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APOSTILA CONCURSO PÚBLICO CORREIOS 2024 Agente dos Correios - Atendente Comercial, Carteiro e Operador de Triagem ELABORADA PELO PROFº ROGÉRIO FERREIRA Sumário Português ......................................................................................................................................................... 3 Compreensão e interpretação de textos ............................................................................................................ 3 Ortografia oficial ............................................................................................................................................... 13 Acentuação gráfica ........................................................................................................................................... 22 Emprego das classes de palavras: nome pronome, verbo, preposições e conjunções ..................................... 27 Emprego do sinal indicativo de crase ............................................................................................................... 35 Sintaxe da oração e do período ........................................................................................................................ 41 Pontuação ........................................................................................................................................................ 50 Concordância nominal e verbal. ....................................................................................................................... 58 Regência nominal e verbal. .............................................................................................................................. 67 Significação das palavras. ................................................................................................................................. 69 Formação das palavras. .................................................................................................................................... 72 Matemática .................................................................................................................................................... 78 Números relativos inteiros e fracionários, operações e propriedades ............................................................. 78 Múltiplos e divisores, máximo divisor comum e mínimo múltiplo comum ...................................................... 97 Números reais ................................................................................................................................................ 101 Expressões numéricas. ................................................................................................................................... 104 Equações e sistemas de equações de 1. o grau .............................................................................................. 109 Sistemas de medida de tempo.. ..................................................................................................................... 116 Sistema métrico decimal ................................................................................................................................ 120 Números e grandezas diretamente e inversamente proporcionais. ............................................................... 123 Porcentagem. ................................................................................................................................................. 136 Taxas de juros simples e compostas, capital, montante e desconto .............................................................. 140 Regra de três simples e composta .................................................................................................................. 146 Princípios de geometria: perímetro, área e volume.. ..................................................................................... 151 Noções de Informática ................................................................................................................................. 158 Conceitos básicos de computação .................................................................................................................. 158 Componentes de hardware e software de computadores ............................................................................. 162 Sistema operacional Windows 10 .................................................................................................................. 172 Conhecimentos de Word, Excel, PowerPoint. ................................................................................................ 203 Word. ............................................................................................................................................................. 203 Excel. .............................................................................................................................................................. 256 PowerPoint. .................................................................................................................................................... 348 Internet: conceitos, navegadores, tecnologias e serviços. ............................................................................. 379 Legislação aplicada aos Correios ................................................................................................................... 440 Leis e decretos ................................................................................................................................................ 440 Estatuto dos Correios ..................................................................................................................................... 542 Código de Conduta Ética e Integridade .......................................................................................................... 575 Políticas Corporativas ..................................................................................................................................... 588 Regimento Interno dos Correios..................................................................................................................... 734 https://www.correios.com.br/acesso-a-informacao/servidores/arquivos/codigo-de-conduta-etica-integridade https://www.correios.com.br/acesso-a-informacao/institucional/legislacao/politicas-corporativas/politicas-corporativas https://www.correios.com.br/acesso-a-informacao/institucional/legislacao/regimentos-internos/regimento-interno-dos-correios LÍNGUA PORTUGUESA Leitura, compreensão e interpretação de textos. Em concursos públicos, o texto mais recorrente é o verbal escrito. Em muitos casos, o texto será não verbal, como se percebe em quadrinhos, anúncios publicitários, infográficos etc. Outro ponto importante nas provas de concurso público (bancas diversas): você precisa saber que há dois tipos principais de expressão textual escrita: a prosa e o poema. Vamos entender a diferença entre elas. A prosa é a expressão natural da linguagem escrita ou falada, sem metrificação intencional e não sujeita a ritmos regulares. No texto escrito, observamos a prosa quando há organização em linha corrida, ocupando toda a extensão da página. Há, também, organização em parágrafos, os quais apresentam certa unidade de sentido. O texto das nossas aulas em PDF, por exemplo, é produzido em prosa. Já o poema é a composição literária em que há características poéticas cuja temática é diversificada. O poema apresenta-se sob a forma de versos. O verso é cada uma das linhas de um poema e caracteriza-se por possuir certa linha melódica ou efeitos sonoros, além de apresentar unidade de sentido. O conjunto de versos equivale a uma estrofe. Há diversas maneiras de se dispor graficamente as estrofes (e os versos) – e isso dependerá do períodoliterário a que a obra se filia e à criatividade do autor. Veja dois exemplos: Para ser grande, sê inteiro: nada Teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és No mínimo que fazes. Assim em cada lago a lua toda Brilha, porque alta vive. (Ricardo Reis) 3 Nas diversas bancas examinadoras, a maioria dos textos são organizados em prosa. Nesse caso, a banca faz referência às noções de linha, período e parágrafo. Quando as bancas avaliam a estrutura de um poema, há a referência às noções de verso e estrofe. Funções da Linguagem Quando nos comunicamos, interagimos com outro(s) indivíduo(s). Esse indivíduo é capaz de nos compreender e, muitas vezes, dialoga conosco (ou seja, ele também fala conosco, responde, discorda etc.). Para que uma comunicação seja realizada, os seguintes elementos devem estar presentes: Devemos ler o esquema acima da seguinte maneira: o emissor transmite uma mensagem ao receptor. Essa mensagem tem como suporte o canal (o som de nossa voz ou o registro escrito, por exemplo) e está codificado em nossa língua portuguesa. Essa mensagem está situada em um contexto situacional e faz referência ao mundo biossocial do emissor e do receptor. A depender da ênfase que se dê a cada um desses elementos, a função da linguagem (ou seja, do uso da linguagem) será diferente: 4 Veja a definição e um exemplo de cada função: Antes de avançarmos, gostaria de apresentar alguns conteúdos referentes aos estudos linguísticos. Neles, podemos conhecer melhor o funcionamento de um sistema linguístico. Vozes discursivas (Intertextualidade) A conceituação de “vozes discursivas” é complexa. O termo é relacionado à noção de polifonia, que significa “várias vozes (discursivas)”, isto é, vários discursos presentes em uma obra. Nesse caso, diversos enunciadores participam do processo discursivo. Em concursos públicos (e em diversos processos seletivos, esse fenômeno é denominado intertextualidade, principalmente na citação). Intertextualidade é uma propriedade constitutiva de qualquer texto e o conjunto das relações explícitas ou implícitas que um texto ou um grupo de textos determinado mantém com outros textos. 