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CAPA 2 SUMÁRIO OPERADOR DE CAIXA - A PROFISSÃO ................................................... 03 CONHEÇA A CARREIRA DE OPERADOR DE CAIXA ................................ 04 OPERADOR DE CAIXA, IMAGEM DA EMPRESA ....................................... 08 CONHECENDO A EMPRESA SEUS PRODUTOS, SERVIÇOS E PARTICULARIDADES .................................................................................. 11 O POSTO DE TRABALHO DO OPERADOR DE CAIXA .............................. 12 OS EQUIPAMENTOS DE UM OPERADOR DE CAIXA ............................... 13 ATENDIMENTO AO CLIENTE ...................................................................... 21 FECHANDO UM ATENDIMENTO ................................................................ 25 SATISFAÇÃO DO CLIENTE ......................................................................... 26 6 COISAS QUE UM OPERADOR DE CAIXA NÃO DEVE FAZER ............... 30 ERGONOMIA – NR 17 .................................................................................. 33 3 OPERADOR DE CAIXA - A PROFISSÃO O Operador de Caixa é o profissional responsável por trabalhar com atendimento ao público com pagamentos, recebimento de valores, fechamento de caixa e emissão de notas fiscais. Um Operador de Caixa não trabalha somente em empresas do comércio, é uma profissão extremamente necessária para empresas que trabalham com qualquer tipo de vendas, como empresas de aviação, pedágios, shows, entre outros setores. Está sob as responsabilidades de um Operador de Caixa atender clientes que acabaram de realizar uma compra, passar os produtos pelos leitores de códigos de barras e cobrar os valores dos clientes, atuar com abertura e fechamento de caixa, cuidando do estoque e do controle do financeiro. O Operador de Caixa realiza todas as atividades com simpatia, educação e agilidade, registrando todos os produtos corretamente no caixa e informando o valor das compras. Para que o profissional tenha um bom desempenho como Operador de Caixa é essencial ter atenção, habilidade com contas, gosto pela matemática, agilidade, simpatia, paciência e bom humor. O Operador de Caixa por ser o profissional responsável por trabalhar com atendimento ao público com pagamentos, recebimento de valores, fechamento de caixa e emissão de notas fiscais, se relaciona com a área de Atendimento e Financeiro. Para os profissionais que desejam especializarem-se nesta área, as opções de programas são diversas, passando por temas como gestão financeira, fluxo de caixa e noções contábeis e empresariais. A função está 4 ligada a diversas áreas além do varejo: negócios internacionais, economia de empresas, operações logísticas, marketing e tecnologia, entre outros. Para atuar como Operador de Caixa, não há exigências quanto à formação (normalmente quando se pensa no varejo) em outros ramos de atividade são exigidos conhecimentos e competências relacionadas a cada área. No varejo é importante que o profissional tenha o Ensino Médio completo, bons conhecimentos de matemática e um curso profissionalizante. Portanto, o profissional de operador de caixa desempenha várias funções como: cálculos, recebimentos e registros de diversos tipos de pagamento de valores, verificar documentos e assinaturas, executa transações financeiras e se ocupa do fechamento do caixa. Porém, uma das suas principais atividades é o atendimento ao cliente que precisa ser feito com simpatia e educação, tanto com clientes, quanto com colegas de trabalho. Assim, o profissional Operador de Caixa é responsável pelo fechamento do ciclo de vendas na empresa, ou seja, pela fidelização e encantamento dos clientes, auxiliando o cliente a escolher a melhor forma de pagamento, fornecendo informações sobre os produtos ou serviços e finalizando o atendimento com a maior atenção e dedicação necessária, com o objetivo de conquistar o cliente e fazer com ele retorne à empresa. CONHEÇA A CARREIRA DE OPERADOR DE CAIXA O Caixa é o profissional indispensável para todo o comércio que atua com vendas diretas, ou seja, lojas, supermercados, casa de shows, restaurantes, pedágios, etc. Ele é o profissional que recebe o pagamento dos clientes, atende o público, emite notas fiscais, é responsável pela cobrança e checagem dos produtos, realiza o fechamento de 5 caixa. Esta função necessita de organização, responsabilidade, cordialidade e paciência, afinal ele se reporta diretamente com o cliente e deve passar uma boa impressão da empresa e de si mesmo. O legal é que esta carreira conta com horários flexíveis, que podem variar de manhã, tarde e noite e por muitas vezes a carga horária também é curta. O que faz um caixa? Dentre as principais funções está o fluxo financeiro da empresa, afinal este profissional tem total controle financeiro da empresa, é ele que recebe os pagamentos de bens e serviços vindos de clientes finais, informa valores para os clientes, entende a funcionalidade de cada produto ou serviço, registra a venda no sistema, devolve o troco (se houver), emite notas fiscais, registra as entradas e saídas do caixa. Porém o caixa não fica apenas atrás do balcão, se necessário ele irá recepcionar os clientes e explicar a funcionalidade de algum item, e por ter que desempenhar funções tão precisas ele deve ser proativo, possuir bom raciocínio, ser dinâmico, simpático e bem concentrado em suas tarefas. Como iniciar na carreira Geralmente não é exigida nenhuma qualificação específica para este cargo, apenas o ensino médio completo ou cursando e o curso de operador de caixa. 6 Áreas de atuação Este setor é bem versátil e possibilita muitas opções empregatícias como: • Supermercados ou Mini Mercados; • Lojas de departamento no geral (brinquedos, farmácias/drogarias, utensílios domésticos, roupas, acessórios etc.) • Aeroportos; • Casa de show; • Instituições Financeiras; • Bares/boates; • Restaurante; • Transportadoras; • Posto de pedágio; • Livrarias; • Postos de combustíveis; • Comércio em geral; • Entre muitas outras possibilidades. Habilidades e conhecimentos Esta área não exige muito para os iniciantes, vendo que o comércio está em crescimento e as empresas estão sempre em busca de novos profissionais, isso inclui pessoas em busca do primeiro emprego ou temporário, de imediato a exigência se baseia em Ensino Médio Completo, Curso básico de informática (digitação, Excel, Word, internet básico) e Curso de Operador de Caixa. 