Prévia do material em texto
Hiper e hipopituitarismo Objetivos: 1. Revisar a morfofisiologia da hipófise 2. Compreender a epidemiologia, a etiologia, a fisiopatologia, manifestações clínicas, diagnóstico e tratamento do hipopituitarismo e hiperpituitarismo. Objetivo 01 ➞ O hipotálamo e a hipófise são os maestros do sistema endócrino; estão localizados na sela túrcica (pequena cavidade óssea na base do crânio). ➞ A hipófise secreta hormônios que estimulam glândulas periféricas; e o hipotálamo contém neurônios que regulam a função hipofisária. HIPÓFISE ➞ Dividida nos lobos anterior (adeno-hipófise) e posterior (nero-hipófise). ➞ A sela túrcica é recoberta por uma deflexão da dura-máter (diafragma da sela), que protege contra a pressão do espaço subaracnóideo. ➞ O quiasma óptico faz relação anterior com o hipotálamo; lateralmente à sela encontram-se os seios cavernosos, o sifão carotídeo e os pares cranianos III (oculomotor), IV (troclear), VI (abducente) e ramos oftálmico e maxilar do V (trigêmeo). Adeno-hipófise ➞ Contém células especializadas na síntese e liberação de hormônios peptídicos. ➞ Sua função é controlada pelos neurônios hipotalâmicos especializados, os quais secretam fatores ou hormônios que estimulam a síntese e liberação dos hormônios hipofisários. LH e FSH – Gonadotrofinas – regulam as gônadas (testículo e ovário). GH – Hormônio do crescimento TSH – tireoide ACTH – suprarrenal Prolactina – hormônio da lactação Hormônios hipofisários: Fatores hipofisiotrópicos: APG 05 “A vida não presta” ➞ Os hormônios liberadores hipotalâmicos chegam a adenohipófise através de um sistema vascular que liga o hipotálamo e a adeno-hipófise (sistema porta hipofisário). ➞ Esse sistema passa pelo pedículo hipofisário, o qual passa pelo diafragma da sela. Sistema porta = pequenas veias que ligam a rede capilar espiralada do hipotálamo aos capilares sinusóides da hipófise. ➞ Os axônios curtos dos neurônios hipotalâmicos secretam hormônios liberadores nos capilares espiralados, que seguem pela porta hipofisária até os sinusóides da glândula. ➞ Se cortar o pedículo hipofisario todas as celulas perdem o estimulo dos fatores liberadores, caindo a secreção de hormônios, exceto com a secreção de prolactina que aumento (ele normalmente recebe influencia mais inibotoria pela dopamina do que estimulatoria do hipotálamo). Neuro-hipófise ➞ Não contém células; é composta por axônios derivados dos neurônios hipotalâmicos, e são responsáveis pela síntese e liberação de ADH e ocitocina. ADH ➞ Hormônio regulador da osmolaridade. ➞ O aumento da osmolaridade estimula os osmorreceptores hipotalâmicos (neurônios) a aumentar a secreção de ADH nos axônios da neuro- hipófise; uma redução maior que 10% do volume circulante (hipovolemia, IC, cirrose hepática com ascite) também estimula a secreção. Ocitocina Através do reflexo da sucção do mamilo, via neurais aferentes estimulam a liberação de ocitocina na neuro-hipófise, permitindo a ejeção do leite. Objetivo 02 Pan-HIPOpituitarismo ➞ Situação na qual todos os hormônios trópicos estão comprometidos e a síndrome clínica varia de acordo com o tipo celular mais envolvido e da gravidade da insuficiência hormonal. ➞ O mais comum é hipopituitarismo, no qual ocorre uma disfunção hormonal mais seletiva. OBS.: A falência hormonal segue uma ordem: GH > LH/FSH > TSH > ACTH> PRL. Por isso crianças primeira característica é perda de crescimento, e no adulto hipogonadismo. ➞ O pan-hipopituitarismo pode ser decorrente de um problema hipofisário ou hipotalâmico ➞ A lesão pode ser no hipotálamo médio-basal (onde os neurônios que secretam os fatores se localizam) ou no pedículo hipofisário. Epidemiologia ➞Taxas de incidência 12-42 de novos casos por milhão/ ano; e prevalência de 300-455 por milhão são provavelmente subestimadas, devido a frequente ocorrência (25-50%) após traumatismos cranioencefálicos. ➞Crianças – Congênito geralmente ➞ Adulto - adquirido Etiologia 1. Doenças hipotalâmicas Uma única lesão hipotalâmica pode comprometer todos eles, levando ao pan-hipituitarismo, diabetes insipidus central e, eventualmente, à obesidade hipotalâmica. O tumor hipotalâmico mais comum