5 Todos os textos fazem referência a outros textos; quer dizer, não existem textos que não mantenham algum aspecto intertextual, pois nenhum texto se acha isolado e solitário. Quando produzimos um texto, sempre faremos referência a alguma outra forma de texto (um discurso, um documentário, uma reportagem, uma obra literária, uma notícia etc.). Vejamos, em síntese, dois tipos de intertextualidade (segundo a professora Ingedore Koch): Vejamos também alguns tipos de vozes discursivas: Citação: é a menção a informações extraídas de outras fontes. A citação pode ser direta ou indireta. Naquela, o texto mencionado é reproduzido exatamente como no original.; nesta, o texto é mencionado indiretamente por meio da voz do autor do texto. Veja um exemplo: Encontramos em Marx (1996, p.202) o seguinte relato: [...] Uma aranha executa operações semelhantes às do tecelão, e a abelha supera mais de um arquiteto ao construir sua colmeia. Mas o que distingue o pior arquiteto da melhor abelha é que ele figura na mente sua construção antes de transformá-la em realidade. No fim do processo do trabalho aparece um resultado que já existia antes idealmente na imaginação do trabalhador. Paródia: é um texto em que se imita outra obra (ou seus procedimentos) com objetivo jocoso (que provoca riso; engraçado, divertido) ou satírico. Observe esta propaganda do mercado Hortifruti: 6 Alusão: na alusão, faz-se referência indireta a algo que pode lembrar ou caracterizar o objeto/fato/ser descrito. Veja este cartaz do Ministério da Saúde: Paráfrase: é uma forma (frasal) diferente de dizer algo. Em leitura, faz- se paráfrase quando há interpretação, explicação ou nova apresentação de um texto (entrecho, obra etc.) que visa torná-lo mais compreensível. Epígrafe: é o título ou frase que, colocada no início de um livro (ou um capítulo, um poema etc.), serve de tema ao assunto ou para resumir o 7 sentido ou situar a motivação da obra. Abaixo, apresento a epígrafe do livro O homem duplicado, de José Saramago: O caos é uma ordem por decifrar. Livro dos Contrários Acredito sinceramente ter interceptado muitos pensamentos que os céus destinavam a outro homem. Laurence Sterne Níveis de Leitura Vou contar com a ajuda de um autor (chamado Medeiros) para caracterizar o fenômeno de leitura. Para ele, a leitura é o processo de interação entre falante e ouvinte (textos orais); ou entre autor e leitor (textos escritos). Essa é uma visão mais ampla, em que se leva em consideração o processo de comunicação entre dois interlocutores. Esse processo de comunicação está situado em um lugar da sociedade – e por isso o contexto da comunicação deve ser levado em consideração. Para a sua prova, o importante é conhecer os níveis de leitura (propostos pelos autores Adler e Doren): • Leitura elementar: leitura básica ou inicial. Ao leitor cabe reconhecer cada palavra de uma página. Nesse tipo de leitura, o leitor dispõe de treinamento básico e adquiriu rudimentos da arte de ler. • Leitura inspecional: caracteriza-se pelo tempo estabelecido para a leitura. Arte de folhear sistematicamente. • Leitura analítica: é uma forma de leitura mais minuciosa, completa, a melhor que o leitor é capaz de fazer. É ativa em grau elevado. Tem em vista principalmente o entendimento, a compreensão do texto. • Leitura sinóptica: leitura comparativa realizada por quem lê muitas obras, correlacionando-as entre si. Nível ativo e laborioso de leitura. É claro que você, na hora da prova, precisa dominar todos esses níveis de leitura, ok? Uma estratégia para ler adequadamente um texto pode ser a seguinte (passos propostos por Molina): i) Visão geral do texto (quem é o autor, a mídia, o título etc.?); ii) Questionamento despertado pelo texto; iii) Análise do vocabulário; 8 iv) Linguagem não verbal (possui gráficos, imagens?); v) Essência do texto; vi) Síntese do texto; vii) Avaliação. Níveis de Linguagem Identificar o nível de linguagem também é fundamental para compreender o texto. Nas provas, verificamos a presença de textos de todos os tipos e que trazem diversos níveis de linguagem. Há três níveis de linguagem (segundo um autor chamado Dino Preti). O primeiro deles é o chamado culto, no qual se faz uso da língua- padrão, aquela que possui prestígio social e segue as normas da gramática tradicional; é o nível de linguagem usado em situações formais e os falantes possuem alto nível de escolarização. O nível de linguagem denominado comum é situado entre os níveis culto e popular; é o registro empregado por falantes com escolarização básica e pelos meios de comunicação de massa. Por fim, o nível de linguagem popular é aquele que não possui prestígio social e é utilizado em situações informais de comunicação; não “segue” as normas da gramática tradicional e faz uso de vocabulário restrito. Um falante (e um texto) pode transitar, numa mesma produção, pelos três níveis, a depender dos objetivos da comunicação. Variação Linguística Os estudos sociolinguísticos demonstraram que as línguas sofrem variação. Essa variação é sistemática e coerente, sendo muitas vezes a causadora das mudanças linguísticas ao longo do tempo. No âmbito da variação linguística, as bancas examinadoras abordam os seguintes conceitos: 9 O dito popular que defende a prevenção como melhor remédio tem tanta afinidade com o dia a dia da administração pública que, ouso afirmar, poderia ser tido como princípio implícito de nosso ordenamento constitucional. Em outros termos, quando se trata da coisa pública, o “errar é humano” não vale, não pode valer. E não porque o serhumano não possa errar, mas porque, direta ou indiretamente, o erro custa muito caro à sociedade. 10 O contrato superfaturado, a obra malfeita ou inacabada e o serviço mal prestado constituem enorme desrespeito ao contribuinte. Além de causarem grande prejuízo a toda a coletividade, acabam sendo também os grandes responsáveis pelo sentimento de ausência do Estado. Diversas são as demandas da sociedade, e o administrador, preso às limitações de um orçamento, ao eleger determinado investimento como prioridade, naturalmente relega outros. Por isso, cautela e planejamento devem ser as palavras de ordem para o gasto público, sob todos os enfoques, especialmente nas contratações. A matemática é simples: quantos gestores, no exercício de suas administrações, conseguiram ressarcir os prejuízos de contratos considerados irregulares pelos tribunais de contas, por superfaturamento, deficiência na execução ou qualquer outra ilegalidade? A prática mostra que, uma vez executado e pago o serviço, feito está, pois não se recupera todo o dinheiro público gasto irregularmente. Ao contrário, o dispêndio público só aumenta: são abertos procedimentos de apuração interna de responsabilidades, inquéritos civis, ações civis públicas... enfim, movimenta-se ainda mais a máquina pública, e pouco, muito pouco, é recuperado. Dimas Ramalho. É melhor prevenir que remediar. Internet: (com adaptações). Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir. Infere-se do texto que, com relação aos gastos da administração pública, é melhor prevenir do que remediar porque o erro custa muito caro à sociedade. ( ) Certo ( ) Errado Na mesma prova da banca CE(BRA)SPE para o MPC-PA, vemos outra questão sobre interpretação de texto: Nascido em 1902, nos Estados Unidos da América, Theodore Schultz foi o primeiro acadêmico que efetivamente sistematizou a relação 11 existente entre aumento de investimentos em educação e aumento de produtividade e salários no setor agrícola — e, claro, na economia como um todo. Em seus estudos, o economista comparou a situação de desequilíbrio entre países pobres, cuja capacidade de produção agrícola é baixa, e países ricos, de alta capacidade produtiva. Nessa análise, percebeu- se que os países desenvolvidos possuíam muito mais dinheiro investido no chamado capital humano, mais especificamente em educação. Notavelmente, educação traz desenvolvimento econômico e social, além de gerar, em um contexto micro, habilidades para o indivíduo que possam ser aproveitadas tanto por ele quanto por outros ao seu redor — fato já conhecido por Schultz. Contudo, o pesquisador foi além e sistematizou a influência da educação sobre a riqueza de uma nação. Ele analisou a economia norte-americana e percebeu que a maior parte do crescimento econômico do país estava associada ao capital humano, materializado em investimentos em educação, e não no capital físico. Ainda nesse estudo, Schultz analisou os custos da educação. Além do óbvio custo material (professores, infraestrutura e material escolar), há outros custos que envolvem, principalmente, tempo: pessoas que trabalhariam passam a estudar — não produzindo, nem ganhando salários. Assim, Schultz concluiu que há custos para as pessoas (deixar de ganhar dinheiro com trabalho para estudar) e eventualmente para o governo (pagar a educação das pessoas sem que elas produzam). Seu trabalho o levou à conclusão de que países que investem mais em educação tendem a ser mais ricos. Segundo ele, mesmo que isso tenha um custo, quanto mais se investir na capacitação das pessoas, mais produtiva e rica uma nação será, de modo que os efeitos tendem a ser mais positivos que negativos. Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue os itens a seguir: 12 ORTOGRAFIA OFICIAL A ortografia oficial da Língua Portuguesa é a parte da gramática que tem a finalidade de estudar a forma correta de escrever as palavras. Para isso, são observados os padrões, regras e o uso correto dos sinais de pontuação e acentuação. A palavra grega orthos faz referência a ideia daquilo que é reto, exato e direito. Já a palavra latina graphia significa escrever. Portanto, a prática da ortografia está ligada, além da escrita correta, ao conhecimento das regras que enquadram a escrita nas condições da Língua Portuguesa, observando características etimológicas e fonológicas. Assim sendo, quando o termo ortografia oficial é utilizado, quer dizer que estamos fazendo referência à ortografia definida como correta no Brasil. Em concursos públicos e processos seletivos de todas as esferas é comum a cobrança do assunto tanto das provas de Português, quanto nas provas de redação, que costumam ser um grande diferencial na obtenção de boas colocações. Por isso, preparamos um guia completo com os principais temas de ortografia oficial. Fique por dentro de todas as regras e aumente as chances de alcançar a tão sonhada aprovação. Acentos O uso dos acentos é um dos itens de ortografia oficial mais frequentes em concursos públicos. Para acabar com todas as dúvidas de quando usar, ou não, os acentos, fique atento às nossas dicas. Em síntese, a acentuação tem como finalidade mudar o som de alguma letra, portanto, fazendo com que palavras escritas de forma semelhante sejam lidas de um jeito diferente e tenham significados diferentes. 13 https://editalconcursosbrasil.com.br/ Na Língua Portuguesa há quatro acentos gráficos, que podem ser definidos da seguinte forma. Acento agudo (´) – é usado em vogais para indicar que a sílaba em que ela se encontra é tônica, ou seja, possui o som mais forte. O acento agudo faz com que as palavras sejam pronunciadas de forma aberta: célebre, acarajé, filé. Acento circunflexo (^) – pode ser usado apenas nas vogais, A, E e O, indicando que elas devem ser pronunciadas de forma fechada: ângulo, ônus, ônibus, bônus. Til (~) – é ele que dá o som anasalado às vogais A e O: propõem, constituição, preposição, ação. Acento grave (`) – é usado para indicar a ocorrência de crase, assunto que será aprofundado em um tópico seguinte. X e CH Na hora de escrever, uma das dúvidas mais recorrentes diz respeito ao uso do X e do CH. Ainda mais porque, além de conhecer as regras, é necessário conhecer também as exceções. Para fixar o uso correto de cada uma das situações a seguir, o ideal é ter uma boa rotina de leitura para assimilar a grafia correta das palavras. Vamos aos usos? Uso do X e CH nas palavras provenientes do latim: CH: quando são traduzidas do latim para o português, as sequências “pl” “fl” e “cl” transformam-se em CH. Exemplos: planus – chão flamma – chama clamare – chamar X: palavras originárias do X latino ou quando há palatização do S em grupos ssi ou sce: Exemplos: examen – exame luxu – luxo laxare – deibar pisce – peixe passione – paixão Casos em que o CH é utilizado: ▪ Em palavras de origem francesa (chofer (chauffeur), creche (crèche), debochar (débaucher), fetiche (fétiche), guichê (guichet) e champignon (champignon)) Casos em que o X é utilizado: ▪ Depois de ditongos (peixe, ameixa e caixa) Algumas exceções são as palavras guache, recauchutar e caucho. ▪ Em palavras iniciadas pela sílaba “en”: enxada, enxerto e enxurrada; Neste caso há duas exceções. A primeira diz respeito à palavra enchova, que é um regionalismo da palavra anchova, que tem origem genovesa: anciua. A segunda exceção são as palavras formadas pela sílaba inicial “en”, seguidas por radical com “ch”. Alguns exemplos são: enchente, enchumaçar e encharcar. ▪ Em palavras iniciadas pela sílaba: “me” (mexilhão, México e mexer) 14 Aqui, a exceção é a palavra mecha (referindo-se aos cabelos) cuja origem é francesa, da palavra mèche. Algumas vezes a confusão pode ser ocasionada por conta da palavra mexe (do verbomexer) que é grafada com x. ▪ Em palavras de origem tupi (capixaba, caxumba, xaxim, queixada, Pataxó, abacaxi, araxá e Xingu) Um das exceções é a palavra que nomeia a cidade catarinense de Chapecó, que é uma derivação do tupi Xapeco e quer dizer, da donde se avista o caminho da roça. ▪ Em palavras de origem africana (afoxé, axé, xingar, xangô, maxixe, orixá, borocoxô, xodó e fuxico) Algumas exceções são as palavras cachaça, chilique, e cachimbo. ▪ Em palavras de origem árabe (almoxarifado, elixir, haxixe, xarope, xadrez, xeque e enxaqueca) As exceções são as palavras alcachofra e chafariz. S ou Z Na hora de escrever, outra confusão frequente está relacionada ao uso do S e do Z. Conheça algumas regrinhas que podem auxiliar: Casos em que o S é utilizado: ▪ Em palavras que derivam de uma primitiva grafada com s (casa – casinha, casarão, análise – analisar e pesquisa – pesquisar) Como exceção podemos citar: catequese – catequizar. ▪ Após ditongo quando houver o som de z (coisa e maisena) ▪ Nos sufixos “ês”, “esa”, “esia” e “isia”, quando indicarem nacionalidade, título ou origem (burguesia, portuguesa, poetisa e camponês) A exceção é a palavra juíza, que deriva do masculino, juiz. ▪ Na conjugação dos verbos pôr e querer (ele pôs, ele quis, e nós quisemos) ▪ Nos sufixos gregos “ase”, “ese”, “ise” e “ose” (crise, tese, frase e osmose) As exceções são as palavras deslize e gaze. ▪ Em palavras terminadas em “oso” e “osa” (gostosa e populoso) Casos em que o Z é utilizado: ▪ Palavras terminadas em ez e eza serão escritas com z quando se tratarem de substantivos abstratos provenientes de adjetivos, portanto, indicando uma qualidade (certeza, nobreza, maciez e sensatez) ▪ Utiliza-se o z nas palavras derivadas com os sufixos “zinho” “zito” “zada” “zarrão”, “zorra”, “zudo”, “zeiro”, “zal” e “zona” (cafezal, homenzarrão, papelzinho e açaizeiro) As exceções ocorrem quando o radical da palavra de origem possui o s: casa – casinha, asa – asinha e Teresa – Teresinha. ▪ Quando a derivação resultam em verbos terminados com o som de “izar” (economizar e aterrorizar) Da mesma forma, há exceção quando o radical da palavra de origem possui o s: analisar e improvisar. C, Ç, S e SS Outra parte, ainda mais confusa, são as possibilidades de uso do c, ç, s e ss. Entretanto, as regrinhas são muito simples e fáceis de serem entendidas. ▪ O C tem valor de S com as vogais E e I. Antes de A, O ou U, utiliza-se o Ç (ocioso, acetato, açúcar e aço) 15 ▪ Depois de consoante, utiliza-se S. Entre vogais, o correto é usar SS (concurso e pessoa) ▪ O S é utilizado em palavras que derivam de verbos terminados em “correr” “pelir” e “ergir” (compelir – compulsório, discorrer – discurso e imergir – imersão) ▪ Os verbos terminados em “dar” “der” “dir” “ter” “tir” e “mir” recebem o S quando perdem as letras D, T e M em suas derivações (redimir – remissão – remisso, expandir – expansão – expansível e iludir – ilusão – ilusório) ▪ Verbos não terminados em “dar” “der” “dir”, “ter” “tir” e “mir” recebem Ç quando mudam o radical (excetuar – exceção e proteger – proteção) ▪ Verbos que mantêm o radical recebem Ç em suas derivações (fundir – fundição e reter – retenção) ▪ Utiliza-se C ou Ç após o ditongo quando houver som de S (traição e coice) ▪ Utiliza-se C ou Ç nos sufixos “aça”, “aço”, “ação”, “çar”, “ecer’, “iça”, “iço”, “nça”, “uça”, “uço” (esperar – esperança, dente – dentuço, rico – ricaço e merece – merecer) ▪ Em palavras de origem árabe (açude, alface, alvoroço, celeste, cetim, açoite, açafrão) Algumas exceções são arsenal, safra, salada e carmesim. ▪ Em palavras de origem tupi (camaçari, açaí, cacique, piaçava, paçoca, Iguaçu e cupuaçu) ▪ Em palavras de origem africana (caçula, cachaça, miçanga, lambança, cangaço e jagunço) G e J Em relação ao uso do G e J é seguida a mesma tendência. Além de ter várias regras, há, ainda, diversas exceções. Confira quais são as principais e nunca mais erre a grafia dessas palavras. ▪ Nas palavras originárias do latim e do grego, normalmente, o G da Língua Portuguesa é equivalente. Latim gestu – gesto gelu – gelo agitare – agitar Grego gymnastics – ginástica hégemonikós – hegemônico Em relação ao J, ele não existe nem no latim e nem no grego clássico. Portanto, ele ocorre quando há consonantização do I semiconsoante latino ou palatalização do S + I, ou do grupo DI + Vogal. Casos em que o G é utilizado: ▪ Quando a palavra é derivada de outras palavra grifada com G (faringite – faringe e selvageria – selvagem) Algumas exceções são coragem – corajoso e viagem – viajar. ▪ Quando as palavras terminam nos sufixos “ágio”, “égio”, “ígio”, “ógio” e “úgio” (refúgio, prestígio e sacrilégio) ▪ Utiliza-se G quando os substantivos são terminados em “gem” (sondagem, viagem e passagem) 16 Exemplos de exceção são as palavras pajem e lambujem. ▪ Quando os verbos são terminados em “ger” e “gir” (eleger e rugir) ▪ Depois de R (divergir e submergir) Casos em que o J é utilizado: ▪ Nas palavras derivadas de outras que são grafadas com J (lojista – loja, gorjeta – gorja). ▪ Nos verbos terminados em “jar” (arranjar, encorajar, enferrujar) ▪ Palavras de origem árabe (azulejo, berinjela, jaleco, jarra, laranja) Algumas exceções são giz, girafa e álgebra. ▪ Em palavras de origem tupi (jururu, maracujá, jerimum, marajó, jibóia) Sergipe é uma exceção. ▪ Palavras que possuem origem africana (jabá, Iemanjá, acarajé, jiló, Jurema) Mal e mau É uma das dúvidas mais frequentes, que as duas palavras são muito parecidas. E aí, na hora de escrever, o correto é mau ou mal? Vamos aos esclarecimentos? Neste caso é um dica que é praticamente infalível. Na hora da dúvida, basta colocá-la em prática. A palavra mal é oposto de bem, enquanto a palavra mau