7 Porém o candidato a ocupar este cargo deve ter paciência e profissionalismo, atenção, responsabilidade, pro atividade, raciocínio lógico, agilidade e empatia. Uma nova filosofia que surgiu nos últimos anos para avaliação profissional é o intitulado CHA - conhecimento, habilidade e atitude. O CHA é uma ferramenta que pode ajudar na implantação da Gestão por Competência. Conhecimento é o saber teórico. O conhecimento, em geral, é tácito, presente apenas na mente do profissional. O grande desafio das organizações é transformar o conhecimento tácito em conhecimento explicito, em um patrimônio da organização. É fazê-lo fazer parte da estrutura da organização, estar disponível a todos, ser democratizado por toda a empresa. O saber fazer deve ser conhecido de todos, isso é vital para sobrevivência de uma organização. Habilidade é o saber fazer. O ideal seria a junção de conhecimento e habilidade, mas essa combinação nem sempre é possível. Muitas vezes quem tem o conhecimento não é quem executa. A habilidade, em regra, depende de prática, treino, erros e acertos. A prática leva a perfeição. Só que quanto mais 8 se sobe na hierarquia, mais teórico e menos prático se fica. Em quase toda organizaçãoprofissional quem planeja não executa e como "teoria na prática é outra" o serviço que é executado é muito diferente do que foi pensado. É necessária uma maior aproximação da equipe que planeja com a equipe que executa. Como fazer isso é a questão. Vejo isso como um problema grave organizacional e que muito pouco tem sido feito para ser corrigido ou pelo menos amenizado. Atitude está ligada a ação. Não adianta ter conhecimento e habilidade e não ter atitude. Atitude é querer fazer. Muitos profissionais estão poucos dispostos a ter atitudes de mudança. Sabem que se algumas coisas mudassem o resultado final seria melhor. Mas para que mudar o que de certa forma está dando certo? Essa atitude é necessária para ocorrer à mudança. Atitudes são necessárias para se mudar paradigmas. Conhecimento se adquire estudando e habilidade vem com a prática. OPERADOR DE CAIXA, IMAGEM DA EMPRESA A frente de caixa também chamada de Ponto de Venda (PDV) é a área onde os clientes finalizam suas compras, verificando o valor total e fazendo o pagamento devido. Ultimamente é possível encontrar até mesmo empresas de pequeno porte que investem em equipamentos, como computadores, leitores de código de barras, e em softwares próprios para auxiliar no controle de caixa. Isso ajuda a tornar o atendimento mais rápido e com menos chances de erros. Portanto, podemos dizer que essa área também é fundamental para o sucesso de uma empresa, já que afeta o fluxo de caixa e influencia o grau de satisfação que os clientes têm com relação ao serviço podendo fazer com que 9 eles voltem mais vezes, ou abandonem o negócio, criando uma imagem negativa para outras pessoas. A frente de caixa é uma área que deve receber uma grande atenção por parte dos empreendedores, haja vista que é nela que se concretiza o maior objetivo: finalizar a venda. Toda vez que um cliente passa por ali e faz o pagamento, todos os esforços e investimentos anteriores, compra de produtos, estoques, mão de obra, preparação das gôndolas, entre outros são transformados em dinheiro para a empresa novamente e promovem a geração de lucro. Sendo assim, se esse atendimento é demorado e ineficiente, por exemplo, corre-se o risco de fazer com que os consumidores desistam da compra e procurem o seu concorrente direto. Portanto, vale sempre lembrar que essa é a última etapa do relacionamento que seus clientes possuem com o seu negócio. Nessa fase é necessário contar com funcionários bem preparados e com boa capacidade para lidar com o público diverso, uma vez que é ali que suas impressões sobre o estabelecimento serão consolidadas. Além dessas questões principais, ainda podemos citar a importância de elaborar ações que ajudem a reduzir as ineficiências que o negócio possui. No cenário econômico que estamos vivendo, a pressão para reduzir os custos é cada vez maior, diminuindo as margens de lucros. Para que os resultados financeiros não sejam comprometidos a ponto de ocasionar prejuízos, é necessário adotar medidas que ajudem a tornar as atividades mais eficientes. No que diz respeito ao controle de caixa, podemos citar: A conscientização dos funcionários com relação à importância de um 10 trabalho bem feito para o negócio e quais são suas responsabilidades; Melhorar o atendimento ao cliente, visando sua fidelização; Criação de metas, que ajudam a orientar melhor o trabalho; Treinamento dos colaboradores para mostrar qual é o método correto de trabalho, como executar os processos (como estorno e cancelamento de produtos) e também das outras equipes, como o cuidado adequado para itens perecíveis evitando perdas. Dessa forma, o empreendedor deixa de ter o foco voltado somente para o processo de venda e passa a enxergar a importância das outras áreas e como elas afetam os resultados, de maneira geral. Um bom exemplo disso é a rotina inadequada do setor de estoques, que pode ocasionar em perdas de produtos e, consequentemente, prejuízos tanto do dinheiro investido para a aquisição, quanto do lucro que seria obtido com a venda do item. Já na parte burocrática do controle de caixa, é necessário observar algumas questões importantes, já que o descumprimento pode levar a penalidades como multas. Confira alguns pontos fundamentais: • Empresas obrigadas a emitir o documento; • A obrigatoriedade da emissão de nota fiscal está diretamente relacionada ao tipo de atividade que é exercida na empresa (se é venda de produtos ou serviços).; 11 • No caso da venda de mercadorias, todas as empresas estão obrigadas a emitir a NF. Por meio dela, é feito o recolhimento dos impostos federais e estaduais, como o ICMS; • No caso das empresas que estão enquadradas como Micro empreendedor Individual (MEI) que vendem diretamente para o cliente final, não existe a obrigatoriedade de emitir a documentação referente à venda, mas se torna necessária em alguns casos. CONHECENDO A EMPRESA SEUS PRODUTOS, SERVIÇOS E PARTICULARIDADES. É muito importante que o operador de caixa conheça os produtos que está vendendo, ou serviços que estão sendo prestados e também suas particularidades. No mundo dos negócios em geral, existem inúmeras estratégias e técnicas para vender os produtos. Porém, nada é mais eficiente, arrojado e fundamental do que conhecer a fundo as características daquilo que se está vendendo. Uma das principais coisas a fazer quando você vai vender um produto é estudar os pormenores do que está oferecendo aos clientes. Em primeiro lugar, deve-se saber as suas características, ou seja, aquilo que o produto representa. Em seguida, você deve discernir as vantagens, ou melhor, como ele vai beneficiar os clientes em comparação com os itens que são oferecidos pelos concorrentes. O mesmo serve pra 12 serviços prestados. Essas informações são fundamentais ao operador de caixa, visto que a qualquer momento ele pode ser questionado em relação a um produto ou serviço por um cliente no ato da compra. Quanto mais você souber acerca do produto que vende, mais aparelhado vai estar também para solucionar eventuais dúvidas dos clientes. Você será capaz de identificar os pontos positivos e os aspectos menos favoráveis, desempenhando um melhor exercício de motivação do cliente para a compra. Conseguindo contornar esses momentos mais difíceis, o consumidor provavelmente não vai perder o interesse pelo seu produto, nem partirá para consumir com a concorrência. O POSTO DE TRABALHO DO OPERADOR DE CAIXA O posto de trabalho onde trabalha o operador de caixa normalmente é composto por um balcão com vários equipamentos eletrônicos que permitem efetuar a