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Mercado de escravos no Rio de Janeiro (Augustus Earle – cerca de 1823) Brasil Colonial (Escravidão) ➢ Ganha força com a produção açucareira, iniciada a partir da metade do século XVI ➢ Escravidão indígena cede espaço para a africana, mas convive com ela em muitas partes da colônia ➢ Igreja Católica impõe dificuldades à escravização dos nativos (negros da terra), que são alvo da catequização jesuítica ➢ Tráfico negreiro gera muitos lucros e acúmulo de recursos para o Estado português e para a Igreja ➢ Traficantes compravam escravos na África e pagavam com tabaco, aguardente, ouro, armas, tecidos etc. ➢ Na América os trabalhadores escravizados eram leiloados ➢ Famílias eram separadas e grupos rivais eram misturados ➢ Haviam acordos entre traficantes e líderes africanos, que atacavam aldeias e capturavam seus habitantes ➢ No litoral africano existiam feitorias onde os escravos eram negociados com os traficantes europeus Brasil Colonial (Escravidão) Escravidão negra africana “Habitação de Negros" de Johann Moritz Rugendas - 1835 “Negociantes contando índios” (Viagem pelo Brasil 3º vol. - Spix e Martius Brasil Colonial (Escravidão) O Tráfico negreiro Atlas: História do Brasil – SP (Campos, Flávio de; Dolhnikoff, Miriam) Fundação Cultural de Joinville SC - “O tráfico transatlântico, o cotidiano dos escravos e a herança afrodescendente” Brasil Colonial (Escravidão) A travessia do Atlântico Trecho do filme “Amistad”, de Spielberg 1997 John Kimber, capitão de um navio negreiro, acusado de açoitar uma escrava adolescente até a morte porque ela não quis dançar nua no navio. C a rt a z b ri tâ n ic o ( 1 7 8 8 ) re g u la m e n ta n d o a c o n s tr u ç ã o d e n a v io s n e g re ir o s Tráfico atlântico de escravos para as Américas, por região de desembarque Castigo de Escravos Jacques Etienne Arago 1839 ➢ Escravos de campo ou de eito (usados no trabalho pesado na área rural) ➢ Escravos domésticos (cozinheiras, amas de leite, arrumadeiras, mordomos etc) ➢ Escravos de aluguel (adquiridos com o objetivo de serem alugados a outros) ➢ Escravos de ganho (prestavam serviços diversos e dividiam o lucro com seus donos (quituteiras, sapateiros, barbeiros etc) Brasil Colonial (Escravidão) Tipos de escravos “O Jantar” - Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil (J Baptiste Debret, 1834-39) “Escravo Tigre” - Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil (J Baptiste Debret, 1834-39) “Escravos barbeiros” - Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil (J Baptiste Debret, 1834-39) “Vendedores de palmito e de samburás” - Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil (J. Baptiste Debret, 1834-39) Escravos trabalhando no canavial Escrava Ama de Leite e babá Presença da violência, exploração, submissão do indivíduo e privação da liberdade Brasil Colonial (Escravidão) Opressão e violência Loja de Sapateiro (aquarela J. Baptiste Debret) Execução de punição (aquarela J. Baptiste Debret) Escravos no tronco (aquarela J. Baptiste Debret) A B C D E F G H Instrumento de tortura A – Libambo B - Viramundo C - Palmatória D – Mordaça E – Cinto de ferro F – Ferros de marcar G - Gargalheiras H - Algemas ➢ Fugas ➢ Recusa ao trabalho ➢ Suicídios, abortos e infanticídios ➢ Assassinatos de senhores e feitores Brasil Colonial (Escravidão) Resistências Fonte: https://cidadaniaquilombolas.wordpress.com/Anúncios em jornais sobre fuga de escravos Quilombos ➢ Quilombo (origem africana - quimbundo): acampamento militar ou lugar de reunião de pessoas com origens variadas. ➢ Reuniam escravos foragidos de diferentes grupos africanos, mas também índios e mesmo homens livres e pobres. ➢ Produziam e comercializavam gêneros agrícolas e artesanais. ➢ Organizavam-se militarmente e lutavam contra tropas que tentavam destruí-los. Brasil Colonial (Escravidão) Resistências 1. ENTRADA RESTRITA O quilombo era circundado por três cercas de madeira, reforçadas com pedras e guardadas por sentinelas armados. O acesso era feito por portões de madeira reforçados. As linhas de defesa estendiam-se por mais de 5 quilômetros, com guaritas a cada 2 metros 2. ARMADILHAS Dezenas de buracos de alguns metros de profundidade e camuflados com folhagens circundavam a povoação. Apenas os quilombolas conheciam o caminho certo para entrar na capital de Palmares 3. MIX RELIGIOSO A religião praticada em Palmares era um catolicismo misturado com tradições da cultura banto. Muitos negros haviam se convertido ao catolicismo ainda antes de serem trazidos ao Brasil 4. DIETA REFORÇADA Em volta da cidadela ficavam as roças de alimentos. A lavoura mais importante era o milho, mas também eram plantados feijão, banana, batata-doce, mandioca e cana-de-açúcar. 5. CASINHAS DE SAPÊ Os moradores viviam em casas de madeira cobertas de folhas de palmeira, com iluminação artificial que usava azeite como combustível. Algumas delas tinham saídas ocultas, que permitiam escapar para o mato em caso de perigo. 6. DIRETAS JÁ! Os membros do conselho que chefiavam o povoado eram escolhidos em assembleias que reuniam todos os habitantes na praça central. 7. CONJUNTO HABITACIONAL No interior do forte havia quatro ruas, cada uma com pouco mais de 2 metros de largura e 1 quilômetro de extensão. Ao longo delas, alinhavam-se cerca de 2 mil casas, onde viviam 8 mil moradores. Adaptado da revista “Mundo Estranho” (Ed. Abril) de 18 de abril de 2011 ➢ Palmares: vasta área coberta por palmeiras ➢ Formou-se em 1602 e existiu por quase um século ➢ Composto por cerca de 20 núcleos, tendo como principal o do “Macaco” ➢ Serra da Barriga (AL): ocupou parte de Sergipe e Pernambuco ➢ Viviam da agricultura, da caça e pesca e criavam animais ➢ Comercializavam seus produtos com as vilas vizinhas ➢ Zumbi (líder mais famoso) foi morto em 20 de novembro de 1695 pela bandeira de Domingos Jorge Velho Brasil Colonial (Escravidão) Quilombo de Palmares Zumbi de Palmares A luta pela liberdade (Eduardo Bueno) Domingos Jorge Velho de Benedito Calixto 1903 (Museu Paulista) Zumbi de Palmares (detalhe da tela de Antônio Parreiras 1860-1937) Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9