é oposto de bom. Basta fazer a substituição para perceber se o uso é correto, ou não. Vale lembrar, ainda, que quando estiver acompanhado de artigo ou pronome, mal será um substantivo. ▪ Exemplo: Sofro desse mal desde os dez anos de idade. Porém, quando modificar um verbo ou adjetivo, mal será um advérbio. ▪ Exemplo: Chegou em casa e mal olhou para o marido. Na direção contrária, a palavra mau sempre é usada como um adjetivo. ▪ Exemplo: Os maus exemplos não devem ser seguidos. Uso dos porquês Essa questão tira o sono de muitos concurseiros, e não é para menos. Há quatro categorias distintas e cada uma delas com um uso. Entretanto, depois de entender com elas funcionam, o uso dos porquês se tornará muito mais simples. Porque (junto e sem acento) – é usado basicamente em respostas e explicações, indicando a causa ou explicação de algo. Pode ser substituído por: pois, uma vez que, dado que, visto que, etc. ▪ Exemplo: Não vou ao shopping porque estou me sentindo mal. Por que (separado e sem acento) – é usado para fazer perguntas ou para fazer relação com um termo anterior da oração. Confira algumas formas de substituí-lo: por qual razão e por qual motivo. ▪ Exemplo: Por que você não cumpriu o acordo de venda? Por quê (separado e com acento) – é usado no final de frases interrogativas, podendo ser seguido tanto por ponto de interrogação, quanto por ponto final. ▪ Exemplos: Minha irmã foi embora sem que eu soubesse o por quê. Você deixou o caderno em casa por quê? Porquê (junto e com acento) – é usado para indicar o motivo, razão ou causa de alguma coisa. Sempre aparece acompanhado de artigos definidos ou indefinidos, mas pode aparecer, ainda, acompanhado de numeral ou pronome. 17 ▪ Exemplo: Gostaria de saber os porquês de eu não ter sido convidada para a festa do condomínio. Resumindo: Porque – Usado em respostas. Por que – Usado no início de uma questão. Por quê – Usado no fim de perguntas. Porquê – Usado como substantivo. Crase Em Língua Portuguesa poucas coisas são tão temidas, e erradas, quanto a crase. Isso porque seu uso é normatizado por uma série de regras, que facilmente podemcausar confusão nos concurseiros. Além de tudo, é um assunto extremamente cobrado em provas. Sendo assim, é muito importante estar com todas as normas na ponta da língua. Vamos lá? ▪ Nas situações a seguir, NÃO há uso de crase: Antes de substantivos masculinos: Prefiro andar a pé. Antes de verbos: O engenheiro está começando a planejar meu banheiro. Antes de grande parte dos pronomes: Desejamos a todos boas festas. Entretanto, há algumas exceções, como na frase: Esta é a notícia à qual me referi. Em expressões com palavras repetidas, ainda que elas sejam femininas: Fiquei face a face com meu ex-marido. Antes de palavras femininas no plural e antecedidas pela preposição a: As bolsas de estudo foram dadas a alunas goianas. Entretanto, se os substantivos femininos forem especificados por meio do uso do artigo definido “as”, há uso de crase em função da contração do artigo com a preposição a , portanto a + a = às: As bolsas de estudos foram concedidas às alunas goianas. Antes de numeral, com exceção das horas: O shopping fica a três quilômetros daqui. ▪ Há uso de crase nas condições a seguir: Antes de palavras femininas, em construções de frases com substantivos e adjetivos que pedem a preposição a, e ainda, com verbos cuja regência é feita com a preposição a, indicando a quem algo se refere. Alguns exemplos são pedir a e agradecer a: Minha irmã nunca está atenta à aula. Em várias expressões adverbiais, locuções conjuntivas e prepositivas: à noite, à exceção de, à semelhança de, à deriva, às avessas, às vezes, à toa, à parte, etc. Pode ocorrer crase antes de um substantivo masculino se houver uma palavra feminina subentendida na frase. Um bom exemplo são as locuções à moda de e à maneira de. Antes da indicação exata e determinada de horas: Preciso acordar todos os dias às cinco da manhã. Vale lembrar que em caso de uso das preposições para, entre, desde e após, não ocorre o uso da crase: O salão só abre após as duas da tarde. Em várias expressões de modo ou circunstância, como fator de transmissão de clareza na leitura: Estudei a distância – Estudei à distância. Nos casos a seguir, o uso da crase é facultativo. ▪ Antes de pronomes possessivos; ▪ Antes de nomes próprios femininos; ▪ Antes da preposição até antecedendo substantivos femininos. 18 Casos específicos: ▪ Antes de nomes de localidades; ▪ Antes da palavra terra; ▪ Antes da palavra casa; Palavras homônimas e parônimas Essas palavras são importantes em concursos públicos pelo fato de aparecerem muito em questões que são “pegadinhas”. Sendo assim, fique atento a elas e evite perder pontos em perguntas simples. Confira as definições. Palavras homônimas – são aquelas palavras que possuem exatamente a mesma pronúncia mas que têm significados e escritas diferentes. cerrar (fechar) – serrar (cortar) laço (nó) – lasso (gasto, cansado) cheque (ordem de pagamento) – xeque (jogada de xadrez) Palavras parônimas – tanto a pronúncia, quanto a escrita são parecidos. Contudo, o significado é diferente. comprimento (extensão) – cumprimento (saudação) emergir (vir à tona) – imergir (mergulhar) tráfego (trânsito) – tráfico (comércio ilícito) Novo acordo ortográfico Apesar de datar de 1990, somente a partir de 2016 é que o tema começou a tirar o sono dos concurseiros. O novo acordo ortográfico está em vigor desde 2009, porém, foi em 2016 que o uso das novas regras tornou-se obrigatório. Confira quais foram as principais alterações. ▪ Mudança no alfabeto Acréscimo das letras K, W e Y. Agora, oficialmente, o alfabeto brasileiro conta com 26 letras. Na prática, essas letras são usadas em nomes próprios e nas abreviaturas de símbolos internacionais, tais como km (quilômetro) e kg (quilograma). ▪ Trema Uma das principais mudanças do novo acordo ortográfico foi a queda do uso do trema. Agora, seu uso ocorre apenas em nomes próprios estrangeiros e derivados, a exemplo de Müler. ▪ Acentuação – Fim da acentuação dos ditongos abertos “ei” e “oi” das palavras paroxítonas, ou seja, aquelas que possuem acento tônico na penúltima sílaba. Exemplos: jóia – joia, idéia – ideia e assembléia – assembleia. – Fim da acentuação para os ditongos oo e ee nas palavras paroxítonas. Exemplos: veêm – veem, voô – voo e enjoô – enjoo. – Abolição do acento agudo nas vogais i e u quando aparecem depois de ditongo. Exemplo: feiúra – feiura. – O acento diferencial foi abolido de diversas palavras, que agora devem ser analisadas dentro do contexto da oração. Exemplos: pára – para, pêlo – pelo e pêra – pera. O acento diferencial foi mantido em alguns casos, como por exemplo tem/têm e pode/pôde. ▪ Hífen As regras de hifenização sofreram diversas alterações por conta do novo acordo ortográfico. Conheça os principais casos. 19 Não há uso de hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com as letras r ou s, que neste caso, serão duplicadas. Exemplo: auto-retrato – autorretrato. Vale lembrar que o hífen será mantido na ligação dos prefixos hiper, super e inter com elementos iniciados por r. Exemplos: inter-regional e super-resistente. O hífen é usado quando o prefixo termina com a mesma vogal que começa o segundo elemento. Exemplo: antiinflamatório – anti-inflamatório. Ao contrário, não se usa hífen quando quando o prefixo termina em vogal diferente da que começa o segundo elemento. Exemplo: auto-estima – autoestima. Ainda que o segundo elemento se inicie com a vogal “o”, não se usa hífen em palavras prefixadas por co. Exemplo: cooperar. Não há uso de hífen em palavras composta que, através do uso, formam uma unidade. Exemplo: manda-chuva – mandachuva. Exercícios de Ortografia 1. (Fuvest) "A _____ de uma guerra nuclear provoca uma grande _____ na humanidade e a deixa _____ quanto ao futuro.". Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente. a) espectativa - tensão - exitante b) espectativa - tenção - hesitante c) expectativa - tensão - hesitante e) espectativa - tenção - exitante 2. (UFRJ) Na série abaixo há um erro de ortografia no emprego do "z". Assinale-o: a) algoz b) traz (verbo) c) assaz d) aniz e) giz 3. (FMU) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente. a) paralisar, pesquisar, ironizar, deslizar b) alteza, empreza, francesa, miudeza c) cuscus, chimpazé, encharcar, encher d) incenso, abcesso, obsessão, luchação e) chineza, marquês, garrucha, meretriz 4. “Pedi para ele não me__er na cai__a que estava fe__ada”. A alternativa que preenche corretamente as lacunas é a) ch; x; x b) x; ch; ch 20 c) x; x; x d) ch, ch, ch e) x, x, ch 5. Veja as frases abaixo. I. __ tempos que não via a Morgana tão feliz. II. Daqui __ dois anos irei para a Portugal. III. Agora estamos vivendo em uma casa __ cinco minutos do metrô. A alternativa que preenche corretamente as lacunas é a) a; a; a b) Há; há; há c) a; há; a d) há; a; a e) a; há; há gabaritos: 1- Alternativa correta c) expectativa - tensão - hesitante • "expectativa" escreve-se assim por causa da sua origem do latim - exspectatus. • "tensão" escreve-se assim por causa da sua origem do latim - tensione. • "hesitante" escreve-se assim por causa da sua origem do latim - haesitare. 2- Alternativa correta: d) aniz A palavra "anis" se escreve com s por causa da sua origem do latim - anisum. 