leitura do código de barras ou etiqueta de preço, registro do valor, emissão da nota fiscal e a cobrança e recebimento do valor da venda. Esse posto deve conter uma cadeira estofada com as bordas arredondadas e com regulagem de altura do assento e também do encosto, isso para proporcionar uma postura correta ao operador. O mesmo deve também utilizar um apoio para pés, independente do formato da 13 cadeira, sempre que a atividade for realizada sentada. OS EQUIPAMENTOS DE UM OPERADOR DE CAIXA O operador de caixa é o profissional responsável pelo recebimento dos recursos que entram na empresa (dinheiro, cheques, recebimentos em cartão, convênios, etc.), atendimento ao cliente, emissão de documentos fiscais, entre outras atividades. Também é conhecido como operador de checkout, operador de ponto-de-venda (PDV) ou, apenas, “caixa”. Esse profissional também atende aos clientes, que são as pessoas que trazem os recursos para pagar os produtos e serviços por elas consumidos, os salários dos funcionários, os impostos, os fornecedores e todos os gastos da empresa.A atividade do operador de caixa não é uma atividade isolada em uma empresa. O operador de caixa, do início ao fim de suas atividades diárias, mantém contato permanente com terceiros, que necessitam da organização do seu trabalho para que o resultado das atividades da empresa seja obtido da melhor forma possível. O local de trabalho do operador de caixa normalmente é a saída do estabelecimento por ser, o pagamento, a última etapa do processo de compra. Nesse espaço, o operador de caixa terá contato com equipamentos como computadores, caixa registradora, balcões, esteiras automáticas, impressoras fiscais, impressão de cheques, scanners (fixo 14 ou móvel) para a leitura do código de barras, balanças eletrônicas, máquinas para a utilização de cartões, no-breaks (utilizados para momentos de falta de energia), dentre outros. Esses equipamentos devem ser conservados e utilizados corretamente seguindo as orientações do manual de operações do equipamento, orientações fiscais e orientações contábeis. Quando o operador de caixa não souber fazer alguma operação, deve solicitar a ajuda de alguém capacitado para fazê-la. Vejamos um exemplo: as impressoras dos caixas necessitam de papel; por isso, é necessário aprender a fazer a reposição quando for norma da empresa, para fazê-lo de forma correta sem danificar o equipamento. A impressora fiscal é um equipamento muito importante no posto de trabalho. É ela que registra todas as transações e comprova a geração de impostos para o governo. A impressora fiscal é lacrada pela fiscalização da Secretaria Estadual da Fazenda (SEF) e esse lacre não deve ser removido ou danificado de forma alguma, podendo a empresa ser penalizada pela fiscalização da Secretaria Estadual da Fazenda caso isso venha a ocorrer. Sempre nos referimos ao Ponto De Venda como o local “sagrado” do varejo, pois ali se finaliza a experiência de compras do s eu cliente. O cliente, ao retornar à sua loja, indica que você está no caminho certo. Sabemos que é um desafio entender o significado e importância de tantas siglas, por isso a seguir há um Vocabulário no Ponto de Venda como uma fonte de consulta para lhe ajudar na compreensão de alguns termos. Entretanto, antes de avançarmos vale a pena trabalharmos o conceito de Check-out. 15 Check-out Check-out é uma palavra em inglês, que remete para o ato de sair, fechar uma conta ou dar baixa em algum tipo de processo. Essa palavra é muito usada nos hotéis e descreve o momento em que o hóspede paga a sua conta, antes de ir embora. Neste contexto de comércio varejista a visão é um pouco mais complexa. De forma análoga ao hotel, é o momento no qual o cliente paga pelas compras e deixa a loja. Na verdade, o termo original “check”, em inglês, significa “verificar”, “checar”, “conferir”, “fiscalizar”. Por sua vez, o “out” é “para fora”. Poderíamos dizer então, que check-out quer dizer “controle de saída”. Entretanto, ao longo do tempo, o termo passou a designar o local e o conjunto de equipamentos, que registra a saída dos produtos da loja, muitas vezes apelidado de caixa. Tanto é que a pessoa que realiza esse processo é chamada de operador de caixa. Localização e espaço disponível Antes de se definir quais equipamentos serão utilizados, é necessário analisar a localização e o espaço físico disponível. O local de instalação deve ter uma conexão elétrica e outra conexão para a rede de computadores. 16 É recomendável que os dutos sejam independentes, para que não haja qualquer tipo de interferência eletromagnética. Muitas vezes não é dada a devida atenção à instalação elétrica. Ligar os computadores à mesma rede em que estão ligados os demais equipamentos, principalmente aqueles que possuem motores, tais como os balcões refrigerados e freezers, é um caminho certo para problemas de instabilidade no seu ponto de venda. Equipamentos fundamentais para um PDV Computador Para proporcionar a interligação com os periféricos, o computador deve ter várias USBs e pelo menos uma Porta serial. Essas conexões permitirão a interligação com balanças, leitores de códigos de barras, teclados, gavetas, além da impressora, cujo tipo irá variar de acordo com a solução fiscal exigida pelo seu Estado. O fornecedor de software deve indicar a configuração necessária de um computador. A capacidade de processamento e armazenamento, bem como a quantidade de memória RAM, são questões a serem respondidas em função do software a ser utilizado. Para incluir as funções necessárias ao seu computador, é necessário o uso de alguns equipamentos periféricos, e quanto a esses periféricos, há uma enorme quantidade de fabricantes e modelos, que variam de preço conforme o seu tipo e aplicação. 17 Leitor de código de barras O Leitor de código de barras, também chamado de scanner, é utilizado para a leitura de códigos de barras dos produtos, podendo ser de mão ou de mesa. Leitor de códigos de barra de mão: Tem um custo menor, porém funciona com apenas um feixe de laser. Deve ser direcionado para a posição correta do código de barras da mercadoria, caso contrário não realiza a leitura. É indicado para lojas de menor movimento. Leitor de códigos de barras de mesa: Tem um maior custo e é fixo, entretanto é mais rápido. Como ele tem vários feixes de laser, detecta o código de barras com mais facilidade, permitindo que a mercadoria possa ser passada em várias posições. É indicado para supermercados, padarias e mercearias que têm maiores volumes de vendas e necessitam de velocidade com operação simples e eficiente. Balança A balança é útil para o varejo que trabalha com produtos pesáveis, tais como hortifrutigranjeiros, padaria ou restaurante Self-service. Dependendo do tipo, ela pode ser instalada diretamente no PDV ou em locais específicos da área de vendas. 