é o Adenoma hipofisário (o tumor origina-se na hipófise, mas invade o hipotálamo). Sindrome de Prader Willi- distúrbio genético, microdeleção do cromossomo 15, hipotonia muscular nos primeiros meses de vida, evoluindo pra obesidade hipotalâmica, baixa estatura, alterações craniofaciais, mãos e pes pequenos, retardo mental, hiperfagia podendo levar a DM tipo 2 Predomina deficiência de GnRH e GH Sindrome de Bardet Bield – genética rara, obesidade hipotalâmica, renite pigmentosa, polidactilia e má formação renal Sindrome de Kallman – genético ligado ao X, anosmia, associado a hipogonadismo. Mais comum no sexo masculino, levando a atraso puberal, formando um individuo com alta estatura e envergadura, imberbe, pênis pequenos, voz fina, testículos pré puberais 2. Doenças hipofisárias A causa mais comum é o adenoma hipofisário - tumor intrasselar que pode comprimir a glândula, levando a redução da secreção dos seus hormônios. Sd da Sela Vazia – mais comum no sexo feminino, em que existe um defeito no septo da sela túrcica que permite herniação da membrana aracnoide para o interior da celula. Costuma ser um achado incidental, pode ser secundária a cirurgia, radioterapia ou infarto Hipopituitarismo congênito 1. Anomalias estruturais 2. Distúrbios hereditários 3. Doenças congênitas ➞ Mutações nos fatores de transcrição que determinam o desenvolvimento da adeno-hipófise podem causar o hipopituitarismo: Gene POU1F1 localizado no cromossômica 3p11 codifica uma proteína chamada Pit-1, que ativa a transcrição dos genes do GH, prolactina, TSH e GHRH. Gene PROP-1 (5q35) codifica uma proteÍna expressa nas células secretoras de GH, prolactina e TSH, e sua atividade é necessária para ativação da Pit-1 e da diferenciação das células secretoras de GH, prolactina, TSH e FSH/LH. Gene HESX-1 (3p21.2) estão presentes em pacientes com displasia septo-óptica (hipoplasia do nervo óptico; alterações da linha média – ausência de septo pelúcido, agenesia de corpo caloso etc. – e hipoplasia hipofisária). Gene LHX3, localizado no cromossômica 9 (9q34.1), estão associados à deficiência de GH, gonadotrofinas, TSH e prolactina. Hipopituitarismo adquirido Doenças infiltravas Infecções Irradiação Hipofisite linfocítica Apoplexia hipofisária – comum em mulheres que fazem hemorragia no pós parto grave Manifestações clínicas ➞ Emergência endocrinológica ➞ Pacientes com lesões hipotalâmico-hipofisários podem apresentar sintomas compressivos caracterizados por cefaleia (compressão da dura- máter ou hipertensão intracraniana), alterações de campo visual (compressão no nervo óptico), paralisias de nervos periféricos (extensão lateral da lesão) ou relativos à deficiência hormonal (o quadro clínico varia a depender do grau de comprometimento e da época em que a doença surgiu). Sinais e sintomas de hipopituitarismo DEFICIÊNCIA DE GH Criança Baixa estatura, micropênis, hipoglicemia, obesidade, hipotrofia muscular. Adulto Manifesta-se por fraqueza, depressão, osteoporose, labilidade emocional, redução da massa magra e na capacidade para o exercício, aumento da massa gorda (distribuição predominante no tronco), aumento do LDL-colesterol e aumento do risco de doença cardiovascular. DEFICIÊNCIA DE GONADOTROFINAS ➞ Ocorre de forma precoce no hipopituitarismo; surge antes da puberdade e os pacientes não apresentam características sexuais secundárias. ➞ Principais manifestações: Mulher – amenorreia secundária, perda de libido,atrofia mamária, dispareunia, osteoporose e infertilidade. Homem – redução da massa muscular, astenia, atrofia testicular, ginecomastia, redução do líquido ejaculado e azoospermia. DEFICIÊNCIA DE TSH ➞ Ocorre quando o hipopituitarismo já está avançado. ➞ Manifesta-se como astenia, sonolência, intolerância ao frio, pele seca e descamaria, voz arrastada, hiporreflexia profunda, edema facial, anemia e bradicardia; mas muitos pacientes são assintomáticos ou oligoassintomáticos. DEFICIÊNCIA DE ACTH ➞ Prejudica a secreção de glicocorticoides (principalmente cortisol) e androgênios. ➞ As principais manifestações são fraqueza, astenia, anorexia, perda de peso, hipotensão postural leve, hipoglicemia e, em casos mais