3- Alternativa correta a) paralisar, pesquisar, ironizar, deslizar • O sufixo -izar escreve-se com z quando forma verbos: ironia - ironizar, deslize - deslizar. • As letras que forma "isar"existem nos verbos "paralisar" e "pesquisar" não são sufixos, pois de algum modo fazem parte das palavras nas suas formas primitivas (paralisia - paralisar, pesquisa - pesquisar), motivo pelo qual elas são escritas com s. Quanto às alternativas restantes: b) alteza, empreza, francesa, miudeza • "alteza" se escreve com z porque usa-se o sufixo -eza quando o substantivo é formado apartir de um adjetivo: alto - alteza. • o correto é "empresa" por causa da sua origem do italiano - impresa. • "francesa" se escreve com s porque usa-se s no sufixo -esa que indica origem. • "miudeza" se escreve com z porque usa-se o sufixo -eza quando o substantivo é formado a partir de um adjetivo: miúdo - miudeza. c) cuscus, chimpazé, encharcar, encher • o correto é "cuscuz". Não existe regra ortográfica específica para essa palavra. 21 • o correto é "chimpanzé", que se escreve com z porque usa-se z nas palavras com origem indígena, como neste caso. • "encharcar" (encher de algo) deriva do verbo "encher", que se escreve, tal como os seus derivados, com ch. • "encher" é uma exceção da regra de que se usa x depois da sílaba inicial -en, tal como "enxoval". d) incenso, abcesso, obsessão, luchação • "incenso" se escreve assim por causa da sua origem do latim - incensum. • "abcesso" é uma exceção da regra de que se usa s depois do prefixo -ab, tal como "absolver". Além disso, a palavra é escrita com ss porque usa-se ss (com som de s) entre duas vogais. • "obsessão" se escreve com s porque depois do prefixo -ab usa-se s. O ss na última sílaba justifica-se pelo fato de que usa-se ss (com som de s) entre duas vogais. • o correto é "luxação" por causa da sua origem do latim - luxatione. e) chineza, marquês, garrucha, meretriz • o correto é "chinesa", que se escreve com s porque usa-se s no sufixo -esa que indica origem. • "marquês" se escreve com s, porque usa-se s no sufixo -ês que indica título. • "garrucha" se escreve assim por causa da sua origem do espanhol - garrucha. • "meretriz" se escreve com z no final porque a letra z junto com uma vogal no fim de uma palavra torna a última sílaba tônica, como neste caso, cuja palavra "meretriz" é oxítona. 4- Alternativa correta: e) x, x, ch Pedi para ele não mexer na caixa que estava fechada • mexer: depois da sílaba “me” utiliza-se o x. • caixa: depois de ditongos (vogal+semivogal) utiliza-se o x. • fechada: palavra derivada do verbo fechar. 5- Alternativa correta: d) há; a; a O “há” é uma forma impessoal do verbo haver que indica tempo passado, sendo utilizada com o sentido de existir: Há tempos que não via a Morgana tão feliz Já o “a” é um artigo definido utilizado antes de substantivos e que indica ações futuras e distância: • Daqui a dois anos irei para a Portugal. (ação futura) • Agora estamos vivendo em uma casa a cinco minutos do metrô. (distância) Acentuação gráfica A acentuação gráfica consiste na colocação de acento ortográfico para indicar a pronúncia de uma vogal ou marcar a sílaba tônica de uma palavra. Os nomes dos acentos gráficos da língua portuguesa são: • acento agudo (´) • acento grave (`) 22 • acento circunflexo (^) Os acentos gráficos são elementos essenciais que estabelecem, por meio de regras, a sonoridade/intensidade das sílabas das palavras. Acentuação das palavras oxítonas As palavras oxítonas são aquelas em que a última sílaba é tônica (mais forte). Elas podem ser acentuadas com o acento agudo e com o acento circunflexo. Oxítonas que recebem acento agudo Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento Recebem acento agudo as palavras oxítonas terminadas em vogais tônicas abertas -a, -e ou -o seguidas ou não de -s. está, estás, já, olá; até, é, és, olé, pontapé(s); vó(s), dominó(s), paletó(s), só(s) No caso de palavras derivadas do francês e terminadas com a vogal -e, são admitidos tanto o acento agudo quanto o circunflexo. bebé ou bebê; bidé ou bidê; canapé ou canapê; croché ou crochê; matiné ou matinê Quando conjugadas com os pronomes -lo(s) ou -la(s) terminando com a vogal tônica aberta -a após a perda do -r, -s, ou -z. adorá-lo (de adorar + lo) ou adorá-los (de adorar + los); fá-lo (de faz + lo) ou fá-los (de faz + los) dá-la (de dar + la) ou dá-las (de dar + las) Recebem acento as palavras oxítonas com mais de uma sílaba terminadas no ditongo nasal grafado -em e -ens. acém, detém, deténs, entretém, entreténs, harém, haréns, porém, provém, provéns, também São acentuadas as palavras oxítonas com os ditongos abertos grafados -éu, éi ou -ói, seguidos ou não de -s. anéis, batéis, fiéis, papéis, chapéu(s), ilhéu(s), véu(s); herói(s), remói Obs.: há exceção nas formas da terceira pessoa do plural do presente do indicativo dos derivados de "ter" e "vir". Nesse caso, elas recebem acento circunflexo (retêm, sustêm; advêm, provêm). Oxítonas que recebem acento circunflexo Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento São acentuadas as palavras oxítonas terminadas nas vogais tônicas fechadas grafadas -e ou -o, seguidas ou não de -s. cortês, dê, dês (de dar), lê, lês (de ler), português, você(s); avô(s), pôs (de pôr), robô(s) As formas verbais oxítonas, quando conjugadas com os pronomes clíticos -lo(s) ou -la(s) terminadas com as vogais tônicas fechadas -e ou -o após a perda da consoantes final -r, -s ou -z, são acentuadas. detê -lo(s); fazê -la(s); vê -la(s); compô-la(s); repô-la(s); pô-la(s) Obs.: usa-se, ainda, o acento circunflexo para diferenciar a forma verbal "pôr" da preposição "por". Acentuação das palavras paroxítonas 23 As palavras paroxítonas são aquelas em que a penúltima sílaba é tônica (mais forte). Paroxítonas que recebem acento agudo Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento Recebem acento agudo as paroxítonas que apresentam, na sílaba tônica, as vogais abertas grafadas -a, -e, -o, -i e -u e que terminam em -l, -n, -r, -x e -s, e algumas formas do plural, que passam a proparoxítonas. dócil, dóceis; fóssil, fósseis; réptil, répteis; córtex, córtices; tórax; líquen, líquenes; ímpar, ímpares É admitida dupla grafia em alguns casos. fêmur e fémur; ónix e ônix; pónei e pônei; ténis e tênis; bónus e bônus; ónus e ônus; tónus e tônus Palavras paroxítonas que apresentam, na sílaba tônica, as vogais abertas grafadas -a, -e, -i, -o e -u, e que terminam em -ã, -ão, -ei, -um ou -uns são acentuadas nas formas singular e plural das palavras. órfã, órfãs; órfão, órfãos; órgão, órgãos; sótão, sótãos; jóquei, jóqueis; fáceis, fácil; bílis, íris, júri, oásis, álbum, fórum, húmus e vírus Obs.: não se acentuam graficamente os ditongos representados por -ei e -oi da sílaba tônica das paroxítonas: assembleia, boleia, ideia, onomatopeico, proteico, alcaloide, apoio (do verbo apoiar), tal como apoio (substantivo), boia, heroico, jiboia, moina, paranoico, zoina. Exemplos de palavras paroxítonas não acentuadas: enjoo, grave, homem, mesa, Tejo, vejo, velho, voo, avanço, floresta; abençoo, angolano, brasileiro, descobrimento, graficamente e moçambicano. Paroxítonas e o uso do acento circunflexo Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento Palavras paroxítonas que contêm, na sílaba tônica, as vogais fechadas com a grafia -a, -e e -o, e que terminam em -l, -n, -r ou -x, assim como as respetivas formas do plural, algumas das quais se tornam proparoxítonas. cônsul, cônsules; têxtil, têxteis; plâncton, plânctons Também recebem acento circunflexo as palavras que contêm, na sílaba tônica, vogais fechadas com a grafia -a, -e e -o, e que terminam em -ão(s), -eis ou -us. Estêvão, zângão, escrevêsseis, ânus São grafadas com acento circunflexo as formas dos verbos "ter" e "vir", na terceira pessoa do plural do presente do indicativo ("têm" e "vêm"). O mesmo é aplicado algumas formas verbais derivadas. abstêm, advêm, contêm, convêm, desconvêm, detêm, entretêm, intervêm, mantêm, obtêm, provêm, sobrevêm Não é usado o acento circunflexo nas palavras paroxítonas que contêm um tônico oral fechado em hiato com terminação -em, da terceira pessoa do plural do presente do indicativo. creem, deem, descreem, desdeem, leem, preveem, redeem, releem, reveem, veem Não é usado o acento circunflexocom objetivo de assinalar a vogal tônica fechada na grafia das palavras paroxítonas. enjoo – substantivo e flexão de enjoar 24 Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento povoo – flexão de povoar voo – substantivo e flexão de voar Não são usados os acentos circunflexo e agudo para distinguir as palavras paroxítonas quando têm a vogal tônica aberta ou fechada em palavras homógrafas de palavras proclíticas no singular e plural. para – flexão de parar. pela/pelo – preposição de pela, quando substantivo de pelar. pelo – substantivo de per + lo. polo – combinação de per + lo e na combinação de por + lo Fique Atento! O acento circunflexo é obrigatório na palavra pôde na terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo. Isso acontece para distingui-la da forma verbal correspondente do presente do indicativo: pode. O acento circunflexo é facultativo no verbo demos, conjugado na primeira pessoa do presente do indicativo. Isso ocorre para estabelecer distinção da forma correspondente no pretérito perfeito do indicativo: demos. Também é facultativo o uso de acento circunflexo no substantivo fôrma como distinção do verbo formar na segunda pessoa do singular imperativo: forma. Vogais tônicas Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento As vogais tônicas grafadas (i) e (u) das palavras oxítonas e paroxítonas recebem acento quando são antecedidas de uma vogal com a qual não formam ditongo e desde que não constituam sílaba com a consoante seguinte. Adaís – plural de Adail, aí, atraí (de atrair), baú, caís (de cair), Esaú, jacuí, Luís, país, alaúde, amiúde, Araújo, Ataíde, atraíam (de atrair), atraísse (id.), baía, balaústre, cafeína, ciúme, egoísmo, faísca, faúlha, graúdo, influíste (de influir), juízes, Luísa, miúdo, paraíso, raízes, recaída, ruína, saída