18 Nas empresas maiores, tais como supermercados e padarias, a instalação de balanças diretamente nos vários setores proporciona boa eficiência operacional. Ela deve ser do tipo que incorpora a impressora de códigos de barras. Vejamos o exemplo do açougue, no qual o próprio açougueiro pesa a carne e digita o código correspondente ao produto para a emissão da etiqueta. Esse procedimento traz a responsabilidade de se identificar corretamente os itens para a própria área, efetivamente quem mais entende dos produtos. Há, também, um ganho na agilidade no check-out, já que o operador do caixa simplesmente passa o produto pelo scanner (leitor de código de barras). Integração dos dados Outro ponto de atenção para as balanças a serem instaladas nos setores refere- se à forma de comunicação e integração dos dados. Normalmente o sistema da balança fica em um computador, sendo que os produtos cadastrados ou preços alterados no software precisam chegar até a balança. Para tanto é essencial saber se a balança será integrada via cabo ou via wireless (WI-FI), que necessitará de um equipamento adicional, o roteador. Quando a instalação da balança for diretamente no check-out, ela será do tipo sem impressora, pois já estará interligada ao PDV. Pode haver uma economia quando comparada com as balanças nos setores, que são mais caras pois emitem etiquetas. Entretanto, deve-se considerar a quantidade de check-outs e o risco da transferência da responsabilidade de identificação do produto para o operador do caixa, já que ele é quem fará a digitação do código correspondente ao produto vendido. Haverá necessidade do operador conhecer bem todos os produtos pesáveis de sua loja. 19 O ideal é que seja feito um estudo de acordo com as características de sua loja, analisando a quantidade de check-outs e o númerode setores de pesáveis, para a correta tomada de decisão. Além dos custos das balanças, deve-se levar em consideração eventual economia de pessoal e necessidade maior de treinamento. Agora, pensando na operação da balança lembre-se do processo de pesagem, no qual deve-se levar em consideração a “tara”, ou seja, o peso da embalagem. Gaveta Para uma maior segurança, o ideal é que se tenha uma gaveta conectada ao ECF, quando essa for a solução fiscal de sua loja. Dessa forma, o operador de caixa só terá acesso à mesma quando do fechamento do cupom fiscal ou nas sangrias, suprimentos de caixa e fechamento do operador. Com outras soluções fiscais ela pode estar integrada ao software ou estar totalmente independente, ou seja, pode ser acessada a qualquer momento pelo operador do caixa. No-break O No-break (do inglês, sem paradas) é um equipamento específico para se manter o ponto de venda em operação, quando da falta de energia elétrica. Outro benefício é o de proteger o check-out contra a instabilidade ou surtos de energia em sua rede. 20 É um acessório indispensável, pois ele minimiza os riscos de prejuízo com o check-out fora de operação e de danos nos equipamentos. Deve ser analisada a capacidade do No-break, cujo custo está diretamente ligado ao prazo no qual as baterias internas do equipamento conseguem se manter. Essa capacidade é calculada levando-se em consideração o consumo total do seu check-out, medido em Watts. Normalmente, a menor capacidade aceitável é de 600 watts para cada ponto de venda com duração mínima de 15 minutos. Avalie esta opção diretamente com o fornecedor do acessório, não se esquecendo de computar todos os equipamentos, computador mais periféricos, que compõem o seu ponto de venda. Terminal de consulta Terminais de consulta são usados para disponibilizar ao seu cliente, em sua área de vendas, a consulta de preços dos produtos. O decreto federal nº 5.903, de 20 de setembro de 2006, regulamentou o uso desse equipamento, citando que os leitores óticos deverão ser dispostos na área de vendas, observada a distância máxima de quinze metros entre qualquer produto e a leitora ótica mais próxima. Adicionalmente, estabelece que o local do terminal de consulta deve ser indicado com cartazes suspensos que informem a sua localização. Teclado especial Um teclado especial se distingue do teclado convencional pelo tamanho e pela capacidade de ser configurado. Com teclas 21 personalizadas, visando aumentar a eficiência do operador de caixa, propicia uma operação mais ágil no ponto de venda. ATENDIMENTO AO CLIENTE Otimizar o trabalho dos operadores de caixa deve fazer parte de todo planejamento de sucesso de uma empresa. Afinal, esses funcionários são responsáveis diretos por garantir o retorno do investimento. Só é preciso um descuido por parte de um profissional para causar grandes prejuízos. Além disso, capacitar os funcionários também significa diminuir a taxa de turnover ou a troca constante de profissionais. O setor operacional das caixas exige confiança e destreza, e uma alta rotatividade não ajuda em nada nesse sentido. Os operadores de caixa podem ser tanto os primeiros quanto os últimos funcionários a interagir com os clientes. Em resumo: Existem consumidores que, ao entrarem na loja, gostam de tirar suas dúvidas logo com os atuantes desse setor — assim como muitos outros sentem necessidade de ponderar algumas situações durante o pagamento das compras, por exemplo. Isso significa que a equipe de frente de caixa tem papel determinante na fidelização dos clientes. Entretanto, tão importante quanto trabalhar com promoções e preços baixos é contar com colaboradores preparados para atender os consumidores. Então, para aprimorar o conhecimento e as habilidades dos colaboradores sobre interação com os consumidores, também é necessário 22 que, durante os treinamentos, sejam passadas informações pertinentes para os funcionários. Veja algumas delas: • História da empresa; • Detalhes sobre os produtos mais vendidos da loja; • Informações sobre promoções e ofertas. O pior cenário para um profissional é quando ele precisa executar suas funções sem ter o completo entendimento sobre os processos da empresa. As taxas de produtividades são baixas e os prejuízos para o empreendimento acabam sendo altos no final de cada ciclo. Então, para não correr riscos em uma atividade tão importante quanto à operação dos caixas, é preciso garantir que os processos estejam claros para todos. Porém, esse trabalho não deve se limitar apenas em estabelecer parâmetros e repassá-los para os funcionários — isso só indicará que o gestor cumpriu metade da sua função. É preciso um contínuo monitoramento por parte do gestor, bem com a adoção de feedbacks, para que todos os colaboradores tenham a possibilidade de expor suas dúvidas, sugestões e dificuldades. Quanto antes esse trabalho de fixação começar, melhor para todos. A motivação também é uma forma de garantir eficiência dos funcionários. Por isso, é importante desenvolver e aplicar estratégias que aumentem o engajamento das equipes e os façam trabalhar com mais afinco. Uma das maneiras mais inteligentes de se fazer isso é traçando metas individuais e coletivas. 