graves, hiponatremia. ➞ APrincipais causas: corticoides exógeno, tumores hipofisarios, def. de ACTH mascarada DEFICIÊNCIA DE PROLACTINA ➞ Muito rara, uma vez que ocorre apenas quando a hipófise anterior é destruída ou em pacientes com deficiência congênita de prolactina. Diagnóstico ➞ Deve ser determinado: A presença, o tipo e o grau de deficiência hormonal Etiologia Presença de alterações visuais Pan hipo – aumenta mortalidade cardiovascular Diagnostico laboratorial - Hormonio trófico + hormônio alvo - GH tem grande variação circadiana – picos ocorre durante o sono – dosar GH basal não interpreta muita coisa – teste provocativo Quando desconfiar de deficiência de GH em criança? -Altura de 3 desvio padrão abaixo da media ou parada de crescimento. -Idade óssea -Teste provocativo (teste de tolerância a insulina) – causa hipoglicemia para dosar GH – para verificar reserva hipofisaria de GH -RNM sela turca a procura de alguma lesao -Pequisa genética Quando desconfiar de deficiência de GH em adulto? -Massa magra, obesidade -HAS, IVE -Osteoporose -Depressão, apatia -Teste provocativo -Teste de tolerância a isnulina. Contraindicado em casos como DM Deficiência de ACTH -Teste de cosintropina – dosar ACTH sintético -Dosagem de ACTH, renina e aldosterona você descobre se é primaria ou secundáro -RNM -Teste de estimulação direta Tratamento -Reposição de hormônios -GH GH recombinante De acordo com a dose do IGF-1 Contraindicado: neoplasia em atividades, HAS intracraniana, DM descontrolado, retinopatia proliferativa, atenção com dose de insulina -Deficiencia de ACTH – glicocorticoide – preferencia predinison (importante aumentar a dose em qualquer stress) HIPERpituitarismo Doença da adenohipofise resultando em hipersecreção de hormônio adeno- hipofisarios Geralmente é causado por um adenoma funcional podendo ser classificado de acordo com hormônio que sercreta em: prolactinoma somatotropinoma, corticotropinoma, tireotropinoma, gonadotropinoma Apresentação clinica depende do hormônio supersecretado. A própria massa tumoral pode causar dores de cabeça, alterações visuais devido compressão do nervo optico - Patogênese: Os adenomas hipofisários são neoplasias benignas com origem em um dos 5 tipos de célula da adeno-hipófise Tumores pluri-hormonais expressam várias combinações de GH, PRL, TSH, ACTH ou as subunidades α ou β de hormônios glicoproteicos. A produção hormonal nem sempre se correlaciona com o tamanho do tumor Quase todos os adenomas hipofisários são de origem monoclonal, o que implica a aquisição de uma ou mais mutações somáticas que conferem uma vantagem seletiva de crescimento. Epidemiologia Mais comum em adultos Incidencia media anual que se manifesta antes dos 20 – 0,1 por milhão de criança Raça e etinia não foram relatadas como fatores contribuintes significativos Sindromes genéticas associadas a tumores hipofisários: Neoplasia endócrina múltipla (NEM) 1: Síndrome autossômica dominante caracterizada, principalmente, por uma predisposição genética a adenomas das paratireoides, ilhotas pancreáticas e hipófise. Síndrome de Carney: Pigmentação cutânea irregular, mixomas (tumor cardíaco) e tumores endócrinos que consistem em adenomas testiculares, suprarrenais e hipofisários. Ocorre acromegalia em cerca de 20% desses pacientes. Síndrome de McCune-Albright: Displasia fibrosa poliostótica, manchas pigmentadas na pele e vários distúrbios endócrinos, incluindo acromegalia, adenomas suprarrenais e disfunção ovariana autonômica Acromegalia familiar: Distúrbio raro no qual membros da família podem manifestar acromegalia ou gigantismo. Foi constatado que um subgrupo de famílias com predisposição a tumores hipofisários familiares, particularmente acromegalia Hiperprolactinemia É a síndrome de hipersecreção de hormônios hipofisários mais comum tanto em homens quanto em mulheres. Etiologia Hipersecreção fisiológica: Gestação; lactação; estimulação da parede torácica; sono; e estresse; Dano da haste hipotálamo-hipofisária:; sela vazia; hipofisite linfocítica; adenoma com haste; compressão; granulomas; cisto da bolsa de Rathke; radiação; traumatismo Hipersecreção hipofisária: Prolactinoma e