e sanduíche Recebem acento agudo as vogais tônicas grafadas com -i e -u, quando precedidas de ditongo na posição final ou seguidas de -s. Piauí teiú – teiús tuiuiú – tuiuiús Recebe acento agudo a vogal tônica grafada -i das palavras oxítonas terminadas em -r dos verbos terminados em -air e -uir, quando combinadas com -lo(s), -la(s) considerando a assimilação e perda do -r nas palavras. atraí-lo(s), atraí-lo(s) –ia, possuí-la(s), possuí- la(s)-ia – de possuir-la(s)-ia As vogais tônicas grafadas (i) e (u) das palavras oxítonas e paroxítonas não recebem acento quando são antecedidas de uma vogal com a qual não formam ditongo, e desde que não constituam sílaba com a consoante seguinte nos casos de -nh, - l, -m, -n, -r e -z. bainha, moinho, rainha, Adail, Coimbra, ruim, ainda, constituinte, oriundo, ruins, triunfo, atrair,influir, influirmos, juiz e raiz 25 Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento Não recebem acento agudo as vogais tônicas das palavras paroxítonas nas formas rizotônicas de alguns verbos. arguir, redarguir, aguar, apaniguar, apaziguar, apropinquar, averiguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir Não recebem acento agudo os ditongos tônicos grafados -iu e -ui, quando precedidos de vogal. distraiu; instruiu Não é utilizado acento agudo nas vogais tônicas grafadas em -i e -u das palavras paroxítonas quando precedidas de ditongo. baiuca; boiuno; cheinho; sainha Acentuação das palavras proparoxítonas As palavras proparoxítonas são aquelas em que a antepenúltima sílaba é a tônica (mais forte), sendo que todas são acentuadas. Proparoxítonas que recebem acento agudo Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento Recebem acento agudo as palavras proparoxítonas que apresentam na sílaba tônica as vogais abertas grafadas -a, -e, -i, -o e -u começando com ditongo oral ou vogal aberta. árabe, cáustico, Cleópatra, esquálido, exército, hidráulico, líquido, míope, músico, plástico, prosélito, público, rústico, tétrico, último Recebem acento agudo as palavras proparoxítonas aparentes quando apresentam na sílaba tônica as vogais abertas grafadas -a, -e, -i, -o e -u ou ditongo oral começado por vogal aberta, e que terminam por sequências vocálicas pós-tônicas praticamente consideradas como ditongos crescentes -ea, -eo, - ia, -ie, -io, -oa, -ua e -uo). Álea, náusea; etéreo, níveo; enciclopédia, glória; barbárie, série; lírio, prélio; mágoa, nódoa; exígua; exíguo, vácuo Proparoxítonas que recebem acento circunflexo Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento Recebem acento circunflexo as palavras proparoxítonas que apresentam na sílaba tônica vogal fechada ou ditongo com a vogal básica fechada e as chamadas proparoxítonas aparentes. anacreôntico, cânfora, cômputo, devêramos (de dever), dinâmico, êmbolo, excêntrico, fôssemos (de ser e ir), Grândola, hermenêutica, lâmpada, lôbrego, nêspera, plêiade, sôfrego, sonâmbulo, trôpego. Amêndoa, argênteo, côdea, Islândia, Mântua e serôdio Recebem acento circunflexo as palavras proparoxítonas, reais ou aparentes, quando as vogais tônicas são grafadas e/ou estão em final de sílaba e são seguidas das consoantes nasais grafadas -m ou -n obedecendo ao timbre. acadêmico, anatômico, cênico, cômodo, fenômeno, gênero, topônimo, Amazônia, Antônio, blasfêmia, fêmea, gêmeo, gênio e tênue Atenção! Palavras derivadas de advérbios ou adjetivos não são acentuadas 26 Exemplos: • Avidamente - de ávido • Debilmente - de débil • Facilmente - de fácil • Habilmente - de hábil • Ingenuamente – de ingênuo • Lucidamente - de lúcido • Somente - de só • Unicamente - de único • Candidamente – cândido • Dinamicamente - de dinâmico • Espontaneamente - de espontâneo • Romanticamente - de romântico Exercícios sobre acentuação gráfica 01 – Marque a alternativa em que a palavra mantém acento gráfico de acordo com a ortografia vigente. a) Escarcéu b) Idéia c) Pêlo d) Pólo e) Jibóia 02 – Marque a alternativa cujas palavras são acentuadas em razão de uma mesma regra: a) Réu – sofá – açaí b) Música – você - história c) Avó – também – Pará d) Égua – pá – jequitibá e) Saúde – ônibus – fé Gabaritos: A, C. EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS: NOME PRONOME, VERBO, PREPOSIÇÕES E CONJUNÇÕES~ As classes de palavras ou classes gramaticais são dez: substantivo, verbo, adjetivo, pronome, artigo, numeral, preposição, conjunção, interjeição e advérbio. 1. Substantivo Substantivo é a palavra que nomeia os seres em geral, desde objetos, fenômenos, lugares, qualidades, ações, dentre outros, tais como: Ana, Brasil, beleza. 27 https://www.todamateria.com.br/substantivos/ Exemplos de frases com substantivo: • A Ana é super inteligente. • O Brasil é lindo. • A tua beleza me encanta. Os substantivos são classificados em: simples ou composto, primitivo ou derivado, comum ou próprio, concreto ou abstrato, e coletivo. 2. Verbo Verbo é a palavra que indica ações, estado ou fenômeno da natureza, tais como: sair, correr, chover. Exemplos de frases com verbo: • Sairemos esta noite? • Corro todos os dias. • Chovendo, eu não vou. Os verbos são classificados em: regulares, irregulares, defectivos e abundantes. 3. Adjetivo Adjetivo é a palavra que caracteriza, atribui qualidades aos substantivos, tais como: feliz, superinteressante, amável. Exemplos de frases com adjetivo: • A criança ficou feliz. • O artigo ficou superinteressante. • Sempre foi amável comigo. Os adjetivos são classificados em: primitivos ou derivados, simples ou compostos, e pátrios. 4. Pronome Pronome é a palavra que substitui ou acompanha o substantivo, indicando a relação das pessoas do discurso, tais como: eu, contigo, aquele. Exemplos de frases com pronome: • Eu aposto como ele vem. • Contigo vou até a Lua. • Aquele tipo não me sai da cabeça. Tipos de pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos, relativos, indefinidos e interrogativos. 5.Artigo Artigo é a palavra que antecede o substantivo, tais como: o, as, uns, uma. Exemplos de frases com artigo: • O menino saiu. • As meninas saíram. 28 https://www.todamateria.com.br/o-que-e-verbo/ https://www.todamateria.com.br/adjetivos/ https://www.todamateria.com.br/pronomes/ https://www.todamateria.com.br/artigo-definido-e-indefinido/ • Uns meninos tocaram a campainha. • Uma chance é o que preciso. Os artigos são classificados em: definidos e indefinidos. 6. Numeral Numeral é a palavra que indica a posição ou o número de elementos, tais como: um, primeiro, dezenas. Exemplos de frases com numeral: • Um pastel, por favor! • Primeiro as damas. • Dezenas de pessoas estiveram presentes. Os numerais podem ser: cardinais, ordinais, multiplicativos e fracionários. 7. Preposição Preposição é a palavra que liga dois elementos da oração, tais como: a, após, para. Exemplos de frases com preposição: • Entreguei a carta a ele. • As portas abrem após as 18h. • Isto é para você. As preposições são classificadas em: preposições essenciais e preposições acidentais. 8. Conjunção Conjunção é a palavra que liga dois termos ou duas orações de mesmo valor gramatical, tais como: mas, portanto, conforme. Exemplos de frases com conjunção: • Vou, mas não volto. • Portanto, não sei o que fazer. • Dançar conforme a dança. As conjunções são classificadas em coordenativas (aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas) e subordinativas (integrantes, causais, comparativas, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, temporais, finais e proporcionais). 9. Interjeição Interjeição é a palavra que exprime emoções e sentimentos, tais como: Olá! Viva! Psiu! Exemplos de frases com interjeição: • Olá! Sou a Maria. • Viva! Conseguimos ganhar o campeonato. • Psiu! Não faça barulho aqui. As interjeições são classificadas em: alegria, desejo, dor, surpresa, silêncio, entre outros. 29 https://www.todamateria.com.br/numeral/ https://www.todamateria.com.br/preposicao/ https://www.todamateria.com.br/conjuncao/ https://www.todamateria.com.br/interjeicao/ 10. Advérbio Advérbio é a palavra que modifica o verbo, o adjetivo ou outro advérbio, exprimindo circunstâncias de tempo, modo, intensidade, entre outros, tais como: melhor, demais, ali. Exemplos de frases com advérbio: • Escrevia melhor quando tinha o hábito de ler. • Não acha que trouxe folhas demais? • O restaurante é ali. Os advérbios são classificados em: modo, intensidade, lugar, tempo, negação, afirmação, dúvida, entre outros. O que é classe gramatical? É a classificação das palavras em grupos de acordo com a sua função na língua portuguesa. Elas podem ser variáveis e invariáveis, dividindo-se da seguinte forma: 30 https://www.todamateria.com.br/adverbio/ • Palavras variáveis - aquelas que variam em gênero, número e grau: substantivo, verbo, adjetivo, pronome, artigo e numeral. • Palavras invariáveis - as que não variam: preposição, conjunção, interjeição e advérbio. 31 32 33 34 EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE Crase (`) é a junção da preposição a com o artigo definido a. Também pode ser a junção da preposição a com pronomes que começam com a (aquela, aquele, aquilo). A junção a + a resulta no a com crase, ou seja, em à, àquela, àquele, àquilo. Regras de quando usar crase A crase pode ser usada nas seguintes situações: • antes de palavras femininas; • quando acompanham verbos que indicam destino (ir, voltar, vir); • nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas; • antes dos pronomes demonstrativos aquilo, aquela, aquele; • antes da locução "à moda de" quando ela estiver subentendida; • na indicação de horas exatas. Não esqueça: A crase é usada antes de palavras femininas! Antes de palavras femininas • Fui à escola. • Fomos à praça. • Você vai à padaria agora? Quando acompanham verbos que indicam destino (ir, voltar, vir) • Vou à padaria. • Fomos à praia. • Voltei à loja e fui bem atendido. Nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas • Saímos à noite. 