23 Todavia, se não planejada corretamente, a adoção de metas pode provocar o inverso do esperado, desmotivando os colaboradores completamente. Infelizmente, o equívoco de muitos gestores é acreditar que: quanto mais alta a meta, mais encorajado estará o funcionário. Então, antes de qualquer conclusão, faça uma análise sobre o mercado, sobre a sua empresa e sobre a equipe como um todo. Cruze e compare números e históricos e pesquise sobre trabalhos semelhantes em organizações do mesmo nicho. Tudo isso é imperativo para que você possa ser bem- sucedido em um ponto importante: traçar metas realistas. É somente dentro dessas perspectivas que uma estratégia de metas pode funcionar em uma empresa. Feito isso, você terá frentes de caixa animados, instigados e com muita vontade de alcançar objetivos individuais e de equipes. Se estiver traçando metas, então é importante reconhecer aqueles profissionais que as alcançam. No entanto, não se limite a isso, parabenize e evidencie o bom trabalho de outros que não alcançaram os números, mas se destacaram de outras formas. Como explicado anteriormente, os operadores de caixa são muito mais do que simples registradores de mercadorias, eles são parte fundamental em um plano de atração e fidelização de clientes. Nesse sentido, por que não reconhecer aqueles que ofereceram o melhor atendimento para os consumidores? Esse é só mais um exemplo de como é possível celebrar o desempenho dos seus profissionais. E, quanto mais valorizado os funcionários se sentirem, mais focados estarão durante a sua rotina de trabalho. 24 Logicamente, um reconhecimento não precisa ficar apenas em um “parabéns” formal. Você pode demonstrar valorização e apreço pelos colaboradores oferecendo premiações, por exemplo: • Descontos em produtos da loja; • Vale-compras; • Viagens e brindes. Todo empresário ou gestor que deseja otimizar o trabalho de suas equipes deve ter em mente que os colaboradores da empresa passam em média 8 horas por dia no ambiente profissional. Ou seja, sem uma estrutura adequada, ninguém conseguirá apresentar o seu melhor desempenho. Então, antes de qualquer cobrança por resultados, é vital garantir um ambiente agradável e funcional para todos. É importante considerar vários quesitos e detalhes e não se limitar aos espaços em que os trabalhadores exercem suas funções. Por exemplo, você deve se certificar sobre as condições dos banheiros dos funcionários. Nocaso dos operadores de caixa, esses espaços precisam estar a uma distância razoável, evitando que os colaboradores sejam obrigados a percorrer um longo caminho em uma eventual emergência. Além disso: salas de lazer, de descanso e refeitórios precisam estar condizentes com tamanho das equipes e sempre apresentando boas condições de uso. Somado a tudo isso, as ferramentas e os equipamentos de trabalho dos operadores de caixa devem funcionar corretamente e receber manutenções apropriadas, permitindo que o trabalho dos profissionais seja executado sempre em alta performance. A verdade é que, em plena era digital, nenhuma empresa conseguirá otimizar o seu desempenho sem a utilização da tecnologia. Isso é um fato. 25 Por mais que os colaboradores estejam motivados, se os recursos disponíveis forem limitados, será impossível obter um crescimento contínuo. E, não se engane: os seus concorrentes não medirão esforços para se destacarem no mercado. Então, ofereça o melhor para facilitar o trabalho dos operadores de caixa. Pesquise e adote tecnologias que ofereçam a sua empresa as soluções completas em automação comercial para o varejo em geral. Analise qual tipo de ferramenta se adéqua melhor a realidade do seu negócio e prepare as suas equipes para essa otimização. Enfim, não há dúvidas como o trabalho dos operadores de caixa é essencial em diferentes aspectos para uma empresa. E, como mencionado, o aumento da eficiência dos funcionários ajuda na diminuição do turnover e todas as complexidades que ela traz. Sendo assim, analise as dicas apresentadas e comece agora mesmo a otimizar a rotina dos seus colaboradores dessa importante função. FECHANDO UM ATENDIMENTO Fazendo um fantástico atendimento, você “chama” o Cliente; possibilita que o famoso “volte sempre”, efetivamente, concretize-se. Portanto, assim como a recepção, o FECHAMENTO é um Momento da Verdade com o qual devemos ter extrema atenção. • Pergunte ao Cliente se ele está satisfeito. 26 Outras perguntas que podem ser feitas: ❖ O(a) senhor (a) tem alguma dúvida? ❖ Gostaria de alguma informação a mais? ❖ Há alguma coisa a mais que eu possa fazer pelo(a) senhor(a)? ❖ Gostou de nossos serviços / nosso atendimento? ❖ Tem alguma sugestão para que possamos melhorar? ❖ Agradeça sempre: “Muito obrigada por ....... sua visita.... sua presença ... seu elogio... seu contato .... sua ligação (fax, e-mail, etc.)... seu retorno... sua preferência, etc,etc. ❖ Cumprimente sorrindo, com energia, com entusiasmo.“ Tenha um bom dia (tarde ou noite)”.“ Será sempre um prazer recebê-lo”. ❖ Volte sempre SATISFAÇÃO DO CLIENTE O cliente feliz com o negócio bem realizado é um dos principais indicadores de um empreendimento de sucesso. Satisfazer um cliente é atender suas expectativas em uma experiência de compra. Um cliente com as expectativas atendidas tem mais chances de optar novamente pelo produto ou serviço utilizado. Não atender essas expectativas e necessidades, portanto, gera a insatisfação do cliente com o produto ou serviço. Para serviços que surpreendem positivamente, a satisfação pode significar encantamento. Já para serviços que têm como objetivo eliminar algo negativo, o cliente pode sentir alívio. Um exemplo disso é o serviço de limpeza da caixa d’água de um condomínio. Ao contratá-lo, o cliente está preocupado com as condições ideais de consumo da água. Concluído o serviço, essa preocupação acaba e, 27 consequentemente, ele sente um alívio por estar tomando água em padrões ideais. Ou seja: a satisfação está intimamente relacionada a sentimentos de ambivalência, em que ocorre uma mistura de experiências positivas e negativas envolvendo o produto ou serviço. Por isso, ela é dinâmica, altamente influenciável por inúmeros fatores e evolui com o tempo. Sempre que ocorre um contato com o serviço ou o uso do produto, a percepção da satisfação pode variar. Quanto mais vezes essa ação se repete, mais intimidade e conhecimento são atribuídos aos clientes, e experiências (agradáveis ou não) exercem impactos relevantes na satisfação. É quase um jogo: ora se acerta o alvo, ora se erra completamente. Satisfação x qualidade É importante entender que satisfação e qualidade são coisas diferentes. Satisfação tem um sentido mais amplo: ela é mais inclusiva e é influenciada pelas percepções da qualidade do serviço ou produto, pelo preço, por fatores pessoais, entre outros. Qualidade se restringe às dimensões do serviço propriamente dito, além de se relacionar a perspectivas como confiabilidade, responsividade, segurança, empatia e tangibilidade. Em uma academia, por exemplo, a qualidade do serviço pode ser influenciada pela disponibilidade e limpeza dos equipamentos. Já a satisfação 28 é mais ampla. Além de ser influenciada pela qualidade do serviço, ela pode certamente sofrer alterações por causa do preço da mensalidade ou do trânsito que a pessoa enfrentou para chegar lá. Fatores de satisfação Conheça abaixo alguns fatores que determinam a satisfação do cliente. As características do produto ou serviço - A