acromegalia; Doenças sistêmicas: Doença renal crônica; hipotireoidismo; cirrose; pseudociese; convulsões epilépticas; Hipersecreção induzida por fármacos: Bloqueadores do receptor da dopamina (antipsicóticos atípicos [risperidona]; fenotiazinas [clorpromazina, perfenazina]; butirofenonas [haloperidol]; tioxantinas; metoclopramida); inibidores da síntese da dopamina (α-metildopa); depletores das catecolaminas (reserpina); opiáceos; antagonistas H2 (cimetidina, ranitidina); imipraminas (amitriptilina, amoxapina); inibidores da recaptação de serotonina (fluoxetina); bloqueadores dos canais de cálcio (verapamil; estrogênios, hormônio liberador de tirotrofina). Manifestações Clinicas Mulheres: Amenorreia ou oligomenorreia, galactorreia e infertilidade. Além de redução da libido, dispareunia, aumento de peso e hirsutismo leve; Homens: Diminuição da libido, a infertilidade e a perda visual (devido à compressão do nervo óptico). Além de testosterona reduzida, impotência, oligospermia e redução da massa corporal Diagnostico Laboratorial: Valores de PRL > 15 ng/ml em mulheres e > 10 ng/ml em homens. Deve ser confirmada em uma segunda dosagem. Idealmente, a medida deve ser feita pela manhã, após repouso de 20 minutos. Imagem: TC e RM, sobretudo, da sela túrcica permitem avaliar prolactinomas e outros tumores Tratamento Hiperprolactinemia sintomática induzida por medicações: Tentar suspender ou substituir a medicação. Microprolactinomas assintomáticos: Expectante. Agonistas dopaminérgicos (AD): Tratamento de primeira linha, sendo os mais utilizados a bromocriptina e a cabergolina. Cirurgia: Preferencialmente, transesfenoidal, é reservada para os casos de intolerância ou resistência aos ADs e persistência de tumor compressivo, apesar das doses máximas de AD (macroadenomas). Radioterapia: Casos de macroprolactinomas não responsivos aos ADs e cirurgia ou nos casos em que estes estão contraindicados. Acromegalia - Etiologia A hipersecreção de GH costuma resultar de um adenoma somatotrófico, mas pode raramente ser causada por lesões extra- hipofisárias. Pode ser liberação excessiva de GH, secreção excessiva do hormônio liberador de GH Manifestações Clinicas O excessivo crescimento dos ossos das extremidades resulta em bossas frontais, aumento do tamanho das mãos e dos pés, aumento mandibular com prognatismo e espaço alargado entre os dentes incisivos inferiores maior espessura do calcanhar, tamanho aumentado dos calçados ou das luvas, anéis apertados, feições fisionômicas faciais grosseiras características, bem como nariz grande e volumoso Hiperidrose (suor excessivo), voz grossa e abafada, pele oleosa, artropatia, cifose, síndrome do túnel do carpo, fraqueza e fadiga dos músculos proximais, acantose nigricanse papilomas cutâneos. Visceromegalia generalizada, incluindo cardiomegalia, macroglossia e aumento do volume da tireoide. Acometimento do sistema cardiovascular DM em 25% dos casos Diagnostico Incapacidade de supressão do GH para < 0,4 μg/L dentro de 1 a 2 horas após uma sobrecarga oral de glicose (75 g). Tratamento Ressecção cirúrgica dos adenomas secretores de GH: Tratamento inicial para a maioria dos pacientes. Análogos da somatostatina: Podem ser usados como tratamento adjuvante para conseguir a diminuição pré-operatória dos grandes macroadenomas invasivos, o alívio imediato dos sintomas debilitantes e a redução da hipersecreção de GH Antagonistas do receptor de GH Agonista dopominergico Radiação: Pode ser necessária nos pacientes que não conseguem tolerar ou que não respondem ao tratamento clínico adjuvante. Doença de Cushing Etiologia Adenomas de corticotrofos hipofisários (doença de Cushing); hipercortisolismo iatrogênico (causa mais comum das características cushingoides); produção ectópica de ACTH por um tumor; adenomas suprarrenais produtores de cortisol; carcinoma suprarrenal e a hiperplasia suprarrenal; produção ectópica de CRH por um tumor. Manifestações Clinicas Obesidade ou aumento de peso (> 115% do peso corporal ideal); pele fina; fácies de lua cheia; hipertensão; estrias cutâneas violáceas; hirsutismo; distúrbios menstruais (em geral, amenorreia); pletora; intolerância à