35 • À medida que o tempo passa as amizades aumentam. • Veja, isto foi feito às pressas! Exemplos de locuções: à medida que, à noite, à tarde, às pressas, às vezes, à moda de. Antes dos pronomes demonstrativos aquilo, aquela, aquele • No verão, voltamos àquela praia. • Refere-se àquilo que aconteceu ontem na festa. • Vou àquele lugar hoje. Antes da locução "à moda de" quando ela estiver subentendida • Veste roupas à (moda de) Luís XV. • Dribla à (moda de) Pelé. • Escreve à (moda de) José de Alencar. Uso da crase na indicação das horas Utiliza-se a crase antes de numeral cardinal que indicam as horas exatas: • Termino meu trabalho às cinco horas da tarde. • Saio da escola às 12h30. • Entro à uma. Por outro lado, quando acompanhadas de preposições (para, desde, após, perante, com), não se utiliza a crase, por exemplo: • Ficamos na reunião desde as 12h. • Chegamos após as 18h. • O congresso está marcado para as 15h. Regras de quando NÃO usar crase A crase não deve ser usada nas seguintes situações: • antes de palavras masculinas; • antes de verbos; 36 • antes de pronomes pessoais do caso reto (eu, tu, ele, nós, vós, eles) e do caso oblíquo (me, mim, comigo, te, ti, contigo, se, si, o, lhe); • antes dos pronomes demonstrativos isso, esse, este, esta, essa. Antes de palavras masculinas • Jorge tem um carro a álcool. • Samuel comprou um jipe a diesel. • Escreveu a lápis. Antes de verbos • Estava disposto a salvar a menina. • Passava o dia a cantar. • Comprometeu-se a estudar mais. Antes de pronomes pessoais do caso reto e do caso oblíquo • Falamos a ela sobre o ocorrido. • Ofereceram a mim as entradas para o cinema. • Deram o troco a ele? Os pronomes do caso reto são: eu, tu, ele, nós, vós, eles. Os pronomes do caso oblíquo são: me, mim, comigo, te, ti, contigo, se, si, o, lhe. Antes dos pronomes demonstrativos isso, esse, este, esta, essa • Era a isso que nos referíamos. • Quando aderir a esse plano, a internet ficará mais barata. • Já aderiu a este plano? 37 Crase facultativa Dica sobre o uso da crase Para saber se a crase é utilizada nos verbos de destino, utilize esse macete: 38 39 40 SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO O que é sintaxe? A sintaxe é uma área da gramática que estuda a função e a relação entre as palavras e as orações. Frase, Oração e Período Embora muitas pessoas usem os termos frase, oração e período como sinônimos, eles apresentam conceitos distintos: • Frase: enunciado linguístico que possui um sentido completo e que pode conter ou não conter verbo ou locução verbal (dois ou mais verbo que equivalem a um só). Exemplo: Que festa animada! • Oração: enunciado que contém verbo ou locução verbal e que se estrutura através de sujeito e predicado (ou apenas de predicado). Exemplo: A festa está animada! • Período: enunciado formado por uma ou mais orações. Exemplo: A festa está animada, mas poderia estar mais. O que é frase? Frase é todo o enunciado linguístico que tem sentido completo e termina com uma pausa pontuada. Não é necessário haver verbo para a formação de uma frase quando o que foi enunciado tem sentido completo. Exemplos de frases: • Silêncio! • E agora, José? • Choveu. • Não sei o que dizer... As frases são marcadas por entonação que, na escrita, ocorrem com o recurso dos sinais de pontuação. Sem a pontuação, as palavras são apenas vocábulos soltos. Tipos de frases 1. Frases declarativas: o emissor da mensagem constata algum fato de maneira afirmativa ou negativa. Exemplos: O curso termina esse ano (afirmativa); O curso não termina esse ano negativa). 2. Frases interrogativas: o emissor da mensagem interroga sobre algo direta ou indiretamente. Exemplos: — Você quer comer? (pergunta direta);Gostaria de saber se você quer comer (pergunta indireta). 41 3. Frases exclamativas: o emissor da mensagem manifesta emoção, surpresa. Exemplos: Que lindo!; Puxa vida! 4. Frases imperativas: o emissor da mensagem emite uma ordem, conselho ou pedido, seja de maneira afirmativa ou negativa. Exemplos: Faça o almoço (afirmativa); Não faça o almoço (negativa). 5. Frases optativas: o emissor da mensagem expressa o desejo sobre algo. Exemplo: Que Deus te acompanhe!; Muitas felicidades nessa nova fase! O que é oração? A oração é o enunciado que se organiza em torno de um verbo ou de uma locução verbal. Elas podem ou não ter sentido completo. Exemplos de oração: • Acabamos, finalmente! • Levaram tudo. • É provável. • Estamos indo... Tipos de oração Dependendo da relação sintática estabelecida, as orações são classificadas de duas maneiras: 1. Orações coordenadas: são orações independentes onde não existe relação sintática entre elas e, por isso, possuem um sentido completo. Exemplo: Fomos para o Congresso e apresentamos o artigo. (Oração 1: Fomos ao Congresso; Oração 2: apresentamos o artigo.). 2. Orações subordinadas: são orações dependentes onde uma está subordinada à outra e, por isso, sozinhas não possuem um sentido completo. Exemplo: É possível que Juliana não faça a prova. (Oração 1: É possível; Oração 2: que Juliana não faça a prova.). Os termos essenciais da oração As orações são estruturadas em torno de um sujeito e de um predicado que, por isso, são chamados de termos essenciais da oração. O sujeito é o elemento da oração sobre o qual se declara algo, enquanto predicado é a declaração feita sobre o sujeito. Exemplo: Os alunos homenagearam o professor. Sujeito: Os alunos Predicado: homenagearam o professor. 42 Há outros termos que completam o sentido de outros (termos integrantes da oração) e termos presentes na oração que poderiam ser retirados da mesma sem que o seu sentido fosse afetado (termos acessórios da oração). O que é período? Período é a frase organizada em uma ou mais orações. O período pode ser simples ou composto. Tipos de período 1. Período Simples O período simples é formado por somente uma oração agrupada em torno de um único verbo ou de uma única locução verbal. Quando isso ocorre, o período é denominado oração absoluta. Exemplos de período simples: • Estamos felizes com os resultados. • Faltam apenas alguns dias. • Talvez eu vá. 2. Período Composto O período composto é formado por mais de uma oração. Nesse caso, a quantidade de orações é sujeita ao número de verbos ou de locuções verbais. Exemplos de período composto: • Faça como eu pedi. • Não sei se tenho coragem. • Começou a gritar enquanto ele ia passando. Diferença entre Frase, Oração e Período Frase Oração Período Enunciado que transmite uma mensagem com sentido completo e que pode conter ou não conter verbo ou locução verbal (dois ou mais verbo que equivalem a um só). Frase que contém verbo ou locução verbal e que se estrutura através de sujeito e predicado (ou apenas de predicado). Frase formada por uma ou mais orações. 43 Frase Oração Período Exemplo: Que festa animada! Exemplo: A festa está animada! Exemplo: A festa está animada, mas poderia estar mais. Neste exemplo, o enunciado transmite uma mensagem completa e não contém verbo, portanto, é uma frase. Neste exemplo, a frase contém verbo e se estrutura através de sujeito (a festa) e de predicado (está animada), portanto, é uma oração. Neste exemplo, a frase é formada por duas orações. "A festa está animada" é uma oração e "mas poderia estar mais" é outra oração, portanto, é um período. Oração: tipos e exemplos Oração é uma frase que sempre contém um verbo ou uma locução verbal (dois ou mais verbo que equivalem a um só) e é formada por sujeito e predicado, ou apenas por predicado. Exemplos: • Temo pela sua saúde. (Contém uma oração, cuja mensagem transmitida gira em torno do verbo temer.) • Não sei se ele vem aqui em casa. (Contém duas orações. A primeira oração é "Não sei", que gira em torno do verbo ser, e a segunda oração é "se ele vem aqui em casa.", que gira em torno do verbo vir.) • Tinha dito para você ter cuidado. (Contém duas orações. A primeira oração é "Tinha dito", que gira em torno de uma locução verbal, e a segunda oração é "para você ter cuidado.", que gira em torno do verbo ter.) Os tipos de oração são: absolutas, coordenadas ou subordinadas. Oração absoluta Oração absoluta é a oração formada por uma única oração, ou seja, o seu período é simples. Exemplos de orações absolutas: • Contemple a beleza das flores. • Está muito calor! • Cheguei há alguns minutos. 44 Oração coordenada Oração coordenada é a oração formada por duas ou mais orações, ou seja, o seu período é composto. As orações coordenadas são independentes, porque não dependem sintaticamente das outras. Exemplo: Cheguei, tirei os sapatos, respirei fundo e me joguei no sofá. Neste caso, temos quatro orações, cada uma delas independente das outras. Primeira oração (Cheguei), segunda oração (tirei os sapatos), terceira oração (respirei fundo) e quarta oração (me joguei no sofá). As orações coordenadas podem ser: sindéticas ou assindéticas. As orações coordenadas SINDÉTICAS ligam-se através de conjunção. Exemplo: Deitou e adormeceu. Oração 1: Deitou. Oração 2: adormeceu. Conjunção: e. Exemplos de orações coordenadas sindéticas: • Eles cantaram bem, mas o público não aplaudiu. (conjunção: mas) • Ele lê e fala muito bem em inglês. (conjunção: e) • Não fui convidado, portanto, não vou. (conjunção: portanto) As orações coordenadas ASSINDÉTICAS não são ligadas por conjunção. Exemplo: Saímos, jantamos, dançamos, rimos. Oração 1: Saímos. Oração 2: jantamos. Oração 3: dançamos. Oração 4: rimos. Exemplos de orações coordenadas assindéticas: • Aproximou-se da janela, respirou fundo, sorriu. • Gargalhava, as lágrimas escorriam pelo rosto. • Os minutos passavam, a ansiedade aumentava. Oração subordinada Oração subordinada é a oração formada por duas ou mais orações, ou seja, o seu período é composto. As orações subordinadas dependem sintaticamente entre si. Exemplo: Se precisar de ajuda, chame. Neste caso, temos duas orações. A primeira (Se precisar de ajuda) depende sintaticamente da segunda oração (chame). As orações subordinadas podem ser: substantivas, adjetivas ou adverbiais. 