satisfação do cliente é influenciada pela avaliação que ele faz das características do produto ou serviço que consome. Em uma pousada de férias, por exemplo, o cliente está atento à área da piscina, à proximidade da praia, à limpeza, ao restaurante, ao conforto, à privacidade, à simpatia dos atendentes, ao preço das diárias, entre outras coisas. As emoções do cliente - O estado de espírito e a percepção da própria vida alteram o sentimento de satisfação dos clientes. Em momentos de muita felicidade, a tendência é achar tudo o que está ao redor bem melhor. Emoções positivas transmitidas pelos colaboradores de uma empresa podem gerar maior satisfação ao cliente. As causas do fracasso ou do sucesso - Se eventos 29 inesperados ocorrem, o cliente busca a causa e pode assumir parcial ou plenamente a culpa por não ter atingido as próprias expectativas. Isso influencia a percepção de satisfação. Alguém que pede determinado prato em um restaurante e não gosta dele, por exemplo, pode entender que não fez uma boa escolha. As percepções de justiça – Noções de justiça são bastante relevantes à percepção de satisfação dos clientes. O cliente vai sempre perguntar a si mesmo: “O preço que paguei foi justo?” ou “Outros clientes foram tratados de forma mais adequada do que eu?” Outros clientes, colegas e parentes - Outras pessoas também influenciam, e muito. A percepção de satisfação ou insatisfação ocorrerá de forma individual e será influenciada pelas memórias seletivas de cada um. Em uma viagem à Disney com a família, por exemplo, toda reação ou emoção vivida pelas pessoas influenciará nas histórias a serem contadas ao retornar. A melhor forma de conseguir a satisfação do consumidor é estar sempre perto dele. O cliente que estabelece um relacionamento com uma empresa de forma contínua tem um valor inestimável para o empreendimento. Para isso, é importante fidelizar o cliente. Ações de pós-venda e aprimoramento contínuo dos serviços ou produtos são coisas que podem ser feitas para conquistar o cliente. Cumprir os prazos acordados, praticar preços justos, ter um atendimento diferenciado e abrir canais de comunicação também são formas de aproximação do cliente. 30 Um consumidor satisfeito só traz benefícios: • Tende a ser mais leal à organização. • Compra com mais frequência. • Fala positivamente sobre a marca. • É menos sensível a ofertas de preços mais baixos dos concorrentes. • É mais colaborativo com a empresa. • É atendido com menor custo. • Melhora o ambiente interno da organização. 6 COISAS QUE UM OPERADOR DE CAIXANÃO DEVE FAZER A função do operador de caixa em uma lotérica talvez seja a mais importante atividade deste tipo de negócio, afinal, é ele que será responsável pela interação direta com os clientes e é pelos operadores de caixa que quase toda a receita da empresa irá passar. Pensando neste importante profissional, listamos 6 coisas que um operador de caixa deve evitar fazer no exercício das suas atividades: Um operador de caixa atento dificilmente irá dar troco errado a um cliente Este é um erro comum e a que todos estamos sujeitos. Por lidar com dinheiro o dia todo, este profissional deverá desenvolver uma capacidade de concentração acima da média e usá-la para evitar cometer erros como o de dar troco errado. Sempre é bom advertir que este erro, quando repetido várias vezes, sem correção a tempo e sem o devido 31 pedido de desculpas, poderá desencadear a desconfiança dos clientes ou mesmo dos gerentes da empresa. Um operador de caixa profissional não irá criar expectativas falsas ou mentir para um cliente Como estamos falando de lotéricas, muitas vezes o que vendemos são sonhos para outras pessoas. É preciso trabalhar com profissionalismo e evitar despertar nas pessoas uma expectativa maior do que as que elas já possuem. Do contrário, estaremos minando a confiança que temos e incorreremos em diversos riscos imprevisíveis. Um operador de caixa esperto jamais irá discutir ou destratar com um cliente Este é um erro digno de nota! O cliente pode estar errado e o operador de caixa pode ter provas de que agiu corretamente, mas, mesmo assim, a ação com cordialidade e presteza deve sempre imperar, mantendo-se o tom de voz em nível tranquilo. Se você é um operador de caixa esperto, deverá fugir de discussões com clientes, pois não há nada a ganhar com isso, só a perder. Um bom operador de caixa nunca deixa os colegas de trabalho na mão quando o movimento da lotérica está “pegando fogo” Existem pessoas que querem só receber os seus salários e ponto final, mas também existem funcionários dedicados que trabalham com comprometimento máximo e vestem a camisa da empresa. 32 Ajudar os colegas e estar constantemente atento para não deixá-los na mão é uma dessas ações que deixam claro a sua escolha no que se refere ao comprometimento com o trabalho. E então, de que lado você quer ficar? Um operador de caixa inteligente não pegará o abandono de troco para si, a não ser que esta conduta seja autorizada pelo seu gerente ou pelo lotérico Alguns clientes abandonam suas moedas e saem apressadamente da lotérica. Outros falam aquela velha e conhecida frase: “pode ficar com o troco”. Há ainda os que realmente se esquecem. Qualquer que seja a situação, é muito complicado pegar esse dinheiro para si, pois as consequências desta atitude podem ser irremediáveis, como a de despertar a desconfiança dos seus colegas de trabalho e do gerente da lotérica. Se esta conduta não por claramente autorizada, não faça, pois é o tipo de risco que não vale à pena correr. Um operador de caixa honesto e eficiente nunca deixará de registrar qualquer venda que vier a realizar Deixar de realizar o lançamento ou o registro de uma venda é um dos piores erros que um operador de caixa pode cometer. Isso porque as consequências são péssimas para a gestão da empresa, causando diferença de caixa e de estoque. Fica difícil manter uma gestão eficiente quando esses erros ocorrem com regularidade. Como se não bastasse, é interessante ressaltar que esta também é uma conduta que, quando repetida várias vezes, também poderá despertar desconfiança em relação ao seu comportamento. 33 ERGONOMIA – NR 17 As condições de trabalho nas quais os operadores de caixa realizam suas atividades têm sido uma preocupação dos especialistas nos últimos tempos. Atualmente o ser humano passa uma parte importante de sua vida no ambiente laboral, realizando diferente atividades o que demanda que as condições de trabalho sejam adequadas para evitar que existam riscos que possam provocar acidentes de trabalho e alterações à saúde dos trabalhadores. Um trabalhador será mais produtivo na medida em que esteja satisfeito e motivado no trabalho, e essa satisfação e motivação dependem em grande medida das condições de trabalho em que ele desenvolve suas atividades e da forma como ele participa na busca e solução dos problemas, existindo uma relação direta e estreita entre produtividade, satisfação e motivação. Deve ser interesse de todos que sejam realizadas melhorias constantes nas condições de trabalho para que este possa ser realizado de tal maneira que as cargas provenientes da atividade não ultrapassem os limites fisiológicos do trabalhador, assim como não causem problemas à saúde. Desta forma, observar-se-á maior motivação e satisfação do trabalhador. 