro, artes e capoeira. A proposta pedagógica prevê o ensino de história e
cultura afro-brasileira, africana e indígena e existem projetos de inclusão e de
complementação educacional (leitura, matemática e recursos tecnológicos) no contraturno,
ancoradas no programa Mais Educação. Tudo é destinado a estudantes em contexto de
vulnerabilidade social ou que apresentem algum tipo de dé�cit de aprendizagem. A escola, de
acordo com Janete, também acolhe a comunidade nos �nais de semana, realizando o�cinas
pedagógicas, socioculturais e pro�ssionalizantes oferecidas pelo Programa Escola Aberta.
[5] O Programa Escola Aberta incentiva e apoia a abertura, nos �nais de semana, de unidades
escolares públicas localizadas em territórios de vulnerabilidade social. A iniciativa foi criada
em 2004, em parceria com a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura). Começou no Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco e se expandiu para todo
o país.
[6] Por serem públicas, as escolas não podem cobrar taxas. Por causa disso foi criado o artifício
da cobrança pela associação de pais e mestres. A alegação do comando da Polícia Militar é
que o pagamento é voluntário.
http://ri.ucsal.br:8080/jspui/bitstream/123456730/159/1/Janete%20S.R%20-UCSAL.pdf
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–*–*– 
Esta série de reportagens foi �nanciada pelo Edital de Jornalismo de Educação, uma
iniciativa da Jeduca e do Itaú Social.
–*–*–
LEIA A SÉRIE COMPLETA
PARTE I
A militarização das escolas na bahia
(https://www.meussertoes.com.br/2022/05/15/16940/)
O avanço para o interior (https://www.meussertoes.com.br/2022/05/15/a-origem-da-
militarizacao-de-escolas-na-bahia/)
O exemplo goiano (https://www.meussertoes.com.br/2022/05/15/o-exemplo-goiano/) 
Diferentes escolas militares e militarizadas
(https://www.meussertoes.com.br/2022/05/15/as-diferentes-escolas-militares-e-
militarizadas/)
PARTE II
https://www.meussertoes.com.br/2022/05/15/16940/
https://www.meussertoes.com.br/2022/05/15/a-origem-da-militarizacao-de-escolas-na-bahia/
https://www.meussertoes.com.br/2022/05/15/o-exemplo-goiano/
https://www.meussertoes.com.br/2022/05/15/as-diferentes-escolas-militares-e-militarizadas/
31/12/2022 Miriam Fábia: “Impacto brutal na formação dos jovens” – Meus Sertões
https://www.meussertoes.com.br/2022/06/08/um-impacto-brutal-na-formacao-dos-jovens/ 13/22
A elitização da primeira escola militarizada
(https://www.meussertoes.com.br/2022/05/18/uma-escola-em-processo-de-elitizacao/)A história do Colégio Maria do Carmo (https://www.meussertoes.com.br/2022/05/18/o-
projeto-politico-pedagogico-e-a-historia-do-colegio/)
Mães aprovam modelo CPM, �lhos nem tanto
(https://www.meussertoes.com.br/2022/05/18/maes-e-pais-aprovam-modelo-cpm-
�lhos-nem-tanto/)
Fundamental I e ensino médio na mira
(https://www.meussertoes.com.br/2022/05/18/fundamental-i-e-ensino-medio-na-mira-
dos-coroneis/)
PARTE III
Conceição do Jacuípe: boletim expõe alunos (
https://www.meussertoes.com.br/2022/05/25/boletim-disciplinar-expoe-alunos-em-
conceicao-do-jacuipe/)
O regulamento e a cartilha (https://www.meussertoes.com.br/2022/05/25/o-
regulamento-disciplinar-e-a-cartilha/)
Muita fé e só uma mulher entre 466 tutores
(https://www.meussertoes.com.br/2022/05/25/o-per�l-dos-disciplinadores-muita-fe-e-
raras-mulheres/)
https://www.meussertoes.com.br/2022/05/18/uma-escola-em-processo-de-elitizacao/
https://www.meussertoes.com.br/2022/05/18/o-projeto-politico-pedagogico-e-a-historia-do-colegio/
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https://www.meussertoes.com.br/2022/05/25/boletim-disciplinar-expoe-alunos-em-conceicao-do-jacuipe/
https://www.meussertoes.com.br/2022/05/25/o-regulamento-disciplinar-e-a-cartilha/
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31/12/2022 Miriam Fábia: “Impacto brutal na formação dos jovens” – Meus Sertões
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Tutor disciplinar barra aluna negra (https://www.meussertoes.com.br/2022/05/25/tutor-
disciplinar-impede-acesso-de-aluna-negra/)
PARTE IV
Escola troca nome de vítima da ditadura (
https://www.meussertoes.com.br/2022/06/01/escola-militarizada-de-conquista-
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pm-e-com-infraestrutura-precaria/)
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(https://www.meussertoes.com.br/2022/06/01/entre-a-esperanca-e-o-bafo-da-milicia/)
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001-001281/)
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PAULO OLIVEIRA
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EDITOR
Jornalista, editor, professor e consultor, 60 anos. Suas reportagens
ganharam prêmios de direitos humanos e de jornalismo investigativo.
Major Fabiana: ‘Disciplina como ferramenta para a vida’
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O governador emudeceu (https://www.meussertoes.com.br/2022/06/08/o-governador-
taciturno-e-a-militarizacao/)
Depoimentos de ex-alunos do CPM
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Maguila: “Não tenho força para enfrentar o poder do agronegócio”
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27 de dezembro de 2022 • 1 comentário
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O raizeiro de Araci – versão vídeo
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20 de dezembro de 2022 • Nenhum comentário
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Pau de Colher: o massacre não pode ser esquecido
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massacre-nao-pode-ser-esquecido/)
16 de dezembro de 2022 • 1 comentário
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