45 As orações subordinadas SUBSTANTIVAS podem exercer diferentes funções: sujeito, predicado nominal, complemento verbal, complemento nominal e aposto. Exemplo: Alguém disse que o professor não viria? Oração 1: Alguém disse. Oração 2: que o professor viria. A oração 2 exerce a função de objeto direto porque completa o sentido do verbo “disse”, sem necessidade de usar preposição. Exemplos de orações subordinadas substantivas: • É fundamental que você venha. • Desejo que tenham sucesso. • Tenho fé de que irão conseguir. As orações subordinadas ADJETIVAS exercem a função de adjunto adnominal. Exemplo: Falei com a Ana que tem os olhos azuis. Oração 1: Falei com a Ana. Oração 2: que tem os olhos azuis. A oração 2 exerce a função de adjunto adnominal, porque especifica com que Ana falei - a Ana que tem os olhos azuis. Exemplos de orações subordinadas adjetivas: • Os turistas, que estavam perdidos, já estão em casa. • Os vizinhos que fazem barulho já chegaram. • Ele, que ajudou tanto, não foi recompensado. As orações subordinadas ADVERBIAIS exercem a função de adjunto adverbial. Exemplo: Ele canta como um rouxinol canta. Oração 1: Ele canta. Oração 2: como um rouxinol canta. A oração 2 exerce a função de adjunto adverbial de comparação, porque compara a forma de cantar de alguém com a do rouxinol. Exemplos de orações subordinadas adverbiais: • Como ele não atendeu, brigueicom ele. • Se você for, avise. • Embora não estivesse chovendo, levei o guarda-chuva. Diferença entre oração e frase Oração e frase distinguem-se pelo fato de que a oração sempre apresenta verbo e cada um dos termos que a compõem tem uma função sintática, enquanto a frase nem sempre contém verbo e, por isso, não podem ser analisadas em termos sintáticos. 46 Exemplo de oração: Você está falando sério? Exemplo de frase: Sério? Período Simples e Composto O período pode ser caracterizado pela presença de uma ou de mais orações, por isso, pode ser simples ou composto. Período Simples - apresenta apenas uma oração, a qual é chamada de oração absoluta. Exemplos: • Já acordamos. • Hoje está tão quente! • Preciso disto. Período Composto - apresenta duas ou mais orações. Exemplos: • Conversamos quando eu voltar. • É sua obrigação explicar o que aconteceu. • Descansou, passeou e fez o que mais quis nas férias. O número de orações depende do número de verbos presentes num enunciado. Classificação do Período Composto Conforme a sua formação, o período composto é classificado em: período composto por coordenação ou período composto por subordinação O período composto por coordenação contém orações independentes entre si, ou seja, cada uma delas têm sentido completo. Exemplos: Levantou e começou a trabalhar. Assaltou a loja e correu pela porta dos fundos. O período composto por subordinação contém orações que se relacionam entre si. Exemplos: Espero terminar os enfeites até que os convidados comecem a chegar. Fiz a receita mesmo sem saber quais ingredientes levava. 47 Quando há a presença de orações coordenadas e subordinadas, o período é misto. Exemplos: Levantei, embora ainda estivesse cheio de sono. Enquanto ele falar, nós vamos escutar. Orações Coordenadas As orações coordenadas podem ser sindéticas ou assindéticas, respectivamente, conforme são utilizadas ou não conjunções. Exemplos: Ora fala, ora não fala. (oração coordenada sindética, marcada pelo uso da conjunção “ora...ora”). As aulas começaram, os deveres começaram e a preguiça deu lugar à determinação. (orações coordenadas assindéticas: “As aulas começaram, os deveres começaram”, oração coordenada sindética: “e a preguiça deu lugar à determinação”.) As orações coordenadas sindéticas podem ser: • Aditivas: quando as orações expressam soma. Exemplo: Gosta de praia, mas também gosta de campo. • Adversativas: quando as orações expressam adversidade. Exemplo: Gostava do curso, contudo não havia vaga na sua cidade. • Alternativas: quando as orações expressam alternativa. Exemplo: Vai ele ou vou eu. • Conclusivas: quando as orações expressam conclusão. Exemplo: Estão de acordo, então vamos. • Explicativas: quando as orações expressam explicação. Exemplo: Fizemos o trabalho hoje porque tivemos tempo. Orações Subordinadas As orações subordinadas podem ser substantivas, adjetivas ou adverbiais, conforme a sua função. Exemplos: • Substantivas: quando as orações têm função de substantivo. Exemplo: Espero que vocês consigam. • Adjetivas: quando as orações têm função de adjetivo. Exemplo: Os concorrentes que dormem mais têm um desempenho melhor. • Adverbiais: quando as orações têm função de advérbio. Exemplo: À medida que crescem, aumentam as preocupações. 48 49 PONTUAÇÃO Os sinais de pontuação são recursos da linguagem escrita utilizados com o objetivo de demarcar unidades e sinalizar os limites das estruturas sintáticas nos textos. Os sinais de pontuação são recursos de linguagem empregados na língua escrita e desempenham a função de demarcadores de unidades e de sinalizadores de limites de estruturas sintáticas nos textos escritos. Assim, os sinais de pontuação cumprem o papel dos recursos prosódicos, utilizados na fala para darmos ritmo, entoação e pausas e indicarmos os limites sintáticos e unidades de sentido. Como na fala temos o contato direto com nossos interlocutores, contamos também com nossos gestos para tentar deixar claro aquilo que queremos dizer. Na escrita, porém, são os sinais de pontuação que garantem a coesão e a coerência interna dos textos, bem como os efeitos de sentidos dos enunciados. Vejamos, a seguir, quais são os sinais de pontuação que nos auxiliam nos processos de escrita: Ponto ( . ) a) Indicar o final de uma frase declarativa: 50 https://www.portugues.com.br/redacao/oralidade-x-escrita-expressoes-pertinentes.html https://www.portugues.com.br/redacao/oralidade-x-escrita-expressoes-pertinentes.html https://www.portugues.com.br/gramatica/prosodia-discurso.html https://www.portugues.com.br/gramatica/prosodia-discurso.html https://www.portugues.com.br/redacao/linguagemlinguafala.html https://www.portugues.com.br/redacao/textos-sem-coesao.html https://www.portugues.com.br/redacao/tipos-coerencia.html https://www.portugues.com.br/gramatica/tipos-frases-.html • Gosto de sorvete de goiaba. b) Separar períodos: • Fica mais um tempo. Ainda é cedo. c) Abreviar palavras: • Av. (Avenida) • V. Ex.ª (Vossa Excelência) • p. (página) • Dr. (doutor) Dois-pontos ( : ) a) Iniciar fala de personagens: • O aluno respondeu: – Parta agora! b) Antes de apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de palavras que explicam e/ou resumem ideias anteriores. • Esse é o problema dos caixas eletrônicos: não tem ninguém para auxiliar os mais idosos. • Anote o número do protocolo: 4254654258. c) Antes de citação direta: • Como já dizia Vinícius de Morais: “Que o amor não seja eterno posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure.” Reticências ( ... ) a) Indicar dúvidas ou hesitação: • Sabe... andei pensando em uma coisa... mas não é nada demais. b) Interromper uma frase incompleta sintaticamente: • Quem sabe se tentar mais tarde... c) Concluir uma frase gramaticalmente incompleta com a intenção de estender a reflexão: 51 https://www.portugues.com.br/gramatica/frase-oracao-periodo.html https://www.portugues.com.br/gramatica/abreviaturas-siglas.html https://www.portugues.com.br/redacao/narracao.html https://www.portugues.com.br/gramatica/o-aposto-suas-diferentes-classificacoes.html https://www.portugues.com.br/gramatica/periodo-composto-por-subordinacao-.html • “Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas faces duns longes cor-de-rosa...” (Cecília - José de Alencar) d) Suprimir palavras em uma transcrição: • “Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros - Raimundo Fagner) Parênteses ( ) a) Isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo, datas e também podem substituir a vírgula ou o travessão: • Manuel Bandeira não pôde comparecer à Semana de Arte Moderna (1922). • "Uma manhã lá no Cajapió (Joca lembrava-se como se fora na véspera), acordara depois duma grande tormenta no fim do verão.” (O milagre das chuvas no Nordeste- Graça Aranha) Ponto de Exclamação ( ! ) a) Após vocativo • Ana, boa tarde! b) Final de frases imperativas: • Cale-se! c) Após interjeição: • Ufa! Que alívio! d) Após palavras ou frases de caráter emotivo, expressivo: • Que pena! Ponto de Interrogação ( ? ) a) Em perguntas diretas: • Quantos anos você tem? b) Às vezes, aparece com o ponto de exclamação para enfatizar o enunciado: 52 https://www.portugues.com.br/redacao/funcoes-linguagem-.html https://www.portugues.com.br/redacao/funcoes-linguagem-.html • Não brinca, é sério?! Vírgula ( , ) De todos os sinais de pontuação, a vírgula é aquele que desempenha o maior número de funções. Ela é utilizada para marcar uma pausa do enunciado e tem a finalidade de nos indicar que os termos por ela separados, apesar de participarem da mesma frase ou oração, não formam uma unidade sintática. Por outro lado, quando há uma relação sintática entre termos da oração, não se pode separá-los por meio de vírgula. Antes de explicarmos quais são os
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