34 A Ergonomia é uma ciência aplicada capaz de adaptar as condições de trabalho às capacidades psicofisiológicas do trabalhador. É definida como um conjunto de conhecimentos científicos relativos ao homem e necessários à concepção de instrumentos, dispositivos, materiais que possam ser utilizados com o máximo de conforto, segurança e eficácia pelas pessoas. É preciso ter um conhecimento adequado das condições de trabalho, tanto dos fatores próprios da tarefa quanto daqueles que rodeiam o trabalhador, para que se possa realizar uma adequação nas condições do posto de trabalho analisado. Porém, existe uma relação estreita e direta entre condições de trabalho e conservação da saúde dos trabalhadores. Muitas atividades e postos de trabalho apresentam riscos que devem ser analisados com o objetivo de conseguir sua minimização ou eliminação. A qualidade de vida que um indivíduo possa ter está intimamente ligada à qualidade do trabalho, às condições adequadas ou não em que ele desenvolve suas atividades. O posto de trabalho dos operadores do caixa é um exemplo da necessidade de mudanças devido aos riscos a que os trabalhadores estão expostos durante a realização das suas atividades. A intensidade em que o operador de caixa realiza seu trabalho é muito alta, não só pela quantidade e diversidade de tarefas que realiza, senão pela frequência, o que traz um aumento da carga mental e física dos trabalhadores. As atividades desenvolvidas pelos caixas de supermercados são intensas e altamente repetitivas, tornando-se ainda mais intensas pela 35 introdução do scanner (INRS, s/d), que ajuda a diminuir o tempo de passagem de mercadorias, mas, diminui a atenção ao cliente. Esta alta repetitividade, unida a outros fatores próprios do trabalho, que serão analisados no presente artigo, leva ao aparecimento de monotonia no trabalho e ao estresse. Esta situação, quando unida às condições inadequadas do posto, às posturas e ao peso das mercadorias leva a um aumento das exigências físicas da atividade. As posturas podem ser mais ou menos confortáveis ou prejudiciais para a saúde, dependendo fundamentalmente das condições de trabalho que tenha para realizar suas atividades. Um dos princípios fundamentais que devem existir em todo design ergonômico é que o mobiliário e suas relações com o ser humano permita, em primeiro lugar, que seja adaptado às características antropométricas da população que vai utilizar esse posto e que permita, quando necessário, as mudanças de posturas, já que em cada tipo de postura um diferente conjunto de musculatura é acionado. Assegurar a postura para o trabalho na posição sentada e em pé, e as posições confortáveis dos membros superiores e inferiores, deve ser objetivo fundamental no design dos postos de trabalho dos operadores de caixa. O operador de caixa realiza mais funções além do estabelecido para esta atividade,em resumo: realizar a quantificação e o pagamento das mercadorias que o cliente está comprando, representa aquela pessoa que mantém um contato direto e constante com os clientes, que de fato 36 é assim. Muitas vezes são realizadas reclamações sobre o atendimento, que na maioria das vezes recaem nos operadores de caixa dos supermercados, como se fossem eles os culpados de uma determinada situação. Para amenizar todos os impactos dessa profissão foi criada a NR 17 (Norma regulamentadora 17) a mesma trata da Ergonomia dos profissionais operadores de caixa, que podem atuar em pé ou sentados conforme a imagem abaixo. NR 17 Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. 17.1.1. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho. 17.1.2. Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho, conforme estabelecido nesta Norma Regulamentadora. 17.2. Levantamento, transporte e descarga individual de materiais. 37 17.2.1. Para efeito desta Norma Regulamentadora: 17.2.1.1. Transporte manual de cargas designa todo transporte no qual o peso da carga é suportado inteiramente por um só trabalhador, compreendendo o levantamento e a deposição da carga. 17.2.1.2. Transporte manual regular de cargas designa toda atividade realizada de maneira contínua ou que inclua, mesmo de forma descontínua, o transporte manual de cargas. 17.2.1.3. Trabalhador jovem designa todo trabalhador com idade inferior a dezoito anos e maior de quatorze anos. 17.2.2. Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por um trabalhador cujo peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou sua segurança. 17.2.3. Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas, que não as leves, deve receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos de trabalho que deverá utilizar, com vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes. 17.2.4. Com vistas a limitar ou facilitar o transporte manual de cargas deverão ser usados meios técnicos apropriados. 17.2.5. Quando mulheres e trabalhadores jovens forem designados para o transporte manual de cargas, o peso máximo destas cargas deverá ser nitidamente inferior àquele admitido para os homens, para não comprometer a sua saúde ou a sua segurança. 38 17.2.6. O transporte e a descarga de materiais feitos por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, carros de mão ou qualquer outro aparelho mecânico deverão ser executados de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou a sua segurança. 17.2.7. O trabalho de levantamento de material feito com equipamento mecânico de ação manual deverá ser executado de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou a sua segurança. 17.3. Mobiliário dos postos de trabalho. 17.3.1. Sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de trabalho deve ser planejado ou adaptado para esta posição. 17.3.2. Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé, as bancadas, mesas, escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de boa postura, visualização e operação e devem atender aos seguintes requisitos mínimos: a) ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de atividade, com a distância requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do assento; b) ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador; c) ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e movimentação adequados dos segmentos corporais. 39 17.3.2.1. Para trabalho que necessite também da utilização dos pés, além dos requisitos estabelecidos no subitem 17.3.2, os pedais e demais comandos para acionamento pelos pés devem ter posicionamento e dimensões que possibilitem fácil alcance, bem como ângulos adequados entre as diversas partes do corpo do trabalhador, em função das características e peculiaridades do trabalho a ser executado. 17.3.3. Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes requisitos mínimos de conforto: a) altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida; b) características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento; c) borda frontal arredondada; d) encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar. 17.3.4. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sentados, a partir da análise ergonômica do trabalho, poderá ser exigido suporte para os pés, que se adapte ao comprimento da perna do trabalhador. 17.3.5. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé, devem ser colocados assentos para descanso em locais em que possam ser utilizados por todos os trabalhadores durante as pausas. 17.4. Equipamentos dos postos de trabalho. 17.4.1. Todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho devem estar adequados às 40 características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. 17.4.2. Nas atividades que envolvam leitura de documentos para digitação, datilografia ou mecanografia deve: a) ser fornecido suporte adequado para documentos que possa ser ajustado proporcionando boa postura, visualização e operação, evitando movimentação frequente do pescoço e fadiga visual; b) ser utilizado documento de fácil legibilidade sempre que possível, sendo vedada a utilização do papel brilhante, ou de qualquer outro tipo que provoque ofuscamento. 17.4.3. Os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo devem observar o seguinte: a) condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da tela do equipamento à iluminação do ambiente, protegendo-a contra reflexos, e proporcionar corretos ângulos de visibilidade ao trabalhador; b) o teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo ao trabalhador ajustá-lo de acordo com as tarefas a serem executadas; c) a tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de maneira que as distâncias olho-tela, olho- teclado e olho-documento sejam aproximadamente iguais; d) serem posicionados em superfícies de trabalho com altura ajustável. 41 17.4.3.1. Quando os equipamentos de processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo forem utilizados eventualmente poderão ser dispensadas as exigências previstas no subitem 17.4.3, observada a natureza das tarefas executadas e levando-se em conta a análise ergonômica do trabalho. 17.5. Condições ambientais de trabalho. 17.5.1. As condições ambientais de trabalho devem estar adequadas às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. 17.5.2. Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação intelectual e atenção constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros, são recomendadas as seguintes condições de conforto: a) níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira registrada no INMETRO; b) índicede temperatura efetiva entre 20ºC (vinte) e 23ºC (vinte e três graus centígrados); c) velocidade do ar não superior a 0,75m/s; d) umidade relativa do ar não inferior a 40 (quarenta) por cento. 17.5.2.1. Para as atividades que possuam as características definidas no subitem 17.5.2, mas não apresentam equivalência ou correlação com aquelas relacionadas na NBR 10152, o nível de ruído aceitável para efeito de conforto será de até 65 dB (A) e a curva de avaliação de ruído (NC) de valor não superior a 60 dB. 42 17.5.2.2. Os parâmetros previstos no subitem 17.5.2 devem ser medidos nos postos de trabalho, sendo os níveis de ruído determinados próximos à zona auditiva e as demais variáveis na altura do tórax do trabalhador. 17.5.3. Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou artificial, geral ou suplementar, apropriada à natureza da atividade. 17.5.3.1. A iluminação geral deve ser uniformemente distribuída e difusa. 17.5.3.2. A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de forma a evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos. 17.5.3.3. Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho são os valores de iluminâncias estabelecidos na NBR 5413, norma brasileira registrada no INMETRO. 17.5.3.3 Os métodos de medição e os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho são os estabelecidos na Norma de Higiene Ocupacional nº 11 (NHO 11) da Fundacentro - Avaliação dos Níveis de Iluminamento em Ambientes de Trabalho Internos. (Nova redação dada pela Portaria MTB 876/2018) 17.5.3.4. A medição dos níveis de iluminamento previstos no subitem 17.5.3.3 deve ser feita no campo de trabalho onde se realiza a tarefa visual, utilizando- se de luxímetro com fotocélula corrigida para a sensibilidade do olho humano e em função do ângulo de incidência. (Revogada pela Portaria MTB 876/2018) 17.5.3.5. Quando não puder ser definido o campo de trabalho previsto no subitem 17.5.3.4, este será um plano horizontal a 0,75m (setenta e cinco centímetros) do piso. (Revogada pela Portaria MTB 876/2018) 43 17.6. Organização do trabalho. 17.6.1. A organização do trabalho deve ser adequada às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. 17.6.2. A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em consideração, no mínimo: a) as normas de produção; b) o modo operatório; c) a exigência de tempo; d) a determinação do conteúdo de tempo; e) o ritmo de trabalho; f) o conteúdo das tarefas. 17.6.3. Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do pescoço, ombros, dorso e membros superiores e inferiores, e a partir da análise ergonômica do trabalho, deve ser observado o seguinte: a) todo e qualquer sistema de avaliação de desempenho para efeito de remuneração e vantagens de qualquer espécie deve levar em consideração as repercussões sobre a saúde dos trabalhadores; b) devem ser incluídas pausas para descanso; 44 c) quando do retorno do trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 (quinze) dias, a exigência de produção deverá permitir um retorno gradativo aos níveis de produção vigentes na época anterior ao afastamento. 17.6.4. Nas atividades de processamento eletrônico de dados, deve-se, salvo o disposto em convenções e acordos coletivos de trabalho, observar o seguinte: a) o empregador não deve promover qualquer sistema de avaliação dos trabalhadores envolvidos nas atividades de digitação, baseado no número individual de toques sobre o teclado, inclusive o automatizado, para efeito de remuneração e vantagens de qualquer espécie; b) o número máximo de toques reais exigidos pelo empregador não deve ser superior a 8.000 por hora trabalhada, sendo considerado toque real, para efeito desta NR, cada movimento de pressão sobre o teclado; c) o tempo efetivo de trabalho de entrada de dados não deve exceder o limite máximo de 5 (cinco) horas, sendo que, no período de tempo restante da jornada, o trabalhador poderá exercer outras atividades, observado o disposto no art. 468 da Consolidação das Leis do Trabalho, desde que não exijam movimentos repetitivos, nem esforço visual; d) nas atividades de entrada de dados deve haver, no mínimo, uma pausa de 10 minutos para cada 50 minutos trabalhados, não deduzidos da jornada normal de trabalho; e) quando do retorno ao trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 (quinze) dias, a exigência de produção em relação ao número de toques deverá ser iniciado em níveis inferiores do máximo estabelecido na alínea "b" e ser ampliada progressivamente.