glicose; impotência; fraqueza muscular proximal; Diagnostico Mensuração de cortisol urinário livre: O cortisol urinário livre é elevado (> 120 μg/24h e > 331 nmol/24 h]) em quase todos os pacientes com síndrome de Cushing. Teste de supressão com dexametasona: São administrados 1, 1,5 ou 2 mg de dexametasona, VO, entre 23 e 0 h, e o cortisol plasmático é medido das 8 às 9 h da manhã seguinte. Na maioria dos pacientes normais, esse fármaco diminui o cortisol sérico matinal para < 1,8 μg/mL (< 50 nmol/L), ao passo que os pacientes com síndrome de Cushing praticamente sempre apresentam níveis mais elevados. Medições de cortisol à meia noite: Se os resultados das medições de cortisol urinário livre e do teste de supressão com dexametasona são indeterminados, o paciente é hospitalizado para a medição de cortisol sérico à meia-noite, que provavelmente é mais conclusivo. TC das glândulas suprarrenais: Procurando uma massa adrenal. Tratamento Cirurgia transesfenoidal: Remoção do adenoma hipofisário. Radioterapia convencional (CRT): Técnica que fornece radiação ionizante para atingir pequenos tumores. Radioterapia estereotáxica (SRT): Técnica que fornece grande radiação ionizante aos tumores-alvo por métodos estereotáxicos, enquanto poupa o tecido circundante. Adrenalectomia total bilateral com terapia diária de reposição de glicocorticóides e mineralocorticoides: Ocorre por toda a vida e é a cura definitiva final. Inibidores da enzima adrenal (cetoconazol, metirrapona e etomidato): Para os pacientes com tumores não ressecáveis Adenoma hipofisário não funcionante e produtores de gonadotrofina Etiologia Os adenomas hipofisários não funcionantes incluem os que secretam pouco ou nenhum hormônio hipofisário. Constituem o tipo mais comum de adenoma hipofisário e, em geral, são macroadenomas por ocasião do diagnóstico. Com base na imuno- histoquímica, é possível mostrar que a maioria dos adenomas clinicamente não funcionantes tem origem nos gonadotrofos. Manifestações Clinicas e Diagnostico Com frequência, os tumores clinicamente não funcionantes se manifestam com pressão sobre o quiasma óptico e outros sintomas de expansão local, ou podem ser descobertos incidentalmente em RM realizada para outra indicação (incidentaloma). Raras vezes, ocorrem distúrbios menstruais ou hiperestimulação ovariana nas mulheres com grandes tumores que produzem FSH e LH. Mais comumente, a compressão pelo adenoma da haste hipofisária ou do tecido hipofisário circundante resulta em LH diminuído, assim como em características de hipogonadismo. Os níveis de PRL, em geral, mostram-se levemente aumente Tratamento Exames regulares de RM e dos campos visuais sem intervenção imediata: Os microadenomas não funcionantes assintomáticos que não ameaçam a visão. Cirurgia transesfenoidal: Para os macroadenomas, com o intuito de reduzir o tamanho do tumor e aliviar os efeitos da massa. Radioterapia adjuvante: Quando permanece uma quantidade substancial de tumor após a cirurgia transesfenoidal é indicada para prevenir novo crescimento de tumor Adenomas secretores de TSH Etiologia: Macroadenomas que produzem TSH são raros; porém, quando ocorrem, frequentemente são volumosos e localmente invasivos. Manifestações clínicas Os pacientes costumam se apresentar com bócio e hipertireoidismo, refletindo a superprodução de TSH. Diagnóstico: Níveis séricos elevados de T4 livre, secreção de TSH inapropridamente normal ou alta e evidência pela RM de adenoma hipofisário. A elevação de subunidades α não combinada é observada em muitos pacientes Tratamento Remoção ou citorredução cirúrgica da massa tumoral: Utilizando, em geral, uma abordagem transesfenoidal. A ressecção total não costuma ser alcançada, pois a maioria desses adenomas é volumosa e localmente invasiva. Ablação da tireoide ou fármacos antitireoidianos (metimazol e propiltiouracila): Para reduzir os níveis de hormônio tireoidiano. Análogos da somatostatina: Normaliza efetivamente a hipersecreção de TSH e da subunidade α, reduz as dimensões da massa tumoral em 50% dos pacientes e melhora os campos visuais em 75% desses pacientes; o eutireoidismo é restaurado na maioria dos pacientes.